Gestão 2020/2021. Janeiro de 2021, nº26 - ano III

Janeiro sempre se caracterizou como um mês de recomeço. Neste momento peculiar em que estamos vivendo, a CIPA continua remetendo ao bom cuidado a todos trabalhadores e a preservação da saúde de todos os funcionários e seus familiares. Em breve se iniciará a vacinação, tema que abordamos aqui por sua grande importância.

No CIPA trabalhando, os mapas de risco estão sendo convertidos para o formato PPT, pois antes estava no AutoCad, um software que não é comumente utilizado.

E neste mês temos também uma data muito especial, a comemoração de 467 anos da fundação de São Paulo. Nesta breve leitura falamos sobre a expansão econômica do café, assim como o crescimento da metrópole a partir da década de 30. Desde então a cidade não para de crescer...

E fechamos o boletim com o grande escritor Mário de Andrade e seu poema "Quando eu morrer". Ele faz uma homenagem a sua cidade, citando lugares da capital paulista e revelando um pouco de si e seus anseios.

 Boa leitura!

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Plano de vacinação contra a COVID-19 em São Paulo

Foto: Dr. Vital Brazil, primeiro diretor do Instituto Butantan.

O governo de São Paulo anunciou no dia 07/12/2020 o Plano Estadual de Vacinação contra a COVID-19. O início da imunização está programado para começar no dia 25 de janeiro e será coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde. A vacina usada será a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biothec.

Segundo nosso governo, 25 mil policiais farão a escolta das vacinas e a segurança dos locais de vacinação. E por volta de 52 mil profissionais de Saúde serão treinados para o preparo e organização das salas de vacinação, além da aplicação da vacina e seus registros.

Serão duas aplicações por pessoa, com intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose. A imunização será gratuita para todos por meio do sistema público de saúde.

No cronograma do Plano Estadual de Vacinação de São Paulo, o funcionamento será diário.  De segunda a sexta-feira, os locais de vacinação funcionarão das 8h às 22h; aos sábados, domingos e feriados de 8h às 18h.

O plano apresentado prevê a distribuição de até 2 milhões de doses por semana, em média. De acordo com o secretário-executivo da Secretaria de Saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, já há disponíveis 10,8 milhões de doses da Coronavac. A logística de distribuição será através de caminhões refrigerados que percorrerão 70 rotas por semana e terão monitoramento de temperatura das vacinas, rastreabilidade por radiofrequência, além de serem acompanhados por uma central de monitoramento.

E assim aguardamos a vacina, nos protegendo usando máscaras para evitar a disseminação do vírus e ficando em casa!

Fontes:

SP Contra o Novo Coronavírus | Governo do Estado de São Paulo (saopaulo.sp.gov.br)

Plano de vacinação contra covid-19 de SP começa em 25 de janeiro | Brasil | Valor Econômico (globo.com)

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CIPA otimiza os procedimentos para edição dos MAPAS DE RISCO

Resultante da vistoria, o mapa de risco é uma das produções mais importantes da CIPA, pois comunica ao público em geral as situações pertinentes à segurança de todos. Pensando nas gestões futuras, os mapas estão sendo convertidos para o formato PPT. Até então, esses desenhos eram feitos no AutoCad, um software para projeto de engenharia/arquitetura e que não é comumente utilizado. Com os mapas convertidos para Power Point, qualquer cipeiro que tenha o pacote Office em seu computador conseguirá atualizá-los. Desta forma, nossos processos terão menos centralização e mais inclusão!

São Paulo – 467 anos

 A história e os registros dos acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da maior cidade da América do Sul quase não são percebidos devido à vida agitada de todos aqueles que fizeram de São Paulo a sua moradia. No dia 25 de janeiro, São Paulo comemora, 467 anos e essa não deixa de ser uma boa oportunidade para fazer um reconhecimento da cidade, que foi fundada em 1554.

O salto para o futuro começou no final dos anos 60 (1860). Ao longo do século XIX, o açúcar foi perdendo a condição de principal produto de exportação brasileira, enquanto, nas zonas cafeeiras do Sudeste a euforia era grande pois o café se exportava para a Europa com muito bons preços.

Mais dinâmico, produtivo e tecnicamente moderno, o complexo cafeeiro do Sudeste tornou-se o centro econômico e político do país. Desde 1860, as zonas produtoras vinham se deslocando para as terras roxas do eixo Campinas – Ribeirão Preto.

A partir de 1870 lançou as bases do poderoso Estado industrial e agrícola de hoje: derrubou matas, abriu fazendas, estendeu estradas de ferro, libertou escravos, atraiu imigrantes, fundou cidades, bancos, escolas, criou indústrias, importou máquinas, instalou usinas de energia, canalizou rios, abriu bairros, construiu teatros, controlou o câmbio e influiu nos rumos do Império e da República.

Perseguindo o café, os fazendeiros paulistas criaram uma obra fantástica. Associaram seus capitais, formaram companhias e sem um tostão do governo nem de firmas estrangeiras, construíram as estradas de ferro Paulista, Sorocabana, Mogiana e Ituana. No entanto, para transportar as mercadorias de Jundiaí ao Porto de Santos, todos dependiam da Inglesa São Paulo Railway Company.

A década de 1880 a 1890 mudou muita coisa no País e deu uma virada em São Paulo. O Brasil se tornou o maior produtor de café, e o oeste paulista exportava mais da metade dele. São Paulo se endinheirou.

Com a riqueza, tudo começou a se modernizar, na passagem do século XIX ao XX, a cidade já estava totalmente transformada, não falta quem aposte no progresso. O comércio se diversificou, atraindo todo tipo de atividade e a área urbanizada se estendeu para atender ao rápido aumento de população, principalmente com a vinda de imigrantes estrangeiros, em sua maioria italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses e judeus.

Em 1914 estoura a Primeira Guerra Mundial e a primeira vítima do conflito mundial, foram as exportações do café. Taxado como supérfluo e sem comprador, a queda do café foi a oportunidade que as indústrias precisavam para se desenvolverem. Era o ponto de partida para a expansão das fábricas. O salto da industrialização trouxe de vez a modernidade para São Paulo.

A partir dos anos 30, ao atingir um milhão de habitantes, a cidade assume um perfil de metrópole industrial. Começa a verticalização da área central e a construção de vários bairros industriais e operários. Destaca-se a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, até então o maior arranha-céu de São Paulo.

A década de 40 foi marcada por uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade. O prefeito Prestes Maia colocou em prática o seu “Plano de Avenidas”, com amplos investimentos no sistema viário. Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano visava basicamente abrir caminho para os automóveis e atender aos interesses da indústria automobilística que se instalou em São Paulo em 1956.

A cidade continua crescendo de forma vertiginosa. O marco simbólico dessa metropolização acontece na comemoração do 4º Centenário da cidade São Paulo, em 1954, sob o lema “São Paulo não pode parar”.

Nas décadas seguintes, a vinda de população imigrante e migrante para São Paulo acabou gerando a construção de bairros irregulares nos espaços vazios do sítio urbano. Isso gerou uma estrutura totalmente caótica da cidade.

Atualmente vivem na cidade de São Paulo mais de 12 milhões de pessoas.

 

Fontes:

São Paulo: 110 anos de industrialização 1880–1990. São Paulo, Editora três, 1992.

São Paulo (SP) | Cidades e Estados | IBGE

São Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

História de São Paulo - Biblioteca Virtual

 

Mário de Andrade

Homenagem a Cidade de São Paulo

O escritor Mário Raul Morais de Andrade nasceu em 9 de outubro de 1893, em São Paulo, cidade em que morou por quase toda vida. Em 1945, Mário de Andrade publicou “Lira Paulistana”, um conjunto de poemas no qual o poeta reflete a respeito de si e do mundo com base nas experiências vividas na cidade de São Paulo.

No poema Quando eu morrer, o poeta faz um balanço de sua existência, ao recomendar que seu corpo seja fragmentado e atirado cada parte em um local de São Paulo que lhe foi importante na vida. Mário de Andrade mais uma vez faz uma homenagem a sua cidade, citando lugares estratégicos da capital paulista e revelando um pouco de si e seus anseios.

Quando eu morrer

Quando eu morrer quero ficar,

Não contem aos meios inimigos,

Sepultado em minha cidade,

Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,

No Paissandu deixem meu sexo,

Na Lopes Chaves a cabeça

Esqueçam.

No Pátio do Colégio, afundem

O meu coração paulistano:

Um coração vivo e um defunto

Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido

Direito, o esquerdo nos Telégrafos,

Quero saber da vida alheia,

Sereia.

O nariz guardem nos rosais,

A língua no alto do Ipiranga

Para cantar a liberdade.

Saudade...

As mãos atirem por aí,

Que desviam como viveram,

As tripas atirem pro Diabo,

Que o espírito é de Deus, Adeus.

Fontes:

Mário de Andrade: biografia, obras e modernismo (guiaestudo.com.br)

12 poemas explicados para conhecer Mário de Andrade - Cultura Genial

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Expediente

Universidade de São Paulo
Reitor: Vahan Agopyan
Vice-reitor: Antonio Carlos Hernandes

Escola Politécnica da USP
Diretora: Liedi Légi Bariani Bernucci
Vice-diretor: Reinaldo Giudici

Equipe da Poli-USP:

Presidente: Alessandra M. de Sousa

Membros: Angêla R. L. de M. Mizuta, Antônio Coelho Jacomini, Camila Eduardo Marinho, Cícero Cirlânio Cruz, Danilo Augusto de A. Filho, Eric Piaga P. L. da Silva, Fábio Eduardo Teodoro, José Ivan Nunes Leite, Lania Camilo de Oliveira, Marco Antônio Silva, Maria Auxiliadora da S. Marzo, Maria Lúcia Pereira da Silva, Mário Sousa Takeashi, Nilson Noris Franceschetti, Renato Alvarenga, Olga Maurício Mendonça , Samy Florentino dos Santos, Suzano Luiz Bitencourt da Rosa.