Arquivo mensais:fevereiro 2020

Professores da Poli-USP integram diretoria do Instituto Brasileiro de Concreto para o biênio 2019-2021

Professores da Poli-USP integram diretoria do Instituto Brasileiro de Concreto para o biênio 2019-2021 Os professores da Escola Politécnica (Poli) da USP, Paulo Helene e José Tadeu Balbo, fazem parte da nova diretoria do Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON) para o biênio 2019-2021. A equipe foi eleita em dezembro de 2019, e os professores da Poli ocuparão os cargos de presidente e diretor técnico, respectivamente. Segundo o próprio órgão, sua missão é criar, divulgar e defender o correto conhecimento sobre o concreto, desenvolvendo o seu mercado, articulando seus agentes e agindo em benefício dos consumidores e da sociedade, em harmonia com o meio ambiente. Nova diretoria Novo presidente do Instituto, Paulo Helene é professor aposentado da Poli-USP, onde concluiu sua graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Civil. Foi neste Departamento, também, que o professor construiu longa carreira como docente e pesquisador. Além de realizar seu pós-doutorado em Berkley, na Califórnia, Helene atuou em diversos países, como Espanha, Cuba, Equador, Argentina e México. Dentre outros, recebeu prêmios como “International Distinguished Career”, da NACE (Associação Nacional dos Engenheiros de Corrosão, EUA); “Epaminondas Melo do Amaral Filho”, do IBRACON; a condecoração “Ciudadano Ilustre de Quito, Ecuador” e a “Giraldilla de la Habana”, por sua contribuição científica a Cuba. Paulo Helene também é autor e co-autor de mais de 10 livros sobre concreto, publicados nacional e internacionalmente. Já escreveu mais de 210 artigos científicos em revistas e congressos acadêmicos e orientou mais de 40 mestrados e quase 30 doutorados. Além disso, o professor participa de diversos comitês, congressos e associações relacionadas à engenharia civil e ao concreto.  José Tadeu Balbo ocupa a posição de diretor técnico do IBRACON e é professor titular na Escola Politécnica, ministrando na área de Infraestrutura de Transportes. Percorreu toda a sua carreira acadêmica na USP, com seu doutorado na Poli e na Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça. Membro associado de diversas publicações sobre concreto, Balbo fez e faz parte de comitês e congressos ligados à área. O docente também já atuou em universidades fora do Brasil, como a Universidade de Illinois em Urbana-Champaign e a Universidade de Minnesota (Twin Cities). Além disso, José Tadeu Balbo é autor de livros utilizados em diversos cursos de graduação do país.  Sua área de atuação principal é a engenharia civil com ênfase em pavimentação, tendo trabalhado esse enfoque tanto na área acadêmica quanto junto a órgãos públicos e privados, prestando serviço de consultoria. Antes de assumir o cargo atual, Balbo ocupou outras posições dentro do IBRACON desde 2004.  Além dos dois professores da Escola Politécnica, integram a diretoria do IBRACON Julio Timerman, Enio José Pazini Figueiredo, Cláudio Sbrighi Neto, Carlos José Massucato, Hugo Armelin, Jéssika Pacheco, Guilherme Parsekian e outros.  O IBRACON O Instituto Brasileiro do Concreto é uma organização sem fins econômicos ou lucrativos que foi fundada em 1972. É uma instituição tecnocientífica de defesa e valorização da engenharia, que tem alcance e relevância nacionais. O objetivo principal do IBRACON é a participação na produção e difusão de conhecimento sobre o concreto, realizando comitês de pesquisa e desenvolvimento, comitês técnicos, cursos, debates técnicos, concursos, congressos e outros eventos, além de suas publicações.  Algumas das mais importantes são a revista CONCRETO & Construções, de tiragem trimestral; a revista científica RIEM (Revista IBRACON de Estruturas e Materiais), que sai digitalmente a cada dois meses; as Memórias de Congressos, que já somam mais de 60 eventos; as Práticas Recomendadas e os diversos livros sobre o tema. O instituto participa, também, de eventos internacionais da área do concreto.  O IBRACON conta com 815 membros individuais associados, além de 25 membros coletivos, 19 mantenedores e 39 membros Honorários. O papel do órgão é fazer a gestão dos interesses diversos desses associados, sempre focando na expansão e no desenvolvimento da área e dos seus conhecimentos.  Texto: Letícia Cangane (Estagiária de jornalismo). Revisão: Amanda Rabelo e Rosana Simone (Jornalista).

Professor da Poli é premiado por associação americana de engenheiros que atuam com equipamentos de ar-condicionado

Professor da Poli é premiado por associação americana de engenheiros que atuam com equipamentos de ar-condicionado Antonio Luis Campos Mariani (a direita) recebe a placa de nomeação de Fellow pelas mãos do presidente da ASHRAE, Darryl K. Boyce, (a esquerda). (Foto: reprodução) O professor  Antonio Luis Campos Mariani, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, foi reconhecido pelo seu papel de destaque entre os associados pelo braço brasileiro da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers), com a premiação na categoria Fellow no dia 1º de fevereiro de 2020  em Orlando, na Flórida.  A ASHRAE é uma associação global com mais de 57.000 membros, presente em 132 países. Foi fundada em 1894 por engenheiros em Nova York com a missão de desenvolver o mercado de ar-condicionado e refrigeração, e promover um mundo mais sustentável. Antonio Luis Campos Mariani é o segundo engenheiro do Brasil a alcançar o posto de Fellow. A premiação levou em consideração a trajetória profissional do docente, que têm contribuições na área técnica de desenvolvimento de sistemas de ar-condicionado, ventilação, refrigeração e aquecimento, conhecida pela sigla de HVAC-R; e também por sua atuação em programas sociais como Poli Cidadã, e por sua carreira de professor universitário.  Texto: Beatriz Carneiro  Revisão: Amanda Rabelo e Rosana Simone (Jornalistas).

iPoli promove “Dia do Bem-Vindo” para receber intercambistas

Intercambistas são recebidos por alunos da Poli em evento. (Foto: Letícia Cangane) O Escritório Politécnico Internacional, iPoli, realizou na quinta-feira (20) um evento de recepção para os estudantes estrangeiros recém-chegados na universidade. O “Dia do Bem-Vindo” contou com a presença dos alunos que já fazem parte do escritório, da diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci, do professor Márcio Lobo Netto, diretor de mobilidade internacional da USP e Henrique Lindemberg Neto, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Poli, além dos próprios intercambistas. Na apresentação, a equipe do o iPoli mostrou um pouco sobre o Brasil, a cidade de São Paulo e a USP, dando as boas-vindas aos novos colegas e reforçando a importância da integração internacional.Para ter acesso às fotos em alta definição, clique aqui. 

Ingressantes da Poli-USP são recebidos com palestra do cientista Paulo Artaxo

Ingressantes da Poli-USP tem aula inaugural com renomado cientista Paulo Artaxo Para apresentar a importância da atuação do engenheiro nos desafios tecnológicos globais da sociedade, foi convidado para ministrar a aula inaugural aos ingressantes de 2020 da Poli o professor  Paulo Eduardo Artaxo Netto, que trabalha com física aplicada a problemas ambientais, principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, física de aerossóis atmosféricos, poluição do ar urbana e outros temas. O cientista apresentou, ao longo de sua palestra, quais os desafios para a engenharia em um planeta em mudança rápida e quais são as questões principais em várias áreas do conhecimento. Paulo Artaxo começou parabenizando os  novos alunos pelo ingresso na Poli, ressaltando que o ensino da Escola é público, o que significa que é um investimento da sociedade, e que isso traz uma dívida de responsabilidade social muito importante, para construir um mundo melhor “em vários aspectos diferentes como: na questão ambiental, tecnológica, científica, cada um irá trabalhar em milhares de coisas diferentes”. Ainda sobre a missão, Artaxo ressaltou a missão dos futuros engenheiros de melhorar a vida das pessoas menos favorecidas, que por falta de oportunidades não puderam ocupar uma vaga na USP. O professor Paulo Artaxo passou então a explicar o que a USP e a Poli esperam dos alunos. “Não queremos um bando de carneirinhos, que escutam e falam ‘ok, professor’. Agindo desta maneira vocês não vão aprender. Questionem, questionem os seus docentes. Nunca aceite o conhecimento de modo passivo. Isso tem que ser feito de maneira crítica o tempo todo. Se vocês forem alunos que argumentam o tempo inteiro, vocês vão aprender mais e melhor, e de uma maneira crítica. O conhecimento para ser realmente assimilado tem que ser pensado profundamente e questionado o tempo inteiro”. Artaxo então abordou o que se espera de um profissional de qualquer área hoje, principalmente de um engenheiro, o que ele chama de uma visão humanística integradora. “Não é resolver um problema específico, é pensar grande, é pensar na humanidade e pensar na sociedade. O estigma do engenheiro é ser o cara que vai resolver problemas, mas na verdade nossa função é mais que isso. É pensar soluções para a sociedade e para a humanidade”. Ele conta que isso é o que as empresas querem hoje. “O que é o empreendedorismo, é ser criativo e achar soluções para problemas que ainda ninguém encontrou soluções. E você só faz isso se consegue pensar mais amplo, humanística e integradora. Isso é extremamente importante ao longo de todo o curso de vocês”. O professor ressaltou também a missão do cientista e engenheiro de pensar o futuro. “O planeta está mudando de maneira muito rápida, mais do que conseguimos acompanhar”. Então ele abordou as  sete grandes transformações necessárias para o mundo em 2050: consumo e produção de bens sustentáveis, revolução digital, capacitação humana, demografia, cidades sustentáveis, alimentos e energia. “Estes desafios são necessários para se construir um mundo minimamente sustentável em 30 anos, e a tarefa da engenharia é essencial e estratégica”.  Citando os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, como a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, entre outros, Artaxo afirmou que serão necessárias soluções de engenharia para atingir muitos desses objetivos. Ele então apresentou um gráfico que elenca todas as necessidades da nossa sociedade, e os limites de recursos naturais que o planeta pode nos oferecer. “Basicamente precisamos encontrar um lugar seguro e justo para a humanidade para fazer o link entre as necessidades básicas e os limites físicos do nosso planeta, que estamos chegando perto desses limites. Para isso, precisamos de uma ciência sólida e interdisciplinar para construir este espaço”. O palestrante então apresentou dados que mostram como nós, seres humanos, estamos mudando a composição da atmosfera terrestre, alterando a concentração de gases de efeito estufa, e ressaltou a importância da Amazônia no balanço climático. Por fim, ele ressaltou que aqueles que menos contribuíram com a emissão de gases estufa serão os maiores impactados pela mudança climática.  Esta palestra faz parte de toda uma Semana de Recepção, que visa acolher os calouros na universidade e apresentar as possibilidade que se abrem com o ingresso na vida universitária, principalmente em uma universidade de pesquisa. A cobertura completa da Semana está no site da Poli.

Professores da Poli recebem calouros e apresentam todas as possibilidades oferecidas pela Escola 

Professores da Poli recebem calouros e apresentam todas as possibilidades oferecidas pela Escola  O primeiro contato dos estudantes da Escola Politécnica (Poli) da USP com a universidade é a aula inaugural, uma solenidade que marca o início do primeiro ano de graduação dos cursos de engenharia oferecidos pela instituição. Em 2020, o evento foi realizado no dia 17 de fevereiro, no auditório do Centro de Difusão Internacional da USP. Com o foco no acolhimento, as questões abordadas nas palestras e atividades da primeira semana de aula de 2020 tiveram a preocupação de incluir os alunos na Escola no sentido acadêmico e social. Portanto os estudantes foram recepcionados e parabenizados pela conquista de sua vaga pela diretora da Escola, Liedi Bernucci, pelo vice-diretor, Reinaldo Giudici, pelo presidente da Comissão de Graduação, professor Fábio Cozman, e pelo presidente da Comissão do Ciclo Básico, professor Augusto Neiva, que coordena esta comissão que cuida dos primeiros anos de graduação da Poli, e pelo professor Cláudio Possani (IME-USP). Com o objetivo de apresentar a importância da atuação do engenheiro nos desafios tecnológicos globais da sociedade, o convidado para dar a aula inaugural foi o professor  Paulo Eduardo Artaxo Netto, que trabalha com física aplicada a problemas ambientais, principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, física de aerossóis atmosféricos, poluição do ar urbana e outros temas. Leia a cobertura da palestra com Paulo Artaxo aqui. O professor Neiva apresentou os aspectos práticos para que os alunos possam se localizar no campus, e como seriam as atividades acadêmicas da Semana de Recepção. O professor Cozman, após parabenizar os alunos, ressaltou que o trote é proibido da USP, e que qualquer aluno ou aluna que se sintam coagidos podem denunciar pelo aplicativo disque-trote. O professor Cláudio Possani, um dos integrantes da iniciativa Estou na Poli, que compreende uma série de ações para receber os calouros, ressaltou o imenso leque de oportunidades que se abre para os alunos que estudam na Poli, por estarem inseridos em um centro universitário tão completo em termos de áreas de estudo como o campus da USP da Capital. “Vocês acertaram na escolha da Poli, pelo mundo que a Poli oferece a vocês”, destacou o professor. Ele justificou esta fala com possibilidades que se abrem para os alunos da Poli, como o intercâmbio com duplo-diploma em parceria com universidades estrangeiras, a possibilidade de cursar disciplinas em outros institutos da USP e a possibilidade de seguir carreira acadêmica. O vice-diretor da Poli, Reinaldo Giudici, recomendou aos alunos que aproveitem as oportunidades que terão dentro da Universidade de São Paulo e da Escola Politécnica. “A entrada na universidade é um rito de passagem importante na vida de todos nós. Este é um momento muito especial, que vocês vão lembrar para sempre”. O professor Giudici, que tem uma reconhecida trajetória como pesquisador, ressaltou que a USP é uma universidade de pesquisa. “A USP é muito grande e diversa, abrange cursos em todas as áreas, então vocês terão um ambiente muito rico na convivência com alunos de outros cursos e formações. E o fato de sermos uma universidade de pesquisa quer dizer que os nossos professores não são apenas com a transmissão de conhecimento, mas com a geração de novos conhecimentos, metodologias e maneiras de solucionar os problemas que surgem”. Giudici destacou, então, que este contexto é uma oportunidade interessante para que os  alunos participem de pesquisa por meio da iniciação científica, se integrem a um grupo, para que possam conviver com o meio científico e ganhar uma formação adicional, neste sentido. “Que vocês aproveitem toda essa riqueza que a Escola oferece com muita alegria, mas também com muita responsabilidade. Esta é uma universidade pública, sustentada com recursos públicos dos impostos do Estado de São Paulo, portanto toda pessoa que mora em São Paulo está pagando para que vocês estejam aproveitando desta formação diferenciada, relevante, que vai transformar vocês em engenheiros. É importante que vocês tragam desde o início esse sentimento de responsabilidade”. A diretora da Poli, professora Liedi Bernucci, primeira mulher a ocupar o cargo, parabenizou os  os novos alunos pela conquista de ingressar na Escola. Ela também agradeceu a atuação dos docentes que contribuem com a formação dos alunos. “A Poli é uma Escola mais que centenária, fundada há 126 anos, tem muita tradição. Sempre dizemos que a Escola olha a tradição mas olha a modernidade. Sempre procuramos aperfeiçoar nossos métodos de ensino e nossas ideias, olhando para o futuro, e também olhando o nosso passado e nossa missão para cumpri-la com a sociedade”.  A diretora explicou aos calouros que a Escola foi fundada por um republicano abolicionista, em 1893. “Um visionário que nos deu uma missão de formar pessoas para apoiarem o Estado de São Paulo, para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade. Lembrem-se disso a cada dia. Lembrem-se do professor que fundou essa Escola, Paula Souza, que nos deixou esse legado e essa missão”. A professora então explicou que a Escola preza por uma formação teórica sólida, o que é um grande diferencial para o aluno. “Vocês muitas vezes vão se perguntar se vão usar todo o cálculo e a física que estarão aprendendo. E vocês vão usar! Talvez não da forma que imaginam, mas no raciocínio que vão ter, na forma como irão encarar o rigor da solução. Vocês serão pessoas que farão os novos métodos, e serão protagonistas neste País. Aprendam, estudem, não apenas para tirar nota, mas para aprender de fato. Ter o domínio do conhecimento é uma satisfação enorme”. Ela também ressaltou a importância da ética na engenharia. Em seguida a esta solenidade de abertura, foi realizada a Palestra com o físico Paulo Artaxo, e a cobertura da palestra pode ser conferida aqui.

Jornal da USP: Inteligência artificial agiliza busca pela inovação em biblioteca

18/2/2020 – o contrário de perderem importância, as bibliotecas ganham ainda mais com as novas tecnologias. Na Faculdade de Odontologia (FO) da USP, um projeto vem refinando as buscas por conhecimento por meio da utilização de um sistema de Inteligência Artificial (IA). Denominado Centro de Recursos de Aprendizagem e Investigação (CRAI), a iniciativa simplifica o caminho para se encontrar a inovação em qualquer área do conhecimento. Um software de IA, denominado provisoriamente como Minerador de Inovação, cruza informações e gera dados e relatórios sobre toda a produção científica catalogada numa determinada biblioteca. Um dos grandes diferenciais do Minerador é permitir a busca por termos da linguagem natural humana, e não só por palavras-chave, como é comum em sistemas de bibliotecas. O professor da FO Moacyr Novelli, que coordena o trabalho, diz que ele ainda não está de todo concluído, mas já pode ser utilizado. “Estamos desenvolvendo agora uma interface amigável que facilitará os processos de navegação da ferramenta”, informa o professor Celso Massatoshi Furukawa, da Escola Politécnica (Poli) da USP, que é parceiro do projeto CRAI. A coordenadora da Biblioteca da FO e doutora em Ciência da Informação Lúcia Maria Sebastiana Verônica Costa Ramos também integra a equipe de implementação. Leia a matéria no link – https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/inteligencia-artificial-agiliza-busca-pela-inovacao-em-biblioteca/

Saiba como funciona o intercâmbio na Poli durante a graduação

A palestra do professor Márcio Lobo Netto esclaresceu dúvidas sobre intercâmbio. (Foto: Beatriz Carneiro) Durante a semana de recepção dos calouros de 2020, a Poli realizou palestras dando um panorama de como funcionam os intercâmbios e a mobilidade acadêmica internacional na faculdade. A  Comissão de Relações Internacionais da Escola, conhecida pela sigla CRInt, é o escritório responsável pelos convênios e parcerias com universidades do exterior. Segundo o professor Márcio Lobo Netto, diretor de mobilidade internacional da universidade, a função do órgão é proporcionar aos alunos as melhores oportunidades dentro da graduação.   Na Poli, existem três modalidades de internacionalização: duplo diploma, aproveitamento de estudos e intercâmbio aberto. Na primeira, o estudante passa de três a quatro semestres, normalmente no final do curso, em uma universidade conveniada no exterior, cursando as disciplinas obrigatórias do currículo de seu destino, além de optativas. Uma das parcerias mais notáveis da Escola é com as faculdades francesas. Em algumas delas, os alunos chegam no final do 5º semestre, passam dois anos no intercâmbio e retornam para cursar os dois anos finais na Poli. Porém, na maioria das universidades, o intercâmbio se inicia no final do 7º semestre, durando até dois anos, e o aluno retorna para cursar apenas o último semestre da graduação. Leia também: Brasileiro é premiado por desempenho em intercâmbio na FrançaNesse período, o intercambista precisa cumprir um número mínimo de créditos por semestre. Existe a opção de desenvolver o projeto de conclusão de curso durante o intercâmbio e posteriormente apresentá-lo aqui, o que é encorajado pela universidade. Ao final do curso, nessa modalidade, o graduando recebe o diploma de ambas as universidades. As instituições de ensinoconveniadas são de excelência, a maioria na Europa, e os processos seletivos costumam acontecer entre agosto e setembro. A internacionalização por aproveitamento de estudos oferece mais opções de destinos para os estudantes e as aulas cursadas fora são consideradas no histórico escolar, porém, ao final do período, o estudante recebe somente o diploma da Poli. . O tempo de duração costuma variar entre quatro e doze meses, e a liberdade do curso é maior já que  não hádisciplinas obrigatórias para o diploma. A quantidade de créditos mínimos a serem cursados por semestre é bem menor, e a Poli encoraja os alunos a aproveitar ao máximo a oportunidade. A terceira e última modalidade é o intercâmbio livre, no qual a Escola Politécnica não atua como intermediária, e sim o próprio aluno. Porém, todos os créditos obtidos nesta experiência são validados pela Poli e constam no histórico escolar. A diversidade aqui é muito maior, tanto de propostas quanto de tempo, e é muito incentivado aos ingressantes. O processo seletivo para uma vaga de intercâmbio envolve algumas etapas e fatores. Vale lembrar que cada caso pode variar suas regras, por isso a leitura do edital é imprescindível. Primeiro, o edital contendo as informações e regras é publicado e os interessados fazem sua inscrição. Depois, o processo de análise se inicia: dentre os critérios levados em consideração, estão o desempenho escolar, o histórico, a média ponderada do aluno e sua posição relativa na turma (disponíveis no JúpiterWeb), a existência de reprovações, que não é eliminatória, e a progressão do aluno no curso. Feita a primeira seleção, a segunda etapa se inicia com o envio do currículo, a redação de um projeto profissional — que é como um texto motivacional, contando as aspirações do candidato e os motivos que o fizeram se interessar pela vaga. Novamente selecionados, os graduandos passam por uma entrevista com a CRInt, que gera uma nota. Finalmente, os melhores colocados são indicados para as vagas disponibilizadas pela universidade conveniada. Além disso, é necessário determinado nível de proficiência no idioma em que serão ministradas as aulas. Cada instituição de ensino define o certificado que exigirá, portanto vale, novamente, se atentar aos editais para informações mais precisas de cada caso. Todo esse processo serve para a vaga de intercâmbio. Uma vez garantida, o aluno pode tentar uma bolsa de auxílio financeiro para manter-se no seu destino. Existem diversos tipos de bolsa, seja no Brasil ou no país para onde vai. A França oferece algumas bolsas de excelência, além de outras financiadas por fundações. Na Poli, é possível conquistar uma bolsa da AUCANI (Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional) ou do banco Santander, com o qual a universidade possui uma parceria. As bolsas costumam ser de até 20 mil reais, o suficiente para cobrir em média um semestre de intercâmbio. De 2001 a 2018, 3082 alunos da Poli foram para o exterior por meio destas modalidades de internacionalização. No mesmo período, a Escola recebeu 1578 intercambistas de pelo menos trinta e cinco países diferentes. A tendência é que esse número continue crescendo durante os próximos anos. Para auxiliar no processo, existem grupos como o iPoli, que promove eventos de recepção e integração, além de acompanhar todo o período de permanência dos estudantes.

Diretoria oferece almoço aos calouros da Poli no restaurante central da USP

Alunos recebem almoço da Poli na semana de recepção. (Foto: Letícia Cangane) No final da manhã desta quinta-feira, dia 20 de fevereiro, a Diretoria da Poli ofereceu um almoço aos ingressantes de 2020 dos cursos de engenharia da Escola. A refeição, que teve o intuito de promover a integração dos novos alunos com os espaços da universidade, aconteceu no Restaurante Central do campus. Enquanto esperavam na fila, os estudantes presentes contaram que estão gostando muito da Semana de Recepção preparada pela Escola, com a Atlética da Poli tendo destaque entre os melhores momentos.Para ter acesso às fotos em alta resolução, clique aqui.