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“Fui o primeiro da família a cursar ensino superior, e em universidade pública, isso vai impactar muitas gerações”

“Fui o primeiro da família a cursar ensino superior, e em universidade pública, isso vai impactar muitas gerações” Matheus Dalboni Silva, de 26 anos, se formou em engenharia civil na Poli-USP e fez intercâmbio em universidade italiana, onde teve um excelente desempenho acadêmico  Matheus Dalboni Silva colando grau em março de 2020 na Escola Politécnica da USP. (Imagem: acervo pessoal). O engenheiro civil Matheus Dalboni Silva, formado em 2020 pela Escola Politécnica (Poli) da USP, foi o primeiro da família a cursar ensino superior, e a estudar em uma universidade pública. Mas esta não foi a sua única conquista durante a graduação. Devido ao seu excelente desempenho nas aulas, Matheus conseguiu uma oportunidade com a qual nunca sonhou, e sequer conhecia antes da graduação: o intercâmbio acadêmico. Suas boas notas garantiram uma vaga no concorrido processo de seleção de estudantes nos programas de Duplo Diploma da Poli, por meio do qual ele passou dois anos estudando na Politecnico Di Milano, em Milão, na Itália.  Os desafios enfrentados pelo então estudante foram além do esperado para um intercâmbio, que são o choque cultural e o idioma. Ele teve que encontrar uma forma de viabilizar o projeto financeiramente, uma vez que não contava com bolsa de estudos, e sua namorada cedeu os recursos necessários para que ele não tivesse que desistir. Matheus aproveitou a oportunidade, e estudava muito antes e depois das aulas, o que ele conta que o ajudava a se sentir preparado na hora das provas do curso “Gestão do Ambiente Construído”, voltado para o gerenciamento de projetos de construção no pós-obra. Seu esforço foi recompensado com a nota máxima e méritos no curso, 110, um feito muito raro até mesmo para os nativos, e uma exceção ainda maior para alunos estrangeiros e sendo um dos únicos em uma formatura de 15 alunos estrangeiros e italianos do curso a se sobressair com nota máxima . Isso significa que ele obteve a nota máxima, equivalente a 10, na sua média geral de todas as disciplinas ao longo dos dois anos de intercâmbio na universidade italiana. Além do excelente desempenho nas disciplinas, Matheus ainda conseguiu nota máxima na tese. Para o sistema italiano, o que é diferente do restante da Europa, alcançar nota máxima nas disciplinas é raro entre os próprios estudantes nativos. Para alcançar essa performance, o engenheiro conta que, diante dos desafios, se motivava cada vez mais, e passava horas se dedicando para fazer valer a pena toda ajuda financeira que recebeu durante a sua estadia. “Estudava muito para poder representar o Brasil, a Poli e as pessoas que acreditaram em mim”, pontua ele.  Todo o ensino na rede pública – Antes mesmo de sonhar com um intercâmbio acadêmico como esse de Duplo de Diploma, Matheus estudou em escola pública ao longo de toda sua vida, e é protagonista de uma trajetória de persistência e descobertas que o diferencia de muitos alunos que entram na Universidade diretamente do ensino médio . “Minha trajetória foi um pouco conturbada, não foi igual a maioria dos meus colegas. Comecei a trabalhar muito cedo, desde os 14 anos. No ensino médio, eu estudava à noite para poder trabalhar durante o dia. Isso já me deu bastante maturidade para entrar na Universidade, com a mentalidade de que eu tinha que aproveitar a oportunidade”.  Matheus entrou na Poli aos 20 anos e conta que durante o ensino médio não conhecia a universidade pública, a qual veio a conhecer apenas durante o cursinho. Então começou a fazer técnico na área de engenharia civil para conseguir um trabalho com melhor remuneração, e assim arcar com as mensalidades de uma faculdade privada. “No técnico em edificações tive um rendimento bom e consegui começar como estagiário e assim descobri a minha paixão pela área. Fui efetivado como assistente técnico, e depois de um tempo comecei a trabalhar concursado na Companhia Paulista de Obras e Serviços”. Foi durante esse período, que o engenheiro descobriu o cursinho popular da Poli, gerido pelo Grêmio Politécnico, e a universidade pública: “Vi que precisava fazer cursinho para conseguir uma bolsa para pagar menos na mensalidade da faculdade. Foi no cursinho que conheci o universo da universidade pública. Isso abriu a minha mente, então o melhor pra mim era tentar uma vaga na universidade pública porque eu não tinha condições de pagar para fazer faculdade, e a minha família também não tinha condições”.  Matheus ministrando aulas no cursinho popular da Poli USP. (Imagem: acervo pessoal). Matheus durante intercâmbio acadêmico na Itália. (Imagem: acervo pessoal). Ao longo de um ano de cursinho em 2014, Matheus começou um ano de dedicação aos estudos e consequentemente a sua aprovação no curso de engenharia de Petróleo da Escola. “Eu  não entrei no curso de engenharia civil devido ao corte de nota da Fuvest. Então acabei entrando na sexta chamada e na opção engenharia de petróleo, lá em Santos. Fiquei um ano no curso e acabei fazendo transferência para engenharia civil, que era minha primeira opção desde o começo”.  O engenheiro lembra que no primeiro ano na Escola estava sob muita pressão e estressado. “Pra mim eu não pertencia àquele lugar. Eram realidades totalmente diferentes da minha. Estava assustado com as aulas, tinham aulas que nem sabia o que eu estava fazendo lá. Mas  depois das primeiras provas, fui vendo que eu conseguia lidar com aquilo (com o curso). Eu estava tirando notas maiores do que os meus colegas, e comecei sentir que eu conseguiria. Depois desse ano consegui obter notas muito boas que me permitiram transferir para engenharia civil”.  A entrada no curso dos sonhos veio acompanhada de muitas realizações para o engenheiro e consequências positivas. “Quando cheguei na civil, estava totalmente realizado. Todas as matérias do curso eram muito interessantes. Minha trajetória até chegar ao Duplo Diploma foi fluindo porque eu me interessava muito por tudo. Comecei a participar de outras atividades, e voltei para o cursinho em 2016 como plantonista e depois professor, achava que precisava retribuir tudo que eles fizeram por mim”.  Diante do desafios “Encontre o seu porquê” – O interesse em cursar Duplo Diploma no exterior veio acompanhado de muito incentivo por parte dos amigos, da namorada e de professores da Escola. “Me candidatei ao processo seletivo do Politecnico Di Milano, foi muito concorrido e tinha apenas 10 vagas para essa Escola. E acabei sendo o único do curso de engenharia civil a ser selecionado”, comenta ele.  A esperada aprovação também veio acompanhada de desafios, o primeiro foi o financeiro. Matheus não tinha bolsa auxílio, importante para manutenção do aluno na Universidade de destino: “Depois que recebi a notícia da aprovação foi uma grande tortura. Não tinha dinheiro para ir e também não queria incomodar a minha família, porque sabia que eles também não tinham condições financeiras”.  Foi a partir da ajuda financeira da família da sua namorada que o engenheiro decidiu embarcar rumo a mais um passo da sua vida pessoal e profissional. “Tinha que fazer valer a pena toda ajuda que recebi”, enfatiza o engenheiro.  “Quando eu cheguei na Itália, foi um choque porque eu não falava italiano e meu inglês era mais ou menos. Então foi um desafio muito grande ter que amadurecer o  inglês. E aí quando você chega em um país onde o inglês não é língua nativa as pessoas não estão dispostas a conversar com você em inglês. Então é outro baque”, conta Matheus. Diante dos desafios impostos pelas diferenças culturais e pelo idioma, Matheus começou a aprender a se comunicar em italiano. “Não se pode esperar que as pessoas falem em inglês com você numa padaria, por exemplo. Por outro lado, na Universidade não houve problemas, tendo em vista a “internacionalidade” do Politecnico Di Milano”. Além de todos os desafios, que foram muitos, Matheus conta que a experiência lhe proporcionou uma vivência com pessoas das mais diversas nacionalidades. “Meu primeiro trabalho em grupo foi com um búlgaro, uma italiana e um egípcio, então pra mim aquilo era incrível”. Essa vivência lhe proporcionou diversas oportunidades e de amigos. Matheus acredita que para os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que sonham com uma vivência acadêmica internacional, sonhar e realizar os sonhos é possível. Para isso, ele fala sobre a importância de aproveitar as oportunidades da Universidade e encontrar o seu “porquê” para se manter motivado. “Acho que a universidade não se resume só a aula e a prova. Pelo próprio nome de “universidade”, é um universo de muitas possibilidades. Não se compare e encontre seu ritmo para lidar bem com a Poli; encontre atividades extras que vão te acrescentar. Eu tinha a minha razão de estar ali, então encontre a sua também. O seu “porquê” o faz levantar todos os dias da cama sem hesitar”.  Hoje, já formado, Matheus conta que seu objetivo agora é retribuir à sociedade tudo o que aprendeu durante os 6 anos de estudos na Poli. Montar seu próprio negócio é um dos seus sonhos para gerar renda e emprego para população. “Eu fui o primeiro da família  a cursar ensino superior e isso vai impactar muitas gerações da minha família. A universidade é o momento em que você se impacta e impacta os outros positivamente. Estudar é um caminho e você tem que aproveitar”, finaliza o engenheiro.   Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Fotografia astronômica tirada por aluno da Poli é selecionada pela NASA

O aluno do quinto ano de Engenharia de Produção na Escola Politécnica (Poli) da USP, Gabriel Rodrigues Santos, tirou a foto astronômica selecionada para o NASA Astronomy Picture of the Day (APOD) do dia 26 de abril de 2021. O Astronomy Picture of the Day é um site mantido pela NASA e a Michigan Technological University, o qual expõe a cada dia uma nova fotografia do cosmo, junto a uma explicação sobre a imagem escrita por um astrônomo profissional. “É uma grande honra e uma alegria”, comemora o estudante. A fotografia escolhida mostra três nebulosas brilhantes na constelação de Sagitário, próximas ao centro da Via Láctea, a região está há cerca de 5000 anos luz da Terra. Duas nebulosas da foto foram catalogadas por Charles Messier no século XVIII, a M8, também conhecida como Nebulosa da Lagoa, e a M20, chamada de Nebulosa Trífida. A terceira nebulosa foi catalogada como NGC 6559. Essas nebulosas são nuvens de gás e poeira nas quais ocorre intensa formação de estrelas, sendo conhecidas como “berçários de estrelas”.  A imagem criada por Gabriel é um mosaico formado por quatro fotografias adjacentes. Essas fotos foram capturadas durante quatro horas de exposição da câmera fotográfica ao decorrer de algumas noites em julho de 2020. As imagens foram tiradas em um sítio no sul do Estado de Minas Gerais, a uma distância considerável da luminosidade urbana, o que foi muito importante para capturar as imagens. “A temperatura naquelas noites de inverno chegou a zero grau enquanto a câmera estava capturando luz! Foi desafiador, mas valeu a pena”, acrescenta o aluno. Para fotografar as nebulosas, o estudante utilizou um telescópio de 150mm de abertura e uma câmera digital semiprofissional de entrada. “O mais importante é o suporte para o conjunto, um equipamento chamado ‘montagem equatorial’, que permite o acompanhamento dos astros por longas exposições: um motor compensa a rotação da Terra, que causa o movimento das estrelas de leste para oeste”, explica o aluno. A astrofotografia é um da fotografia especializada em capturar imagens de corpos celestes. Para essa área, a engenharia é muito importante. “Tem muita engenharia por trás também, e costumo aplicar o que aprendo em disciplinas da Poli no hobby, desde projetar peças mecânicas, até algumas técnicas para gerenciar os arquivos e processar as imagens. No final, é uma grande fonte de aprendizado e de experiências”, fala o futuro engenheiro. A relação de Gabriel com a astrofotografia começou quando ele tinha 12 anos e tirou sua primeira foto do cosmo com uma câmera comum. “Um pouco depois pude comprar uma câmera DSLR (que permite troca de lente e ajustes manuais), e comecei a me interessar mais por fotografar as estrelas. Na época tinha 13 anos”. “Mesmo com todas as dificuldades que estamos passando, olhar para o céu é uma fonte de esperança. As noites em casa em tempos de isolamento social podem ganhar nova dimensão ao buscar conhecer mais sobre astronomia e olhar as estrelas – o convite está sempre feito”, finaliza Gabriel. Acesse o site da Astronomy Picture of the Day e veja a fotografia tirada pelo Gabriel aqui.

Plataformas de repositório de dados: um primer

Fonte: http://www.acessoaberto.usp.br/plataformas-de-repositorio-de-dados-um-primer/ Plataformas de repositório de dados: um primer Publicado em 30 de abril de 2021 por AGUIA Esta é uma tradução livre da matéria original intitulada “Data Repository Platforms: A Primer” atualizada em 10 de março de 2021. Última atualização em 10 de março de 2021 Embora os estudiosos geralmente acreditem no valor de compartilhar e preservar conjuntos de dados de pesquisa, muitos não acreditam que valha a pena fazer isso . E, quando investem seu tempo no compartilhamento e na preservação de dados, tendem a ter uma preferência por fazê-lo de maneira independente e autossuficiente . Essas são questões que não apenas documentamos por meio de nossa pesquisa nacional de longa data com o corpo docente, mas também aquelas que enfrentamos em nosso próprio trabalho como pesquisadores de ciências sociais conduzindo estudos de pesquisa em larga escala. O compartilhamento de dados pode ser valioso por uma série de razões . Ele permite que outros replicem análises e resultados, estimula pesquisas adicionais com conjuntos de dados pré-existentes, melhora os métodos de coleta de dados por meio do escrutínio de outros e incentiva amplamente perspectivas alternativas que podem promover uma diversidade de análises e conclusões. Além disso, o compartilhamento de dados de pesquisa contribui para o conhecimento da sociedade e pode evitar que outros pesquisadores canalizem recursos para duplicar os esforços de coleta de dados, permitindo que trabalhem com dados pré-existentes. Particularmente durante a pandemia COVID-19, quando o corpo docente encontra desafios na realização de pesquisas com dados recém-gerados, aproveitar os dados que já foram coletados e analisados pode ser particularmente útil. Muitos acadêmicos pesam esses benefícios em relação aos desafios mencionados acima, juntamente com os mandatos dos financiadores, ao determinar se e como depositar seus dados. Como existe um panorama robusto de espaços de compartilhamento de dados de pesquisa , decidimos conduzir pesquisas exploratórias de alto nível em vários repositórios de dados, principalmente para informar nossos próprios protocolos de depósito de dados. Depositamos regularmente dados do US Faculty Survey , do Library Director Survey , bem como de vários outros projetos de pesquisa com o ICPSR . Reconhecendo que nossa pesquisa sobre uma variedade de características de repositórios de dados pode render utilidade para outros pesquisadores, hoje estamos publicando um resumo de nossas descobertas. Abaixo você pode encontrar sete repositórios comparados lado a lado em formato tabular. Destacamos fatores específicos que são essenciais para informar a tomada de decisão: escopo disciplinar, cronogramas típicos para o processamento de conjuntos de dados, custos associados e serviços oferecidos (como curadoria de dados). Nome do repositório Âmbito disciplinar Oferece curadoria de dados? Período de tempo para selecionar dados Custo do depósito de dados Acessando depósitos de dados Dríade Repositório geral com foco em conjuntos de dados científicos e médicos sim Aproximadamente um dia Há uma variedade de planos de associação pagos disponíveis para instituições e editoras para o depósito de conjuntos de dados. O preço é baseado em fatores como o nível de financiamento de bolsas de pesquisa. Nenhum custo associado ao acesso a conjuntos de dados Figshare Repositório geral Não, mas disponível para Figshare para instituições N / D Nenhum custo associado ao depósito de conjuntos de dados Nenhum custo associado ao acesso a conjuntos de dados Harvard Dataverse Repositório geral sim A consulta e a avaliação gratuitas levam de 1 a 3 horas, mas o tempo real de curadoria varia de acordo com a complexidade dos dados Nenhum custo associado ao depósito de conjuntos de dados Nenhum custo associado ao acesso a conjuntos de dados ICPSR Repositório geral com foco em conjuntos de dados de ciências sociais sim Uma vez atribuído a um curador, o processo de curadoria da maioria dos estudos leva de 4 a 8 semanas, mas pode levar vários meses, dependendo da complexidade dos dados e do nível de curadoria necessário. Nenhum custo associado ao depósito de conjuntos de dados; pode haver taxas adicionais para conjuntos de dados particularmente grandes O acesso ao ICPSR requer inscrição paga por meio de uma instituição membro, embora alguns conjuntos de dados sejam de acesso aberto. Mendeley Data Repositório geral Não N / D Assinaturas gratuitas e pagas estão disponíveis para armazenamento e depósito de conjuntos de dados com três planos mensais pagos diferentes com base no espaço de armazenamento total Nenhum custo associado ao acesso a conjuntos de dados. Centro Roper para Pesquisa de Opinião Pública Inclui principalmente conjuntos de dados de pesquisas de opinião pública sim Aproximadamente uma semana Nenhum custo associado ao depósito de conjuntos de dados Tanto membros quanto não membros podem acessar os dados. Os não membros pagam uma taxa associada aos dados. Zenodo Repositório geral Não N / D Nenhum custo associado ao depósito de conjuntos de dados Nenhum custo associado ao acesso a conjuntos de dados   Naturalmente, existem diferentes compensações associadas à escolha de um repositório em vez de outro. Alcance e impacto: vários desses repositórios são gerais em termos de escopo disciplinar, enquanto alguns atendem principalmente às ciências sociais ou ciências. Isso pode ajudar a definir qual repositório os pesquisadores podem selecionar, dependendo do público-alvo para reutilizar seus dados. Da mesma forma, quem tem a capacidade de acessar conjuntos de dados em cada um dos repositórios e a que custo deve ser considerado. Se o acesso aberto for uma prioridade, pode fazer sentido selecionar Mendeley Data, Zenodo ou Dryad, já que os conjuntos de dados nesses repositórios são de acesso livre ao público. Harvard Dataverse e Figshare permitem que os estudiosos escolham se os conjuntos de dados são de acesso livre ou restrito. Na outra extremidade do espectro, ICPSR e The Roper Center exigem pagamento ou associação para acessar conjuntos de dados. Custo de depósito : Vários repositórios exigem associação institucional ou individual ou têm taxas associadas ao depósito de dados de pesquisa. Se o custo do depósito do conjunto de dados for uma preocupação, Figshare, Harvard Dataverse, The Roper Center e Zenodo não cobram pelo depósito de dados de pesquisa e o Mendeley Data também tem uma opção de associação gratuita. Curadoria de dados : os serviços de curadoria de dados envolvem processos que validam dados, como garantir que haja alinhamento com o questionário, livro de códigos e conjunto de dados de projetos de pesquisa. Os dados também podem ser disponibilizados em vários formatos de arquivo, como arquivos CSV, SAS e SPSS. Os serviços de curadoria de dados também podem servir como uma verificação adicional antes de os dados serem disponibilizados para outros, e é um recurso que valorizamos muito na Ithaka S + R. Dryad, Harvard Dataverse, ICPSR e The Roper Center oferecem serviços de curadoria de dados, enquanto a Figshare oferece curadoria de dados por meio de um serviço de assinatura adicional, e o Mendeley Data não oferece curadoria de dados. É importante observar que a curadoria de dados pode aumentar o tempo antes que um conjunto de dados se torne disponível em qualquer repositório.. Para Dryad, o período de tempo para curar e depositar dados é normalmente de um dia, enquanto para The Roper Center isso pode levar cerca de uma semana, e para Harvard Dataverse, isso normalmente varia dependendo da complexidade dos dados. Se o período de tempo antes de um conjunto de dados ficar disponível não é uma grande preocupação, o ICPSR leva aproximadamente quatro a oito semanas para selecionar a maioria dos conjuntos de dados. No entanto, dependendo da complexidade dos dados, esse processo pode levar vários meses, então o ICPSR também se desenvolveu e oferece outro serviço – openICPSR – que não oferece curadoria de dados em que os dados podem ser rapidamente depositados. Se a curadoria de dados não for importante e a velocidade for ideal, Figshare e Mendeley Data podem ser boas escolhas. Esperamos que o instantâneo de 2020 resumido aqui possa ajudar a servir outros pesquisadores, especialmente aqueles nas ciências sociais, pois eles pesam os prós e os contras de cada repositório. Claro, esses provedores de repositório frequentemente mudam e adaptam seus serviços e ofertas. Ao considerar a preservação e o compartilhamento de seus dados de pesquisa, ficaremos felizes em discutir essas opções com você. Envie um e-mail para nicole.betancourt@ithaka.org . Agradeço a Janan Shouhayib, uma aluna de PhD do The Graduate Center e estagiária da equipe de pesquisas e pesquisas Ithaka S + R durante a primavera e o verão de 2019, por suas contribuições para esta pesquisa exploratória. == REFERENCIA == BETANCOURT, Nicole. Data Repository Platforms: A Primer. Ithaka Blog, Jan. 2021 – updated March 2021. Disponível em: https://sr.ithaka.org/blog/data-repository-platforms-a-primer/ Acesso em: 30 abril 2021. ‹ E-book “Ciencia abierta: opciones y experiencias para Mexico y Latinoamérica” 2021 Publicado em Notícias Marcado com: 2021, Agencia USP de Gestão da Informação Acadêmica, Bibliotecários, Budapest Open Access Initiative, Centro Roper para Pesquisa de Opinião, Curadoria de Dados, custos do Acesso Aberto, Dados Científicos, Dados de pesquisa, Dríade, Figshare, Harvard Dataverse, ICPSR, Ithaka, Mendeley Data, Open Access, repositórios de dados, Zenodo

Poli e SPTrans fecham parceria para estudo da implementação de frota sustentável

A Escola Politécnica (Poli) da USP e a SPTrans firmaram uma parceria para estudar a eletromobilidade, principalmente na frota de ônibus. O intuito da parceria é verificar a disponibilidade e a melhor maneira de realizar a troca da frota de ônibus a diesel pelos elétricos. O projeto é coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia de Produção pela Poli, Fernando Tobal Berssaneti.  Após um contato inicial realizado em 2018, que visava a realização de um estudo internacional sobre eletromobilidade, os pesquisadores da Poli estabeleceram um canal de diálogo entre a SPTrans e a Poli, e um diretor da empresa pública de transporte entrou em contato e propôs um convênio para estudar a possibilidade de uma frota de ônibus elétricos. Durante a maior parte de 2019, a Poli e a SPTrans conversaram sobre os termos do convênio, e o início da pandemia, em 2020, atrasou a assinatura do convênio em quase um ano. Em meados de outubro de 2020, foram acertados todos os detalhes para o início do convênio. Normalmente, para a assinatura de convênios entre a USP e órgãos públicos é realizado um evento com a presença do Reitor e de representantes da estatal, contudo, em razão da pandemia de covid-19, os envolvidos optaram por apenas assinar o contrato em novembro de 2020. “Então, em dezembro começamos a fazer as reuniões para iniciar o projeto”, fala o professor.  O doutor Fernando Berssaneti é o responsável da USP pelo convênio e o Engenheiro Simão é o coordenador técnico e responsável pelo convênio por parte da SPTrans. Atualmente, além dos profissionais da Poli e da SPTrans, alunos de mestrado e doutorado da Poli também compõem a equipe do projeto. Na fase inicial do convênio, os pesquisadores da Poli estão fazendo várias reuniões com os profissionais da SPTrans. “Para entender como funciona uma vistoria de um ônibus, eles vão mostrar a de um ônibus elétrico e um ônibus convencional a diesel, para começarmos a pensar o que podemos fazer em termos de pesquisa”, explana o doutor sobre as atividades realizadas pelo convênio no período inicial. Uma das frentes de pesquisa da iniciativa é o estudo da viabilidade de implementar frotas de ônibus elétricos na cidade de São Paulo. A viabilidade econômica é um dos principais focos da pesquisa. “Essa questão da viabilidade econômica, ou seja, o investimento para trocar uma frota de ônibus a diesel por uma de ônibus elétrico, considerando que o ônibus elétrico tem um custo de compra, de operação e, acima de tudo, tem uma uma limitação da bateria”, fala o professor. Ele ainda acrescentou que em uma cidade grande como São Paulo, na qual muitas linhas de ônibus atravessam quase toda a cidade, a limitação da bateria pode ser um empecilho.  No ramo da viabilidade, os pesquisadores também estudarão as questões técnicas e de segurança. “A SPTrans pediu também para começarmos a analisar a questão da segurança dessa operação, ou seja, se tiver um acidente com um veículo desse como é que é feito um resgate”, acrescenta Fernando. A Poli também pesquisará sobre a questão ambiental, principalmente a emissão de poluentes. Os pesquisadores objetivam descobrir de quanto será a redução dos gases poluentes, como dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e (óxidos de nitrogênio) NOX, na atmosfera com a troca da frota de ônibus a diesel pela elétrica. As vantagens para Poli com a parceria são muitas, e estritamente acadêmicas. Com os dados recebidos e estudos realizados na SPTrans, os membros da Poli planejam publicar artigos científicos, enquanto a SPTrans receberá soluções para ter uma frota sustentável. Se os estudos comprovarem a viabilidade dos motores elétricos, a população ganhará uma cidade com ar mais limpo, com um trânsito mais silencioso e preocupada com o meio ambiente.  A viabilidade da frota elétrica não leva em conta apenas os gastos com os ônibus, mas também os benefícios para o município e sua população. Com uma melhor qualidade do ar, a qualidade de vida aumenta, há menos doenças respiratórias e hospitalizações. A parceria entre a Poli-USP e a SPTrans tem contrato de cinco anos com possível renovação. Com os estudos, a Poli pretende gerar soluções e auxiliar na decisão da SPTrans por uma frota mais sustentável.

BBC Brasil: Número de mortes por covid-19 pode ultrapassar 514 mil, aponta projeção de professor da Poli  

Na quinta-feira, dia 29 de abril, o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortes por covid-19. Porém, segundo estimativas, o número de mortos pode ultrapassar 514 mil. Uma das projeções é realizada pelo professor Miguel Buelta, do departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica (PEF) da Escola Politécnica (Poli) da USP.  Essas estimativas são chamadas de nowcasting. “O nowcasting corrige os atrasos do sistema de notificação vigente, isto é, adianta-se as notificações oficiais futuras pelo tempo médio entre a ocorrência dos primeiros sintomas no paciente e a hospitalização, quando há o registro dos seus dados no sistema de vigilância”, detalha o Observatório Covid-19 BR. Leia a matéria completa do BBC aqui.

Jornal da USP: Criação do primeiro chip de computador pela USP completa 50 anos

Há 50 anos, em 1971, a Escola Politécnica da USP desenvolveu o primeiro chip da América Latina. A criação pioneira do circuito integrado marca a trajetória do Laboratório de Microeletrônica (LME), fundado em 1968. Posteriormente, com a incorporação do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), a tecnologia foi aperfeiçoada para incorporar processadores, máquinas de calcular, supercomputadores e realidade virtual. A história da microeletrônica brasileira é contada por João Antonio Zuffo, professor sênior do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP e criador do primeiro circuito integrado brasileiro. Leia a notícia completa no link.

Professor da Poli participa de Audiência Pública da Câmara dos Deputados sobre Transporte e pandemia nesta sexta (30/4)

Foto: Fundação Vanzolini. O professor Mauro Zilbovicius, do Departamento de Engenharia de Produção da Poli, participará, nesta sexta-feira, 30 de abril, às 14h, de uma audiência pública sobre o tema “Transporte público e pandemia”, evento que será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Câmara, bem como pelo site da comissão e pelo portal e-Democracia. A audiência atende ao Requerimento no 02/2021, de autoria da Deputada Luisa Erundina (PSOL/SP), e será transmitida pela Internet nos canais de comunicação da Câmara dos Deputados, e com a participação da sociedade por intermédio do Portal e-Democracia, ferramenta de interação legislativa da Câmara. Acesse o evento nos links abaixo: https://www.youtube.com/channel/UC-ZkSRh-7UEuwXJQ9UMCFJA  https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/clp https://edemocracia.camara.leg.br/

Poli e Ambev lançam Programa de parceria no dia 13 de maio

No dia 13 de maio de 2021, das 17h30 às 18h30, será realizado o Lançamento do Programa Ambev On POLI-USP. A cerimônia contará com a presença de representantes da Ambev e da Escola Politécnica (Poli) da USP. O Programa Ambev On POLI-USP irá oferecer capacitação, orientação e recursos para apoiar projetos realizados por equipes de estudantes. O objetivo é o aprimoramento na formação de estudantes para a inovação, com ênfase em temas relevantes para a sociedade, como a sustentabilidade ambiental. O Programa será sediado em um espaço multiusuário no Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica, que está em fase avançada de implantação. Durante o evento será lançado um Desafio de Inovação para Equipes de Estudantes. Participe do evento no Youtube: https://youtu.be/JptHnatZ7DQ.  

Poli-USP anuncia parceria com empresa para o desenvolvimento de pesquisa em reciclagem 

A Escola Politécnica (Poli) da USP e a empresa Tupy  fecham parceria inédita para o desenvolvimento de pesquisa em reciclagem de baterias de lítio, com um investimento inicial de R$ 4 milhões. O projeto será conduzido por 15 pesquisadores e, ao longo dos dois anos estabelecidos para a pesquisa, o número pode chegar a 20 profissionais envolvidos, entre professores, doutores, mestrandos e técnicos. Além da Tupy e da Escola Politécnica da USP, estão envolvidos na parceria a Fundação USP e o Embrapii. Hoje, grande parte dos processos de reciclagem de baterias são por pirometalurgia, no qual a matéria-prima é incinerada. Além de consumir muita energia e gerar emissões de carbono, há grande perda na recuperação de materiais, principalmente, do lítio. Confira na íntegra.