Arquivo mensais:novembro 2022

Número de ingressantes que se declaram negros em engenharia salta mais de 4 vezes em 10 anos

  Matéria publicada pela Folha de S. Paulo, no dia 26 de novembro, documenta o aumento crescente de alunos autodeclarados pretos ou pardos nos cursos de graduação nas áreas de engenharia na última década. Os dados analisados foram levantados pelo Censo da Educação compilados pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper, coordenado pelo pesquisador Gerrio Barbosa. Os resultados apontam um crescimento considerável no número de alunos negros ingressantes/matriculados em cursos de engenharia entre os anos de 2010 e 2021, além de um aumento também na quantidade de jovens negros que concluíram o curso. A matéria apresenta relatos de Larissa Rodrigues e Murilo Noronha, ambos alunos da Escola Politécnica (Poli) da USP. Leia no site.

Pesquisadora da Poli-USP elenca principais dados para bases públicas de estruturas de contenção de rejeitos de mineração

Pesquisadora da Poli-USP elenca principais dados para bases públicas de barragens de mineração [Imagem: DigitalGlobe/Google Maps/Reprodução) A engenheira de minas Rafaela Shinobi Massignan, formada em 2o21 pela Escola Politécnica (Poli) da USP, desenvolveu um estudo sobre o conteúdo mínimo de bases de dados de estruturas de contenção de rejeitos, alinhadas a recomendações internacionais de boas práticas em seu trabalho de conclusão de curso.  Seu trabalho está ligado à necessidade de ampliação da transparência na gestão de riscos das estruturas e contenção de rejeitos, que foi evidenciada em decorrência dos desastres envolvendo barragens de mineração, como na Mina Mount Polley, em 2014, na Barragem do Fundão, em 2015, na Mina do Córrego do Feijão, em 2019, e também pela ruptura recente na província de Free State, na África do Sul, em setembro de 2022.  Rafaela explica que, em reação às rupturas, foi criado o Padrão Global de Indústria para a Gestão de Rejeitos, que determina que os empreendedores cooperem com iniciativas de criação de bases de dados públicos, embora não defina o conteúdo destas bases. Como resultado, foi proposto um conteúdo mínimo de bases públicas de dados de estruturas de contenção de rejeitos, estruturado em sete categorias e 26 itens. O conteúdo visa a redução da vulnerabilidade social, por meio da maior transparência em informações padronizadas de estruturas de contenção de rejeitos, além da ampliação da divulgação do plano de ação de emergência e do estudo de mancha de inundação. No Brasil, em consonância ao padrão, a Agência Nacional de Mineração (ANM) desenvolve, desde 2017, o Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SIGBM) e, em janeiro de 2020, foi lançado a primeira base global, o Global Tailings Portar (GTP).  A centralidade do trabalho de Rafaela está na importância dos dados de estruturas de contenção de rejeito serem públicos e bem revisados, visto que são ferramentas de gerenciamento de riscos de desastres. “O conteúdo formulado pode beneficiar países que pretendem realizar bases nacionais. Entretanto, as bases também necessitam de formato e linguagem acessíveis, com explicações sobre termos técnicos a fim de aumentar a sua acessibilidade. Tão pouco a comunicação dos riscos se limita à base, e são necessários canais de comunicação e resposta em tempo adequado”, reforça a engenheira. O trabalho de Rafaela, “Desenvolvimento do conteúdo mínimo de bases públicas de dados de estruturas de contenção de rejeitos de mineração”, orientado pelo professor Luis Enrique Sánchez, recebeu o prêmio Melhores Trabalhos de Conclusão de Curso pelo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo (PMI) referente ao seu ano de formatura  . Destinada aos alunos da Engenharia de Minas, a premiação foi realizada no auditório do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais e fez parte da programação da Semana de Estudos Mínero-Metalúrgicos (SEMM).  Neste ano, em conjunto com a empresa Metso Outotec, foram reconhecidos os melhores trabalhos de conclusão do curso de Engenharia de Minas para os alunos formados em 2019, 2020 e 2021 que, em decorrência da pandemia de covid-19, tiveram as cerimônias de entrega adiadas. Os trabalhos são escolhidos por uma comissão composta por professores do Departamento e profissionais na Metso Outotec, enquanto levam em conta aspectos como conteúdo, aplicabilidade e atualidade do tema.  O trabalho premiado de Rafaela Shinobi Massignan teve grande desempenho em todos os aspectos. Experiência Universitária Durante a graduação, foi uma das atletas da Equipe de Natação da Poli que organizou o Ecoswim, evento de natação que arrecada fundos ao Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), e realizou uma Iniciação Científica(IC) que a guiou até o trabalho de formatura. Isso porque o tema do TCC foi precedido pela IC que Rafaela desenvolveu entre 2019 e 2020 de título “Desenvolvimento de critérios para análise de projetos de desativação e descaracterização de barragens de rejeitos de mineração”, também feito sob orientação do professor Luis Enrique Sánchez. A IC rendeu a publicação do artigo “O que significa descaracterizar barragens de rejeitos de mineração? Uma revisão sistemática da literatura”, na Revista Engenharia Ambiental e Sanitária, após ser impulsionada pelas novas exigências legais que descaracterizaram barragens de rejeitos alteadas a montante, pensando em uma revisão sobre métodos e técnicas, além de seus impactos ambientais.  Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Inscrições Abertas para MBA e Especializações do Programa de Educação Continuada (PECE) da Poli para 2023

Estão abertas inscrições para cursos de Especialização/MBA, no Programa de Educação Continuada (PECE) da Escola Politécnica (Poli) da USP, nas áreas de Automação Industrial, Manufatura e Manutenção, Qualidade, Produtos e Serviços, Engenharia Financeira, Software, Tecnologias Ambientais, Tecnologias Digitais e Inovação, Formação de Líderes Digitais, Big Data, Energias Renováveis, Segurança do Trabalho, Planejamento e Gestão de Cidades, Sistemas Metroferroviários, Sistemas Estruturais e Edificações. O início das aulas será em fevereiro de 2023. Informações sobre conteúdo, corpo docente, preços e inscrições estão disponíveis em www.pecepoli.com.br. 

Pesquisadores da USP desmentem informações falsas sobre urnas

A fim de desmentir diversos rumores falsos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisaram relatos sobre o funcionamento dos aparelhos a partir de dados de análises preliminares e testes realizados nas urnas. Uma das principais alegações diz que não houve uma auditoria documentada dos modelos de urnas anteriores aos de 2020. No entanto, o professor Wilson Ruggiero, do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da USP, afirma que não somente houve a análise dos modelos de 2020 e 2015, como também o acesso à documentação, código-fonte e operações de testes. Ruggiero comenta que 26 pesquisadores participaram do TPS, teste público envolvendo os dispositivos no ano passado. Inclusive o do modelo mais recente, que passou por análises profundas, e diz que “não há nenhuma justificativa para fazer essa alegação”. Leia a matéria na íntegra.  

Pesquisadores de USP, UFSCar e UFABC atestam confiabilidade das urnas

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Federal do ABC (UFABC) atestaram a idoneidade do sistema eleitoral brasileiro, que foi questionada novamente por meio de relatórios publicadas por instituições sem respaldo técnico ou com quaisquer conhecimentos do sistema eletrônico de votação. No documento “Comentários sobre alegações infundadas ou falsas sobre as urnas eletrônicas brasileiras”, divulgado em 11 de novembro, especialistas das 3 instituições de ensino elucidam dúvidas que surgiram recentemente sobre o processo eleitoral brasileiro, em particular por causa de afirmações feitas em relatório referente ao 1º turno das eleições deste ano, de autoria desconhecida, mas amplamente divulgado na internet. O professor da Escola Politécnica (Poli) da USP, Wilson Ruggiero, diz que tais explanações não têm respaldo técnico ou fundamento que atestem evidências de qualquer comportamento inautêntico das urnas eletrônicas. Ruggiero também é integrante do grupo de trabalho criado mediante convênio com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realizar auditoria externa do sistema de votação. “Nós temos um convênio firmado com o TSE, e isso possibilita que possamos fazer testes de segurança sobre as urnas. Recebemos modelos de urnas de 2020 e 2015, além de toda a documentação com códigos-fonte e códigos compilados, o que nos permitiu ter condições de fazer vários testes. Portanto, alegações [sobre a não confiabilidade do sistema eletrônico de votação] são infundadas”, afirma Ruggiero. Leia a matéria na íntegra.  

Laboratórios da USP estudam revestimentos inteligentes com poder de autorreparação

  A deterioração de materiais metálicos, chamada de corrosão, é um fenômeno que ocorre de maneira espontânea, por meio de reações químicas e eletrônicas com o meio ambiente. Estima-se que 30% da produção mundial de ferro e aço seja perdida com a corrosão. Segundo dados da mineradora multinacional Nexa Resources, no Brasil o gasto de manutenção contra o fenômeno correspondeu a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, cerca de R$ 290 bi.  Uma nova tecnologia de revestimentos inteligentes com propriedade de autorreparação está sendo estudada na Universidade de São Paulo, dentro do Departamento de Engenharia Química na Escola Politécnica (Poli), pela professora e pesquisadora Idalina Vieira Aoki. A fim de mitigar a corrosão em superfícies metálicas, a tecnologia utiliza microcápsulas com um agente reparador que age na área danificada localmente, de maneira autônoma, impedindo o avanço da corrosão do substrato metálico pintado. Idalina afirma que o encapsulamento de inibidores de corrosão foi inspirado na área médica, mais precisamente nos “fármacos que podem provocar reações ou efeitos colaterais indesejados, que são encapsulados e funcionalizados para irem direto ao órgão adoecido”. Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.

Economia circular se mostra como sistema que relaciona meio ambiente e capacitação profissional

A economia circular e a sustentabilidade são temas envoltos para o desenvolvimento sustentável e são vinculados ao processo de produção moderna. A ideia consiste na inserção de resíduos de volta à cadeia produtiva, enquanto evita a sobrecarga no meio ambiente no processo de retirada de matéria-prima e promove a inclusão social de comunidades coletoras e catadoras.   No sistema tradicional de produção, que é utilizado desde a Revolução Industrial, há a extração de insumos da natureza, a transformação em bens e o descarte dos produtos finais no meio ambiente. A professora Roberta de Castro Souza Pião, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP, ressalta dois pontos que a produção em economia circular propõe mudar: “O esgotamento de insumo e o descarte rápido”. Também, com o ciclo de vida curto dos bens, o descarte em grande quantidade gera a contaminação do meio ambiente.  Roberta explica que a economia circular surge com a mudança no sistema de produção e que envolve não apenas estratégias para remover ciclos de vida mais longos dos produtos e o retorno de materiais descartados na própria cadeia produtiva ou em outras, como a forma como os trabalhos são desenvolvidos nesse sistema. Do ponto de vista dela, deve ocorrer uma mudança cultural do consumo em grande escala, para que, em conjunto com a reciclagem de materiais, a produção tenha menos impacto.  Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.   

Campanha de simulação de manobras do Porto de Santos é feito no Tanque de Provas Numérico (TPN) da Poli-USP

Recentemente, foi garantida a entrada com segurança dos navios de 366m no Porto de Santos. Bruno Tavares, Presidente da Praticagem de São Paulo, manobrou no dia 3 de novembro um navio de 366m de comprimento e 14,5m de calado*, em uma simulação realizada no Tanque de Provas Numérico (TPN) da Escola Politécnica (Poli) da USP.   A embarcação foi conduzida no laboratório coordenado pelo professor Eduardo Tannuri, da Poli. “Concluímos pela viabilidade do aumento de calado e agora o próximo passo é gerar um relatório técnico com todas as análises detalhadas e os parâmetros de segurança e emitir um documento para a Marinha avaliar e possivelmente autorizar esse aumento de calado”, disse Tannuri. *Calado é a distância vertical entre a parte inferior da quilha e a linha de flutuação de uma embarcação; é a medida da parte submersa do navio.  Leia a matéria na íntegra.

Economia de plataforma relaciona tecnologia às demandas atuais da sociedade

A economia de plataforma é um fenômeno crescente que fornece novas formas de mercados no ambiente das plataformas digitais. Englobando aplicativos de transporte de passageiros, delivery, compras e transações on-line, ela apresenta um funcionamento pautado em sistemas de classificação e avaliação. Os professores Roberto Marx, do Departamento de Engenharia de Produção (PRO) da Escola Politécnica (Poli) da USP, e Adriana Marotti de Mello, do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, comentam as reflexões e impactos do fenômeno na sociedade. O professor explica que as inovações são importantes, mas que as plataformas vão além das próprias empresas e da relação entre empresas e usuários — “Avanço tecnológico é importante, mas é preciso lidar com as consequências e as necessidades da sociedade e dos trabalhadores”.  Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.