Com informações do Jornal da USP – Quatro pesquisadores da USP foram selecionados para atuar em projetos de pesquisa no Imperial College de Londres, no âmbito do Programa Global de Bolsas de Inteligência Artificial (IA) na Ciência, iniciativa de mobilidade internacional lançada em 2024. A ação, desenvolvida no contexto da parceria estratégica entre as duas instituições, previa inicialmente a seleção de três nomes, mas teve sua abrangência ampliada diante da qualidade das propostas apresentadas. Os contemplados devem embarcar já no início do segundo semestre para Londres, onde ficarão por um ano desenvolvendo os estudos. Após o retorno, passarão mais um ano trabalhando em suas unidades de origem exclusivamente no andamento dos projetos. Entre os selecionados está a professora da Escola Politécnica (Poli) da USP, Daniela Andrade Damasceno, que ingressou na docência em junho de 2024, no Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos. Ela propôs o projeto “Artificial Intelligence Applied to Multiscale Simulations” neste Programa de parceria entre USP e Imperial College. Daniela possui doutorado e mestrado em Engenharia Mecânica e atua na área de projetos, com foco em temas relacionados à transição energética e nanotecnologia, em parceria com o Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI). Sua pesquisa é voltada para estratégias de nanoengenharia aplicadas à otimização de componentes de células a combustível, tecnologias de membranas e nanotecnologia, com ênfase em modelagem computacional para separação de gases de efeito estufa e no estudo do comportamento mecânico de nanomateriais. Sua atuação envolve simulações computacionais de nanomateriais, utilizando Dinâmica Molecular, modelos coarse-grained e o Método dos Elementos Finitos. “O objetivo central do projeto é desenvolver um framework assistido por inteligência artificial para a realização de simulações multiescala, visando à integração de diferentes técnicas de modelagem em escalas atômica, mesoscópica e macroscópica, com aplicação inicial em tecnologias como células a combustível. Pretendo combinar Physics-Informed Machine Learning para a criação de modelos capazes de substituir simulações de alto custo computacional, com o uso de Large Language Models (LLMs) para automatizar a configuração, execução e análise de workflows. Essa abordagem permitirá aprimorar a transferência de parâmetros entre escalas e otimizar a seleção de modelos. Embora o caso de estudo inicial esteja voltado para células a combustível, o framework será desenvolvido com caráter genérico, com potencial de aplicação futura em outras áreas da engenharia, bem como em física, biologia, medicina, entre outras. Minha expectativa é que essa experiência contribua para o avanço das pesquisas desenvolvidas na USP e no Brasil, ampliando o uso de inteligência artificial em simulações computacionais e fortalecendo colaborações internacionais de longo prazo.”
Delegação de Consulado da Angola em Portugal apresenta interesse de convênios de universidades do país com a Poli-USP
No dia 17 de junho, a Comissão de Relações de Internacionais da Escola Politécnica (Poli) da USP recebeu representantes do consulado de Angola em Portugal, representando o interesse das universidades Angolanas em ter convênios com a Poli. Também integraram a Comissão alguns alunos de pós-graduação angolanos no Brasil. Eles foram recepcionados pelos professores Márcio Lobo Netto, Presidente da Comissão, e Fernando Josepetti Fonseca, vice-presidente. Entre os visitante estavam Elisamã Cardoso, responsável pelo Setor de Estudantes da Embaixada de Angola (SAE) em Portugal, que gerencia bolsas de estudantes em 23 países, inclusive no Brasil; José Palma Rodrigues, secretário do SAE; e Edgar Micolo, Presidente da Associação de Estudantes Angolanos no Brasil, que fica no Rio de Janeiro.
Vahan Agopyan é homenageado com título de Professor Emérito da USP
Com informações do Jornal da USP – Cerimônia de entraga do título de Professor Emérito para o professor Vahan Agopyan. Realizado no Auditório Cmargo Guarnieri. 2025/07/01 Foto: Marcos Santos/USP Imagens Vahan Agopyan, ex-reitor da USP, ex-diretor e professor aposentado da Escola Politécnica (Poli) da USP e atual secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, recebeu o título de Professor Emérito da USP em cerimônia no Anfiteatro Camargo Guarnieri no último dia 30 de junho de 2025. Reinaldo Giudici, diretor da Escola Politécnica (Poli), fez a saudação ao homenageado, destacando sua trajetória na Poli – onde se graduou como engenheiro, em 1974, e depois se tornou pesquisador, docente e diretor – e ressaltando sua atuação em momentos de grande dificuldade para a Universidade, como a crise financeira de 2014, a defesa da autonomia universitária na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e a pandemia da covid-19. “Vahan Agopyan é um professor, pesquisador, gestor público que inspirou e inspira gerações. Ele teve uma atuação destacada na Universidade de São Paulo, mas sempre mantendo o vínculo com seus alunos, formando gerações de engenheiros e engenheiras compromissados com a ética, com as questões sociais e ambientais. Seu amor pela Universidade e seu conjunto de realizações relevantes o colocam no patamar dos grandes nomes que passaram pela USP”, afirmou Giudici. O título de Professor Emérito é concedido a professores aposentados que se distinguiram por atividades didáticas e de pesquisa ou que tenham contribuído, de modo notável, para o progresso da Universidade. Desde a fundação da USP, em 1934, foram outorgados 22 títulos a docentes da instituição. O atual reitor, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou a preocupação de Agopyan com a necessidade de aproximar cada vez mais a Universidade da sociedade. “Nesses anos todos de convívio com o professor Vahan, eu aprendi que uma universidade só tem sentido se ela for o vetor do desenvolvimento social do povo brasileiro. Ele passou essa preocupação para mim e eu trouxe isso para a minha gestão”, afirmou. Carlotti também fez questão de salientar o caráter visionário da pesquisa desenvolvida pelo homenageado. “Desde o início de sua carreira, Agopyan se preocupou com a questão da sustentabilidade das construções. Seu laboratório no Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli foi reconhecidamente inovador e mostra a importância de se pesquisar, hoje, aquilo que representará um grande impacto para as gerações futuras”, lembrou o reitor. O evento foi prestigiado por muitos representantes do Governo do Estado de São Paulo, dirigentes de universidades e instituições de pesquisa, consulados, além de docentes, servidores, amigos e familiares. Confira a matéria completa no Jornal da USP. Repercussão: Confira a matéria da Agência FAPESP.
[Vídeo] Equipe de Laboratório da Poli-USP destaca potencial da iniciação científica
O Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) da Escola Politécnica (Poli) da USP produziu um vídeo sobre iniciação científica, uma atividade que os estudantes podem realizar durante a sua graduação. Confira o depoimento do professor Theo Syrto Octávio de Souza e da professora e coordenadora do LCT, Carina Ulsen! #inovacao #pesquisa #universidade #iniciacaocientifica #ciencia Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Laboratório de Caracterização Tecnológica (@lctpoliusp)
Professor Fernando José Barbin Laurindo, da Escola Politécnica da USP, recebe Prêmio Crea-SP
Realizado no dia 23 de junho de 2025, a Cerimônia do 28ª Prêmio Crea-SP de Formação Profissional reuniu docentes, estudantes, familiares e representantes de cerca de 30 instituições de ensino superior. Mais do que reconhecer desempenhos acadêmicos, a premiação celebrou trajetórias que constroem uma área tecnológica mais qualificada, diversa e preparada para os desafios da sociedade, em uma edição que reforçou a atuação do Crea-SP pela valorização da construção do conhecimento e dos esforços para avançar na equidade de gênero. O professor Fernando José Barbin Laurindo, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica USP, foi o indicado pela Congregação da Escola e premiado no evento. Confira fotos da premiação no link.
Expedição realiza uma jornada interativa pelas ciências da Terra e do Universo
Com atividades gratuitas até novembro, o Parque de Ciência e Tecnologia da USP promove visitas monitoradas, observações astronômicas e experiências científicas imersivas em parceria com o IAG e o IGc Com informações do Jornal da USP – O Parque de Ciência e Tecnologia (CienTec) da USP, em parceria com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) e o Instituto de Geociências (IGc) da USP, vem oferecendo desde o mês de junho a Expedição CienTec: Uma Jornada pelas Ciências da Terra e do Universo. O evento é gratuito, com limite de 40 vagas por horário. Para escolas e grupos as reservas são realizadas por um formulário específico. A programação segue até o final de novembro e as inscrições para o público espontâneo são feitas on-line pelo site da plataforma Sympla e disponibilizadas com cerca de duas semanas antes de cada evento. A programação inclui diversas brincadeiras interativas em espaços temáticos sempre em uma sexta-feira e um sábado de Lua crescente, momento propício para observações astronômicas. A Expedição CienTec: Uma Jornada pelas Ciências da Terra e do Universo tem como objetivo proporcionar uma experiência imersiva com visitas monitoradas em diferentes espaços do parque, incluindo o Planetário, o vitral da Deusa Urânia e o Laboratório de Microscopia. Para a diretora do Parque CienTec, Suzana Ursi, a parceria com os dois institutos da USP proporciona uma ampliação da experiência e das possibilidades interativas oferecidas pelo parque. “Nossas observações astronômicas sempre contaram com a abordagem histórica, no entanto, a partir dessa nova parceria, as atividades são muito ampliadas, integrando nossos espaços e atividades com muitas outras. O público tem a oportunidade de embarcar numa expedição cheia de conhecimento e diversão”, destaca. Christine Bourotte, professora do IGc e uma das coordenadoras do evento, complementa: “As atividades conjuntas visam fazer o público enxergar o planeta Terra com outros olhos, do macro ao micro, mostrar como as ciências da Terra atuam e incentivar a curiosidade sobre o mundo”. O circuito, com duração aproximada de três horas, realiza saídas a cada 20 minutos. Ele é composto por estações temáticas que abordam desde a previsão do tempo e a história de rochas e minerais até experimentos de física e geofísica. Curiosidades sobre o centro da Terra e a análise de extremófilos, seres que vivem até mesmo no espaço, como os tardígrados, também estão incluídas. A atividade tem o acompanhamento de mediadores, uso de equipamentos científicos e demonstrações práticas. Um dos destaques será a utilização do Laboratório de Microscopia, que permite a observação do universo microscópico. A programação também contará com uma sessão de planetário, que leva o público para uma imersão cósmica antes da observação do céu, realizada sempre na fase crescente da Lua. Essa escolha não é por acaso, nesse período o tempo de observação da Lua é maior, e a qualidade também é melhorada, com mais detalhes de crateras e mares expostos para visualização. Segundo a professora Elysandra Cypriano, do IAG, que também coordena a iniciativa, “o papel social da universidade é transformar conhecimento de ponta em experiências que democratizam o acesso à ciência de forma integrada”. Para ela, essa transformação aproxima a Universidade da sociedade. “Ao traduzir pesquisas complexas em atividades interativas, não apenas aproximamos o público dos grandes centros de pesquisa, mas plantamos as sementes do pensamento crítico e da inovação”, ressalta. Confira a programação.
Estão abertas as inscrições para a edição 2025/26 do Programa de Extensão de Serviços à Comunidade da FEA-USP
Estão abertas as inscrições para a edição 2025/26 do PESC – Programa de Extensão de Serviços à Comunidade da FEA-USP, programa de voluntariado junto ao Terceiro Setor, que começa dia 4 de agosto de 2025. Como funciona o Programa? Cada edição do PESC dura 12 meses, em que cada grupo, formado por até 4 inscritos, deve desenvolver um produto (por exemplo um programa, uma planilha, um manual, uma campanha, página na internet, entre outros) e implementá-lo, dentro da mesma edição, em uma determinada Organização de sua escolha. Por que o PESC? Oportunidade de pôr em prática conhecimentos adquiridos na Faculdade; Oportunidade de desenvolver sua autonomia no desenvolvimento de projetos; Oportunidade de desenvolver sua habilidade de trabalho em equipe; Possibilidade de contar com uma bolsa do Programa Unificado de Bolsas da USP; Experiência profissional; Crédito AEX para os concluintes; Possibilidade de seu grupo ser premiado na Cerimônia de Homenagens e Premiações da FEA. Como faço para me inscrever? Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível no link abaixo: https://forms.gle/oNe1BDEiG4hp2yNv9 Qualquer dúvida, é só nos contatar: pesc@usp.br Para outras informações sobre o PESC, acesse nosso site: https://www.pesc.fea.usp.br/
Estudo que investiga uso do Hidrogênio Verde na indústria siderúrgica leva Prêmio Tese Destaque USP 2025 na área de Engenharia
Pesquisadora da Escola Politécnica estudou a produção de ferro usando hidrogênio para zerar as emissões de CO₂. Patrícia Metolina analisou o método do laboratório à indústria [Imagem: Luana Mendes/ Comunicação Poli-USP] A Indústria Siderúrgica é o setor com maior índice de emissão de CO₂ no mundo, representando cerca de 7% das emissões, segundo a World Steel Association. No Brasil, a cada tonelada de aço produzida outras 1,7 toneladas de dióxido de carbono são liberadas no meio ambiente. Contudo, minimizar essas emissões não é uma tarefa fácil. Para solucionar esse desafio e promover a transição desses processos, pesquisadores buscam desenvolver tecnologias e abordagens inovadoras para o processo tradicional de produção do ferro e do aço. Além disso, atestar a viabilidade da implementação desses processos em escala industrial é necessário para que a inovação alcance seu objetivo e se converta no impacto desejado, ou seja, menos emissões de CO₂. Neste sentido, a pesquisadora Patrícia Metolina desenvolveu um estudo, em seu doutorado na USP, no qual usou uma abordagem em multiescala para analisar por completo uma solução tecnológica investigada desde o laboratório até a sua aplicação em escala industrial. Recente na academia, esta metodologia na engenharia é um formato de resolução de problemas complexos que considera diferentes níveis, do micro ao macroscópico, integrando modelos e técnicas de diversas escalas para compreender o comportamento de todo um sistema. A doutora pelo Programa de Pós-graduação de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli) da USP utilizou modelos matemáticos complexos para analisar o processo de produção do ferro utilizando hidrogênio, uma solução para a grande emissão de gases do efeito estufa (CO₂) na siderurgia. Sua tese foi premiada no Prêmio Tese Destaque USP de 2025, na área de engenharias. A premiação é uma iniciativa que reconhece e premia teses de doutorado de grande impacto defendidas nos programas de pós-graduação da Universidade. [Imagem: Luana Mendes/Comunicação Poli-USP] A pesquisa teve início por meio de uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Universidade de São Paulo. O IPT cria e aplica soluções tecnológicas para setores da economia, governos e sociedade em apoio à superação de desafios tecnológicos. Por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP) do IPT, que em parceria com a Poli buscava desenvolver um polo de transformação digital, a pesquisa envolveu experimentos, modelagem matemática e simulação computacional para avaliar a viabilidade técnica do uso dessa rota de produção. Patrícia contou com uma bolsa de doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) na área da engenharia química e, assim, iniciou seus estudos do processo de transição da indústria siderúrgica para uma produção de ferro e aço com hidrogênio verde. Roberto Guardani, docente da Engenharia Química e orientador de Patrícia, destaca que o diferencial do trabalho é a abordagem rigorosa em multiescala, além da relevância do tema transição energética na atualidade. O estudo em nível da partícula e na escala industrial possibilitou entender de maneira aprofundada as reações, trabalho que demanda um esforço computacional muito grande. Entender como uma indústria que representa cerca de 3% do PIB nacional influencia também o meio ambiente tornou-se uma tarefa urgente e pauta no cenário mundial, e foi a motivação para a tese “Processo de produção de ferro usando redução direta com hidrogênio para zerar as emissões de CO₂: um estudo em multi-escala das reações gás-sólido não catalíticas”. A pesquisa investigou a redução direta do minério de ferro com hidrogênio (H-DR), tecnologia promissora para alcançar a neutralidade de carbono na indústria siderúrgica. Recentemente, algumas indústrias no mundo começaram a implementar essas tecnologias. No entanto, atingir a neutralidade de carbono na indústria siderúrgica deve ser acompanhado de mudanças na infraestrutura da produção. Ainda que afete menos o meio ambiente e gaste menos energia na etapa de fusão, a transição para a tecnologia H-DR é recente, apresenta custos elevados e não há infraestrutura estabelecida em larga escala para viabilizar a adoção imediata pela indústria. Entretanto, o professor Roberto Guardani ressalta que, no médio prazo, a indústria não terá outra alternativa, em relação ao desuso do carvão na siderurgia. “Existe muita pesquisa nessa área na academia, mas, do ponto de vista industrial e comercial ainda faltam avanços consolidados”, destaca Metolina. Justificando a inovação de seu doutorado, ela abordou também uma simulação computacional em multiescala de fornos industriais usando da técnica de fluidodinâmica computacional,que possibilita a análise detalhada dos fenômenos que ocorrem tanto ao longo de um forno, quanto ao longo do raio das pelotas, onde ocorrem as reações. Assim, com o uso dessa técnica, foi possível, a partir dos resultados experimentais que Patrícia obteve em laboratório, acompanhar no computador as transformações sólidas que ocorrem no interior das pelotas de ferro dentro do forno e verificar as condições mais favoráveis para uma eventual produção em escala industrial. Desafios dentro de desafio – Com o impacto da pandemia, que alterou a dinâmica da realização dos trabalhos de pesquisa, a realização de experimentos sofreu diversas adaptações. A frequência com que Patrícia podia acessar o laboratório, por exemplo, foi reduzida e as simulações foram prejudicadas, pois nem sempre os recursos computacionais estavam disponíveis para acesso fora do laboratório. O isolamento social causou atrasos significativos no andamento de seu doutorado, impactando a realização de experimentos, a condução de análises físicas e químicas e inviabilizando temporariamente a ida ao exterior para atividades previstas no projeto.“Cada resultado experimental e computacional apresentado no trabalho é apenas uma parte de um processo repleto de desafios, tentativas que não deram certos e recomeços”, comenta Patrícia. [Imagem: Reprodução/Acervo Pessoal- Patrícia Metolina]Apesar de várias barreiras, a pesquisadora teve grandes oportunidades no período. Por meio de uma bolsa de intercâmbio Fapesp, ela trabalhou com o professor Anthony G. Dixon, na Worcester Polytechnic Institute (WPI), nos Estados Unidos. Dixon é referência em reações gás-sólidas em fornos contendo múltiplas partículas porosas, com forte atuação em métodos matemáticos e computacionais para investigar processos industriais químico. Patrícia publicou três artigos nas revistas International Journal of Hydrogen Energy, Minerals Engineering e International Journal of Minerals, Metallurgy and Materials, além de acumular mais de 50 citações em cerca de 2 anos. “Algo que a gente gosta de reforçar é que, diferente de outras pesquisas na universidade, nossa pesquisa está tendo um impacto, para ser usada na prática, não ficar apenas na academia”. Patrícia Metolina A descarbonização, tema em alta discussão na atualidade, não era no início da pesquisa o foco da agenda. Entretanto, o impacto ambiental da reação de redução da no processo de produção do ferro e aço expôs a urgência da transformação da indústria siderúrgica. Para os pesquisadores, este é um dos pilares para o reconhecimento no Prêmio Tese Destaque USP. Patrícia conta que a condecoração feita pela universidade está para além da cerimônia e do prêmio monetário. “Valorizar o conhecimento é importante, mas esse sucesso só foi possível graças ao apoio do meu orientador, dos amigos, da Fapesp e das instituições como um todo”, assegura a pesquisadora. “Então, às vezes, com esse reconhecimento, a gente para e pensa: todo os esforços e sofrimentos valeram a pena, sabe?”. Confira aqui a cobertura do evento e o álbum com as fotos.
Prêmio Tang 2026 abre inscrições para iniciativas extraordinárias em quatro áreas
[Imagem: Reprodução/ Tang Prize]O Prêmio Tang é uma série de prêmios bianuais internacionais conferidos em diversas categorias por um quadro de juízes convocado pela Academia Sinica, a mais destacada instituição de pesquisa de Taiwan, concedido a pessoas ou instituições que tenham realizado contribuições extraordinárias para o avanço da humanidade em quatro áreas fundamentais: Desenvolvimento Sustentável: reconhece contribuições extraordinárias para o desenvolvimento sustentável das sociedades humanas, especialmente por meio de inovações científicas e tecnológicas pioneiras. Ciência Biofarmacêutica: reconhece pesquisas biofarmacêuticas ou biomédicas originais que tenham levado a avanços significativos na prevenção, diagnóstico e/ou tratamento de doenças humanas, visando à melhoria da saúde humana. Sinologia: reconhece o estudo da Sinologia em seu sentido mais amplo, premiando pesquisas sobre a China e áreas correlatas, como pensamento chinês, história, filologia, linguística, arqueologia, filosofia, religião, cânones tradicionais, literatura e arte — excetuando-se obras literárias e artísticas. Estado de Direito: reconhece indivíduos ou instituições que tenham realizado contribuições significativas ao Estado de Direito, tanto no avanço da teoria ou prática jurídica quanto na promoção de sua aplicação nas sociedades contemporâneas, com impacto sobre a justiça, os direitos humanos, a paz e o desenvolvimento sustentável. Cada categoria permite a submissão de apenas um candidato por instituição. Caso exista mais de uma proposta em uma mesma categoria, a indicação institucional será definida pela Reitoria, com base nas candidaturas recebidas. O valor total do prêmio por categoria é de NT$ 50 milhões (aproximadamente US$ 1,7 milhão), dos quais NT$ 10 milhões (cerca de US$ 350 mil) são destinados a um grant de pesquisa. Em caso de múltiplos laureados (até três por categoria), os valores são divididos. As comissões de pesquisa devem encaminhar as propostas de candidatura para o e-mail efip@usp.br até 25 de agosto de 2025, com os seguintes itens: Informações requeridas no formulário oficial “Nomination for the 2026 Prize”, reunidas em um único documento (Word ou PDF): Nome completo do(a) candidato(a) E-mail e telefone Endereço postal completo Área e subárea acadêmica Lista de até 10 publicações mais representativas do(a) candidato(a). Enviar em documento separado. Proposed citation – Texto curto (até 100 palavras). Resuma, em no máximo 100 palavras, a contribuição mais importante do(a) indicado(a) para sua área. Enviar em documento separado. Description of contributions – Texto analítico (até 1.000 palavras). Inclua uma visão geral da carreira acadêmica do(a) candidato(a) e detalhe os motivos pelos quais ele(a) deve ser premiado(a) com o Prêmio Tang em sua área. Na sua descrição, aborde os seguintes pontos: Descreva as principais contribuições acadêmicas do(a) candidato(a). Você pode considerar discutir uma ou duas das publicações mais representativas. Descreva o impacto e a contribuição do(a) candidato(a) para sua área. Sinta-se à vontade para incluir quaisquer informações relevantes no espaço disponibilizado, utilizando como referência o limite de 1.000 palavras ou menos. Enviar em documento separado. Todos os documentos devem ser enviados em inglês. Mais informações estão disponíveis em: https://www.tang-prize.org/en
Artigo: A transição energética e a reciclagem de baterias de veículos elétricos e híbridos, por Jorge Alberto Soares Tenório e Denise Crocce Romano Espinosa
Link: https://jornal.usp.br/artigos/a-transicao-energetica-e-a-reciclagem-de-baterias-de-veiculos-eletricos-e-hibridos/ Data: 11/06/2025