27/06/2020 – Durante programa, da Tv Brasil, sobre as vantagens do desenvolvimento de tecnologia nuclear, a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) é citada pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI), Paulo Roberto Pertusi, como polo de desenvolvimento desse tipo de tecnologia por meio do curso Engenharia Nuclear que fará parte dos cursos da Poli a partir de 2021. Ouça no link, nos 24 minutos e 30 segundos: https://tvbrasil.ebc.com.br/ciencia-e-tudo/2020/06/tecnologia-nuclear
Grupo da Poli entrega quase 20 mil face shields para ajudar no combate à pandemia
Grupo da Poli entrega quase 20 mil face shields para ajudar no combate à pandemia A iniciativa atua no auxílio às equipes de saúde desde o início da crise; a marca de entregas foi atingida graças ao esforço mútuo dos voluntários e pesquisadores envolvidos, e o material foi entregue gratuitamente em instituições de saúde. Entrega, em Manaus, de face shields produzidos pelo E-Group. Foto: Facebook/E-Group: Covid-19 O projeto de produção de protetores faciais desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) da USP para profissionais da saúde, no combate ao coronavírus está alcançando a marca de 20 mil face shields entregues. A ação é resultado de uma articulação entre professores e pesquisadores da Poli, além de voluntários, totalizando 53 membros, dos quais metade participa ativamente na produção. O grupo utilizou impressoras 3D para a fabricação dos equipamentos, e contou com doações para a aquisição do material. O transporte foi realizado pela Marinha do Brasil, por meio do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo. Esses suprimentos são necessários para enfrentar a atual pandemia da covid-19. O grupo aperfeiçoou um modelo para uma tiara de sustentação e está produzindo face shields — protetores faciais utilizados como equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde que atuam na linha de frente na prevenção da doença. Os protetores produzidos pelo grupo da Poli é reutilizável. Higienizado com álcool 70% ou solução com desinfetante, a duração da máscara depende do seu uso. Caso o shield (parte plástica que efetivamente protege o rosto) fique opaco, é possível trocá-lo por outro, apenas furando-o e acoplando na tiara, a qual, agora feita de material injetado, tem uma qualidade superior com durabilidade elevada em relação àquelas feitas com impressoras 3D, como o grupo começou a fabricar em março. Além da evolução das tiaras, que são montadas mais facilmente, as viseiras também sofreram mudanças na fabricação ao longo do processo. Antes cortadas e furadas na Poli, agora são fabricadas numa empresa, possibilitando o uso de um material melhor e mais transparente na confecção. A linha de montagem é outro elemento que se modificou com o tempo, melhorando protocolos de segurança quanto à contaminação dos voluntários. Nas primeiras semanas do projeto, eram produzidos 500 equipamentos de produção a cada sete dias. Entre a terceira e a quarta semana, esse número subiu para quase 1400 unidades. Na última fase, já foi alcançada a marca de 6 mil face shield por semana, número esse que ainda pode crescer. Até o momento, a iniciativa fabricou 12.500 unidades injetadas; conta com 6.350 unidades montadas para serem entregues, porém está com dificuldades de envio para as localidades na divisa da cidade de São Paulo. A Marinha auxilia com entregas em um raio de até 250km da capital, porém alcançar as cidades do interior, alvo do projeto com o avanço do coronavírus, representa um desafio para o grupo. Para conhecer o projeto, acesse o seu site clicando aqui.
Poli passa a oferecer habilitação em Engenharia Nuclear
Poli-USP passa a oferecer habilitação em Engenharia Nuclear Área é considerada estratégica para o País, do oferecimento de insumos para tratamentos médicos à geração de energia No último dia 23 de junho, foi aprovada na reunião virtual do Conselho Universitário da USP a criação, já para 2021, da habilitação em Engenharia Nuclear na Escola Politécnica da USP, a ser oferecida como opção de composição dos cursos de Engenharia de Materiais e Engenharia Metalúrgica.A nova habilitação passará a fazer parte do curso 31 da carreira 780 do Vestibular da Fuvest, que passará a se chamar Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear, com número de vagas aumentado das atuais 50 para 55, sendo 10 vagas reservadas para a nova habilitação de Engenharia Nuclear. As novas vagas são decorrentes de remanejamento interno nos cursos da Escola.A nova habilitação, que será ministrada em período integral e com duração de cinco anos, foi criada dada a carência da oferta de cursos semelhantes no País e da demanda esperada de profissionais na área. A USP será a segunda universidade a oferecer o curso no Brasil, ao lado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há, ainda, a perspectiva de crescimento de atividades nucleares no meio civil, principalmente nas aplicações médicas, e militar, com o programa do submarino nuclear. A diretora da Poli, Liedi Légi Bariani Bernucci, destacou, durante a reunião, como importante área de atuação do engenheiro nuclear a de produção de radiofármacos.Outras informações sobre a habilitação em Engenharia Nuclear da Poli-USP serão divulgadas em breve. Foto: Paulo Santos, funcionário do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Cecília Bastos – USP Imagens. Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin
“Estudantes de engenharia de hoje podem ser os protagonistas da inovação tecnológica brasileira”, afirma professor da Poli-USP
“Estudantes de engenharia de hoje podem ser os protagonistas da inovação tecnológica brasileira”, afirma professor da Poli-USP José Roberto Castilho Piqueira foi nomeado coordenador de inovação da Academia Nacional de Engenharia, e pretende fomentar ações e políticas públicas que ofereçam aos futuros engenheiros as condições de realizar o desenvolvimento tecnológico. O professor José Roberto Castilho Piqueira, da Escola Politécnica da USP, foi nomeado esta semana como coordenador de inovação da Academia Nacional de Engenharia (ANE), órgão do qual faz parte desde 2014. A ANE reúne os mais proeminentes profissionais da área, e visa garantir à sociedade brasileira uma engenharia competente e à serviço do interesse público. Piqueira, que já dirigiu a Escola Politécnica paulista, destaca o papel da ANE de atuar no desenvolvimento de políticas públicas. Para ele, o desenvolvimento industrial e tecnológico do País será realizado pelos futuros engenheiros, e para isso é necessário que haja condições para que as inovações por eles propostas possam contribuir, efetivamente, com o desenvolvimento tecnológico e industrial brasileiro. “Organizar movimentos no sentido de melhorar o engajamento institucional no desenvolvimento da indústria brasileira é papel da ANE”, explica.Agora no Comitê de Inovação da Academia, o docente da USP, que preside também o Conselho Superior do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), pretende propor estratégias para oferecer aos jovens engenheiros a possibilidade de inovar e empreender na área de tecnologia, além de articular ações para aumentar o engajamento dos engenheiros e instituições paulistas. Frente à pandemia, Piqueira ressaltou que há a oportunidade de desenvolver diferentes áreas da indústria, como a da saúde e transportes. Outras informações, entre em contato com o professor José Roberto Castilho Piqueira pelo e-mail piqueira@lac.usp.br.
Na pandemia, reuniões de grupo de acolhimento da Poli-USP se tornam espaço para conversar e propor soluções
Na pandemia, reuniões de grupo de acolhimento da Poli-USP se tornam espaço para conversar e propor soluções O enfrentamento à propagação da covid-19 exigiu atitudes rápidas das instituições públicas e privadas, e a população teve que se adaptar rapidamente à mudanças em diversos aspectos, incluindo os hábitos de trabalho, estudo, consumo, alimentação e lazer. Com as aulas e atividades presenciais suspensas desde 17 de março na Escola Politécnica da USP, e com a continuidade virtual de aulas, reuniões e trabalho administrativo, a Comissão de Acolhimento e Promoção de Saúde da Poli, que atua desde 2018, teve sua importância destacada. As reuniões do grupo se tornaram também um espaço de diálogo, um momento de fala e escuta sobre as vivências e experiências da comunidade politécnica – alunos, professores e funcionários – durante a pandemia. As reuniões gerais são abertas e a próxima reunião para toda a comunidade será realizada no dia 8 de julho, neste link. No dia 30 de junho será realizada a reunião com os professores, que pode ser acessada neste link. No dia 1º de julho será realizada a reunião dos funcionários, neste link. Todas as reuniões serão das 17h às 18h30. Cabe a esta Comissão ouvir as pessoas, ajudar esta comunidade a discutir soluções, e encaminhá-las para que os órgãos competentes da Escola, da USP ou de outras entidades possam ajudar a construí-las conjuntamente. O professor Laerte Idal Sznelwar, que integra o Grupo de Acolhimento e Promoção da Saúde, explica que a ideia é fazer um apanhado das experiências e das vivências de cada um, compartilhá-las e fazer propostas de melhorias em todos os níveis da Escola, incluindo a graduação, a pós-graduação, o trabalho de funcionários e professores, fortalecendo o convívio e o acolhimento. “Os integrantes do grupo de acolhimento e promoção da saúde tem a proposta de agirem como um elo de ligação, e que a compreensão dos nossos problemas e a construção de caminhos de solução sejam desenvolvidos em colaboração com as instâncias responsáveis”, ressalta. Serviço Fórum do Grupo de Acolhimento e Promoção da Saúde da Poli para Professores Dia 30/06 (terça-feira) horário: das 17h às 18h30 Link de participação: meet.google.com/bti-jadj-uzo Fórum do Grupo de Acolhimento e Promoção da Saúde da Poli para Funcionários Dia 01/07 (quarta-feira) horário: das 17h às 18h30 Link de participação: meet.google.com/tui-thxe-air II Fórum Geral do Grupo de Acolhimento e Promoção da Saúde da Poli na Pandemia (para alunos, funcionários e professores) Dia :08/07 (quarta-feira) Horário: das 17h às 18h30. Link de participação: meet.google.com/vpy-ewnu-ymr
Guia online de combate ao coronavírus do Hospital das Clínicas da USP
A Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP desenvolveu um guia ilustrativo online e gratuito intitulado “COVID-19: dicas e cuidados para enfrentar a pandemia”. Nele, estão dicas para se proteger da Covid-19 no dia-a-dia. Acesse aqui.
Conteúdo online do Coralusp
A programação do #CoraluspEmCasa está nas redes sociais da entidade para contribuir com a cultura durante o isolamento social. De segunda a sexta-feira, são disponibilizadas dicas, apresentações, aulas, musicais e outros. Acompanhe as novidades aqui.
Poli na mídia – Brasil conduz pesquisas em segurança digital de plantas nucleares
23/06/2020 – Parceria entre a Escola Politécnica (Poli) da USP e a Agência Internacional de Energia Atômica, com participação da Marinha, coloca o País à frente nas pesquisas sobre segurança digital em sistemas nucleares. O engenheiro de automação, Rodney Busquim e Silva e o professor Ricardo Paulino Marques, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle da Escola Politécnica (Poli) da USP, lideram a equipe de profissionais da Poli e da DDNM que desenvolveram um simulador de planta nuclear Asherah Nuclear Power Plant Simulator (ANS) apresentado durante a International Conference on Nuclear Security, em Viena, Áustria. Leia a matéria completa aqui.
Poli na mídia: Profissional da engenharia: como lidar com as pessoas, valores e necessidades pós-pandemia
Professor Leopoldo Yoshioka. Arquivo pessoal. 23/06/2020 – O professor Leopoldo Yoshioka, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e do Grupo de Eletrônica Automotiva e Mobilidade Inteligente da instituição, nesta entrevista, mostra como a pandemia trouxe lições duras, mas importantes, de que o País precisa reestruturar o processo produtivo nacional em todos os níveis da atividade econômica para ficar “menos dependente das importações” e para valorizar sua mão de obra qualificada, como a engenharia. Confira a matéria do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) aqui.
Roberto Aureliano Salmeron: longevidade e ciência. Por José Roberto Castilho Piqueira
Roberto Aureliano Salmeron: longevidade e ciência José Roberto Castilho Piqueira Nesta semana, entre notícias sobre ministérios, pandemia e alardes sobre o eterno abuso de recursos públicos, uma perda real para a ciência e educação de nosso país: faleceu o professor Roberto Aureliano Salmeron, brilhante pesquisador brasileiro, radicado na França, aos 98 anos.Um trabalho que representa quase um século de dedicação ao conhecimento, descobertas e transmissão. Como hoje temos acesso rápido à informação, sugiro que, via sites de busca, pesquisemos as realizações do sempre querido professor.É uma viagem fascinante, por uma vida de trabalho honesto e dedicado, que nos leva a refletir sobre a longevidade. A aleatoriedade dos fatos relacionados às vidas das pessoas pode abreviá-las ou estendê-las, mas parece que atuar em busca do bem comum, ajuda a prolongá-la.Nestes tempos de raciocínios binários, alguém pode dizer: era brasileiro, mas trabalhava para a França, em uma bravata pseudonacionalista. É sobre isso que quero falar, uma vez que os feitos científicos do professor Salmeron estão à disposição de todos.Quero falar um pouco de como ele contribuiu para minha vida acadêmica e de como trabalhou pelo Brasil, durante toda sua longa trajetória.No final da década de 1960, a corrida espacial e o desenvolvimento tecnológico fascinavam parte dos jovens que, mesmo vivendo fora dos grandes centros, sonhavam em participar desse progresso. Eu começava a estudar Física no chamado curso científico, em uma escola pública do interior do estado de São Paulo.A Física me fascinava, mas as aulas eram confusas e desinteressantes. Eu perambulava pelas livrarias e sebos, procurando livros sobre o assunto e, para minha felicidade, encontrei dois livros, de capa mole e em formato de apostila: Óptica1 e Eletricidade/Magnetismo2. O autor: Roberto A. Salmeron.Clareza de exposição e interconexão da teoria com o mundo real, fizeram desses dois livros, meus companheiros durante toda a vida. No vestibular, na graduação e nos cursos que lecionei, foram suporte essencial.Quando adquiri os livros, talvez em 1967, eu não sabia da importância científica de seu autor que, alguns anos antes voltou ao Brasil para tentar, na UnB (Universidade de Brasília), realizar nosso sonho, por uma universidade livre, plural e democrática para benefício de todos brasileiros.Esse sonho e sua destruição encontram-se muito bem descritos no livro: “A Universidade Interrompida”, escrito, também, pelo professor Salmeron, que revela o físico e humanista que ele sempre foi3.Posso dizer que, até o final dos anos 1990, fui seu admirador sem conhecê-lo. Nessa época, na condição de membro da comissão de graduação da Poli-USP, tive a honra de conhecê-lo pessoalmente.Ele era professor da Politécnica de Paris (École Polytechnique) e conduziu de maneira altruísta, o primeiro acordo de duplo diploma da Poli-USP. A iniciativa de Salmeron com a Poli-USP propagou-se por toda USP e pelas principais universidades do país. Vivendo na França, ajudou, mais uma vez, a melhorar o Brasil.Havia, entretanto, um grande obstáculo. Os alunos da Poli-USP iam para a França e tinham dificuldade em Matemática que, por lá, é ensinada de maneira mais formal e rigorosa do que por aqui.Para ajudar nossos alunos, ele visitou a Poli-USP e fez várias reuniões com os professores, para orientação e preparação dos alunos. Numa delas, eu estava.Pude conversar com ele, discutir ideias sobre ensino e pesquisa. A partir daí, passei a ter contato com o professor Salmeron sobre vários assuntos. Suas conversas eletrônicas sugeriram, entre orientações acadêmicas seguras, a internacionalização da “Revista Polytechnica”, implementada de maneira competente pelos professores da Poli-USP.Sempre preocupado com o Brasil e com a Poli-USP, era assim que o querido professor pensava: conhecimento em benefício da humanidade, sem esquecer suas origens.Obrigado, professor Roberto Salmeron.1- SALMERON, R.A. Introdução à Óptica São Paulo-SP: do autor, 1956.2- SALMERON, R.A. Introdução à Eletricidade e ao Magnetismo São Paulo-SP: do autor, 1959.3- SALMERON, R.A. A Universidade Interrompida: Brasilia 1964-1965 Brasília, DF: Editora da UnB, 1998. Foto: Revista FAPESP “Nestes tempos de raciocínios binários, alguém pode dizer: era brasileiro, mas trabalhava para a França, em uma bravata pseudonacionalista. É sobre isso que quero falar, uma vez que os feitos científicos do professor Salmeron estão à disposição de todos”. José Roberto Castilho Piqueira Professor Titular e ex-diretor da Poli-USP.