Poli Fórum: Transição energética é discussão que deve ter repercussões globais, embora soluções devam considerar a realidade de cada região Tradicionalidade dos combustíveis fósseis e eficiência energética das fontes sustentáveis são principais desafios para avanços nos debates sobre a mudança das matrizes energéticas no Brasil e no mundo Júlia Sardinha 17/12/2024 [Imagem: Júlia Sardinha] Na última segunda-feira, 9 de dezembro, a Escola Politécnica (Poli) da USP foi palco de mais um “Poli Fórum” para discutir o papel da engenharia na transição energética brasileira e mundial. Com mediação do professor Gustavo Assi, os convidados professor Toru Sato – da Universidade de Tokyo – e o professor Silvio de Oliveira Júnior – da Poli – debateram sobre Decarbonization strategies for offshore processes and operations, em português: Estratégias de descarbonização para processos e operações offshore. A necessidade de mudar as matrizes energéticas mundiais é uma discussão que avança com significativa velocidade frente à compreensão dos impactos das fontes geradoras de energia atuais, como o petróleo. O professor Gustavo Assi afirma que não somente a conscientização sobre os efeitos da produção energética têm aumentado, mas a demanda por energia também devido ao crescimento populacional e ao avanço das tecnologias. O pontapé inicial do encontro partiu sobre as projeções que os professores Toru Sato e Silvio de Oliveira têm quanto ao futuro das offshores no cenário econômico mundial. Para o docente estrangeiro, a questão depende dos rumos a serem tomados pela economia estadunidense que, pela influente posição que possui no cenário internacional, determinaria os próximos passos a serem seguidos pelos demais países. Para o engenheiro brasileiro, a transição das offshores seguirá em um ritmo devagar frente às pesquisas que visam repensar os custos e a tradicionalidade por trás das matrizes no Brasil. [Imagem: Júlia Sardinha] As possibilidades para a transição variam conforme o país e as suas condições sociais, políticas, econômicas e, sobretudo, tecnológicas. As mudanças na matriz energética japonesa, por exemplo, não serão – e nem seria possível que sejam – idênticas às medidas que o Brasil deverá tomar. Hoje, o país asiático é fortemente dependente da energia nuclear – apesar dos acidentes ocorridos no passado –, enquanto a energia gerada em território nacional é fundamentada na energia hidráulica. Silvio, docente em máquinas e sistemas térmicos na Poli, destaca que antes que quaisquer medidas de transição sejam efetivadas, é preciso aumentar a eficiência dos projetos em curso. Para que o processo de transição seja eficaz, o professor afirma ser primordial que diferentes tecnologias sejam combinadas entre si, de modo a “encorpar” e tornar mais eficiente a transição.O futuro da indústria offshoreA longo prazo, novos processos de geração de energia têm ganhado força no cenário mundial. O professor Silvio defende a exploração das águas oceânicas como nova tecnologia para o futuro energético, sobretudo quanto aos projetos de desenvolvimento dos chamados Ocean Thermal Energy Conversion (OTEC), geradores de energia limpa a partir dos oceanos. No Japão, o professor Sato acrescenta que o grande destaque para investimentos tem sido a energia de fusão, e que o futuro da tecnologia está nas baterias e suas reservas energéticas. [Imagem: Júlia Sardinha] O papel da Engenharia para a transição energética pode ser mensurado em cinco passos, definidos pelos professores: Eficiência; Poucas mudanças; Mais energia limpa, sustentável e renovável; Novos processos; Novos modelos de negócio. Gustavo Assi, Toru Sato e Silvio de Oliveira Júnior após rico e denso debate reiteram que a transição energética é uma discussão que deve ser mundial, e que não existem soluções universais. A maneira como o Brasil lidará com as reformas na matriz energética precisam ser diferentes das maneiras como o Japão – e demais países – lidará com a questão. “Não há uma solução global”, declara Sato. Confira as fotos do evento aqui.
AEX da Poli-USP “Formação para participação nas políticas de mobilidade ativa no Município de São Paulo” recebe inscrições até 20/1/2025
Crédito: Pedestres atravessam a rua. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Estão abertas, até o dia 20 de janeiro de 2025, as inscrições para a Atividade Extensionista (AEX) “Formação para participação nas políticas de mobilidade ativa no Município de São Paulo”, coordenado pelo professor Matheus Humberto, do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica (Poli) da USP. O projeto recebe alunos de diferentes institutos e campi da USP. A AEX busca uma distribuição geográfica de residência na capital paulista e demais municípios da região metropolitana. Confira a oferta de AEX no Sistema Júpiter. Acesse aqui o Manual.
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de educadores do Cursinho popular Clarice Lispector
O Cursinho Popular Clarice Lispector, organizado por estudantes de Farmácia da USP, está com vagas abertas para educadores, plantonistas e corretores de redação nas turmas matutina (segunda a sexta-feira) e integral (sábado). As aulas ocorrem na Cidade Universitária. As vagas disponíveis são referentes às seguintes disciplinas: Turma da semana-educadoras: Biologia (2), Literatura (1), Gramática (1), Atualidade (1), Geografia (2), Física (2), Matemática (2), História Geral (1), FIlosofia (1), Sociologia (1) Turma de Sábado-educadoras: Literatura (1), Gramática (1), Redação (1), Geografia (2), Física (2), Matemática (2), Biologia (1), Filosofia (1), Sociologia (1) Vagas Plantonistas: Literatura – semana (1) , Gramática – semana (1), Redação – semana (1), Gramática – sábado (1), Redação – sábado (1), Geografia – sábado (1), Química – semana (1) Química – sábado (1), Física – semana (1), Física – sábado (1), Matemática – semana (1), Matemática – sábado (1) + 4 vagas de corretoras de redação Interessados podem se inscrever pelo formulário: https://forms.gle/bTi7a3hn8ZXqKhnEA Confira também o Manual Da Candidata – Educadoras 2025, com todas as informações acerca da organização do CPCL: https://drive.google.com/file/d/1lom6EWDXlfbcfSh6WZrC1YF5rwq3BHOj/view?usp=drivesdk
Professor da Poli- USP é indicado para Prêmio Profissionais da Música
O professor Paulo Pereira, docente aposentado do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle (PTC) da Poli,foi indicado para o Prêmio Profissionais da Música 2024 (PPM) em duas categorias de criação: AUTOR(ES)(INSTRUMENTAL) e AUTOR(ES) (MÚSICA E LETRA). O álbum concorrente QUIXOTE, está disponível no YouTube. A votação está acontecendo através do site do concurso até o dia 23 de dezembro.
Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde promove concurso de receitas
O Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde tem como objetivo enfrentar os desafios e problemas de saúde pública no Estado, por meio de pesquisas aplicadas. Sua missão é promover o consumo de pescado, incluindo produtos de aquicultura nutricionalmente fortificados, como uma alternativa mais saudável ao consumo de carnes vermelhas, processadas e fast foods, contribuindo assim para a luta contra a obesidade, doenças coronárias e outras condições associadas, tanto no Estado de São Paulo quanto em todo o Brasil. Por isso, o Núcleo está realizando um concurso de receitas que visa inserir o pescado nas ceias. As inscrições vão até o dia 3 de janeiro. Para participar, acesse o formulário e inscreva-se.
Computação sustentável e seus desafios frente à inteligência artificial: assista a evento online gratuito da USP
No próximo sábado, 14 de dezembro, a partir das 10 horas, o professor Daniel Cordeiro abordará os desafios da computação sustentável diante do crescente aumento da demanda por inteligência artificial A computação sustentável surge como uma necessidade imediata diante do impacto ambiental crescente da tecnologia, especialmente com o avanço da inteligência artificial (IA). O uso intensivo de recursos nas grandes infraestruturas que suportam modelos de IA tem gerado considerável pressão sobre o meio ambiente. Entre os principais desafios estão a busca por métodos mais eficientes de otimização do consumo energético e a redução da emissão de carbono nas operações computacionais. Para abordar o tema, o cientista da computação Daniel Cordeiro, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, em São Paulo, ministrará uma palestra online no próximo sábado, 14 de dezembro, às 10h. Promovida pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a palestra apresentará técnicas de computação de alto desempenho que contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Intitulada Computação sustentável e seus desafios frente à IA, a iniciativa integra o ciclo de palestras do MBA em Inteligência Artificial e Big Data do ICMC USP, que aborda temas atuais e ensina a solucionar desafios complexos do mercado. A mediação será da professora Solange Rezende, coordenadora do MBA. Durante o evento, Cordeiro apresentará resultados científicos de seu grupo de pesquisa, que investiga como técnicas computacionais avançadas podem reduzir o impacto ambiental e as emissões de carbono em cidades inteligentes. “Parece ser um paradoxo atual: ao mesmo tempo que a IA é uma das principais responsáveis pelo aumento da demanda por energia, ela também se mostra uma ferramenta poderosa para mitigar as emissões de gases de efeito estufa”, ressalta Cordeiro. A palestra é direcionada principalmente a desenvolvedores e gestores de data center. Para o primeiro grupo, será mostrado como facilitar o desenvolvimento de aplicações para que emitam menos carbono. Para os gestores, o enfoque estará em algoritmos para a alocação de recursos e no dimensionamento de cada data center, considerando o contexto atual, em que esses ambientes são geodistribuídos. Com transmissão por meio de dois canais do YouTube, ICMC TV e **MBA em Inteligência Artificial e **Big Data, o evento é aberto à participação de todos os interessados e não demanda inscrições prévias. Formado no Bacharelado em Ciência da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP), onde também defendeu sua dissertação de mestrado na mesma área, Cordeiro concluiu o pós-doutorado em matemática e ciência da computação na Université Grenoble Alpes, na França. Seus principais interesses de pesquisa incluem computação de alto desempenho e teoria do escalonamento e suas aplicações em problemas de otimização multiobjetivo, algoritmos de aproximação, teoria algorítmica dos jogos, entre outras.
Instituto de Biologia da USP exibe documentário sobre expedição de pesquisadores na Amazônia
Uma expedição de pesquisadores a um dos lugares mais remotos da Terra, a Serra do Imeri, localizada nas áreas altas da Floresta Amazônica, é retratada no documentário No Topo da Amazônia – Em Busca de Novas Espécies, que será exibido no Instituto de Biologia para toda a comunidade USP. Com 52 minutos de duração, o documentário mostra o trabalho de coleta de espécimes feito pelos pesquisadores na densa floresta da Serra do Imeri. O professor Miguel Trefaut Rodrigues, do Instituto de Biociências da USP, foi o mentor do projeto de explorar a Serra do Imeri e liderou a equipe de pesquisadores. Exibição Data e horário: 13/12/2024 às 15h30. Instituto de Biociências da USP Auditório Sérgio Vanin, Rua do Matão 321, travessa 14.
Inscrições para o MBA em Ciências de Dados da USP entram na última semana
Programa aceita candidaturas até o próximo dia 15 de dezembro Estão abertas as inscrições para a sexta turma do MBA em Ciências de Dados, oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos em parceria com o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI). As inscrições vão até o próximo domingo, 15 de dezembro. O MBA em Ciências de Dados oferece uma formação sólida em técnicas avançadas de análise de dados, aprendizado de máquina e inteligência artificial, capacitando os alunos a atuar em setores estratégicos de empresas e órgãos públicos. Como funciona o MBA O MBA será oferecido totalmente online, com acesso a uma plataforma exclusiva para os alunos. O curso conta com uma carga horária total de 440 horas obrigatórias e 20 horas optativas. Cada disciplina da trilha de formação tem duração de nove semanas. Aos sábados, os alunos recebem o material da semana, incluindo vídeos, slides, conteúdos complementares, exercícios e a avaliação semanal. Além disso, entre segunda e quinta-feira, das 20h às 21h30, são realizados plantões de dúvidas com a equipe de apoio. Dúvidas também podem ser esclarecidas nos fóruns semanais disponíveis para cada disciplina. Ocasionalmente, tutorias extras sobre temas avançados serão oferecidas aos sábados. Durante o curso, os alunos desenvolvem simultaneamente o Projeto Final, correspondente ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Após dois meses de aulas regulares, há um intervalo de 15 dias focado na disciplina de Metodologia de Projeto, período no qual os estudantes podem trabalhar em um problema real de sua organização. Nesse mesmo período, é oferecida a disciplina de Gestão de Projetos em Ciência de Dados.
Estadão: Artigo “Retribuir à Sociedade” relata história de Gustavo Pierini na filantropia educacional
Link: https://digital.estadao.com.br/article/282419879831277 Resumo: O empresário e engenheiro Gustavo Pierini anunciou em novembro a maior doação já recebida pelo fundo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP): US$ 1 milhão. A história do argentino na filantropia educacional começou bem antes e agora ele quer incentivar cada vez mais gente a oferecer esse tipo de ajuda. Confira a matéria completa clicando no link.
Representantes da Poli-USP e do ITESM discutem expansão de convênios internacionais
Representantes da Poli-USP e do ITESM discutem expansão de convênios internacionais Descentralizar a mobilidade de alunos da Escola Politécnica dos países europeus é uma das principais missões para atrair interessados em estudar em instituições de excelência no continente americano Júlia Sardinha 12/12/2024 [Imagem: Amanda Rabelo] Projetar acordos para diferentes áreas da Engenharia foi um dos objetivos do encontro que ocorreu na Escola Politécnica (Poli) da USP na última segunda-feira, 9 de dezembro, com representantes do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey (ITESM), do México. Em novembro, outra delegação do instituto foi recebida para discutir futuras parcerias com o departamento de Engenharia Mecânica, desta vez a discussão foi com membros da engenharia da computação. Após uma breve apresentação sobre a história da Escola aos convidados mexicanos, os presentes trataram sobre a possibilidade de firmar vínculos futuros entre as instituições. “O que buscamos é tentar formar uma união entre as instituições que seja para investigações [pesquisas acadêmicas] e para a troca entre alunos”, afirma o professor Marcelo Alves. A comissão representante da Poli também contou com a presença dos professores Marcos Simplício e Bruno Albertini, ambos do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli.O projeto entre a USP e o ITESM propõe a formalização de convênios intercambistas de mobilidade entre estudantes brasileiros e mexicanos. Um dos empecilhos, como analisado pelo professor Marcelo, é a dificuldade de uniformização dos tipos de cursos oferecidos, por exemplo: o Mestrado no Brasil não é o mesmo que o “Master”, conforme o previsto no acordo de Bolonha, que rege a formação superior na União Europeia.O professor Bruno ainda acrescenta que instituições como a USP têm dificuldades em estabelecer acordos internacionais com outras universidades devido às divergências quanto à gratuidade educacional. “[Os institutos de ensino superior de outros países da América Latina] são muito bons, só que eles são privados e se paga para estudar lá. Os acordos têm que ser muito bem amarrados porque o que fazemos é o seguinte: um estudante de lá vem para cá e ele não paga [no Brasil] só que ele continua pagando e nós mandamos um estudante para lá”, destaca.Além de um aluno estrangeiro ter que lidar com os gastos universitários em seu país, a delegação mexicana questionou à mesa os custos de se morar em uma grande metrópole como é o caso da cidade de São Paulo. Marcos Simplício compartilhou com os convidados que a preocupação financeira vai além quando o assunto é viver na capital paulista, uma vez que alunos que vivem no próprio estado podem demorar horas até chegarem ao seu local de estudo. [Imagem: Amanda Rabelo] Outro ponto de debate foi em relação à barreira linguística. Apesar do espanhol e do português serem idiomas de origens latinas e com certa familiaridade, alunos fora de seu país podem enfrentar dificuldades para acompanhar a graduação em outra instituição. Na Poli-USP, as aulas são majoritariamente ministradas no idioma oficial, em língua portuguesa.De forma a promover que mais estudantes estrangeiros integrem a comunidade universitária, a Poli busca atrair estudantes de dentro e de fora do país. Segundo o professor Marcelo, a Escola tem poucos convênios com universidades da América Latina – tendo a França como a campeã na recepção de estudantes brasileiros no exterior. O encontro entre as delegações tenta mudar esse cenário e otimizar os tempos de graduação com experiências únicas em contato com culturas diferentes.O Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey (ITESM) é considerado um dos melhores da América Latina em questões de ensino superior. O professor Bruno Albertini diz que há uma tentativa por parte dos docentes brasileiros de mostrar aos alunos de Engenharia a potencialidade de instituições que vão além da tradicional Europa e, assim, aumentar o número de intercambistas selecionados.