Até 26 de maio de 2025, estão abertas as inscrições aos Edital AUCANI nº 2034 – University of Birmingham – UBBI-USP Seed Fund 2025 , com período de execução de agosto de 2025 a julho de 2026. A University of Birmingham (UoB), Reino Unido, por meio de seu Instituto Brasileiro (UBBI), e a Universidade de São Paulo assinaram, em abril de 2024, um convênio para consolidar a Parceria Estratégica de Colaboração entre as duas instituições. Este convênio reconhece as fortes relações institucionais, acadêmicas e de nível executivo que foram cultivadas na última década, delineando o compromisso de desenvolver uma colaboração especial, ampla e de longo prazo, com base em princípios de reciprocidade sustentada e benefício mútuo, apoiada por um programa de financiamento inicial (“seed funding”) conjunto recém-estabelecido. O financiamento inicial conjunto permitirá que o corpo docente da USP e da UoB identifiquem pontos fortes complementares, facilitem o uso de sinergias e promovam o desenvolvimento de projetos futuros de destaque em pesquisa e ensino. Os editais de financiamento inicial estão abertos a todas as Unidades da USP, e projetos de pesquisa interdisciplinares serão incentivados. O Edital UBBI-USP 2025 prevê o financiamento de até 7.500 libras esterlinas pela USP para cada projeto aprovado. – Público-alvo: Docentes e doutorandos. Pela USP, os coordenadores de projetos deverão ser necessariamente docentes ativos do quadro permanente da Universidade. Pesquisadores de pós-doutorado poderão ser adicionados à lista de participantes, mas não serão elegíveis para financiamento. – Link para a parte pública do Sistema Mundus (Editais > Docentes > nº 2034): https://uspdigital.usp.br/mundus/editalintercambiopublicoListar?nivpbcavo=D&codmnu=3144 Quaisquer dúvidas não solucionadas pela leitura do edital deverão ser encaminhadas ao Fale Conosco do Sistema Mundus (Assunto: “Editais de Pesquisa Conjunta para Docentes”). Confira aqui o edital e o formulário de inscrição. (publicação em 29 de janeiro de 2025)
Pesquisadores brasileiros buscam ampliar presença internacional por meio de revistas científicas
Pesquisadores brasileiros buscam ampliar presença internacional por meio de revistas científicas Publicações brasileiras abrem espaço para publicações nacionais e internacionais e projetam visão da academia brasileira para o exterior 28/01/2025 O trabalho cotidiano de um pesquisador envolve diversas etapas. Além de observar, formular hipóteses, realizar experimentos e, por fim, chegar a novas informações e gerar conhecimento, cabe ao cientista comunicar suas descobertas, e as revistas científicas são o espaço onde isso acontece. “Os cientistas desenvolvem trabalhos de ciência e tecnologia, e precisam publicar esses trabalhos. A Ciência funciona assim”, explica o diretor da Poli e editor-chefe do Brazilian Journal of Chemical Engineering, Reinaldo Giudici. “Quando publicamos um artigo, recebemos uma chancela, porque os trabalhos, antes de serem publicados, são revisados por pares anonimamente. O editor da revista convida revisores para analisar o trabalho, voluntariamente, e os editores também checam a qualidade do trabalho, sugerem alterações ou correções e, quando o artigo for aceito, a pesquisa foi não só validada pelos pares, mas também incorporou sugestão de melhorias. Isso é parte do do trabalho de ciência, e alguém tem que fazer isso”. Editor da Revista da Associação Brasileira de Engenharia Química desde 2008, Giudici argumenta que é papel de todos aqueles que publicam participar deste processo, e auxiliar na manutenção desses veículos. “É uma tarefa tanto dos editores – que trabalham diretamente com a Revista – como também dos revisores de trabalhos convidados. São os dois lados da moeda. Para publicar, também temos que auxiliar para que as publicações continuem funcionando”. Ele relata que o trabalho de revisor traz ao pesquisador uma maior interação com o conhecimento de sua área, o contato com outras ideias, além do aprendizado ao ler e fazer críticas aos artigos de colegas. Já o Editor ganha também em aprendizado, ao entrar em contato com um grande número de publicações. Além de dirigir a Escola Politécnica, lecionar e fazer pesquisa, Giudici avalia, anualmente, cerca de 800 artigos recebidos pela publicação que edita. As revistas podem integrar grandes editoras, como a Springer Nature, e ter o suporte de organizações e associações, como é o caso da revista da Sociedade Brasileira de Automática, da Sociedade Brasileira de Química, da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional e da Revista Polytechnica, entre outras. Essas revistas têm alcance internacional e seguem os parâmetros estabelecidos pela Editora, além de ter um editor-chefe no local e outro editor internacional alocado na sede. A Springer, inclusive, reeditou suas páginas associadas a revistas científicas que têm o suporte de associações e instituições, para mostrar claramente esta vinculação, exibindo a logomarca dessas organizações. “Esse fato é de grande importância na visibilidade e inserção da pesquisa feita no Brasil no cenário mundial. Algumas dessas revistas foram indexadas e outras estão a caminho, como é o caso da Polytechnica, com considerável esforço dos seus respectivos mentores”, explica o professor da Poli, José Reinaldo Silva. Criada em 2018, a publicação abre espaço para pesquisas multidisciplinares com foco nos grandes desafios da engenharia no século XXI. O financiamento dessas publicações é um assunto complexo, discutido neste artigo da Revista Piauí. “Hoje há um debate muito grande sobre como incentivar o open access, o acesso aberto, porque a ciência se faz divulgando e discutindo as ideias de uma maneira ampla. Isso gera uma crítica sobre como esse sistema se sustenta a longo prazo”, esclarece Giudici. A trajetória do Brazilian Journal of Chemical Engineering começou com sua publicação em uma base brasileira totalmente aberta, a Scielo, o que implicava a busca por recursos em agências de fomento, como a Fapesp ou o CNPq, para custear toda a produção da revista. O trabalho de produção, que envolvia desde a contratação da gráfica e dos diagramadores, era realizado por Giudici quando assumiu a revista, em 2008. Isto junto à tarefa de Editor, analisando o conteúdo dos artigos, os pareceres recebidos pelos revisores, e monitorando a decisão pela publicação dos artigos. Diante das dificuldades para levantar recursos, o modelo pareceu insustentável e a Associação decidiu transferir a edição para uma Editora comercial, a Springer. O professor e ex-diretor da Poli, José Roberto Castilho Piqueira, relata que nas áreas mais científicas, de humanas e medicina, o Brasil tem um bom número de revistas indexadas internacionalmente. Ele detalha que um indexador de prestígio reflete a relevância de uma revista, como a Scopus e a Web of Science. Como um cientista experiente, faz um recorte entre as experiências de revistas científicas das quais conhece de maneira mais aprofundada e relata, a título de exemplo, a trajetória da criação da Revista da Sociedade Brasileira de Automática (SBA). “Começou nos anos 1980, pela generosidade dos professores Plínio Castrucci (USP) e Celso Bottura (Unicamp). Eles tinham a visão de que a automática seria uma coisa importante na engenharia, e que o Brasil podia ter uma sociedade brasileira de automática”. Outra contribuição para o desenvolvimento da revista da Associação foi realizada pelo professores Luiz Antônio Aguirre (UFMG), José Raimundo de Oliveira (Unicamp) e pelo professor José Reinaldo Silva, conta Piqueira, que, por volta de 2012, iniciaram um movimento para tornar a Revista da SBA, até então local e com um conteúdo qualificado, em uma publicação internacional. Após diversas reuniões e acordos com a Springer, a editora concordou em publicar a revista. Em um processo que seguiu a trajetória de um crescente número de citações e artigos, e com muito esforço e trabalho dos professores Aguirre, José Reinaldo e Ivan Nunes da Silva (EESC), a revista brasileira se transformou em uma revista internacional da Springer. “Hoje essa revista é indexada na Web of Science com um fator de impacto maior que 1,5. Portanto, como uma revista internacional de alta qualidade”. O atual nome da Revista é Journal of Control, Automation and Electrical Systems. Todo este esforço, segundo Piqueira, levou a produção da comunidade científica brasileira da área de controle e de robótica para o mundo. Sobre a Revista Polytechnica, editada hoje pelo professor da Poli, Emílio Carlos Nelli Silva, Piqueira ressalta que pode seguir o mesmo caminho. A Revista hoje é indexada pela Scopus, e precisa ter mais artigos e citações para também ingressar na Web of Science. “A revista Politécnica tem todas as possibilidades de decolar, dada a diversidade da comunidade da Poli”, analisa Piqueira. O professor Emílio Carlos Nelli Silva explica que a ideia da Polytechnica é tratar de temas relevantes em engenharia, fundamentada em dados e resultados sólidos, como questões sobre energia verde, educação em engenharia ou saneamento básico, que são grandes desafios para a humanidade, dentro de um contexto de um problema relevante. “Como prover a eletrificação massiva em um país em desenvolvimento? Ou saneamento básico? São propostas de soluções para este tipo de desafio”. Para a Edição da Revista, segundo Nelli Silva, os tópicos são muito interessantes e trazem consigo um desafio para abordar áreas muito diferentes da engenharia. “Precisamos de editores associados em diversas áreas por termos um grande escopo. Além disso, captar mais interessados em submeter artigos pode ser um desafio, uma vez que o escopo não é específico. Não é fácil encontrar pesquisadores que focam nesses problemas de forma mais ampla, mas há muitos se dedicando para estes temas relevantes. Nosso desafio é chegar até eles”. O editor da Revista Polytechnica na Springer, Goldani, conta que a publicação está em uma jornada comum a muitas outras no período inicial, que é aumentar a submissão de artigos num contexto em que ainda não é indexada. Entre os desafios para alcançar a indexação, estão a publicação de pelo menos 20 artigos por ano, por dois anos. Neste sentido, os editores estão divulgando a proposta da revista em congressos científicos, e disseminando a proposta da revista. Entre os atrativos para a publicação de artigos, Goldani cita o fato de a revista ser de acesso aberto, o que pode gerar citações dos trabalhos. “A proposta da ‘Polytechnica’ é única, é diferente. Isso é um outro fator que, agora, traz um pouco de dificuldade, mas eu tenho total confiança que ela irá decolar. Porque a proposta dos editores é não ser apenas uma revista de engenharia teórica, mas de trazer artigos que possam trazer desenvolvimento para a sociedade, no mundo todo, por ser uma revista internacional publicada em inglês”. O editor destaca, também, que o objetivo da publicação do journal não é apenas publicar um artigo de engenharia, os criadores pretendem que a pesquisa realizada pelo autor ou pelo grupo de autores traga alguma contribuição prática, que possa trazer desenvolvimento social por meio da engenharia. Com 20 anos de carreira acadêmica, Goldani finaliza destacando a importância da proposta da revista para a ciência. “Uma proposta extremamente desafiadora, mas essencial para a sociedade. Sobre a Revista Polythecnica Os trabalhos apresentados na publicação retratam pesquisas direcionadas aos desafios acadêmicos atuais e futuros, que demandam uma solução reunindo mais de um campo da Engenharia. Já foram temas da publicação, por exemplo, o relacionamento da Engenharia com a Medicina (vol 3, no. 1-2), e a exploração e uso do gás como alternativa intermediária na transição energética (vol. 2, no 1-2), além de temas ligados ao avanço dos sistemas de manufatura automatizada. Os números da revista são híbridos, isto é, a Revista não é inteiramente temática, mas tem cerca de metade dos seus artigos sobre um tema, e os demais sobre assuntos diversos, desde que seja na direção da inovação e dos grandes desafios que se colocam para a Engenharia, mesmo que apresentem pesquisas com resultados concretos mas ainda em andamento. O acesso à publicação é aberto, e pode ser feito por meio deste link. A página da Revista pode ser acessada aqui.
Poli-USP e Marinha realizam colação de grau de oficiais engenheiros
Poli-USP e Marinha realizam colação de grau de oficiais engenheiros 28/01/2025 No dia 28 de janeiro de 2024, a Escola Politécnica (Poli) da USP realizou a Cerimônia de Colação de Grau de 6 oficiais engenheiros da Marinha nos cursos de Engenharia Mecatrônica e Engenharia Naval. O evento foi realizado no Auditório Professor Francisco Romeu Landi, no prédio da administração da Poli. Participaram da cerimônia o vice-diretor da Poli, professor Silvio Ikuyo Nabeta, o Vice-Almirante e Diretor de Engenharia Naval, Engenheiro Naval Rogério Corrêa Borges, o Capitão de Mar e Guerra e Diretor do Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo, Engenheiro Naval Fernando Emanuel Cavalcante Benites, e a Assistente Técnico Acadêmico da Poli, Marcia Costa Pinto Barros. As imagens do evento estão disponíveis no link. Leia mais sobre a parceria entre a USP e a Marinha do Brasil: USP e Marinha do Brasil renovam acordo de cooperação acadêmica
Professor da Poli aborda oportunidades de desenvolvimento tecnológico em parceria com a China
Em programa TVGGN, no Youtube, o professor titular da Escola Politécnica (Poli) da USP, Claudio Schon, destacou a oportunidade de cooperação com instituições chinesas, especialmente universidades. Ele citou uma potencial parceria de professores da Poli com a Universidade Beihang, de Beijing, em que um pesquisador que estuda aviação verde se interessou por uma tecnologia de célula combustível de baixa massa e volume para uso em mobilidade que está sendo desenvolvida por docentes da Poli. “A ideia é criar um sistema de célula de combustível – uma célula que transforma hidrogênio em eletricidade – e estamos buscando desenvolver este produto”. A íntegra da entrevista pode ser conferida no link, a partir dos 29 minutos.
Centro de pesquisa localizado na Poli oferece bolsa de pesquisa para doutorandos na área de estruturas offshore
O Offshore Technology Innovation Centre (OTIC), centro destinado a pesquisa de tecnologias para usinas em alto mar, e localizado no Departamento de Engenharia Naval [Reprodução: Pixabay]e Química da Poli-USP, está realizando a seleção de uma bolsa para alunos de doutorado. O projeto NMT1-Desenvolvimento de novos revestimentos funcionais hidrofóbicos para proteção contra corrosão em ambientes off-shores, busca pesquisadores para desenvolver estratégias para combater a corrosão em estruturas utilizadas em usinas offshore, sobretudo da indústria do óleo e gás. A pesquisa terá a duração de 36 meses, com uma carga horária de 40 horas por semana e uma remuneração de R$5520. As inscrições serão aceitas até 30/03. Para outras informações e sobre o processo de candidatura, o documento.
IPEN está com vagas para Iniciação Científica abertas à estudantes de Engenharia Química e Mecânica
Estudantes de Engenharia Química ou de Engenharia Mecânica interessados em participar de uma Iniciação Científica (IC) podem se candidatar ao recrutamento e seleção [Imagem: Reprodução/IPEN].para uma vaga em mecânica de fluidos aplicada a baterias de fluxo de oxirredução de vanádio. O coordenado da pesquisa é o professor Miguel Luiz Miotto Negro, e o local de trabalho é no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Trata-se de uma nova linha de pesquisa e a IC tem duração prevista de 12 meses. O início das atividades se dará após o fim do processo de recrutamento e seleção dos estudantes interessados e tem como objetivo o dimensionamento ótimo de dois tipos de campos de fluxo do eletrólito em baterias de vanádio. Inicialmente, não haverá bolsa para a IC, mas existe a possibilidade. Os candidatos devem enviar dúvidas, currículos e/ou cartas de apresentação, com dados de contato, para o e-mail: mlnegro@ipen.br.
Aucani oferece oportunidade de internacionalização sem precisar sair do País. Inscrições para o USP Academy encerram no dia 31 de janeiro
A USP Academy está com inscrições abertas até o dia 31 de janeiro para estudantes interessados em conhecer e interagir com alunos estrangeiros. Para o primeiro semestre de 2025, o programa da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) oferece 16 cursos com temas como atividade física, saúde mental, justiça socioambiental, educação e mudanças climáticas. [Imagem: Reprodução/Deborah Ferrari]As atividades da segunda edição do USP Academy acontecerão entre os dias 17 e 28 de fevereiro. Para participar, basta preencher o Formulário de Inscrição (Application Form) e o Contrato de Aprendizagem (Learning Agreement), disponíveis na página da Aucani. A participação é gratuita, estendendo-se aos campi de São Paulo, Ribeirão Preto, Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Lorena e São Carlos da USP. Os cursos oferecidos têm curta duração e carga horária mínima de 30 horas semanais, sendo ministrados em inglês ou espanhol. Em sua maioria, são em formato híbrido e oferecem atividades de graduação, de pós-graduação e de extensão. As atividades envolvem todas as áreas de conhecimento, tendo o envolvimento de pelo menos dois docentes de unidades diferentes da USP, podendo contar com a participação de convidados. O USP Academy tem como objetivo apresentar os programas de pós-graduação e linhas de pesquisa da Universidade aos estudantes estrangeiros interessados. Além disso, a iniciativa também busca promover uma experiência de internacionalização para os alunos da USP sem precisarem sair do país, fortalecendo parcerias internacionais com diferentes instituições de ensino.
Jovens da Fundação CASA na capital visitam a Poli e a Feira do Livro da USP
Participaram da visita adolescentes do Clube da Leitura no CASA Juquiá, que também presentearam a biblioteca do centro socioeducativo após doação O trabalho conjunto entre Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) Juquiá, em São Paulo, e a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) continua para expandir o horizonte educacional de adolescentes em medida socioeducativa no Complexo do Brás, dentro do projeto “Poli para Todos”. Em novembro, cinco jovens que participam do Clube da Leitura da Fundação CASA Juquiá visitaram a estrutura e os laboratórios da Poli no campus da USP, em São Paulo. Mas a expansão do conhecimento não parou por aí: os adolescentes percorreram a 26ª Festa do Livro da USP e ainda puderam adquirir livros para si e para a biblioteca do centro de atendimento, depois de receberem uma doação em dinheiro do professor Antonio Carlos de Aguirra Massola, da Poli. Cada um deles recebeu 50 reais para comprar obras de seu interesse. Como a Feira do Livro, organizada desde 1999, historicamente aproxima editoras e leitores, oferecendo obras a preços mais acessíveis, num gesto altruísta, os jovens adquiriram, cada um, também um livro para a sala de leitura Francis Gomes, como é denominada a sala de leitura do centro de atendimento. Ao todo, cinco obras foram doadas para a biblioteca, tendo como temas religiões de matriz africana e a prática do xadrez. “A responsabilidade demonstrada por eles ao escolherem os livros nos encantou como educadores. Eles estavam preocupados em selecionar títulos que os outros adolescentes procuram quando vão à sala de leitura”, explicou a pedagoga Débora Teixeira. “Como estávamos no mês da Consciência Negra, com muitos debates e sensibilização sobre o tema, eles optaram por escolher livros que pudessem contribuir com o aprendizado”, acrescentou a pedagoga. Todos os livros foram autografados pelos jovens, tendo, em geral, a mensagem de que a obra trouxesse conhecimento e colaborasse no desenvolvimento do leitor. “Me diverti ao vê-los escrever”, lembrou Débora. O Clube da Leitura da Fundação CASA Juquiá é formado por adolescentes que se destacam no projeto Ponto de Encontro da Leitura. Quem compõe o Clube se torna monitor da sala de leitura, incentivando que outros jovens leiam, inclusive com a indicação de livros. A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, destacou o grau de maturidade demonstrado pelos adolescentes. “Os jovens tiveram um gesto generoso, que demonstra a preocupação não só com os outros adolescentes com quem cumprem medida socioeducativa hoje, mas de deixar uma semente do conhecimento plantada para os outros que virão”, refletiu a presidente. Durante a visita à Poli, os adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos e alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, assistiram a uma palestra do professor Massola, acompanhado do aluno de engenharia David da Rocha. Em seguida, conheceram o simulador de manobras de navio, que reproduz em computador as condições do mar e outras variáveis encontradas nos principais portos brasileiros, para aprofundar o aprendizado dos estudantes. “Os jovens vivenciaram uma experiência como se estivessem comandando um navio em alto-mar”, contou a agente educacional. A 26ª Feira do Livro da USP aconteceu entre os dias 6 e 10 de novembro, na Cidade Universitária, na capital paulista. Sobre a Fundação CASA A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social. Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/. Sobre a Escola Politécnica A Escola Politécnica (Poli) da USP tem mais de um século de história, formando gerações de engenheiros que têm se destacado não só em suas especialidades profissionais, mas também na vida política do País e na administração de empresas e de órgãos públicos. Fundada em 1893, a então denominada Escola Politécnica de São Paulo foi incorporada à USP em 1934; hoje ela é referência nacional e considerada a mais completa faculdade de Engenharia da América Latina. Outras informações sobre o projeto Poli para todos pode ser encontradas no link https://www.poli.usp.br/poli-para-todos.
Estadão: Professora da Poli-USP, Roseli de Deus Lopes, repercute queda no número de ingressantes em cursos de engenharia
Link: https://www.estadao.com.br/educacao/engenharia-curso-vestibular-sisu-ead/ Data: 20/01/2025. Docente: Roseli de Deus Lopes é professora titular do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Poli-USP. Também é pesquisadora de tecnologias aplicadas à educação.
Evento sobre IA responsável na Universidade de Bath, no Reino Unido, conta com mediação de professor da Poli-USP, Jaime Sichman
Na última segunda-feira, dia 20 de janeiro de 2025, o Centro de Treinamento de Doutorado em IA responsável e transparente (CDT-ART_AI) – Accountable, Responsible and Transparent AI – da Universidade de Bath, no Reuno Unido, realizou sua 5a edição do Dia de Desafios em IA (AI Challenge Day 2025). Confira aqui a notícia em inglês. O professor titular da Escola Politécnica (Poli) da USP, Jaime Sichman, foi o moderador de uma mesa de discussões cujo tema foi “IA como facilitadora da interação dos cidadãos com os sistemas sociotécnicos”. “Nas últimas décadas, houve um grande progresso na digitalização de diversos serviços públicos na maioria dos países. Tal processo aumentou significativamente entre 2020 e 2022, devido à pandemia da covid-19. Tarefas como agendamento de consultas médicas, retirada de 2ª via de documentos ou renovação de carta de condução, podem ser efetuadas a partir de casa, através de sistemas sociotécnicos concebidos para isso”, comenta Jaime. “Em vários países, no entanto, existe uma grande maioria da população que não tem grande destreza com o ambiente digital, o que significa que esta interação entre cidadãos e autoridades públicas não ocorre da forma planejada. Certamente, a utilização de técnicas de IA pode mitigar este problema, e é este o desafio que discutimos neste dia”. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas emAI Challenge Day 2025 – ART-AI