Jornal da USP: Inundações e enchentes no Vale do Anhangabaú são objetos de estudo de estudantes da Poli-USP

[Images: Dornicke/Wikimedia Commons e Lucas Landin/Wikimedia Commons].Link:  https://jornal.usp.br/radio-usp/medidas-de-drenagem-urbana-sustentavel-buscam-amenizar-enchentes-em-areas-densamente-povoadas/  Data de publicação: 14/02/2025. Personalidade politécnica entrevistada: Filipe Chaves Gonçalves, autor do estudo e pós-graduando em Engenharia Civil. Resumo: O Vale do Anhangabaú, famosa região da capital paulista, enfrenta problemas constantes com enchentes decorrentes das chuvas ou com inundações dos córregos subterrâneos que compreendem o seu entorno. O problema persiste há quase um século e a área é considerada pelos especialistas como um desafio crítico para se implementar estruturas que mitiguem o rápido escoamento da água.  Pensando nesse problema, estudantes da Escola Politécnica (Poli) da USP realizaram um estudo no local. A pesquisa propunha avaliar o potencial de medidas de drenagem urbana sustentável a partir do uso do software Storm Water Management Model (SWMM), amplamente utilizado na drenagem urbana para simulação da vazão das chuvas. O foco do estudo era entender quais medidas de drenagem sustentável seriam as mais eficazes para reverter e mitigar as enchentes em áreas densamente povoadas, como o Vale.  Confira a matéria completa no Jornal da USP.  

Equipe do Financeiro da Poli-USP promove a 1° Oficina de Compras de 2025

A 1º Oficina de Assistência técnica- financeiro (ATFN) aconteceu no dia 7 de fevereiro de 2025 das 9h30 às 11h. O evento buscou abordar as novas orientações para inclusão de Documentos de Demandas de Compras, bem como responder as dúvidas. A oficina foi realizada no Auditório Francisco Romeu Landi, no prédio da Administração da Escola Politécnica da USP. O objetivo foi esclarecer para os funcionários sobre a Nova Lei de Licitações e Contratos. Além disso, outras iniciativas serão realizadas mensalmente ao longo de 2025, abordando diferentes temas, com um olhar para casos práticos.   Confira as fotos do evento. 

Jornal da USP: Arqueometalurgia por trás das sacadas de ferro fundido do centro de São Paulo é tema de palestra do IEA

[Imagem: Fernando Landgraf]Link: https://jornal.usp.br/universidade/palestra-sobre-arqueometalurgia-aborda-o-centro-de-sao-paulo-no-seculo-19/  Data de publicação: 12/02/2025. Personalidade politécnica citada: Fernando Landgraf, professor do departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Resumo: No dia 17 de fevereiro, das 11h às 12h30, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP promoverá uma palestra sobre arqueometalurgia. O evento é gratuito, aberto ao público e tem como objetivo abordar a ciência que estuda os procedimentos de fabricação de objetos metálicos do passado. A palestra apresentará um estudo de caso que investiga sacadas de ferro fundido do centro de São Paulo, e identifica três que são idênticas, datadas da mesma década de 1880, cujo modelo foi possivelmente fundido pela Fábrica de Ferro de Ipanema.  Data: 17 de fevereiro de 2025. Horário: 11h às 12h30. Local: transmissão online pelo Canal do IEA Para outras informações, confira a página do evento. Confira a matéria completa no Jornal da USP.  

Jornal da USP: De show na USP à turnê de encerramento, todos os tempos de Gilberto Gil

Foto:Carmen Prado/ Livro Cale-se. Link:https://jornal.usp.br/cultura/de-show-na-usp-a-turne-de-encerramento-todos-os-tempos-de-gilberto-gil/  Data de publicação: 17/02/2025. Resumo: Seja nos palcos pelo País, seja no ambiente universitário, Gil abrange ampla variedade rítmica e melódica, além de discutir temas que perpassam questões raciais e desigualdades sociais, cultura africana e oriental e até ciência e religião. Não foi diferente no show conduzido na Poli naquela tarde de 1973, em que cantou 23 músicas e dialogou com a plateia durante quase três horas – apenas ele e seu violão. Confira a matéria completa no Jornal da USP.

Futuros engenheiros, calouros da Poli-USP serão convidados a refletir sobre desafios da cidade de São Paulo

A Semana de Recepção aos Calouros de 2025 na Universidade de São Paulo (USP) será realizada de 24 a 28 de fevereiro, e os calouros e calouras participarão de atividades de integração na comunidade universitária. Entre as atividades propostas na Escola Politécnica da USP, onde 870 futuros(as) engenheiros(as) ingressam todos os anos, está uma maratona tecnológica, um hackathon, algo como uma gincana que será realizada na terça-feira, dia 25 de fevereiro. O Hackathon Poli 2025: Cidade Virtual é um evento imersivo, no qual os participantes terão o desafio de elaborar uma solução viável para 15 problemas urbanos da cidade de São Paulo, tendo como ênfase os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Agenda 2030). Entre os desafios estão questões relacionadas à Mobilidade Urbana e Congestionamento, Poluição do Ar, Desigualdade Socioeconômica e Exclusão Social, Deficiência no Saneamento Básico, Insegurança Alimentar e Acesso a Alimentos Saudáveis, Resíduos Sólidos e Reciclagem Insuficiente, Enchentes e Gestão de Águas Pluviais, saúde pública, habitação, entre outros. A meta dos estudantes, ao longo do dia, será refinar um problema urbano e propor uma solução inovadora. A atividade terá início às 8h e, depois de receberem as orientações, os grupos de estudantes passarão a manhã se debruçando sobre o problema, usando os materiais disponíveis para tirar dúvidas, e consultando os docentes para buscar orientações. Eles serão guiados, em parte, por um aplicativo que os fará percorrer os ambientes da Escola. No período da tarde eles passarão a elaborar uma solução que será apresentada a partir das 15h. O objetivo é que os alunos exercitem a empatia, a criatividade e o pensamento crítico na engenharia. Na proposta final, eles devem apresentar uma solução viável, inovadora e fundamentada. Outras informações para imprensa: Equipe de Assessoria da Poli-USP 11 93715-5236 imprensapoli@usp.br https://www.poli.usp.br/comunicacao/noticias-da-escola-politecnica-da-usp

Como será a Semana de Recepção de 2025 na Escola Politécnica da USP

A Semana de Recepção aos Calouros de 2025 na Escola Politécnica (Poli) da USP será realizada de 24 a 28 de fevereiro, e os calouros e calouras serão recepcionados na vida universitária por uma série de atividades de integração. Confira abaixo a programação para cada dia. Segunda-feira, 24 de fevereiro: O primeiro contato dos alunos com a Poli será no Centro de Difusão Internacional (CDI) da USP, um auditório com capacidade para receber todos os 870 ingressantes dos 17 cursos de graduação em engenharia da Poli. A partir das 8h, após serem recepcionados, os calouros participarão da sua primeira solenidade na USP, pois todas as turmas de ingressantes são recebidas com uma aula inaugural realizada por uma autoridade de renome. Neste dia, os calouros recebem as boas-vindas da diretoria da Escola e da reitoria da USP. Em seguida, eles serão convidados para a foto oficial da turma de ingressantes de 2025, realizada nas escadarias do CDI. O intervalo para explorar as opções de almoço da USP, descritas no Manual dos Ingressantes da Poli, será das 11h às 13h, seguida de uma exposição sobre a Poli no hall do CDI, onde os calouros e calouras poderão conversar com membros de diversas entidades atividades acadêmicas. A partir das 14h, a Comissão de Graduação e do Ciclo Básico da Poli dará as boas-vindas e falará sobre informações gerais dos cursos. As Comissões de Inclusão e Pertencimento e Ética e Direitos Humanos também se apresentarão neste momento. Se o ingressante tem interesse em realizar intercâmbio na graduação, poderá assistir uma palestra com a Comissão responsável a partir das 15h. As últimas atividades do dia serão uma palestra com a Associação dos Engenheiros Politécnicos, que apresentará também seus projetos Poli Retribua e Clube Minerva a partir das 16h, e o fundo patrimonial Amigos da Poli, também uma organização de egressos, fecha as apresentações do dia a partir das 16h30. Terça-feira, 25 de fevereiro: Os futuros engenheiros serão convidados a refletir sobre os desafios da cidade de São Paulo no primeiro Hackathon, uma maratona em que os ingressantes serão desafiados a propor soluções para os problemas urbanos a partir de reflexões sobre o papel social da engenharia e pelo uso da tecnologia. Quarta-feira, 26 de fevereiro: É chegada a hora de conhecer os departamentos e espaços ligados ao curso de escolha do ingressante. A partir das 8h30, os professores dos Departamentos farão uma apresentação. Em seguida, às 10h, serão realizadas atividades práticas de engenharia. No horário de almoço, as politécnicas terão um almoço organizado pela Mentoria Poli Minerva. O período da tarde fica por conta dos Centros Acadêmicos, a partir das 14h. Quinta-feira, 27 de fevereiro: A partir das 8h os ingressantes são recebidos com uma atividade lúdica, seguida por rodas de conversa, a partir das 9h, promovidas pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento, e de Ética e Direitos Humanos. A partir das 10h30 a programação fica esportiva com a apresentação da Atlética, seguida por um deslocamento para o Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP), após o almoço. No CEPEUSP, serão apresentadas as modalidades praticadas por estudantes por meio da Atlética. Sexta-feira, 28 de fevereiro: A partir das 8h, no Biênio, será realizada a apresentação do Grêmio, coletivos e atividades culturais. No intervalo de almoço, será realizada a compostagem dos materiais orgânicos utilizados ao longo das atividades da Semana no CEPEUSP, com participação voluntária. A programação se encerra com a apresentação da Feira de Projetos de Extensão e Extracurriculares promovida por alunos. Conheça alguns deles aqui. Trote solidário – No dia 8 de março, a Poli Social realizará uma atividade de revitalização em uma escola pública da região.

Pesquisadores do CEM propõem métricas de desigualdade para planejamento das linhas de transporte público

Cientistas analisaram os principais projetos para a rede de transporte da capital paulista e constataram que alguns agravam o problema. Considerando o acesso por ônibus e metrô às oportunidades de emprego, mais concentradas no centro expandido da cidade de São Paulo, pessoas brancas têm, em média, uma acessibilidade 105% maior do que pessoas negras a empregos em 60 minutos, usando apenas o transporte público. Em termos de renda, os 10% mais ricos possuem um nível de acessibilidade quase cinco vezes maior do que os 40% mais pobres, grupo que não têm acesso a um mínimo de 10% das oportunidades de emprego quando se considera a mesma necessidade de um deslocamento de 60 minutos, em média, usando metrô, trem e ônibus. Estes são alguns dos dados que pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) levantaram ao analisar como os principais projetos de expansão da rede de transporte público da cidade de São Paulo contemplam elementos que possam ajudar a diminuir as desigualdades. A pesquisa mostra que, enquanto algumas propostas contribuem para reduzir a diferença entre ricos e pobres ou entre populações brancas e negras na acessibilidade a melhores oportunidades urbanas, especialmente ao emprego, outras agravam as desigualdades. Germán Freiberg, Mariana Giannotti e Tainá Bittencourt, que também atuam no Laboratório de Análises Geoespaciais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), além de estudarem o que já está em operação, hoje, analisaram as deficiências do planejamento na hora de incluir a equidade e o acesso a oportunidades. Para compreender as limitações da abordagem tradicional, avaliaram os planos elaborados nos últimos 25 anos em relação à presença de objetivos de equidade, métricas de desigualdade e acessibilidade. Para mostrar as possíveis abordagens orientadas à equidade, avaliaram o impacto dos oito maiores projetos previstos para a expansão da rede de transporte da cidade de São Paulo, englobando seis linhas de metrô e duas linhas de ônibus rápido (BRT). Os resultados da pesquisa foram publicados no artigo “Are mass transit projects and public transport planning overlooking uneven distributional effects? Empirical evidence from Sao Paulo, Brazil”, no Journal of Transport Geography.. Segundo o estudo, apesar de alguns planos de transporte de São Paulo mencionarem a intenção de reduzir as disparidades de acessibilidade, nenhum avalia, de fato, os efeitos distributivos das propostas. “A maioria dos planos de transporte desenvolvidos em São Paulo nos últimos 25 anos carece de métodos quantitativos para medir e avaliar os efeitos distributivos, enquanto alguns chegam a ignorar os princípios de equidade entre seus objetivos políticos”, avaliam. A pesquisa indica que o uso sistemático de métricas de desigualdades no planejamento em transporte pode contribuir para a sua redução, quando comparado aos critérios utilitaristas predominantemente utilizados pelos planejadores e gestores. Os modelos utilitaristas focam a relação custo-benefício e avaliam apenas o impacto médio ou global das intervenções propostas, sem observar as demandas de grupos sociais específicos e os potenciais efeitos de redução das desigualdades. Teorias de justiça distributiva da Filosofia Política na adoção de novas métricas Com o objetivo de compreender as limitações da abordagem tradicional, os pesquisadores analisaram o Plano Integrado de Transportes Urbanos 2020 e 2025 (PITU 2020 e PITU 2025); o Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE) de 2014; o Plano de Mobilidade de São Paulo (PlanMob). Já para demonstrar o potencial de abordagens orientadas à equidade, avaliaram os projetos que constam no Relatório Integrado 2020 da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e no Plano de Metas da Prefeitura 21/24: seis linhas de metrô (L06 – laranja; L15 – prata; L16 – violeta; L19 – celeste; e L20 – rosa) e dois corredores BRT (Aricanduva e Radial Leste) Para fazer o estudo, os pesquisadores usaram como unidade espacial as zonas de transporte definidas em 2017 pela Pesquisa Origem-Destino do Metrô de São Paulo, e dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre população ocupada, classe social, raça, total da população de cada zona. No total, a área de estudo compreendeu 342 zonas, com 32.700 habitantes por zona, em média; 40% da população estudada está localizada na periferia da cidade, distante da maioria das oportunidades de trabalho. O cenário base, de outubro de 2018, consiste em uma rede de transporte sobre trilhos de 300 km (104 km de linhas de metrô e 196 km de linhas de trem urbano). Já o sistema de ônibus na cidade é composto por 1.343 linhas e cobre 4,3 mil quilômetros de vias. “A espinha dorsal do sistema de transporte público de massa é majoritariamente radial, convergindo para a região central da cidade e sobrepondo-se a áreas com alta concentração de empregos e moradores de alta renda”, observam. Um dos trabalhos dos cientistas calculou os tempos de viagem utilizando-se dos dados para a atual rede de transporte. Posteriormente, eles estabeleceram alguns cenários nos planos de expansão do metrô e do BRT, de modo a explorar abordagens e métricas orientadas para a equidade, com interesse especial nas desigualdades relacionadas a grupos sociais, como nível de renda e raça. Para avaliar o acesso às oportunidades de trabalho por meio do transporte público, os pesquisadores aplicaram critérios estudados pelas teorias de justiça distributiva, discutidas no ramo da Filosofia Política, que focam em garantir que todos tenham o suficiente para viver uma vida decente, em contraposição às abordagens tradicionais que se limitam a promover aumentos no bem-estar médio sem observar os efeitos para cada grupo. Desigualdade na acessibilidade por classe econômica e raça Desta forma, os pesquisadores chegaram a importantes resultados. Considerando o quesito renda e um mínimo de 20% de empregos acessíveis dentro do limite de 60 minutos de deslocamento por transporte público, por exemplo, chega-se à constatação de os 70% de menor renda na população não consegue acessar essas oportunidades de trabalho. Na análise combinada de raça e classe econômica, considerando-se o mesmo período de tempo de deslocamento, apenas o grupo de classe alta da população branca supera 20% de acessibilidade ao emprego. Nas três classes sociais (alta, média e baixa) a população branca tem uma acessibilidade a empregos consideravelmente superior à população negra. Outro exemplo de dados produzidos na pesquisa está na análise das novas linhas de metrô já entregues, que estão em construção ou apenas em planejamento. Os pesquisadores apontam que algumas linhas de transporte apresentam reduções mais significativas nas desigualdades, combinadas com um impacto mais modesto na acessibilidade geral, em especial a L15, que atualmente está operando desde a Vila Prudente até o Jardim Colonial, e tem previsão de chegar futuramente até Cidade Tiradentes, conectando bairros periféricos de baixa renda e baixa acessibilidade. Algumas dessas linhas, no entanto, podem até agravar as desigualdades existentes, como é o caso da L20 e da L16, que conectam Santo André com a Lapa e Cidade Tiradentes com a Estação Oscar Freire, da linha 5 do metrô, respectivamente. O governo está iniciando o projeto básico da L20. Já a L16 ainda está em estudo. “Os maiores benefícios médios, que seriam a escolha preferida sob uma abordagem utilitarista, vêm ao custo do aumento das desigualdades, especialmente nos menores tempos de deslocamento”, afirmam. Dentro de um limite de 60 minutos, os indicadores da pesquisa mostram que 10% mais ricos conseguem acessar quase cinco vezes mais empregos do que os 40% mais pobres. Além disso, é possível verificar que os novos projetos de transporte ampliam os níveis de desigualdade em relação ao cenário base. Conclusões gerais e recomendações De acordo com os pesquisadores, a noção de acesso potencial às oportunidades está presente no PITU 2020, no Plano Diretor Estratégico e no PlanMob, mas com diferentes graus de consistência e importância. “Dentre eles, apenas o primeiro utiliza indicadores adequados de acessibilidade em avaliações ex-ante dos efeitos esperados dos projetos planejados. No entanto, na versão atualizada do PITU 2025, essa abordagem está completamente ausente”, alertam. O PITU 2040 está em processo de elaboração desde 2021, mas ainda não foi publicada a versão final. A pesquisa recomenda que os planejadores explorem uma variedade de abordagens e métricas orientadas para a equidade, assegurando uma visão sistêmica nas diversas dimensões relevantes às desigualdades sociais associadas ao transporte, incluindo, entre outras, limiares de tempo de acesso e diferentes grupos sociais, como renda, raça e classe. Também sugerem a inclusão de um conjunto mais amplo de atividades além do emprego, como acesso à educação, saúde e lazer. Por fim, aconselham que as métricas de desigualdade e métodos orientados para a equidade sejam adotados já na fase dos projetos, antes da etapa de seleção, e também em processos de avaliação de projetos já executados. “Esta pesquisa não defende que a redução das desigualdades deva prevalecer a qualquer custo, mas ressalta que os efeitos distributivos devem ser introduzidos e ganhar um papel mais significativo como ferramenta analítica na avaliação de projetos, em conjunto com outras dimensões relevantes, como os custos e benefícios totais, que já são tradicionalmente utilizados no processo de planejamento”, concluem. _________________________________________________________________________ Sobre o CEM Criado em 2000, com início das atividades em 2001, o Centro de Estudos da Metrópole (CEM) é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Cepid-Fapesp) e, recentemente, também passou a ser um Centro de Pesquisa e Inovação Especial da Universidade de São Paulo (CEPIx-USP). O CEM reúne cientistas de várias instituições para realizar pesquisa avançada, difusão do conhecimento e transferência de tecnologia em Ciências Sociais, investigando temáticas relacionadas a desigualdades e à formulação de políticas públicas nas metrópoles contemporâneas. Sediado na Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o CEM é constituído por um grupo multidisciplinar, que inclui pesquisadores demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos, economistas e antropólogos. _________________________________________________________________________ Informações para imprensa: Janaína Simões Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) imprensa.cem@usp.br Tel. 55 11 3091-2097

Poli-USP atua em projeto de inovação da Volvo CE para máquinas de construção

Equipes de alunos, professores e pesquisadores apontam soluções para casos reais da indústria de máquinas pesadas. Dos laboratórios à indústria Quando a indústria investe no conhecimento acadêmico aplicado, todos ganham. No ano de 2024, a parceria criada entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Instituto de Tecnologia de Blekinge (Suécia) e a Volvo Construction Equipment (Volvo CE), desenvolveu um projeto de inovação tecnológica, integrando Inteligência Artificial (IA), Gêmeos Digitais, Internet das Coisas (IoT), Aprendizado de Máquina (ML) e Powertrains Conectados, entre outras capacitações, visando identificar oportunidades de aprimoramento contínuo de produtos e serviços oferecidos pela Volvo CE. Liderados pelo Laboratório de Inovação da Volvo CE de Palo Alto (EUA), as equipes de alunos, professores e pesquisadores da Escola Politécnica da USP e do Instituto de Tecnologia de Blekinge (Suécia), capacitados em diferentes áreas do conhecimento, uniram-se a fim de colaborar com a gestão e o desenvolvimento de novos projetos de máquinas pesadas, por meio de soluções customizadas, desde a pré-venda (geração de valor de compra/solução ideal para o cliente), quanto ao ciclo de vida das máquinas empregadas na construção civil, visando à estabilidade na frota e aumento de produtividade. Prof. Dr. André Fleury, da Poli-USP (ao centro, de bege), e equipe, em visita de campo para o projeto, em fevereiro de 2024 Segundo o Prof. Dr. André Leme Fleury, da Poli-USP, coordenador do projeto da Volvo CE pela Unidade Embrapii/Poli-USP Powertrain, os alunos de graduação e pós-graduação tiveram a oportunidade de vivenciar a interface com o cliente e suas demandas/expectativas, interagir com diversos stakeholders, tanto no contexto brasileiro como no global, passando por entrevistas com especialistas, representantes de vendas, usuários finais, além de visitas de campo e às fábricas da Volvo no Brasil e na Suécia, sob o constante acompanhamento do Laboratório de Inovação da Volvo CE. As equipes multidisciplinares desenvolveram, em 2024, uma série de protótipos, que foram testados em situações reais, com resultados promissores no que tange ao suporte técnico ao vendedor e durante o atendimento ao cliente (identificação da máquina ideal para suas necessidades); gerenciamento das operações dos equipamentos em tempo real (mais dados para o planejamento dos projetos, baseando-se em relatórios detalhados em diversas situações de uso); extensão da vida útil dos equipamentos pesados (aumentando a disponibilidade da máquina na obra, com manutenção preditiva); e otimização do gerenciamento de sites. “Temos um time multicultural de mais de 20 profissionais atuando neste projeto, pesquisadores de seis nacionalidades, com áreas de conhecimento diversas, o que enriquece muito as trocas e, principalmente, as práticas e os resultados conquistados”, detalha Márcio Soares, especialista em desenvolvimento de processos e inovação na Volvo CE. Soluções apresentadas – Volvo Human as a Sensor (VHS) Com o objetivo de manter os equipamentos funcionando de forma otimizada, sem paradas não planejadas que interferem drasticamente no planejamento do canteiro da obra, criou-se um aplicativo para os operadores das máquinas, que atuam como “sensores humanos”, coletando dados em tempo e situações reais, não percebidos por sensores automáticos. “O aplicativo permite inspeções diárias, relatórios de condições anormais e orientações assistidas por realidade aumentada e inteligência artificial”, explica o Prof. Dr. André Fleury. Os dados dos “sensores humanos” aprimoram modelos preditivos, baseados em aprendizagem de máquina (IA), visando à prevenção de falhas – em especial nos sistemas de powertrain, além da resolução eficiente de problemas e otimização de produtos e serviços. “Entre as vantagens da solução, vale destacar a redução do custo operacional e do tempo de paradas não planejadas, além do apoio aos times de manutenção responsáveis pela gestão das frotas e pelo planejamento dos serviços de suporte de equipamentos”, explica Massami Murakami, Head de Retail Development na Volvo CE. “A inovação está no DNA da Volvo CE. Nossa meta é gerar relevância, sustentabilidade e valor para os negócios”, complementa. – Configurador Volvo CE Esta solução integrou Engenharia e Ciência da Computação na criação de um sistema de chatbot, com o objetivo de auxiliar os consultores de vendas na configuração ideal de máquinas para necessidades específicas da obra. “A partir de uma abordagem multidisciplinar e colaborativa entre a universidade e a indústria, foi possível gerar um configurador inovador para a recomendação de máquinas complexas, com potencial de aplicação em outros contextos industriais”, diz o Prof. Dr. André Fleury. Esse configurador de produtos inteligente tem precisão nas respostas, fundamentadas em documentos de referência, no caso manuais dos produtos Volvo, entre outros. O sistema utilizou técnicas avançadas de multiagentes de Inteligência Artificial generativa (IA), incluindo Large Language Models, (LLMs), Retrieval Augmented Generation (RAG) e Chain-of-Thought Prompting (CoT). Dado o sucesso da parceria, as pesquisas continuam em 2025, com o objetivo de avançar no uso de tecnologias de reconhecimento de imagens, análise de dados e interação humano-máquina, entre outros desafios. Sobre a Unidade Embrapii Poli-USP Powertrain A Poli-USP Powertrain é uma das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e concentra a competência tecnológica da Escola Politécnica na área de Engenharia Automotiva, com foco no Trem de Força Veicular. A Unidade coloca à disposição da indústria brasileira o conhecimento e capacitação laboratorial da Poli-USP na realização de pesquisas conjuntas para o desenvolvimento de soluções inovadoras, seguindo o modelo de gestão e financiamento da Embrapii. (17/02/2025) Atendimento à Imprensa Centro de Engenharia Automotiva da Poli-USP (11) 3091-9885 Celia Domingues – scopus120@gmail.com Claudia Madeira – claomadeira@gmail.com

Professor da Universidade de Michigan apresentará seminário no IQSC-USP

  [Imagem: Reprodução/Pixabay]   No dia 14 de fevereiro, o Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) receberá o professor Dr. Nicolai Lehnert, da University of Michigan, que ministrará em inglês o seminário The Activation of Nitric Oxide by Diiron Complexes: the Mechanism of Flavodiiron Nitric Oxide Reductases. O evento pode ser acompanhado de forma presencial ou remota e é necessário se inscrever para participar e receber o certificado de presença.   Data e horário: 14/02/2025, às 14h30 Local: Av. Trabalhador São-carlense, 400 – anfiteatro “Prof. Edson Rodrigues” Link da apresentação

Poli-USP recebe seminário internacional de pesquisa “Imperfect contact laws in multiphysics composites” no dia 19 de fevereiro

    O professor Michele Serpilli, da Università Politecnica delle Marche, da Itália, apresentará o seminário de pesquisa “Imperfect contact laws in multiphysics composites” na quarta, dia 19 de fevereiro, às 14h, na sala S-28 do prédio da Engenharia Civil da Poli. O evento é organizado pelo grupo que coordena o Projeto Temático em Dinâmica não linear: Centro de dinâmica não linear aplicada à engenharia.   Abstract In the last decades, the interest in bonded structures, obtained by assembling different parts made of possibly different materials to compose a unique structure, is strongly increased. The advantage of such composites is that their mechanical performances and properties are designed to be superior to those of the constituent materials acting independently. In the present study, the attention is focused on a specific type of composite, constituted by two media, called the adherents, bonded together with a thin interphase layer, called the adhesive. The composite constituents are made of different linear multiphysic materials with highly contrasted constitutive properties. The study considers a generic multiphysic coupling in a very general framework and can be adapted to well-known multiphysic behaviors, such as piezoelectricity, thermo-elasticity, flexoelectricity and any other higher order continuum theories, such as micropolar or strain gradient elasticity. The analysis has been carried out by means of asymptotic expansions method. By defining a small parameter ε, associated with the thickness and constitutive properties of the middle layer, an asymptotic analysis is performed. The middle layer thickness depends linearly on ε, while the multiphysic stiffness ratios between the adherents and the adhesive depend on εp. Three different limit models and their associated limit problems are characterized: the soft interface model, in which the constitutive coefficients depend linearly on ε; the hard interface model, in which the constitutive properties are independent of ε; the rigid interface model, in which they depend on 1/ε. The asymptotic expansion method is reviewed by taking into account the effect of higher order terms and by defining a general multiphysic interface law which comprises the above aforementioned models. Finally, some numerical examples are given in order to show the efficiency of the proposed methodology in the case of piezoelectric and thermo-mechanical couplings. The numerical investigations are performed in the framework of the finite element method. In particular, finite elements are introduced to solve the fully 3D initial problem, considering a three-phase composite, and the limit 3D-2D problem with two layers with imperfect interface transmission conditions.   Short bio Michele Serpilli obtained the five-year Master of Sciences in Civil Engineering with full marks at the Polytechnic University of Marche (UNIVPM) in 2005 and earned the PhD Degree in “Mécanique et Génie Civil” at University of Montpellier 2, France, during the academic year 2005-2008. He is now Associate Professor of Solids and Structural Mechanics at the Department of Civil and Building Engineering, and Architecture at UNIVPM. He developed research and teaching activities at the Universities of Ancona, Marseille, La Havana, and ISAE SupMéca Paris. He is the author and co-author of more than 50 refereed scientific papers published in International Journals and Conferences. He is a reviewer of research projects for some International Institutions and reviewer of many International Journals. Member of the scientific committee of several International Conferences and he is a member of the Editorial Boards of different International Journals. His research interests focus on mathematical model for laminated beams and plates, composite materials, interface and contact problems in multiphysics frameworks, asymptotic methods, experimental and numerical analysis of sustainable materials and structures, numerical models for floating offshore wind turbines.