EACH-USP realiza Seminário de Internacionalização nos dias 8 e 9 de outubro

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP realiza seu V Seminário de Internacionalização, entre os dias 8 e 9 de outubro de 2024, com a participação de diplomatas, especialistas, docentes e discentes. O evento retoma uma agenda de seminários de internacionalização, buscando ampliar e diversificar caminhos para cooperação e mobilidade acadêmicas, com um olhar especial para as relações entre Brasil e África. Durante o Seminário, será lançado o livro “Experiências Internacionais EACH-USP”, que teve participação de docentes, discentes e pesquisadores(as) da EACH. O livro já está no Portal de Livros da USP, que pode ser acessado aqui. Alguns destaques da programação: Embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto (Secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura, do Ministério da Relações Exteriores do Brasil) Embaixador José P. Chantre D’Oliveira (Embaixada da República de Cabo Verde no Brasil) Prof. Dr. Vilton Soares de Souza (Diretor de Relações Internacionais IFMA) Confira outros detalhes da programação no perfil do Instagram da EACH acessando o link.  

[Vídeo] Confira a cobertura da edição de 2024 do evento “Meninas na Poli” 👷🏽‍♀️👷🏻‍♀️

Com o objetivo de apoiar a participação feminina na área de Exatas e apresentar os ambientes universitários, o Projeto Meninas na Poli trouxe alunas do ensino médio das escolas publicas de São Paulo para conhecer a Escola Politécnica (Poli) e o dia a dia dos estudantes de engenharia. ⚙️ Essa iniciativa é organizada pelo Grêmio Politécnico e pelos Centros Academia da Poli-USP. Gravação: Sofia Lanza Edição: Vito Santos 

Academia Nacional de Engenharia promove o seminário “A Engenharia Transformando o Brasil” em outubro

Promovido pela Academia Nacional de Engenharia (ANE), o Seminário “A Engenharia Transformando o Brasil”, acontecerá nos dias 21 e 22 de outubro, no Hotel Pestana, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Discutir o papel da engenharia para o desenvolvimento nacional em um mundo cada vez mais tecnológico e digital é o objetivo central do debate.  Serão dois dias em que especialistas irão debater temas como neo-industrialização, transformação digital, transição energética, saneamento e recursos hídricos. Estão confirmadas as participações de Álvaro Prata (presidente da Emprabii), Benedito Braga (ex-presidente da Sabesp), Durval Dourado (ESALQ/USP), Fernando Lins (ex-diretor do CETEM), Jerson Kelman (ex-presidente da ANA, da Light e da  SABESP), entre outros. As inscrições serão realizadas pelo site do Sympla. Para outras informações enviem e-mail para seminarioanebrasil@gmail.com   

Escolas Interdisciplinares FAPESP 2024 oferecem 120 vagas para bolsistas de pós-doutorado

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Foram abertas hoje (25/09) as inscrições para as Escolas Interdisciplinares FAPESP 2024, que serão realizadas entre 8 e 12 de dezembro na cidade de Itatiba, no interior paulista. Interessados têm até 30 de outubro para se inscrever. Na edição 2024, as duas Escolas Interdisciplinares ocorrerão simultaneamente, no Hotel Histórico Fazenda Dona Carolina: uma voltada para Ciências Exatas e Naturais, Engenharias e Medicina; outra focada em Humanidades, Ciências Sociais e Artes. São oferecidas ao todo 120 vagas. A FAPESP arcará com os custos de transporte, hospedagem e alimentação dos pesquisadores selecionados. A série de eventos busca oferecer a bolsistas de pós-doutorado de todo o país a oportunidade de conhecer a pesquisa científica de vanguarda desenvolvida no Brasil e no exterior em várias áreas do conhecimento. Ao longo de cinco dias, eles têm a oportunidade de compartilhar suas trajetórias acadêmicas com outros participantes, apresentar trabalhos em exposições orais e na forma de pôsteres e de interagir com pesquisadores nacionais e estrangeiros de modo a estabelecer laços profissionais duradouros. Realizadas em hotel fora da cidade de São Paulo, as escolas contam com um formato imersivo: começam no domingo, com uma atividade conjunta e um jantar de abertura, e se estendem de segunda a quinta, com palestras, debates, apresentações curtas e masterclasses. A interação cotidiana em ambiente informal favorece as trocas de experiências e cria vínculos de amizade e eventual cooperação. “Experimentamos esse formato pela primeira vez com as Escolas FAPESP 60 Anos, em 2022, e o sucesso alcançado nos levou a programar uma nova edição em 2023 e outra para este ano, de 8 a 12 de dezembro de 2024”, diz o físico Oswaldo Baffa Filho, professor titular da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP) e integrante da comissão organizadora. Os encontros foram concebidos com base na experiência da FAPESP com o programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e com as Escolas FAPESP 60 Anos. “Em nível internacional, a inspiração é o Lindau Nobel Laureate Meetings. Mas o que se procurou agregar com as Escolas Interdisciplinares FAPESP foi o caráter imersivo, interdisciplinar e informal”, diz Baffa. Experiência imersiva A Escola Interdisciplinar FAPESP 2023 Ciências Exatas e Naturais, Engenharias e Medicina deixou mais do que uma forte recordação em Thiago Augusto Mendes, à época pós-doutor júnior em geotecnia pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG), atualmente professor e orientador do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Gestão e Sustentabilidade (PPGTGS) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). “Apesar de estar passando por um momento familiar difícil, com a minha filha de 2 anos hospitalizada, recebi total apoio da comissão organizadora e dos novos amigos que conheci durante o evento. Esse suporte foi fundamental para que eu pudesse persistir, participar ativamente e apresentar meu trabalho. Falo em novos amigos porque, além do aprendizado, o evento também proporcionou a construção de amizades duradouras, como com o professor Samuel Pedro Dantas Marques, do Rio Grande do Norte, e Nelson Iahnke, da Universidade de Pelotas”, conta Mendes. Helder Alves de Oliveira, doutor em música e composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorando pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), participou da Escola Interdisciplinar FAPESP 2023 Humanidades, Ciências Sociais e Artes. “A experiência foi importante porque pude divulgar minha pesquisa em andamento, não só para pessoas da minha área, mas também de outras. E fazer isso em formato de texto e apresentações orais em inglês foi uma lembrança de apresentações anteriores e preparo para as futuras. Outro ponto crucial foi a convivência e troca com outros pesquisadores. Criei vínculos fortes com os colegas e até hoje conversamos sobre vários assuntos. O local e o evento proporcionaram essa interação social”, diz. Edição 2024 Será a primeira vez que as duas Escolas Interdisciplinares serão realizadas simultaneamente. Esther Império Hamburger, professora titular da ECA-USP, que também integra a comissão organizadora, ressalta que as Escolas Interdisciplinares FAPESP estão encarando o desafio de convidar os pós-graduandos a “sair da caixinha da especialidade, oferecendo aos pós-doutorandos a oportunidade de entrar em contato tanto com colegas, jovens pesquisadores em início de carreira, como com pesquisadores experientes, em áreas que não são necessariamente as de sua especialidade”. Segundo Hamburger, esse desafio não é apenas uma concepção avançada em termos educacionais, mas também uma necessidade premente diante dos desafios postos para a humanidade nas mais diversas regiões do mundo. “Há uma situação global que pede a cooperação de várias áreas do conhecimento para responder à crise ambiental, social e política”, pontua. Cada uma das Escolas FAPESP – a de Ciências Exatas e Naturais, Engenharias e Medicina e a Humanidades, Ciências Sociais e Artes – contará com 60 participantes, selecionados entre pós-graduandos apoiados por agências de fomento de todo o país. Esta seleção procura espelhar tanto a diversidade geográfica como a população brasileira, em termos de gênero e raça. Pesquisadores convidados Cada uma das duas escolas contará com a presença de oito convidados do Brasil e exterior, com destacada atuação em suas áreas de conhecimento. Na escola de Humanidades, Ciências Sociais e Artes, participarão os seguintes pesquisadores convidados: Cristiana Bastos (Universidade de Lisboa), Ivani Santana (Universidade Federal da Bahia), Laura de Mello e Souza (Sorbonne Université e USP), Oscar Vilhena (Fundação Getúlio Vargas), Patrick Heller (Brown University), Paulo de Assis (Orpheus Institut), Robert Stam (New York University) e Takumã Kuikuro (Independente). O link para inscrição é: https://escolafapesp2024humanas.webeventos.tec.br/inscricao/. Na escola de Ciências Exatas e Naturais, Engenharias e Medicina, participarão como palestrantes: Andrew Turberfield (University of Oxford), André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP), Annalisa Buffa (École Polytechnique Fédérale de Lausanne), Lucio Luzzatto (Muhimbili University College of Health and Allied Sciences), Manuel Heitor (Universidade de Lisboa), Phillip Fearnside (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Sergio Ferraz Novaes ( Universidade Estadual Paulista) e Rattan Lal (Ohio State University). Para se inscrever acesse: https://escolafapesp2024exatas.webeventos.tec.br/inscricao/.

USP inaugura laboratórios com equipamentos doados pela Receita Federal

Apresentação do professor Marcelo Zuffo do relatório de distribuição de materiais doados pela Receita Federal – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens Link: https://jornal.usp.br/institucional/usp-inaugura-laboratorios-com-equipamentos-doados-pela-receita-federal/ Data: 20/09/2024 Docente citado: Marcelo Zuffo, professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica e coordenador do Inova USP. Resumo: Nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, foi realizada uma cerimônia para marcar a inauguração dos laboratórios com equipamentos que foram concedidos à USP por meio de um convênio com a Receita Federal. Os materiais, que são apreendidos pelo órgão, foram doados à Universidade, que pôde reutilizá-los e incorporá-los ao seu patrimônio, ampliando seus recursos. O coordenador do Inova USP, Marcelo Zuffo, destacou a importância desses materiais doados para o melhor funcionamento das estruturas da USP. “Nosso intuito, em parceria com a Receita Federal, é consolidar uma destinação social dos materiais. Nós estamos levando esses equipamentos aos museus, aos hospitais, aos laboratórios da nossa Universidade para que tanto a comunidade interna, de alunos, professores e servidores, quanto a comunidade externa, possa fazer uso da melhor maneira possível.” Confira a matéria completa aqui. 

Centro Acadêmico da Poli-USP organiza visita para alunos de ensino médio para apresentar o curso de Engenharia Ambiental

No dia 11 de setembro, estudantes do Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental (CAEA) da Escola Politécnica (Poli) da USP, em conjunto com os professores do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (PHA), organizaram um evento para alunos do ensino médio para apresentar o curso de Engenharia Ambiental.  No período da manhã, o grupo de alunos visitou o Centro Internacional de Referência em Reúso da Água (CIRRA), o Canteiro Pluvial (Jardim de Chuva) e conheceu os dispositivos de pavimentos permeáveis.  Após um almoço no Restaurante Universitário (bandejão), tiveram a oportunidade de conhecer as instalações do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE): a Usina de Produção de Bioenergia e Biofertilizantes com Resíduos Orgânicos e o Laboratório de Alta Tensão.  Confira as fotos do evento aqui. 

Agência FAPESP: 7ª Conferência Internacional de Pesquisa e Inovação em Transição Energética

Link: https://agencia.fapesp.br/7a-conferencia-internacional-de-pesquisa-e-inovacao-em-transicao-energetica/52820 Data: 20/09/2024 Resumo: O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) promoverá, entre 5 e 7 de novembro, a 7ª Conferência Internacional de Pesquisa e Inovação em Transição Energética (ETRI). O tema, “Ação Climática por Meio de Tecnologias Avançadas para um Futuro Sustentável”, reflete o papel crucial da inovação tecnológica na mitigação das mudanças climáticas e na construção de um futuro energético sustentável. O evento está aberto a pesquisadores de várias áreas da transição energética, tanto do Brasil quanto do exterior. A conferência ETRI 2024 reunirá mais de 500 participantes, entre cientistas, executivos do setor empresarial e representantes governamentais, para debater soluções tecnológicas inovadoras voltadas à sustentabilidade energética. O período de inscrições gerais será entre 7 e 21 de outubro. A conferência será realizada no auditório do Centro de Difusão Internacional da USP, cujo endereço é a Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 310, Cidade Universitária, São Paulo. Confira a pauta na íntegra aqui.

Fundação CASA e Poli-USP se unem para ampliar horizontes educacionais dos jovens em medida socioeducativa

Iniciativa leva experimentos e inovações da Poli ao CASA Juquiá, no Complexo do Brás, em São Paulo, e promove visitas dos adolescentes ao campus da USP Um trabalho conjunto entre a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) Juquiá e a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) está abrindo portas e expandindo os horizontes educacionais para jovens em medida socioeducativa no centro de atendimento do Complexo do Brás, na capital paulista. Iniciada nas férias escolares de julho, a iniciativa conta com a participação dos alunos bolsistas e professores do projeto “Poli para Todos”, que têm visitado o centro socioeducativo para compartilhar experimentos e inovações das diferentes áreas da engenharia. Além dessas visitas, a iniciativa prevê que os jovens façam visitas mensais ao campus da USP em São Paulo, onde poderão conhecer a universidade, explorar laboratórios e interagir com estudantes, muitos deles também oriundos de escolas públicas. Isso reforça a ideia de que o ensino superior é acessível a todos, independentemente da origem. No CASA Juquiá, o “Poli para Todos” também promoverá oficinas, mini-feiras de orientação profissional, rodas de conversa e atividades voltadas para a preparação de vestibulares, incluindo o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).   A primeira visitação dos adolescentes à Poli-USP aconteceu na última quinta-feira (19), quando quatro jovens atendidos, com idades entre 13 e 18 anos, foram recebidos na Escola Politécnica, acompanhados de profissionais da área pedagógica do CASA Juquiá e de professoras da E.E. Padre Anchieta, a escola vinculadora da rede pública estadual que ministra aulas da educação formal no local. Os jovens participam do Clube de Matemática no centro socioeducativo da Fundação CASA, realizado com o suporte da escola vinculadora. A expectativa é que a iniciativa se amplie, abrangendo outras áreas de interesse dos jovens e criando um ambiente de aprendizado contínuo e motivador, tanto dentro quanto fora do centro socioeducativo. Essa colaboração entre a Fundação CASA e a Poli-USP exemplifica o impacto positivo que a união entre instituições pode ter na vida de jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo novas oportunidades e esperança para um futuro promissor. O professor da Poli, Antonio Marcos de Aguirra Massola, conta que o Programa Poli para todos já fazia um atendimento específico para os alunos das escolas de nível médio, sejam eles públicos ou privados, para ingresso na Universidade de São Paulo e uma maneira geral. “Levando em consideração o que a Fundação CASA faz, que é um processo socioeducacional, vimos a possibilidade de apresentar a universidade para os educandos que estão lá.” O diretor do CASA Juquiá, Sandro Donizete das Chagas, destacou: “Essa iniciativa é uma oportunidade única para nossos jovens. Queremos que eles vejam na educação um caminho de transformação pessoal e social, ampliando suas perspectivas de futuro”. A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, também enfatizou o papel transformador da educação na vida dos adolescentes em medida socioeducativa: “Parcerias como essa com a USP são fundamentais para mostrar aos nossos adolescentes que eles têm potencial e oportunidades à sua disposição. A educação não apenas amplia horizontes, mas também oferece as ferramentas necessárias para que esses jovens possam reconstruir suas vidas e enxergar um futuro mais promissor. Queremos que eles saibam que, apesar dos desafios enfrentados, o conhecimento é um caminho sólido para a transformação”.  

Escola Politécnica da USP recebe a segunda edição do Workshop on The Use of Biomaterials in Pavements. Saiba mais sobre a cerimônia de abertura

  Nos dias 23 e 24 de setembro, a Escola Politécnica (Poli) da USP sediou a segunda edição do evento internacional Workshop on The Use of Biomaterials in Pavements (2IWUBP). A cerimônia de abertura ocorreu na manhã da segunda-feira, 23 de setembro, com a presença do diretor da Poli, Reinaldo Giudici, da ex-diretora da Poli, Liedi Bernucci, da professora Kamila Vasconcelos, além do professor Silvio Silvério, da Escola de Engenharia de Lorena, e do doutor Emanuel Chailleaux, Université Gustave Eiffel.   O workshop tem como objetivo compartilhar experiências sobre o uso de materiais alternativos para pavimentos rodoviários, promovendo a disseminação do conhecimento científico e incentivando sua transferência e aplicação global. O intuito final é criar uma comunidade científica de especialistas e interessados no tema, além de definir as necessidades de pesquisa.   “É um prazer que a Escola Politécnica esteja sediando um evento tão importante para a indústria da pavimentação. O amanhã precisa de ciência e inovação”, declarou a professora Liedi Bernucci, que também dirigiu o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), durante a cerimônia de abertura.   Entre os principais tópicos abordados ao longo dos dois dias estão: biomassa reciclada e materiais residuais, estabilização do solo, avaliação do impacto ambiental e sustentabilidade, entre outros.   “O interesse pelo uso de materiais alternativos para pavimentos rodoviários tem crescido nas últimas décadas. Os biomateriais, provenientes de fontes renováveis, desempenham papéis diversos na pavimentação, e esse é o foco central desta segunda edição do workshop”, afirma a professora Kamilla Vasconcelos, organizadora do evento e membro do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da USP.   Confira a galeria de fotos do evento.  

Pacífico: foguete construído por equipe da Poli-USP conquista segundo lugar em competição internacional

Pacífico: foguete construído por equipe da Poli-USP conquista segundo lugar em competição internacional Alunos do Projeto Júpiter, grupo de foguetemodelismo da Escola Politécnica (Poli) da USP, participaram da Spaceport America Cup, competição internacional de lançamento de foguetes realizada no Novo México, Estados Unidos, entre os dias 17 e 22 de junho. Os futuros engenheiros conquistaram o segundo lugar com seu foguete “Pacífico”, produzido de forma autônoma e que atingiu uma altura máxima de 2944 metros.O grupo da Poli competiu na categoria de 10k Solid SRAD, em que os times devem usar motores construídos pelos próprios estudantes e movidos a combustível sólido. Para essa competição, até mesmo o paraquedas, que é ativado para recuperação do foguete, foi dimensionado e costurado pela própria equipe. Um dos objetivos do projeto na competição é atingir um apogeu, ponto mais alto da trajetória, de 10.000 pés, ou seja, pouco mais de 3 km. A precisão é um dos critérios avaliados, logo a equipe que mais se aproxima da marcação se destaca. “Pacífico” atingiu um apogeu real de 9659 pés (2944m). Pacífico Com 2,57 metros de comprimento, 6 polegadas de diâmetro e pesando 38 kg, o foguete “Pacífico” é composto pelos módulos de motor, eletrônica, recuperação e  carga útil – nesse caso um Cubesat que captura imagens durante o voo. Sua estrutura é majoritariamente feita de fibra de vidro, devido a sua alta resistência e menor densidade, com alguns componentes feitos em impressão 3D. Para chegar nesses resultados, tudo começa a ser produzido 8 meses antes. Dezenas de testes “parciais” são realizados nas áreas do projeto. Tudo o que pode ser testado em solo é feito intensamente para garantir o funcionamento em vôo, incluindo o motor. Com o próprio foguete, não é realizado um voo teste, mas no minifoguete (um projeto diferente e de menor porte) são testados os subsistemas que necessitam de teste em voo.Já o nome veio em homenagem ao professor Antonio Luiz Pacifico, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP, falecido no final do ano passado. “O Projeto Júpiter tem uma profunda admiração pelo professor, pela sua dedicação em ensinar, tendo ministrado aulas para diversos membros do projeto e sempre disposto a ajudar, além de ter orientado vários ex-membros em seus trabalhos de conclusão de curso”, conta Caio Castello, capitão do Projeto Júpiter.  O professor ainda colaborou para uma das principais conquistas da equipe: o primeiro motor híbrido universitário para foguetes com apogeu de 3km já testado que se tem notícia no Brasil.   Nelore, o primeiro motor híbrido O projeto do motor híbrido se mistura à história do Projeto Júpiter em si, com os primeiros passos dados nesse sentido a partir de 2016. O sistema sofreu várias alterações ao longo dos anos, tornando-se mais complexo, mas ao mesmo tempo mais confiável.Grandes avanços foram obtidos pela equipe de propulsão a partir do retorno presencial da pandemia de covid-19, o que culminou no primeiro teste estático de um motor desse tipo pela equipe.Em agosto de 2023, o grupo testou pela primeira vez o seu primeiro motor híbrido, no campus da USP na cidade de  Pirassununga, e batizou o projeto de Nelore, fazendo referência ao gado criado na região. O grande diferencial do motor em relação a outros sistemas semelhantes no Brasil é que ele foi pensado desde o início para as operações de lançamento de foguetes feitas pela equipe, ao contrário de outras iniciativas ligadas à pesquisa, onde o motor opera somente em laboratório.Além disso, o dispositivo é operado de forma totalmente remota, por meio de um sistema de controle e instrumentação desenvolvido pela própria equipe. Como funciona um motor híbrido?Motores de foguete são projetados para trabalhar no vácuo do espaço, onde não há ar para alimentar a queima do combustível. Por isso, na maior parte dos casos, esses sistemas utilizam também uma substância capaz de fazer o papel do oxigênio, chamada de oxidante.A maior parte dos motores utilizados comercialmente na exploração espacial são sólidos, nos quais, tanto o combustível como o oxidante estão na fase sólida, ou então líquidos, com ambos na fase líquida.Os motores híbridos combinam características desses dois tipos de propulsores, com um combustível sólido (no nosso caso, a parafina misturada à negro de fumo) e um oxidante líquido (no caso, o óxido nitroso – N2O).Este tipo de motor traz uma série de vantagens em relação aos sólidos, que já eram fabricados e testados rotineiramente pela equipe desde 2015. As principais delas são a segurança na operação e a possibilidade de controle da força (empuxo) produzida durante o voo.