Arquivo mensais:junho 2019

Professor José Roberto Simões Moreira dá entrevista sobre Energias Renováveis e Geração Distribuída

O professor José Roberto Simões Moreira, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, concedeu entrevista sobre Energias Renováveis e Geração Distribuída na TV Mar. Confira os vídeos nos links: Parte 1 –  https://youtu.be/KKgyXpl4CsM?t=866 Parte 2 –  https://youtu.be/xr9naX575is?t=364

Ex-alunos da Poli-USP vão ajudar futuros engenheiros a empreender

FDTE e aceleradora PoliStart formalizam acordo para promover ecossistema de empreededorismo na Escola Politécnica A diretoria da Escola Politécnica (Poli) da USP recebeu, na manhã do dia 31 de maio, representantes da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) e da aceleradora de startups Poli Start para assinatura de um memorando de entendimento entre as duas instituições para que, com o apoio da Escola, elas promovam ações de fomento ao empreendedorismo entre os futuros engenheiros e recém-formados da Escola. “Queremos fazer algo ágil e direto, montar cursos e treinamentos para os alunos desenvolverem os seus produtos”, resume Enio Blay, da FDTE. As ações planejadas pelo grupo visam conectar os alunos ao mercado, mentorar e ajudar os empreendedores, conectar diferentes áreas de especialidade dentro da Poli, e sistematizar essas atividades para que os projetos de sucesso não aconteçam por acaso, mas tenham um caminho facilitado. Dos 6 unicórnios brasileiros, dois foram fundados por politécnicos. A diretora da Poli, professora Liedi Bernucci, explica que oferecer ao aluno o preparo adequado para que ele possa se inserir no mercado de trabalho, seja qual for o seu perfil, é uma preocupação da Escola, uma vez que a profissão de engenheiro está em transformação. Ela ressalta que a Escola tem feito diversas atividades neste sentido, e que a ação proposta neste memorando visa despertar a veia empreendedora dos alunos e viabilizar seus projetos. “Para que os alunos possam pôr na prática suas ideias, e possam conceber suas futuras empresas e startups – quem sabe futuramente um unicórnio (startups avaliadas em 1 bilhão de dólares ou mais)  – é necessário um ambiente favorável, não apenas físico, mas o apoio institucional. Precisamos mudar a cultura, olhar os alunos como possíveis empreendedores, e apoiar suas iniciativas. A instituição tem que formalizar e fazer movimentos favoráveis para que isso aconteça, e para isso precisamos da colaboração externa para implantar efetivamente em curto prazo”. Rubens Approbato Machado Jr, engenheiro de produção que atua como investidor de startups, explica que uma Escola como a Poli possui alguns dos pilares essenciais para a formação do ecossistema do empreendedorismo: talento e densidade. A atuação do grupo, formalizado nesta ocasião, entra no sentido de construir uma cultura favorável e conectar os empreendedores, capacitados para isto, aos investidores, outros aspectos essenciais para o sucesso dos projetos propostos. “Essa aproximação da universidade com os investidores é essencial para dar sequência neste processo”. Outro ponto importante do acordo, ressaltado pelo ex-diretor da Poli, professor José Roberto Castilho Piqueira, que na ocasião representava a FDTE, é o fato de ex-alunos, bem sucedidos em suas carreiras, darem apoio aos atuais alunos, trazendo a sua experiência profissional adquirida para os jovens que estão se formando. “É fundamental, para quem vai enfrentar o mercado de trabalho, ter noções de como ele está evoluindo, e está de maneira diferente do que esteve anteriormente. O engenheiro formado deixou de ser uma pessoa que postula emprego, e passou a ser uma pessoa que gera emprego. Para gerar emprego é preciso ter conhecimento de empreendedorismo, noções de como o mercado funciona, etc”. A proposta da Poli Start é ajudar os alunos que tem a vontade de empreender, criar experiências e vivências reais, uma vez que é característico dessas atividades colocar em prática, errar e acertar em ciclos curtos de aprendizado, de forma a complementar a parte acadêmica. Marco Szili, da Poli Start, explica que a organização acredita que uma das soluções para o Brasil passa pelo empreendedorismo. “Nunca os tempos estiveram tão favoráveis para empreender e precisamos encurtar a distância entre a universidade e o mercado. A Poli é um celeiro de talentos”. Rubens ressalta que não existe um bom ecossistema de startups no mundo que não tenha em seu alicerce uma excelente escola de engenharia e tecnologia. Todos os principais núcleos estão construídos em volta de um conjunto de universidades. “As startups são baseadas em tecnologias de ponta. O empreendedor tem que saber como extrair ao máximo das tecnologias, e isso vem de escolas técnicas”. O engenheiro lembra que 28% das startups do Brasil estão na cidade de São Paulo, que possui diversas instituições ligadas à área tecnológica. A cidade de Florianópolis, por exemplo, tem 3% da população brasileira e 20% das startups.

Como o conhecimento gerado na universidade vira riqueza para o País?

Como o conhecimento gerado na universidade vira riqueza para o País?      Modelo adotado na Escola Politécnica da USP visa facilitar a inovação em áreas da engenharia, ou seja, gerar riquezas a partir de novos processos e produtos criados na Universidade e produzidos na indústria nacional Um dos orgulhos sempre destacados pelos diretores da Escola Politécnica (Poli) da USP, uma instituição centenária fundada para contribuir com o desenvolvimento tecnológico da sociedade, está o fato de a instituição ter entre os seus núcleos de pesquisa duas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ter as duas unidades Embrapii significa um sucesso na missão da Escola de promover a pesquisa e inovação voltada à aplicação do conhecimento na indústria, explica a diretora, Liedi Légi Bariani Bernucci. “As unidades contribuem para gerar riqueza, empregos, mercados novos, fortalecimento da indústria nacional e colaboração com a sociedade. “Internamente, promove a pesquisa, gera conhecimento e forma novos recursos humanos, promove a infraestrutura laboratorial, incrementa o ensino de graduação e pós-graduação”, ressalta. A Escola Politécnica, como toda unidade da USP, realiza atividades de ensino, pesquisa e extensão, ou seja, não apenas forma engenheiros, como produz conhecimento na área – em forma de publicações, normas, novos produtos, entre outros, e também estende o conhecimento à sociedade por meio de cursos e projetos. Entender como esse conhecimento gera riqueza para a sociedade que financia as suas atividades pode parecer complexo, por fazer parte de uma longa e elaborada cadeia de ações. Da formação de engenheiros e novos conhecimentos à criação de produtos inovadores para a indústria, a Embrapii oferece a estrutura jurídica e institucional para transpor este desafio. A Embrapii é uma Organização Social ligada ao Governo Federal que, por meio de um edital concorrido, com uma avaliação extremamente rigorosa, cria unidades de pesquisa e desenvolvimento a partir de competências tecnológicas específicas. Instituições de pesquisa, públicas ou privadas sem fins lucrativos, que possuem experiência em desenvolver projetos de inovação em parceria com empresas do setor industrial, são selecionadas para fazer parte do projeto, e assim gerar inovação industrial no País. “É importante destacar que no Brasil não há várias unidades dedicadas ao mesmo tema, pelo contrário, apenas uma em território nacional por tema de desenvolvimento e inovação. Ou seja, para nós da Poli é um reconhecimento nacional da importância, relevância e solidez destas áreas de pesquisa”, ressalta Liedi Bernucci. Como funciona a estrutura de Pesquisa e Desenvolvimento em países que se destacam em termos de inovação tecnológica? O presidente da Comissão de Pesquisa da Poli-USP, Gilberto Francisco Martha de Souza, explica esta dinâmica, em termos de desenvolvimento de produtos: 1º) A universidade que forma o conhecimento básico e os protótipos mínimos de uma pesquisa aplicada. 2º) O instituto de pesquisa transforma este protótipo, que já se mostrou funcional, num produto. 3º) Esse produto vai para uma indústria que vai comercializá-lo como uma tecnologia nova. Quais são as unidades Embrapii da Escola Politécnica da USP?A Poli possui a Embrapii – Materiais para Construção Ecoeficiente, coordenada pelo professor Vanderley M. John, que desenvolve materiais e componentes inovadores, voltados ao mercado da construção, criando soluções que aumentam a ecoeficiência e a produtividade das indústrias, e a Embrapii Tecnogreen, coordenada pelo docente Jorge Alberto Soares Tenório, resultado da união de pesquisadores da Escola nas áreas de Engenharia Química, Minas, Petróleo, Metalurgia, Materiais e Civil. O núcleo atua em projetos multidisciplinares de reciclagem, tratamento de resíduos, tratamento de efluentes, biossorção, biorremediação, biolixiviação e processos químicos extrativos de alta temperatura ou em meio aquoso. Assim, a junção de diversos laboratórios com o Laboratório de Tratamentos de Resíduos, Reciclagem e Extração (LAREX) têm permitido desenvolver projetos em sistemas complexos envolvendo equipes multidisciplinares.A Diretoria da Poli ressalta que continuará fomentando e dando todo o apoio possível para que o grupo da Escola que apresentará a proposta para a EMBRAPII esteja bem estruturado. “Cada unidade da USP somente pode apresentar uma proposta por edital, com aderência aos temas centrais, e cumprindo os numerosos requisitos exigidos pela EMBRAPII. A Escola faz um processo de seleção da proposta que estiver melhor estruturada dentre as várias apresentadas por diferentes grupos de pesquisa”, explica Liedi Bernucci.

Interdisciplinaridade favorece atividades de navegação e extração de petróleo

Interdisciplinaridade favorece atividades de navegação e extração de petróleo Atividade marítima requer previsão das condições oceânicas, e esta prática envolve múltiplas áreas do conhecimento Por Tainah RamosNa última semana, a Escola Politécnica (Poli) da USP recebeu a visita do professor Ulrik Dam Nielsen, da Technical University of Denmark, para realizar a palestra “Estimação de ondas a partir de múltiplos navios”. Segundo o professor Eduardo Aoun Tannuri, do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Poli e um dos coordenadores do laboratório Tanque de Provas Numérico, o tema vem sendo muito pesquisado no Brasil, principalmente na indústria petrolífera. “A medição das ondas do mar é muito importante para você fazer previsões, estudos ambientais, estudos de disponibilidade; há uma série de aplicações, e é muito difícil medir as ondas do mar. Utilizam-se satélites, boias, equipamentos caros, radares. [A palestra] tem muito a ver com a utilização dos dados que já existem hoje em alto mar e que estão relacionados aos movimentos dos navios e das plataformas.”Tannuri ainda ressaltou que diversas tecnologias disponíveis enriquecem a indústria de navegação e de petróleo, sendo a interdisciplinaridade um ponto chave. “Algumas técnicas modernas estão sendo utilizadas para isso [medição de ondas marítimas], conceitos que englobam dinâmica inversa, engenharia naval, processamento de sinais, fusão sensorial e, hoje em dia, inteligência artificial. O professor Ulrik Dam Nielsen mostrou que tem muitas coisas sendo desenvolvidas nessa área”.Sobre o Tanque de Provas NuméricoO Tanque de Provas Numéricos passou a fazer parte do International Towing Tank Conference (ITTC) em 2017, após ter seus trabalhos nas áreas de Experimentos em Tanque de Ondas e Simulações Navais reconhecidos pela comunidade científica internacional. O respeitado órgão, fundado em 1933, é uma associação independente de centros de pesquisa de hidrodinâmica, que oferece diretrizes para que os experimentos e simulações numéricas de embarcações sejam realizados dentro de um padrão de qualidade mundial.TPN foi idealizado e é coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica (PNV), Kazuo Nishimoto. Trata-se de uma estrutura única no Brasil. Além do Calibrador Hidrodinâmico, onde está o tanque, propriamente dito, abriga o Centro de Simulações Náuticas e Portuárias, coordenado pelo professor Tannuri e composto por seis simuladores. “O ITTC reúne os principais laboratórios do mundo focados em desenvolvimento de tanques de prova e simuladores para engenharia e pesquisa. Ser credenciado nessa rede é um reconhecimento do alto nível dos trabalhos que executamos aqui”, destaca o docente. “Poucas instituições têm tanque e simulador credenciados no ITTC. Em geral, eles têm um ou outro. Essa ideia de juntar o numérico com o experimental, que foi concebida pelo professor Kazuo, nos torna únicos, pois são poucos os que têm ambas as capacitações”, acrescenta.Inaugurado em 2010, o laboratório brasileiro é uma referência na área, e foi criado com o objetivo de auxiliar a Petrobras a solucionar os desafios tecnológicos na exploração de petróleo e gás na camada do pré-sal. Mais do que isso, hoje o TPN possui outras plataformas para testes, como o Simulador Marítimo Hidroviário, uma das facilities do Centro de Simulações do TPN que permite aos profissionais responsáveis pelas manobras de atracação em portos brasileiros realizar treinamentos de novas operações, por exemplo, e que também atende a diversos atores do setor, como órgãos de governo e empresasLeia mais: O que é um Tanque de Provas Numérico