O projeto alcançou cerca de 60 mil gestantes Por Tainah Ramos O aplicativo conhecido como “Teste da mamãe” foi desenvolvido pela Empresa Júnior da Escola Politécnica (Poli) da USP e utiliza a inteligência artificial para conciliar as necessidades de gestantes com os serviços oferecidos pelos postos de saúde. Com esse aplicativo, as mulheres terão acesso aos resultados de seus exames pré-natal de forma mais ágil, caracterizando esse canal como um meio de obter informações e esclarecer dúvidas referentes a sua saúde e a do bebê. O sistema já conta com 60 mil mulheres cadastradas e abrange o terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustável da Organização das Nações Unidas (ONU), pois aumenta a cobertura da saúde pública e facilita a supervisão dos profissionais. Desse modo, ele reduz as taxas de mortalidade materna e neonatal. Encomendado pela Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) de Goiás, o projeto foi apresentado no Encontro Paulista de Empresas Juniores, que ocorreu no último mês de agosto. Um dos objetivos, a longo prazo, é conseguir que o aplicativo tenha alcance nacional. Sobre a Poli Júnior – Fundada em 1989, foi a primeira Empresa Júnior de Engenharia do Brasil. Sem fins lucrativos, ela é formada por alunos de graduação da Poli e atende às necessidades de seus clientes, principalmente pequenos empresários e novos empreendedores.
Arquivo mensais:setembro 2019
Alunos da Poli-USP ocupam pódio em competição internacional de robôs
A ThundeRatz alcançou o bronze em torneio na Argentina Por Tainah Ramos A Equipe de Robótica da Escola Politécnica (Poli) da USP, ThundeRatz trouxe mais um prêmio ao Brasil. Dessa vez, no “Torneo Internacional Robot Sumo Argentina 2019”, durante os dias 12 e 13 de julho, em Ayacucho, a equipe conquistou o bronze na categoria “Sumô de Robôs”. O projeto que disputou o campeonato foi o Stonehenge, um robô que pertence à categoria Sumô 3kg rádio controlado e que foi campeão nacional seis vezes e o quarto lugar, em 2014, no Japão. Ao todo, o Stonehenge obteve 10 troféus desde sua criação em 2012. Na Argentina, o grupo, atualmente composto por 48 membros, foi representado pelos alunos Henrique Tetsuo Takahashi, da Engenharia Elétrica, e Iago Tomio Wolf, da Engenharia Mecânica. Por cinco dias, eles focaram em conhecer o local da competição e se prepararem para ela. Henrique e Iago pontuaram que a experiência é gratificante por representar o Brasil internacionalmente e aprender com outras equipes. “Foi uma excelente oportunidade para trocarmos informações com outros competidores de destaque na categoria. Com certeza nos servirá de inspiração para os próximos projetos em desenvolvimento”, coloca Henrique. Sobre o grupo A ThundeRatz surgiu em 2005, a partir da reformulação da Equipe de Robótica que havia sido fundada em 2001. É orientada pelo professor Marcos Ribeiro Pereira Barretto, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos, e desenvolve mecanismos robóticos para participar de competições nacionais e internacionais, nas quais possui destaque no cenário mundial da robótica. A imagem foi retirada da página do Facebook da equipe.
O laboratório de Controle Aplicado (LCA) da Escola Politécnica aplica na prática as teorias da sala de aula
Para inovar no dia a dia, laboratório da USP desenvolve robôs e protótipos tecnológicos Mesmo quando passam em uma zona de turbulência, as aeronaves precisam de uma tecnologia para continuar estáveis e sem machucar os passageiros em um movimento brusco. Esta estabilidade é gerada por sistemas de controle, que são basicamente modelos baseados em equações matemáticas para que um equipamento funcione do jeito que é esperado. E são protótipos destes sistemas de controle estão sendo desenvolvidos por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), no Laboratório de Controle Aplicado (LCA). Segundo Bruno Augusto Angélico, professor da USP e criador do laboratório, o espaço tem o objetivo de aplicar as teorias de controle em sistemas mecatrônicos de robóticas e validar técnicas e teorias que são desenvolvidas em sala de aula. Com isso, ele diz que os alunos ficam motivados a desenvolver os trabalhos na área. Professor Bruno Augusto Angélico, no meio, com os alunos da Escola Politécnica da USP (Foto: Carina Brito) O laboratório faz parte da disciplina Práticas de Projeto de Sistemas de Controle, em que os estudantes desenvolvem aspectos como modelagem de sistemas, aplicações práticas de controle, programação de algoritmos de controle em hardware. Os projetos são divulgados em um canal do YouTube desde setembro de 2016. Um dos projetos desenvolvidos é o sistema do levitador magnético que é testado como opção de transporte para o futuro. Por meio da flutuação magnética, os trens se locomovoem sem tocar os trilhos. “Controlando a corrente, é possível controlar a força magnética necessária para manter esse sistema equilibrado e a massa parada levitando”, explica Angélico. O Levitador Magnético ajuda a entender como um trem anda pelos trilhos sem tocá-lo (Foto: USP Imagens) Já o protótipo de helicóptero explica como o veículo pode se manter estável no ar e permanecer em sua rota. Diferentemente de um helicóptero real, o projeto está preso, então é possível controlar duas ações: a elevação e a guinada, que é o movimento lateral. Parecido com o BB-8 de Star Wars, o Ball Balancing Robot é um pouco mais complexo do que os outros sistemas, já que é o robô que é responsável por mover uma bola. Sempre que a máquina estiver prestes a cair para um lado ou para o outro, os motores fazem a bola girar para uma posição que faça a bola parar. Apesar de este sistema ainda não ter uma aplicação prática no momento, os estudantes do laboratório explicam que é importante desenvolver modelos de controle mais complexos para que sejam utilizados algum dia, além de ter a função didática para os estudantes que desenvolveram equações matemáticas para criá-lo: O laboratório já se tornou um grande atrativo dentro do instituto: já passaram cinco alunos de mestrado, oito alunos de doutorado, sete alunos de iniciação científica e foram realizados onze trabalhos de conclusão de curso. Matéria: Revista Galileu – Tecnologia – CARINA BRITO – 11 SET 2019 – 09H36 –ATUALIZADO EM 11 SET 2019 – 09H38
Substituição do diesel reduziria em até 60% o custo do combustível no transporte de carga
A substituição do óleo diesel pelo gás natural liquefeito (GNL) no abastecimento de veículos de transporte de carga, principalmente caminhões, poderia reduzir em até 60% o custo do combustível. Esta é a principal conclusão de uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), formado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela empresa petroleira de origem holandesa Shell. Para se obter gás natural liquefeito, resfria-se o natural até a temperatura de 163 ºC negativos, processo que reduz seu volume consideravelmente, tornando possível seu transporte em carretas especiais, criogênicas. Segundo o pesquisador Pedro Gerber Machado, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores do estudo, os pesquisadores estimaram o custo de oferecer GNL para os consumidores do estado de São Paulo, como alternativa ao diesel usado em caminhões. O objetivo era estimar o custo do combustível em reais por milhão de BTU (MMBTU) – BTU é o acrônimo de British Thermal Unit, uma unidade de medida de energia não métrica utilizada principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido – e os benefícios ambientais desta alternativa. “O estudo foi feito com base em dados europeus sobre o custo da infraestrutura para distribuição de GNL, inspirado na ideia de ‘corredor azul’, explica Machado. Trata-se um conceito surgido na Rússia, que define um percurso pré-estabelecido, ao longo do qual é possível encontrar abastecimento de GNL. De acordo com Machado, os pesquisadores calcularam, então, o custo do combustível com base na infraestrutura necessária para atender 10% da demanda do diesel no estado de São Paulo, regionalmente. “As emissões de gases do efeito estufa e de poluentes locais foram calculadas por meio de fatores de emissão da literatura e dados de pesquisas aplicadas no caso de combustíveis alternativos, que não existem no Brasil (como é o caso do GNL)”, completa. Ainda segundo o pesquisador do IEE, no estudo foram analisados quatro cenários de substituição do diesel. “Eles estão relacionados à forma como o gás natural chega a cada região e como ele é liquefeito”, diz. “Usamos duas hipóteses para a forma de entrega e duas para a forma de liquefação. No primeiro cenário, ele chega à planta de liquefação por gasodutos, então está limitado à existência deles para ser implantado. No segundo, o produto é liquefeito numa central e distribuído para o resto das regiões por meio de transporte rodoviário. Os demais cenários são outras combinações de hipóteses.” Os resultados das análises mostraram que as maiores beneficiárias da troca do diesel pelo GNL seriam a capital paulista e Campinas, onde o primeiro tem preços mais altos do que no resto do estado. “No melhor cenário, a adoção do GNL, além diminuir em até 60% o custo do combustível, reduziria em 5,2% as emissões de CO2 equivalente [medida usada para comparar o potencial de aquecimento de vários gases de efeito estufa]; 88% as de material particulado; 75% as de óxidos de nitrogênio; e eliminaria as emissões de hidrocarbonetos”, conta Machado. Por isso, os pesquisadores concluíram que existe benefício econômico, pois o GNL é mais barato que o diesel em todas as regiões. Além disso, existem também vantagens ambientais na emissão de poluentes locais, que são responsáveis pelos problemas de saúde ligados à poluição. Há ressalvas, no entanto. “O novo combustível primeiro precisa ser aceito pelo mercado”, diz Machado. “Os outros benefícios, por sua vez, variam muito com o tipo de tecnologia com a qual o gás é usado, se é um caminhão dual-fuel ou dedicado ao GNL e o tipo de condução do motorista. No caso das reduções de gases do efeito estufas, elas são inexpressivas, pois o GNL emite mais metano (CH4), que tem um poder de aquecimento global 28 vezes maior que o CO2.” Texto escrito por Evanildo da Silveira e publicado no portal ((o))eco.
RCGI estreita parceria entre USP e Universidade de Princeton
RCGI estreita parceria entre USP e Universidade de Princeton Primeiros dois anos de colaboração, que começam em setembro, devem gerar proposta para inserir o RCGI em uma iniciativa climática internacional liderada pela universidade americana. O Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI) foi convidado a integrar uma iniciativa internacional liderada pela Universidade de Princeton, o Andlinger Center for Energy e o Dow Center for Sustainable Engineering Innovation: o projeto Rapid Switch. Seu objetivo principal é analisar os gargalos e as consequências não intencionais que possam surgir durante a transição energética para uma matriz mais limpa, e resolvê-los considerando cada setor econômico e os diferentes contextos regionais. A ideia geral é acelerar os processos de transição energética, investigando as possibilidades mais viáveis que envolvam renováveis. A colaboração estabelecida pelo RCGI com a Universidade de Princeton tem uma duração inicial de dois anos: de setembro de 2019 agosto de 2021. “O objetivo é possibilitar uma cooperação mais próxima entre as duas instituições para a preparação de uma proposta final de participação do RCGI no projeto Rapid Switch. As atividades propostas neste primeiro momento incluem visitas de três palestrantes do RCGI a Princeton para discutir o projeto, e visitas do professor Eric Larson e outros dois pesquisadores à USP para participação em dois workshops – um por ano, organizados no RCGI. Essas visitas permitirão a interação com estudantes e outros palestrantes e pesquisadores durante palestras, encontros e workshops”, explica a professora Suani Coelho, coordenadora de um dos projetos do RCGI e docente do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE/USP). O professor Larson é o coordenador do Rapid Switch e já esteve na USP, em outros eventos. Convidado por Suani, ele participou recentemente da Escola de Ciência Avançada para Energias Renováveis de São Paulo, entre julho e agosto de 2018, na Escola Politécnica da USP (Poli/USP). “A USP tem uma forte relação de colaboração com Princeton e há muito tempo havia a vontade de ter o Brasil participando do Rapid Switch. Agora, com esse primeiro projeto aprovado, vamos fazer uma série de reuniões para elaborar uma proposta robusta de participação. Em outubro, o Larson vem para a ETRI 2019, a Energy Transition Research & Innovation, evento anual que o RCGI faz em conjunto com o Sustainable Gas Innovation (SGI), do Imperial College London”, revela Suani. No ano que vem, uma equipe do RCGI deverá ir a Princeton e à Índia, onde haverá um workshop do projeto. Instituições como o Indian Institute of Technology Bombay e o Indian Institute of Technology Delhi (Índia); a Tsinghua University (China), e a Carnegie Mellon University (EUA) já estão envolvidas no projeto, que busca expandir-se para países europeus, latino-americanos, asiáticos e africanos. Na visão das instituições que lideram a iniciativa, o Acordo de Paris – que prevê metas de redução de emissões por país na tentativa de mitigar o aquecimento global – não se baseou na compreensão total da escala e do ritmo de transformação industrial necessários para o alcance das metas de mitigação, ou mesmo nas forças sócio econômicas, psicológicas e políticas que, potencialmente, tanto podem limitar quanto adiantar o andamento das mudanças. Daí a necessidade de um projeto que considere essas forças em jogo. “A proposta deve contribuir fortemente para a internacionalização do RCGI e dar uma visibilidade grande para o nosso trabalho. Ainda não sabemos exatamente com que projeto participaremos do Rapid Switch, mas sabemos que será na linha de energias renováveis”, crê Suani. A proposta de parceria inclui financiamento de ambas as instituições envolvidas, USP e Universidade de Princeton, em partes praticamente iguais de um total de aproximadamente US$ 44 mil, durante os dois anos. Sobre o RCGI: O FAPESP SHELL Research Centre for Gas Innovation (RCGI) é um centro de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Shell. Conta com mais de 320 pesquisadores que atuam em 46 projetos de pesquisa, divididos em cinco programas: Engenharia; Físico/Química; Políticas de Energia e Economia; Abatimento de CO2; e Geofísica. O Centro desenvolve estudos avançados no uso sustentável do gás natural, biogás, hidrogénio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO2. Saiba mais em: https://www.rcgi.poli.usp.br/pt-br/ **************************** ATENDIMENTO PARA A IMPRENSA: Acadêmica Agência de Comunicação (11) 5549-1863 / 5081-5237 Angela Trabbold – angela@academica.jor.br
Professor da Poli-USP participa da série de vídeos “Ciência para Todos”
Um dos vídeos da série aborda a pesquisa do professor Julio Meneghini, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, que teve como objetivo diminuir os ruídos produzidos pelas aeronaves. Veja no link: https://jornal.usp.br/universidade/pesquisadores-sao-protagonistas-da-serie-de-videos-ciencia-para-todos/?fbclid=IwAR3fNxkvWmP4tDyIwq6pEVa8V8kSCwCCIGwgXJVgMBqBn_VdxpD6R9aCK4A