Arquivo mensais:dezembro 2019

Pesquisas da Poli vencem em quatro de cinco categorias do prêmio de inovação da Agência Nacional do Petróleo

Representantes de projetos e laboratórios da Escola Politécnica (Poli) da USP receberam, na última semana, a premiação por terem vencido quatro categorias do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019. A edição 2019 contempla cinco categorias, sendo duas com temas inéditos: “Segurança, Meio Ambiente e Saúde – SMS” e “Indústria 4.0”. Além destas, os temas tradicionais de “Exploração e Produção de Petróleo e Gás” e “Transporte, Dutos, Refino, Abastecimento e Biocombustíveis” representam a temática das demais categorias. Confira o resultado no link – http://www.anp.gov.br/pesquisa-desenvolvimento-e-inovacao/premio-anp-de-inovacao-tecnologica Divulgaremos, em breve, os detalhes sobre os projetos.

Centro de pesquisa RCGI ganha Prêmio ANP de Inovação Tecnológica

Trata-se de uma inovação disruptiva, em nível mundial, que possibilitará monetizar o gás natural oriundo das reservas do pré-sal, além de evitar mais emissões de CO2 na atmosfera. O Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), sediado na Escola Politécnica da USP, foi um dos vencedores do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019, com um projeto de pesquisa que possibilitará ao Brasil monetizar o gás natural explorado nas reservas do pré-sal, sem um dos seus principais contaminantes: o dióxido de carbono (CO2). O projeto do RCGI venceu na Categoria II da área temática “Exploração e Produção de Petróleo e Gás”. Ao todo, concorreram 147 projetos de pesquisa, em cinco categorias. O projeto do RCGI prevê a abertura de cavernas na camada de sal, onde o gás natural seria confinado para posterior separação do metano e do CO2. Isso ocorreria por meio de uma tecnologia de separação gravitacional, desenvolvida e encaminhada para patente pelo RCGI. “A caverna é mantida em alta pressão até que o CO2 passe para um estado supercrítico e decante. O metano, que se manteve em estado gasoso no processo, seria então retirado, aliviando a pressão na caverna e fazendo com que o CO2 voltasse ao estado gasoso. Esse ciclo seria repetido até o total preenchimento da caverna com CO2, quando, então, esta seria lacrada”, explica o diretor científico do RCGI, Júlio Meneghini, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (poli-USP). Embora já existam cavernas com esta finalidade, é a primeira vez que se desenvolve uma tecnologia para águas ultraprofundas. “Além de separar o metano do CO2, em quantidades enormes, a um custo relativamente baixo, poderemos estocar carbono e vender créditos para o mundo”, ressalta Meneghini, acrescentando trata-se de uma inovação disruptiva, em nível mundial. Ele destaca que o prêmio é um exemplo da importância de um centro de pesquisa como o RCGI, essencialmente multidisciplinar. “Ideias como essa só são concebidas por equipes multidisciplinares, compostas por engenheiros mecânicos, químicos, navais, economistas, advogados, entre outros profissionais.” Projeto piloto – A equipe estuda agora a construção de um projeto piloto em uma caverna, para estudar in loco as condições de separação dos dois gases. Segundo o coordenador do projeto, Gustavo Assi, também professor da Poli-USP, a meta é concluir o plano da caverna piloto nos próximos 24 meses. “A construção e operação de uma caverna piloto é um grande experimento científico e tecnológico em campo, capaz de fornecer informações detalhadas dos processos físicos que ocorrem nas grandes cavernas de armazenamento e separação”, adianta. Além de Assi, a equipe é composta pelos professores Kazuo Nishimoto, Julio Meneghini, Claudio Sampaio, Marcelo Martins e André Bergsten – todos da Poli-USP – e pelos pesquisadores Leandro Grandin, Carlos Bittencourt, Alvaro Maia da Costa, Pedro Maia da Costa, Edgard Malta, Felipe Ruggeri e Guilherme Rosetti, entre outros pós-doutorandos e pesquisadores associados. Além da Shell e da USP, o projeto tem como parceiras as empresas Modecom, Technomar, Agronautica e Granper. Sobre o RCGI: O FAPESP SHELL Research Centre for Gas Innovation (RCGI) é um centro de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Shell, sediado na Escola Politécnica da USP. Conta com mais de 320 pesquisadores que atuam em 46 projetos de pesquisa, divididos em cinco programas: Engenharia; Físico/Química; Políticas de Energia e Economia; Abatimento de CO2; e Geofísica. O Centro desenvolve estudos avançados no uso sustentável do gás natural, biogás, hidrogénio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO2. Saiba mais em: https://www.rcgi.poli.usp.br/pt-br/ **************************** ATENDIMENTO PARA A IMPRENSA: Acadêmica Agência de Comunicação (11) 5549-1863 / 5081-5237 Angela Trabbold – angela@academica.jor.br

Desafio em alto-mar: Poli está desenvolvendo projeto de turbinas eólicas flutuantes, agora em águas profundas

Desafio em alto-mar: Poli está desenvolvendo projeto de turbinas eólicas flutuantes, agora em águas profundas A alteração da profundidade do local onde as turbinas serão instaladas impacta todo o modelo de projeto, que deve ser repensado devido à ancoragem Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP está desenvolvendo uma pesquisa para desenvolver um projeto de turbinas flutuantes em alto mar, como sistema alternativo de produção de energia em regiões de grande profundidade, onde estão localizadas as plataformas de petróleo. A ideia é substituir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis por energia limpa para abastecer equipamentos submarinos e complementar a geração elétrica das próprias plataformas de produção, que exigem uma grande quantidade de eletricidade para funcionar. Cada plataforma de produção em águas profundas é uma usina elétrica com potências próximas de 100 MW, alimentada principalmente por turbinas a gás. No processo de transição para uma matriz energética de baixo carbono, as turbinas flutuantes são vistas como uma das alternativas mais promissoras para fornecimento de energia limpa em larga escala. O coordenador do projeto, professor Alexandre Simos, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, explica que os parques eólicos marítimos compostos por turbinas  flutuantes são hoje uma realidade comercial, porém o desafio que este projeto encara é a mudança do cenário onde as usinas serão instaladas, já que a tecnologia disponível hoje está limitada a profundidades de até 250 metros. O local onde é feita a exploração do pré-sal hoje supera os 2000 metros de lâmina d’água.Outro desafio citado pelo coordenador será projetar um sistema otimizado para as condições meteorológicas e oceanográficas próprias das nossas regiões produtoras, de forma a garantir o alto nível de disponibilidade de energia que as operações marítimas exige e buscar soluções de engenharia para outros aspectos críticos, como a estabilidade do sistema elétrico, segurança marítima da operação e o estudo de possíveis impactos ambientais e formas de mitigá-los. “Por se tratar de um projeto de vanguarda na área de sistemas oceânicos de produção de energia  renovável no mar e contribui para gerar conhecimentos e soluções de engenharia que certamente terão impacto positivo no futuro mercado brasileiro de geração de energia eólica no mar”, destaca Simos. ServiçoO projeto está selecionado pesquisadores interessados em contribuir com o projeto, da iniciação científica ao pós-doutorado. Caso tenha interesse em participar, entre em contato pelo e-mail alesimos@usp.br.

Jornal da USP: Ferrovias são fundamentais na integração com outros mercados

29/11/2019 – O professor Telmo Giolito Porto, da Escola Politécnica (Poli) da USP, explicou a importância das ferrovias para o transporte de produtos brasileiros e apresentou as vantagens da utilização deste modal no escoamento de grandes cargas. Telmo ainda ressaltou a importância da Ferrovia Norte-Sul e do porto de Santos para a integração com outros mercados, como apontado pelo estudo. Veja a matéria no link.