Todos os anos o Programa Poli Cidadã da Escola Politécnica (Poli) da USP realiza uma premiação para trabalhos realizados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). Neste ano de 2021, em que a 19ª edição do evento foi realizada inteiramente online, o Programa manteve a avaliação e reconhecimento de projetos que unem demandas sociais e tecnologia, com o prêmio “Poli Cidadã de Tecnologia e Desenvolvimento Social”. O projeto premiado foi o “Estratégia para visualização de grandes massas de dados para medicina individualizada com foco na doença de Parkinson” (ENG 161), de autoria de Wangley Soares Martins, e orientado pelo professor Fábio Henrique Monteiro Oliveira. Dois projetos ganharam menção honrosa: ENG 152 – PACOR (o mundo colorido não visto) de autoria de Maytê Braz Mello de Andrade e orientado pelos professores Érica Fátima Inácio e Marcelo Lauer; ENG 112 – (M.E2.L. V2: conscientização energética para a comunidade, de autoria de Gabriela Orenbuch Gomes e Daniel Halfim Dal Prá , e orientado pelo professor Willian Vieira de Abreu. A diretora da Poli-USP, professora Liedi Bernucci, destacou a importância do trabalho realizado pelos alunos colaboradores avaliando os projetos na área de Engenharia, e o trabalho do coordenador do Poli Cidadã, professor Antônio Luís de Campos Mariani, do Departamento de Engenharia Mecânica, que é capaz de “empolgar os alunos a fazerem um trabalho relevante”. Sobre a Febrace, Liedi destacou que a Feira exerce um papel muito importante na vida dos jovens participantes e de seus professores, o que pode mudar o rumo de suas vidas. “Parabéns a todos que trabalham na FEBRACE para seu sucesso e em especial nosso orgulho de ter a Roseli a frente deste trabalho tão bonito. Nossos agradecimentos em nome da Diretoria da Poli”. Sobre o Poli Cidadã – Implantado em 2004, o Programa Poli Cidadã tem como objetivo estimular alunos e professores a realizar projetos sociais e estreitar a relação da Universidade com a sociedade. Saiba mais.
Arquivo mensais:abril 2021
Webinar 12/04: EMBASE
Fonte: https://www.aguia.usp.br/noticias/webinar-embase-2021/ Ferramenta de pesquisa biomédica, a Embase apresenta informações sobre drogas e tratamento de doenças, por meio de conteúdo confiável e autorizado que permite às áreas biomédica e farmacêutica o desenvolvimento de novos medicamentos e a descoberta de novas aplicações para drogas existentes. Embase permite aos usuários recuperar artigos relevantes que muitas vezes não podem ser encontrados em outras ferramentas de busca. Disponível no Portal de Periódicos da Capes – http://www.periodicos.capes.gov.br Webinar Embase – Pesquisa Biomédica e Farmacológica Data: 12 de abril de 2021, segunda-feira Horário: 14h – 16h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/embase-12abr2021 Participe conosco desta reunião online gratuita e aberta. Registre-se para participar. Na véspera do evento, enviaremos por e-mail um lembrete, o link e senha para o Webinar. O Certificado será fornecido àqueles que tiverem efetivamente participado. Com Embase, você poderá pesquisar e acessar: Cobertura de revistas desde 1947 até o presente Mais de 32 milhões de registros, incluindo títulos da MEDLINE Mais de 8.500 revistas de mais de 95 países, incluindo títulos da MEDLINE Mais de 2.900 revistas únicas indexadas na Embase Mais de 1,5 milhão de registros adicionados anualmente, com uma média de mais de 6.000 por dia Mais de 2,3 milhões de resumos de congressos de mais de 7.000 congressos desde 2009 Indexação de textos completos de dados de medicamentos, doenças e equipamentos médicos Consulte o Folheto Informativo em português Recomendado por instituições renomadas A solução Embase é recomendada pelos seguintes órgãos e autoridades regulatórias para manutenção do conhecimento sobre os perfis de segurança, e das evidências clínicas e econômicas: European Medicines Agency (EMA) – Guideline on good pharmacovigilance practices (GVP) Module VI European Commission – Guidance on the clinical evaluation of medical devices – MEDDEV 2.7.1 (rev. 4) The National Institute for Health and Care Excellence (NICE) Guidelines Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions Version 5.1.0 Embase permite aos usuários recuperar artigos relevantes que muitas vezes não podem ser encontrados em outras ferramentas de busca. Esse conteúdo pode ser encontrado porque o Embase combina um trabalho de indexação com uma poderosa ferramenta de busca. Atualmente possui como fonte mais de 25 milhões de registros, provenientes de mais de 7.000 revistas científicas de mais de 70 países indexadas através do tesauro EMTREE, que engloba também as nomenclaturas MeSH. Além disso, possui mais de 5 milhões de artigos e trabalhos de conferências que estão exclusivamente indexados no Embase e todo o conteúdo da MEDLINE produzido pelo National Library of Medicine (NLM). O acesso está disponível pelo Portal de Periódicos da Capes. Embase é uma base dados extremamente versátil, polivalente e atualizada que oferece acesso a mais de 31 milhões de registros indexados e mais de 8.500 periódicos revisados por pares que contém o que há de mais importante na literatura biomédica internacional desde 1947 até os dias de hoje. Todos os artigos são indexados com o thesauros da Elsevier Life Science thesaurus Emtree®. Organização:Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA) em parceria com a Elsevier
Webinars: Clarivate Analytics – abril de 2021
Fonte: https://www.aguia.usp.br/noticias/webinars-clarivate-2021/ Webinars Web of Science, EndNote Online, Publons e InCites acontecem na USP no 1º semestre de 2021 – ABRIL Ao realizar suas pesquisas e publicar artigos e trabalhos acadêmicos, é fundamental utilizar recursos de informação e bases de dados internacionais qualificadas e reconhecidas. Saiba mais sobre estratégias de busca e organização de informações, melhores revistas para publicar seu artigo, como manter seu perfil ResearcherID/Publons, o que é Fator de Impacto e Índice H, Perfis de Autores, nova versão da Web of Science. Participe conosco destas reuniões online gratuitas e abertas. Registre-se para participar. Na véspera do evento, enviaremos por e-mail um lembrete e o link para o Webinar. O Certificado será fornecido àqueles que tiverem efetivamente participado. Para participar, você deverá instalar a ferramenta webex. Não haverá gravação dos Webinars. == PROGRAMAÇÃO == Como realizar uma revisão de literatura e identificar Top papers? Coleção da Web of Science (WoS)– base multidisciplinar que congrega artigos de conceituadas revistas científicas publicadas no mundo, além de trabalhos de eventos. Composta a partir de índices com informações reunidas a partir de milhares de periódicos científicos, livros, séries de livros, relatórios e conferências. Os três primeiros índices de citação contêm, além dos resumos dos documentos (abstracts), as referências citadas pelos autores dos artigos. É possível usar essas referências para fazer pesquisas de referências citadas. Esse tipo de pesquisa permite encontrar artigos que citam um trabalho publicado anteriormente. A Coleção Principal da Web of Science cobre mais de 20.000 periódicos de alto impacto, livros e conferências. Inclui as áreas de Ciências (1900-presente), Ciências Sociais (1900-presente) Artes & Humanidades (1975-presente). Disponível pelo Portal AGUIA e pelo Portal de Periódicos da Capes. Como escolher a melhor revista para publicar (JCR) – reúne informações sobre o fator de impacto e ranking das revistas em todas as áreas de conhecimento, de grande utilidade para a seleção de periódicos para publicação. Como exportar e organizar suas citações e referências (EndNote Web) – ferramenta de gestão e organização de referências e citações, que facilita a redação de textos. Como divulgar seu Perfil de Pesquisador (Publons) – website mantido pela Clarivate Analytics que hospeda o ResearcherID e agrega informações de revisão por pares, rastreia suas citações e gerencia seu registro da Web of Science. Como analisar o panorama das pesquisas no mundo na sua área ou organização (InCites) – base de dados analítica que permite análises bibliométricas e cientométricas a partir de registros de artigos, trabalhos e outras publicações indexadas na Base Web of Science. Assinatura USP. Perfis de Autores – como gerenciar seu perfil unificado. NOVIDADE ! Instrutora: Deborah Dias – Especialista de Treinamento a clientes – Clarivate Analytics == AGENDA DE WEBINARS == Web of Science – Pesquisa de qualidade – 06 de abril de 2021 – 14h – 16h – Inscrições: https://doity.com.br/web-of-science-06abr2021 Publons ResearcherID – 09 de abril de 2021 – 10h – 12h – Inscrições: https://doity.com.br/publon-09abr2021 Web of Science Clássica – 14 de abril de 2021 – 10h – 12h – Inscrições: https://doity.com.br/web-of-science-classica-14abr2021 Nova Web of Science & Perfis dos Autores – 15 de abril de 2021 – 14h – 16h – Inscrições: https://doity.com.br/nova-web-of-science-15abr2021 Nova Web of Science & Perfis dos Autores – 16 de abril de 2021 – 10h – 12h – Inscrições: https://doity.com.br/nova-web-of-science-16abr2021 EndNote Online – 23 de abril de 2021 – 14h – 16h – Inscrições: https://doity.com.br/endnote-23abr2021 InCites para a USP – 26 de abril de 2021 – 10h – 12h – Inscrições: https://doity.com.br/incites-26abr2021 EndNote Online – 30 de abril – 10h – 12h – Inscrições: https://doity.com.br/endnote-30abr2021 ================================================================= Organização: Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA) em parceria com a Clarivate Analytics ================================================================= Web of Science. Trust the difference. Learn more. Find out how we accelerate the pace of innovation on http://clarivate.libguides.com/h ome Crie o seu perfil na Web of Science e tenha acesso de qualquer lugar : https://embed.vidyard.com/watch/afBHaqc5nSvmioKWXcnooy
Webinars: Bases de Dados e Ferramentas Elsevier – 1º semestre 2021
Fonte: https://www.aguia.usp.br/noticias/webinars-elsevier-1-sem-2021/ A pesquisa hoje é um desafio que pode ser assustador. É fácil se perder na enxurrada de informações disponíveis. O aluno de pós-graduação e mesmo o pós-doutorando ou docente precisa manter-se atualizado para realizar pesquisa de qualidade. Por isso é tão importante utilizar bases de dados científicas internacionais especializadas e ferramentas para organização e análise de dados e informações. Construir seu conhecimento Encontrar e avaliar a relevância das informações é apenas o começo da jornada para a construção do conhecimento. Claro, a leitura é o caminho mas, sem os meios para buscar, coletar, organizar, recuperar e usar a literatura, bem como utilizando ferramentas e dados de maneira adequada, uma verdadeira base de conhecimento não pode ser criada. Isso vai além um projeto pessoal – significa construir algo que colaboradores atuais e futuros e até mesmo sucessores possam utilizar depois como uma referência, para alavancar a ciência. ================================================================ Scopus é uma base de dados multidisciplinar internacionalmente reconhecida que reúne literatura técnica e científica revisada por pares. ScienceDirect é uma plataforma online, que permite acesso a documentos em texto completo de diversas áreas de conhecimento. Mendeley é uma ferramenta gratuita de gestão de citações, referências e de rede social acadêmica. Engineering Village é uma base de dados especializada em Engenharia. Embase é considerada referência na área de respostas biomédicas e farmacológicas. SciVal é uma plataforma analítica de indicadores de desempenho de publicação dos resultados de pesquisa. A Agência USP de Gestão da Informação (AGUIA) em parceria com a Elsevier promove Webinars para facilitar o uso de bases de dados internacionais de excelência e ferramentas de apoio às atividades de pesquisa que estão disponíveis a todos por meio do Portal de Periódicos da Capes, exceto a Plataforma SciVal. Confira a Programação do 1º semestre de 2021. == AGENDA DE WEBINARS == Webinar sobre uso da Base de Dados Scopus Data: 05 de abril de 2021, segunda-feira Horário: 10h – 12h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/scopus-05abr2021 Webinar sobre uso da Base Compendex (Engineering Village) Data: 06 de abril de 2021, terça-feira Horário: 10h – 12h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/compendex-06abr2021 Webinar ScienceDirect – Textos completos Data: 07 de abril de 2021, quarta-feira Horário: 10h – 12h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/sciencedirect-07abr2021 Webinar Embase – Pesquisa Biomédica e Farmacológica Data: 12 de abril de 2021, segunda-feira Horário: 14h – 16h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/embase-12abr2021 Webinar Mendeley – Gerenciador de Referências e Citações Data: 13 de abril de 2021, terça-feira Horário: 14h – 17h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/mendeley-13abr2021 Webinar para Autores: como escolher a melhor revista para publicar seu artigo Data: 19 de abril de 2021, segunda-feira Horário: 14h – 16h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/autores-escolher-revista-19abr2021 Webinar SciVal para pesquisadores: descubra tudo sobre sua linha de pesquisa em nível institucional, nacional e mundial Data: 20 de abril de 2021, terça-feira Horário: 14h – 16h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/pesquisadores-scival-20abr2021 Webinar para autores: recomendações e correções de perfil de autor na base de dados Scopus Data: 26 de abril de 2021, segunda-feira Horário: 14h – 16h Inscrições gratuitas: https://doity.com.br/autores-perfil-base-scopus-26abr2021 Organização e Promoção: Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica em parceria com a Editora Elsevier
Pesquisadora da Poli-USP alerta para o aumento do desmatamento provocado pela mineração ilegal na Amazônia brasileira
Pesquisadora da Poli-USP alerta para o aumento do desmatamento provocado pela mineração ilegal na Amazônia brasileira Ouro extraído da Amazônia. (Imagem: reprodução) Aumento dos preços globais e decisões políticas impulsionam a expansão de garimpos ilegais que avançam na procura pelo ouro na Amazônia. A pesquisa aponta que taxa de desmatamento ilegal de mineração aumentou mais de 90% de 2017 a 2020 Em artigo publicado na Revista Regional Environmental Change, a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mineral da Escola Politécnica da (Poli) da USP, Juliana Siqueira-Gay, juntamente com seu orientador, o professor Luis E. Sánchez, apontam os impactos causados pela mineração de ouro que tem crescido nos últimos anos, devastando florestas na Amazônia brasileira. A pesquisadora enfatiza os perigos dessa devastação, sobretudo pela ausência de leis ambientais que responsabilizem os garimpos pelos impactos causados no meio ambiente, bem como a falta de comprometimento na reabilitação das áreas degradadas por essas atividades. “O avanço dos garimpos, em especial dos voltados para exploração do ouro, ameaça florestas, povos tradicionais e a conservação da cobertura e da biodiversidade em áreas protegidas da Amazônia brasileira”, explica a pesquisadora. Seu estudo aponta que a taxa de desmatamento ilegal de mineração aumentou mais de 90% de 2017 a 2020, atingindo 101,7 km² anuais em 2020, em comparação aos 52,9 km² em 2017. Este aumento foi gerado pelo crescimento da taxa de desmatamento com mineração ilegal que foi na contramão do que aconteceu no desmatamento causado dentro dos contratos de mineração. “Há um debate muito importante na área de mineração, que é quando se tem uma mineração de larga escala, chamada de oficial, que opera como uma empresa com uma regulamentação ambiental que as obrigam a reabilitar a terra usada. Em contrapartida, existe outra linha da mineração que é justamente essa de pequena escala e ilegal. O problema dessa é que não se tem nenhuma regulamentação voltada para essa escala artesanal que as obriguem a lidar com os problemas causados”, detalha a pesquisadora. Sendo assim, as áreas de mineração ilegal de ouro são abandonadas após o esgotamento das reservas, sem a devida reabilitação. Resultados – O estudo mostra que essa taxa de crescimento observada no desmatamento ilegal não foi detectada dentro das concessões de lavra. “Há uma questão muito importante sobre o risco dessas atividades ilegais. Enquanto em uma mineração de larga escala, chamada de oficial, uma empresa opera com regulamentações ambientais e tem responsabilidades na reabilitação das áreas já mineradas, em contrapartida, na mineração ilegal não há nenhuma regulamentação que as obriguem a lidar com os impactos causados”, detalha a pesquisadora. As áreas de mineração ilegal de ouro são usualmente abandonadas após o esgotamento das reservas, sem a devida reabilitação. “Há um aumento do valor do ouro no mercado internacional e, consequentemente, há um aumento da exploração desse minério. Outros fatores nacionais também influenciam nesse crescimento, como políticas recentes para expansão da mineração na Amazônia”. O estudo também aponta que nos últimos dez anos, a mineração ilegal do ouro se alastrou signigamente na Floresta Amazônica com um aumento de 18% em algumas regiões, como em Itaituba, Médio Tapajós, Pará. Esse município está em segundo lugar no ranking da Agência Nacional de Mineração (ANM) das regiões que mais produzem ouro no país. Juliana explica que a expansão dos garimpos ilegais se dá por uma combinação de fatores globais, como o preço do minério, e outros fatores locais: “Há um aumento do valor do ouro no mercado internacional e, consequentemente, há um aumento da exploração desse minério. Outros fatores nacionais também influenciam nesse crescimento, como políticas recentes para expansão da mineração na Amazônia”. A política de preço do ouro tem aumentado especificamente no Brasil, desde 2018, e é amparada pelo apoio político do atual Governo Federal, de acordo com o estudo. Além do desmatamento em si, Juliana comenta que essas atividades degradam florestas, afetando a integridade da vegetação. O estudo enfatiza que a ocupação de garimpeiros ilegais, principalmente em busca de ouro, está invadindo áreas protegidas e ameaçando o bem-estar dos povos indígenas. Além disso, pontua a pesquisadora: “essas atividades também estão afetando os ecossistemas aquáticos devido aos metais pesados usados na exploração do ouro, tais como o mercúrio, impactando na saúde das comunidades indígenas que vivem próximas a essas áreas”. O estudo reitera que essas atividades, apesar de causarem desmatamentos em uma pequena escala, podem gerar impactos ambientais extensos nas florestas, especialmente quando associados a outros fatores de mudança, como o desenvolvimento de grandes infraestruturas. Combinado com essas intervenções, a mineração ilegal de ouro podem degradar florestas cumulativamente e reduzir sua área ao longo do tempo. Leia o artigo na íntegra. Texto: Beatriz Carneiro (estagiária de jornalismo). Revisão: Amanda Rabelo (jornalista).
BBC Brasil: 300 mil mortes por covid-19? Total já pode ter passado de 410 mil no Brasil, apontam pesquisadores
25 março 2021 – A BBC Brasil publica reportagem em que aborda projeções de números reais das mortes ocasionadas por covid-19 no País. “Oficialmente, o Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24/3) a marca trágica de 300 mil mortos por covid-19 durante a pandemia. Mas registros hospitalares brasileiros apontam que o número de pessoas que morreram em decorrência de casos confirmados ou suspeitos da doença no país pode já ter passado de 410 mil. Essa estimativa aparece em duas análises distintas, uma liderada por Leonardo Bastos, estatístico e pesquisador em saúde pública do Programa de Computação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e outra pelo engenheiro Miguel Buelta, professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Ambas se baseiam em dados oficiais de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), um quadro de saúde caracterizado por sintomas como febre e falta de ar.” Leia reportagem completa no link.
Opinião: Uma analise conservadora: quantos óbitos por covid-19 podem ter ocorrido no Brasil e seus Estados?
No dia 21 de março, o professor titular da Poli-USP, Miguel Buelta, publicou um artigo no portal Rede Análise Covid-19 no qual estima qual poderia ser o número real de óbitos por COVID-19 ocorridos nos estados brasileiros e, por consequência, em todo o país. Acesse aqui o trabalho.
Docentes relatam sobrecarga de trabalho na pandemia, aponta pesquisa
Resultados também confirmam que as atividades de pesquisa foram prejudicadas. Focada em professores e pesquisadores que atuam na área de alimentos, a pesquisa é uma pequena amostra do que pode estar ocorrendo, no geral, com o ensino e a pesquisa em meio à pandemia da COVID-19. O Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center – FoRC), que conta com pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE), acaba de divulgar uma pesquisa realizada seis meses após o início da pandemia – em setembro e outubro de 2020 – cujos resultados mostram como pesquisadores e docentes do ensino superior, médio e técnico/profissionalizante, que atuam na área de alimentos, lidaram com suas atividades de trabalho no distanciamento físico. Para a maioria dos entrevistados, as atividades a distância resultaram em um aumento do volume e sobrecarga de trabalho (60,4%), e boa parte relatou falta de tempo para se dedicar ao aprendizado e aplicação de novos métodos de ensino e/ou pesquisa (41,0%), além de falta de estrutura adequada (31,9%). A pesquisa foi feita com 402 participantes de todos os estados brasileiros, por meio de um questionário online. A maioria dos entrevistados era de instituições públicas, da região Sudeste, do sexo feminino, entre 26 e 40 anos, com formação acadêmica em Engenharia de Alimentos, Nutrição, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Medicina Veterinária, Biologia entre outras. Doutorado, mestrado ou pós-doutorado predominaram na formação acadêmica. Dos entrevistados, 87,6% coordenavam ou participavam de projetos de pesquisa e 44,6% também se dedicavam ao ensino, sendo que uma parte expressiva (40,8%) lecionava de 6 a 10 horas semanais, além de despender o mesmo tempo planejando atividades de docência. Isso sem contar as demais atividades de pesquisa, extensão e/ou administração. Embora a maioria dos docentes tenha participado de cursos e atividades para lidar com essa nova forma de ensino (61,7%), o treinamento para domínio das plataformas online deixou a desejar: 34,3% disseram que receberam, mas não em tempo hábil; e 27,9% disseram não ter tido qualquer treinamento. Qualidade satisfatória – Quando perguntados como avaliavam a qualidade do ensino a distância, 49,0% consideraram satisfatório e 32,7% muito satisfatório. Patamar similar foi registrado nas respostas da questão sobre a qualidade do aprendizado dos alunos: satisfatório (44,9%) e muito satisfatório (24,1%). “Esses resultados refletem os esforços que os docentes vêm fazendo para manter a qualidade do ensino na forma remota, mesmo diante das dificuldades”, avalia a nutricionista Jéssica de Aragão Freire Ferreira Finger. “Apesar de a maioria considerar satisfatório, tanto o ensino e como a aprendizagem, foi apontada a necessidade de melhoria no trabalho a distância”, acrescenta a cientista de alimentos Emília Maria França Lima, chamando a atenção para as estratégias de ensino e avaliação que continuam similares às do ensino presencial: aulas ao vivo e transmitidas online (79,2%) e questionários, exercícios e trabalhos online (68,6%). Ambas, Finger e Lima, são doutorandas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e realizaram essa pesquisa sob a orientação do professor Uelinton Manoel Pinto (FCF-USP/FoRC), com a colaboração da professora Mariza Landgraf (FCF-USP/FoRC) e dos professores Jorge Herman Behrens (Unicamp) e Jones Baroni Ferreira de Menezes (UECE). Prejuízo na pesquisa – À época da pesquisa, dos 87,6% que coordenavam ou participavam de projetos de pesquisa, 50,6% relataram que tiveram suas atividades paralisadas de 4 a mais de 6 meses. Os demais (49,4%) afirmaram que ficaram parados por um, dois ou três meses – entre esses, uma minoria disse que a pergunta não se aplicava ao caso. Sobre a situação da pesquisa na pandemia, uma parcela conseguiu adaptar suas atividades para o home office (34,1%). Outros estavam com as atividades paradas e aguardando retorno (21,6%) ou desenvolvendo projetos paralelos (17,9%). Em menor porcentagem: paralisaram, mas estava retomando (13,1%), mantiveram a pesquisa presencial (6,8%), já pesquisavam a distância antes da pandemia (3,4%), e outros (3,1%). “No geral, tanto para o ensino quanto para a pesquisa, a maioria – 60% – teme ser prejudicada pela queda da produtividade por causa da sobrecarga de trabalho, falta de tempo para o aprimoramento e de estrutura inadequada. Isso mostra a necessidade de as instituições darem mais atenção ao problema, visto que o trabalho a distância deverá se manter por muito tempo ainda”, conclui Finger. As pesquisadoras reconhecem a participação e empenho dos docentes e pesquisadores na adaptação do ensino e pesquisa durante a pandemia, primando pela qualidade educacional. ******************* ATENDIMENTO À IMPRENSA Acadêmica Agência de Comunicação Angela Trabbold – angela@academica.jor.br (11) 99912-8331
Alunos da Poli-USP desenvolvem projeto de inovação para a Nestlé Suíça
Matéria escrita por: Lívia Moraes, 25/03/2021, da Agência USP de Inovação Um dos principais desafios na área de inovação é fazer com que projetos teóricos se tornem soluções práticas. Pensando nisso, a Universidade de São Paulo (USP) e a rede internacional SUGAR Network, uma rede de 25 universidades de excelência no mundo, estabeleceram uma parceria para aproximar a sala de aula de problemas reais das empresas. Três alunos da USP, orientados pelo Prof. Dr. Eduardo Zancul da Poli-USP, pelo Prof. Dr. Falk Uebernickel e pela Dra. Danielly de Paula do Hasso Plattner Institute (Alemanha), estão desenvolvendo um projeto na área de inovação da Nestlé Suíça para melhorar as práticas da empresa com auxílio de meios digitais. Os alunos da Poli são: Pedro Luís B. dos Santos, graduando em engenharia Mecatrônica, Lorena R. L. Fernandez, graduanda em engenharia elétrica, e Almir Ribeiro Couto, graduando em engenharia de produção. Durante 9 meses, os alunos recebem monitoria de dois integrantes do time de inovação da empresa, o especialista em Metodologias de Inovação Global Tomás Gamboa, que já participou de um projeto da SUGAR Network no passado e lecionou na Universidade de St. Gallen na Suíça, além do Gerente de Produto, Joern Bruecker, patrocinador do projeto. Em entrevista, a equipe da USP relata sua experiência. Lorena destaca que, mesmo já tendo participado de vários grupos e projetos de empreendedorismo, há um diferencial neste: “é o momento em que estou conseguindo viver um projeto de Design Thinking do começo até o final”. Para Almir, trata-se de uma oportunidade única para se ter experiências fora da sala de aula, como a de “usar os diversos laboratórios da USP, a conexão com o mercado de trabalho e conhecer pessoas de diversos países”. Pedro diz que está sendo determinante para sua escolha profissional: “eu a partir de agora posso dizer que eu sei com que quero trabalhar, eu quero trabalhar com inovação, desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de projetos, eu não tenho a menor dúvida”. Além do contato com a multinacional Suíça, os alunos da USP têm encontros semanais com a outra parte da equipe que fica na Alemanha, os alunos do Hasso Plattner Institute da Universidade de Potsdam. A equipe formada pelo total de 6 alunos recebe orientação em Design Thinking e processos de inovação e, segundo os brasileiros, a interação cultural é uma das grandes vantagens do projeto. Neste tempo de pandemia, alguns benefícios do projeto tiveram de ser adaptados. Geralmente, todos os participantes da SUGAR Network se encontram em um evento global, sediado em uma cidade referência em inovação, como São Francisco nos EUA ou Hefei na China. Durante o curso, os alunos também viajam para os países onde estão seus “pares” internacionais. Os custos de materiais e viagens são cobertos pelos projetos da SUGAR Network. Devido à pandemia, os eventos e encontros foram realizados de forma online. O Prof. Dr. Eduardo Zancul, da Poli, ressalta a relevância do projeto: “Essa é a experiência de ensino de inovação mais abrangente que eu conheço em Universidades no mundo”. Ele também destaca o benefício para os alunos: “Há uma proximidade muito grande entre os alunos e as empresas. Por exemplo, em muitos casos, eles apresentam para o comitê de inovação das empresas e têm a oportunidade de receber feedback altamente qualificado sobre o andamento do projeto”. A Dra. Danielly de Paula, pesquisadora brasileira no Hasso Plattner Institute e representante da parte alemã, fala sobre a oportunidade de projeção internacional do Brasil: “Essa é a primeira vez que uma universidade do Brasil e da Alemanha colaboram no contexto da SUGAR. Essa colaboração traz bastante visibilidade para a competência de estudantes e pesquisadores brasileiros em desenvolver produtos inovadores não apenas para ao mercado europeu, mas também para o mercado brasileiro”. Sobre a SUGAR Network: O objetivo da SUGAR Network é aumentar a colaboração entre universidades pelo mundo nas áreas de Inovação e Design Thinking. O primeiro projeto no Brasil foi feito em 2013, com a participação da empresa Embraer e da USP. De lá para cá, o número de projetos tem aumentado significativamente, com instituições renomadas pelo mundo, dando projeção internacional à USP e aos seus alunos. Se você é aluno(a) da USP e quer participar de um dos projetos em parceria com a SUGAR Network, inscreva-se nas disciplinas de inovação oferecidas pela Poli, iniciando pela “Desenvolvimento Integrado de Produtos” (no sistema Júpiter 03034010). Essa disciplina oferece um projeto de inovação nos moldes da rede SUGAR, mas adaptado ao contexto local do Brasil. A partir da realização de um projeto nessa disciplina, é possível se candidatar para participar dos projetos internacionais. Para participar, não é necessário ser aluno(a) da Poli, alunos de diversas áreas como Biologia, Letras, Economia e Design já fizeram parte desses projetos. A disciplina é optativa e conta com vagas destinadas para todos os cursos da USP. Fique por dentro de todas as novidades sobre inovação e empreendedorismo nas nossas redes sociais, acessando o link: https://linktr.ee/AUSPIN AUSPIN: O desenvolvimento passa pela Inovação – USP: Universidade que inova e empreende