Arquivo mensais:julho 2022

Fundamentos da Engenharia Química facilitam o reuso de rejeitos, afirmam professores da Poli

Baixa disposição para investir, desafio tecnológico e a desinformação de algumas empresas são fatores que dificultam o ritmo do reúso de resíduos minerários, principalmente em coprodutos de maior valor. Especialistas e pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP avaliam que existem bons projetos sendo estudados e aplicados em empresas, mas as iniciativas dependem da remoção de barreiras.  Segundo Arthur Pinto Chaves, professor de Tratamento de Minérios, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo (PMI) da Poli, o processamento de rejeitos está possibilitando que várias mineradoras recuperem valores perdidos face ao uso, no passado, de técnicas de beneficiamento superadas. Burocracia, falta de incentivo fiscal, normalização e mesmo desinformação ou preconceito no emprego de resíduos acabam emperrando o reúso, complementa o professor Guilherme Lenz e Silva, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PMT) da Poli. “Porém, as transformações agora são mais rápidas, pressionadas pela digitalização da economia e implantação de práticas de ESG (governança ambiental, social e corporativa). Como coordenador da Unidade Embrapii TecnoGreen, que reúne pesquisadores de diversas áreas da Engenharia, o professor Jorge Alberto Soares Tenório, do Departamento de Engenharia Química da Poli, afirma que os projetos e tecnologias estão sendo desenvolvidos com o intuito de superar os desafios, inclusive sob a ótica da sustentabilidade. Segundo o professor, os fundamentos da engenharia química vêm abrindo grandes possibilidades para materiais diversos recuperados de resíduos.  Leia a matéria da Revista Química e Derivados na íntegra.  

Estudantes com ideias criativas podem se inscrever na maior feira brasileira de ciências

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), movimento nacional de estímulo ao jovem cientista liderado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (Poli) da USP, abriu as inscrições para a 21ª mostra de projetos, com etapas de participação on-line e presencial. Os projetos devem ser submetidos até o dia 24 de outubro pela plataforma Minha Febrace no site minha.febrace.org.br e precisam se enquadrar nas áreas das Ciências (Exatas e da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharias.  Estudantes matriculados no 8º ou 9º ano do ensino fundamental, ensino médio ou técnico de instituições públicas e privadas de todo o Brasil podem participar, tendo no máximo 20 anos. Os projetos podem ser realizados individualmente ou em grupos de até três autores, com a participação obrigatória de um professor orientador.  Acompanhe a Febrace pelo site www.febrace.org.br ou pelas redes sociais no Facebook, Twitter, YouTube e Instagram. Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.

Comitês Permanentes lançam publicações durante Sessão Solene de 30 anos da Academia Nacional de Engenharia

Durante a Sessão Solene do aniversário de 30 anos da Academia Nacional de Engenharia (ANE BRASIL), foram lançados o livro Engenharia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável e o relatório “Engenharia para o Futuro”, bem como o documento “Avaliação e Perspectivas do Ensino de Engenharia no Brasil”.  O livro aborda diferentes aspectos da engenharia, como: Agricultura, Ciência de Dados, Mineração, Saúde, Startups, Economia e exemplos de cases de sucesso. “A engenharia deve buscar inovações que ajudem no desenvolvimento da sociedade e melhorem a qualidade de vida de nossa população. Esse foi um dos fios condutores de nossas discussões no comitê”, explicou o autor e professor José Roberto Castilho Piqueira, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle (PTC) da Escola Politécnica (Poli) da USP. O evento teve ainda a presença da ex-diretora da Poli, professora Liedi Bernucci, atual diretora-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Leia a cobertura do evento na íntegra.

Bactéria encontrada no mangue da Baixada Santista produz matéria-prima para plástico biodegradável

Com o apoio do Research Center for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), centro de pesquisa em engenharia sediado na Escola Politécnica (Poli) da USP que reúne pesquisadores de diversas instituições nacionais e estrangeiras, uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia da USP revelou um diferencial na bactéria chamada Methylopila oligotropha nas águas do mangue da Baixada Santista.  A bactéria, para acumular energia, produz grãos microscópicos de reserva na forma de poli-hidroxialcanoatos, ou simplesmente PHAs, um material biodegradável com propriedades similares a alguns tipos de plásticos. Os pesquisadores a isolaram e cultivaram para avaliar o potencial da produção de PHAs em grande escala, a fim de ser usados como matéria-prima nas indústrias, com o objetivo de substituir os plásticos produzidos a partir do petróleo, reduzindo a poluição ambiental. O projeto foi desenvolvido no Bio4Tec Lab do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema) da Escola Politécnica (Poli) da USP, em Cubatão. Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra e nos demais veículos que repercutiram-na:   https://umsoplaneta.globo.com/energia/noticia/2022/07/04/bacteria-encontrada-no-mangue-da-baixada-santista-produz-materia-prima-para-plastico-biodegradavel.ghtml; https://www.greenme.com.br/informarse/lixo-e-reciclagem/93399-usp-bioplastico-bacteria-methylopila-oligotropha/  https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/bacteria-do-mangue-da-baixada-pode-ser-usada-em-plastico-biodegradavel/157975/  

USP participará do Plano Paulista de Energia 2050 do governo de São Paulo

O professor Dorel Soares Ramos destaca a importância do envolvimento multidisciplinar e do planejamento estratégico para a elaboração do projeto A Sima (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) formalizou um contrato com a USP e a Os objetivos específicos do plano compreendem definir uma visão estratégica do governo para energia até 2050 e fazer os recortes intermediários para 2030 e 2040 – Foto: Flick Escola Politécnica para a elaboração do Plano Paulista de Energia 2050, com o objetivo de planejar ações necessárias para a neutralidade das emissões líquidas de gases de efeito estufa. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Dorel Soares Ramos, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP, explica o projeto. De acordo com o professor, o início das tratativas para a atualização do Plano Estadual de Energia se deu através de uma consulta formal da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente: “[A Sima] consultou através de um ofício a Escola Politécnica por conta da adesão do Estado à campanha Race to Zero (Corrida para o Zero), para a neutralidade de carbono, fixando como horizonte o ano de 2050.” O último plano, O PPE (Plano Paulista de Energia) 2020 foi desenvolvido em 2012. O horizonte definido na época está ultrapassado, em especial por conta das novas diretrizes políticas e ambientais, além de diversas alterações climáticas. “Desde então, as evidências científicas que relacionam o aquecimento global às próprias atividades humanas se tornaram muito mais fortes. Isso tem motivado as entidades multilaterais, o governo e empresas a reavaliarem o seu papel, buscando minimizar as emissões de gases de efeito estufa”, indica Ramos. Leia a notícia completa no Jornal da USP.

Estudantes da USP apresentam projeto de sustentabilidade e mobilidade urbana em evento na Califórnia

Estudantes da USP apresentam projeto de sustentabilidade e mobilidade urbana em evento na Califórnia Estudantes de Engenharia e Arquitetura da USP participaram de evento de rede internacional de universidades, a SUGAR Expo 2021/22 Previous Next As estudantes  da USP Beatriz Segatti, Giselle Jensen e Ross Sumie  apresentaram um projeto no SUGAR Expo 2021/22. O evento, promovido pela SUGAR Network, foi realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, em 4 de junho, e reuniu 20 equipes compostas por estudantes de universidades de diversos países e 17 empresas parceiras. As estudantes Beatriz, Ross e Giselle cursam, respectivamente, engenharia ambiental, engenharia elétrica e arquitetura na Escola Politécnica (Poli) e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Por meio de uma disciplina oferecida na Poli, elas  atuaram por 9 meses propondo uma solução, o Spod Connect, para um desafio apresentado por uma empresa, a SUMMIT, junto a quatro estudantes da Trinity College Dublin (TCD), Irlanda. O desafio proposto foi conciliar sustentabilidade e conveniência em mobilidade urbana, e a  solução final foi apresentada na EXPO e os participantes puderam testar o protótipo. A equipe da USP no evento deste ano foi orientada pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP  André Fleury e Eduardo Zancul e pelo doutorando Pedro Romeral. A USP participa da rede SUGAR desde 2013, para promover o intercâmbio de experiências no ensino de projetos de inovação e a internacionalização da Universidade nesta área. Ao longo dos anos, dezenas de estudantes da USP tiveram oportunidade de atuar em projetos internacionais por meio dessa iniciativa. Leia mais sobre o projeto. É possível assistir a apresentação da solução desenvolvida pelo grupo de estudo das alunas da USP neste link, ou no vídeo abaixo.

Artigo aponta soluções para reduzir a emissão de CO2 e o consumo de combustível no transporte marítimo

Uma pesquisa conduzida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) buscou alternativas para melhorar a eficiência energética de embarcações da indústria de petróleo e gás. O trabalho foi desenvolvido levando em conta que os navios são hoje a oitava maior fonte de emissão de dióxido de carbono (CO2) no mundo e a meta para 2050 proposta pela Organização Marítima Internacional é reduzir essas emissões em pelo menos 50% em relação a 2008. O artigo completo pode ser lido aqui. Estudo foi conduzido no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa da USP. Resultados foram divulgados na revista Energies (foto: Jan Baars/Pixabay )