Arquivo mensais:agosto 2022

Empresa criada por politécnicos busca transformar a ortodontia brasileira

Como empresa criada por engenheiros politécnicos busca transformar a ortodontia brasileira Smiller, healthtech no ramo de alinhadores ortodônticos transparentes, surge com o intuito de democratizar o tratamento com aparelhos invisíveis e modernizar a ortodontia no país Os quatro sócios da Smiller: Thales Platon, Rider Brito, Lucas Queiro e Gustavo Ingegneri [Imagem: acervo pessoal] Fundada em 2020 pelos engenheiros Gustavo Ingegneri, Rider Brito, Thales Platon e Lucas Queiro, a Smiller nasceu com o propósito de se tornar a parceira dos dentistas na busca pela modernização da ortodontia no Brasil.A ideia surgiu a partir do contato que Lucas e Gustavo já possuíam com a odontologia, por terem parentes próximos atuando na área. “Era comum ouvir dos meus pais, ambos dentistas, a dificuldade de vender alinhadores transparentes por serem muito caros. Isso me levou a querer entender por que esses preços eram tão elevados”, conta Lucas. Logo eles notaram que havia uma enorme carência nesse mercado, e com ela uma grande oportunidade de criar e oferecer, a valores bem mais atrativos, um produto com qualidade igual ou superior aos existentes. Somado a isso, o processo de desenvolvimento englobava diversos assuntos pertinentes à engenharia (modelagem computacional, impressão 3D, termoformagem e manufatura), temas com os quais o grupo já havia tido bastante contato na universidade. Dessa forma, os quatro engenheiros decidiram mergulhar na ideia e criar seu próprio negócio.O produto da Smiller foi então desenvolvido ao longo do ano de 2021 e lançado no mercado no início de 2022, em São Paulo. Desde então, a alta aderência por parte dos dentistas tem feito com que a Smiller cresça de maneira acelerada, se consolidando nas principais cidades paulistas por meio de parcerias com centenas de consultórios odontológicos. Com o êxito, os sócios preparam a expansão nacional para 2023. Dentre as vantagens deste tipo de tratamento ortodôntico, destaca-se o conforto que os alinhadores proporcionam no dia a dia. O tratamento consiste no uso de um conjunto de aparelhos removíveis que realiza movimentações dentárias de forma gradual, devendo cada alinhador ser trocado a cada 15 dias. Dessa forma, é possível retirá-los antes das refeições, o que facilita a higienização tanto dos aparelhos quanto dos dentes. Soma-se a isso outra grande vantagem: o fato de os alinhadores serem praticamente imperceptíveis durante o uso, uma vez que são feitos de polímero transparente. Antes de um paciente iniciar seu tratamento, ele deve realizar o escaneamento da sua boca, método que digitaliza seus dentes e sua gengiva gerando um modelo virtual. A partir desse modelo, as movimentações de cada dente são planejadas e executadas em ambiente de software, o que então possibilita a fabricação do conjunto de alinhadores específico para aquele paciente. O tempo de tratamento é de em média 8 meses, sendo recomendado para tratar apinhamento (dentes tortos), diastemas (espaços entre dentes) e problemas de mordida. Muito além do aprimoramento tecnológico, Thales Platon, CEO da Smiller, ressalta a importância de manter um atendimento excepcional aos seus clientes: “Para nós, atender nossos dentistas de maneira próxima e cuidadosa é uma prioridade. Muitos deles trabalham apenas com o aparelho fixo tradicional e não encontram o amparo necessário para atravessar a transformação digital que está em curso na odontologia. Por conta disso, mais do que um simples fornecedor, a Smiller busca ser a aliada desses profissionais”. Conheça mais sobre a Smiller no Instagram e no Linkedin. Alinhador transparente da Smiller [Imagem: acervo pessoal] Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Escola Politécnica da USP reúne alunos e egressos para celebrar o “Dia da Poli”

A Escola Politécnica da USP e a Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP), uma organização de engenheiros egressos da instituição, estão realizando uma celebração aos 129 anos da instituição no dia 24 de agosto, desde as 17 horas, no Anfiteatro Vermelho do Prédio do Biênio. O Dia da Poli tem sido organizado conjuntamente entre a AEP e a Diretoria, desde a comemoração dos 125 anos. “Já fizemos em diversos formatos, presencial e on-line. Desta vez, optamos por fazer em um ambiente fechado, que tem um grande apelo afetivo em todo politécnico”, destaca o diretor da Associação, Dario Gramorelli. “A nossa intenção, nesses eventos, é a confraternização e a exposição dos feitos da escola no último ano. Sempre com um espírito descontraído, como uma festa mesmo.” Saiba mais sobre a programação do Dia da Poli!

Poli-USP recebe visita do professor Antônio Hélio Guerra Vieira, líder do projeto Patinho Feio, primeiro computador brasileiro

Poli-USP recebe visita do professor Antônio Hélio Guerra Vieira, líder do projeto Patinho Feio, primeiro computador brasileiro O docente foi também diretor da Escola Politécnica e reitor da USP nos anos 1980 “Aos 92 anos, faço o encontro entre o criador e a criatura” [Imagens: Comunicação da Poli] Na véspera de completar 129 anos, a Escola Politécnica (Poli) da USP recebeu a visita do professor Antonio Hélio Guerra Vieira, diretor da Poli entre 1980 e 1982 e reitor da Universidade de São Paulo de 1982 a 1986. O professor estava acompanhado de Ivone, sua auxiliar e enfermeira. “Aos 92 anos, faço o encontro entre o criador e a criatura”, brinca, se referindo ao computador Patinho Feio.  Em 1972, alunos de graduação e pós-graduação atuaram sob a liderança do professor Antônio Hélio Guerra Vieira no projeto que elaborou o primeiro computador montado na Universidade – o chamado “Patinho Feio” ou Projeto G-10. O projeto ficou conhecido como o primeiro computador feito no Brasil, e em 2022 completa 50 anos de criação. Além do projeto, como professor titular da Poli, Vieira colaborou para a formação do Departamento de Engenharia Elétrica e para a fundação do Laboratório de Sistemas Digitais (LSD). “O mais difícil foi achar os componentes”, lembra Vieira em reportagem à Folha de S. Paulo, que tinha 42 anos na época. Quatro anos antes, ele havia fundado o LSD, que deu origem ao computador. “Eu sempre gostei de eletricidade. E me interessei por computação porque era novidade”, conta.  O professor, na sala de quadros dos diretores da Poli; seu retrato é o terceiro da esquerda para direita, na fileira superior Como reitor da USP eleito durante o período da ditadura civil-militar, o professor utilizou de diplomacia para que o grupo de militares presentes na reitoria se retirasse, ao mesmo tempo que recontratou os docentes àquela época cassados e que desejassem retomar às atividades na Instituição. Além disso, Antônio Hélio Guerra Vieira foi presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e recebeu a comenda de Eminente Engenheiro do Ano de 1977 pelo Instituto de Engenharia.Leia mais sobre a trajetória de Antônio Hélio Guerra Vieira aqui.

Em parceria com a Samsung, PCS inaugura Laboratório de Programação na Escola Politécnica

Em parceria com a Samsung, PCS inaugura Laboratório de Programação na Escola Politécnica Primeira turma a utilizar o Laboratório de Programação no PCS [Imagem: Fábio Levy Siqueira] Na última quarta-feira, dia 17 de agosto, foi inaugurado o Laboratório de Programação do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Escola Politécnica (Poli) da USP, no Prédio de Engenharia Elétrica. A iniciativa é uma parceria entre a empresa Samsung e o Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS), coordenada pelos professores Jaime Simão Sichman e Fábio Levy Siqueira.  Além dos coordenadores, a  inauguração teve a participação do Eng. Eduardo Conejo, representante da Samsung, Eng. Carlos Pavarina, da SiDi (parceiro da SAMSUNG), bem como a presença do diretor e vice-diretor da Escola Politécnica, os professores Reinaldo Giudici e Silvio Nabeta. Os professores contam que a parceria com a Samsung foi estruturada através de um programa de Capacitação Tecnológica em Engenharia e Desenvolvimento de Software (CTEDS), que permitiu a reforma física do Laboratório, atualização de computadores e para impulsionar o contato entre os estudantes e a empresa, que possui aplicações e interesse no desenvolvimento acadêmico dos profissionais especializados no ramo. Tal programa é oferecido para 2 turmas de 30 alunos como um curso de extensão da USP, sendo oferecido no período noturno. Durante o dia, o Laboratório será utilizado para as disciplinas de graduação e pós-graduação do PCS. Inauguração da placa do Laboratório [Imagens: Comunicação da Poli] O professor Jaime Sichman relata que a busca pelo programa de capacitação foi alta, cuja primeira turma foi oferecida de modo remoto, dando oportunidade a alunos de outros campus da USP no estado de São Paulo. “Antes mesmo que o Laboratório fosse inaugurado na Escola, nossos oferecimentos chegaram a 2.700 inscrições, quando havíamos apenas 32 vagas no primeiro oferecimento”, conta.  Com o retorno às atividades presenciais, o programa de capacitação será oferecido de forma presencial, durante o período noturno, no prédio de Engenharia Elétrica da Poli, agora comportando os alunos na sala equipada.   Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Feira de profissões da USP volta à Cidade Universitária, a ser realizada de 1 a 3 de setembro de 2022

Gratuita, a Feira USP e as Profissões acontece em setembro no campus do Butantã, retomando o formato presencial. O evento traz informações dos cursos e das unidades de ensino, atividades interativas, orientação vocacional e instruções sobre as formas de ingresso na USP O campus Butantã da USP recebe, de 1 a 3 de setembro de 2022, a 16ª edição da Feira USP e as Profissões. A iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU) é destinada a estudantes do ensino médio e de cursos preparatórios para o vestibular. A participação é totalmente gratuita, mas para agilizar a entrada os interessados podem fazer o credenciamento prévio no site uspprofissoes.usp.br. “A Feira USP e as Profissões é um evento muito importante porque envolve todas as unidades da USP e, principalmente, por deixar a Universidade bem próxima da sociedade. A dimensão que alcançou nos últimos anos demonstra essa importância especialmente porque dialogar com a sociedade é um dos pilares de nossa missão. Durante a Feira, temos a oportunidade de interagir com dezenas de milhares de jovens, assim como com suas famílias, buscando orientá-los do melhor modo possível a planejar seu futuro”, destaca a professora Marli Quadros Leite,  pró-reitora de cultura e extensão universitária da USP. Na Praça do Relógio, marco arquitetônico e símbolo da Universidade, a feira reúne estandes com alunos e docentes da USP que apresentam as carreiras e esclarecem dúvidas sobre os cursos oferecidos, as profissões, mercado de trabalho,  formação acadêmica,  grades de disciplinas,  conteúdos programáticos, vida universitária e as especializações. Também serão fornecidas orientações a respeito das formas de ingresso na Universidade e dos programas e bolsas de estímulo à permanência estudantil. Aos professores, haverá divulgação dos cursos de extensão que a USP oferta, muitos deles gratuitos. Algumas atividades serão realizadas em formato híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube. Para alimentação, a edição 2022 contará com uma estrutura de food trucks. Bolsões especiais de estacionamento serão destinados para acomodação de ônibus. Além dessa ação, o evento oferece atividades interativas, shows, palestras e orientação vocacional. Além do local principal, o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre a USP pelo passeio Giro Cultural, que percorrerá diversos locais do campus em um ônibus.   Saiba mais em: https://cultura.usp.br/noticia/feira-de-profissoes-da-usp-volta-ao-butanta/

Dia da Poli 2022: Escola Politécnica da USP e egressos celebram os 129 anos da instituição

Dia da Poli 2022: Escola Politécnica da USP e egressos realizam celebração aos 129 anos da instituição 22/08/2022 A Escola Politécnica da USP e a Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP), uma organização de engenheiros egressos da instituição, realizarão uma celebração aos 129 anos da instituição no dia 24 de agosto de 2022, a partir das 17h, no Anfiteatro Vermelho do Prédio do Biênio. O Dia da Poli tem sido organizado conjuntamente entre a AEP e a Diretoria, desde a comemoração dos 125 anos. “Já fizemos em diversos formatos, presencial e on-line. Desta vez, optamos por fazer em um ambiente fechado (o anfiteatro vermelho do Biênio) que tem um grande apelo afetivo em todo politécnico”, destaca o diretor da Associação, Dario Gramorelli. “A nossa intenção, nesses eventos, é a confraternização e a exposição dos feitos da Escola no último ano. Sempre com um espírito descontraído, como uma festa mesmo”.A programação contará com a abertura do diretor da Poli, Reinaldo Giudici. A jornalista Roxane Ré, o comunicador e politécnico, Marcelo Tas, e do executivo e politécnico, Leandro Bassoi. Ao final, será realizada uma premiação. Confira a programação abaixo.ServiçoEvento: “DIA DA POLI – 129 anos”Data: 24/08/2022, das 17h às 20hLocal: Anfiteatro Vermelho – Biênio/Poli 16h30 Abertura do anfiteatro e recepção dos convidados17h00 Abertura do Evento: Roxane Ré (Rádio USP)17h05 Palavra do Diretor da Poli: Reinaldo Giudici17h20 Palavra do Diretor da AEP: Dario Gramorelli17h30 – 19h30 Entrevistas com os politécnicos Marcelo Tas, Leandro Bassoi e Otavio Guazzelli  com a Entrevistadora Roxane Ré.Haverá premiações durante as entrevistas: Prêmio Poli Angels – Empreendedor Politécnico Prêmio Poli Angels – Startup  Prêmio Retribua Prêmio Atleta Destaque Poli – A Atlética e o Grêmio serão convidados a reconhecer um aluno por sua atuação em prol do esporte na poli e por sua contribuição para o ESG.  2º Encontro Gerações Poli-USP, em celebração aos 126 anos da Poli-USP, 24 de agosto de 2018 “A Escola Politécnica da USP foi fundada em 24 de agosto de 1893, pela Lei Estadual 191, aprovada pelo Congresso Legislativo de São Paulo e promulgada pelo então presidente do Estado, Bernardino de Campos. Em 1934, ela foi incorporada à Universidade de São Paulo. Destacada pelo ensino de engenharia e pela realização de pesquisas científicas e tecnológicas, a Poli formou várias gerações de engenheiros. Alguns de seus alunos destacaram-se na vida política do Estado e do País e na administração de empresas e de órgãos públicos”. Leia mais. Por que Dia da Poli? “A partir deste ano de 2017, a Escola Politécnica da USP passa a comemorar o “Dia da Poli” em  todo dia 24 de agosto. A data marca a criação da tradicional escola de engenharia, que em 1893 foi oficializada pela publicação da lei nº 191, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Após 124 anos, os docentes da Escola acreditam que a ação é um importante passo para que os alunos conheçam com mais detalhes a história e entendam os impactos das atividades de ensino e pesquisa executadas pela instituição no desenvolvimento tecnológico da cidade de São Paulo, do Estado e do País”. Leia aqui a notícia da época.

Poli-USP realiza primeira visita monitorada presencial após pandemia

Poli-USP realiza primeira visita monitorada presencial após pandemia A Escola Politécnica (Poli) da USP realizou no último sábado, 13 de agosto, das 8h às 14h, a tradicional Visita Monitorada aos prédios e laboratórios da Escola. O evento, que é parte do Programa USP e as Profissões, é realizado anualmente e, em 2022, voltou a ser presencial a pandemia de covid-19.Ao todo 462 alunos foram recepcionados no Prédio de Engenharia Civil. Encaminhados para três auditórios, os visitantes assistiram a abertura do evento e receberam as boas-vindas do vice-diretor da Escola Politécnica, professor Silvio Nabeta, do Chefe do Departamento de Engenharia Naval, professor José Reinaldo Silva, e do ex-diretor da Poli, professor Antonio Marcos de Aguirra Massola.Em seguida, os alunos conferiram palestras sobre os cursos de graduação que a Poli oferece, e sobre a vida universitária durante os anos de formação. Essas palestras foram conduzidas pelos professores José Reinaldo Silva, Antonio Figueiredo e Edvaldo Simões da Fonseca, que também comentaram sobre o ensino de Engenharia na Escola, e pelos estudantes de graduação que atuam em atividades vocacionais representando a Poli, Thamiris Oliveira, Vinicius Rosa, Felipe Lopes, Tainá Martins, Júlio Cesar Paz, Thiago Fugii Moraes.As visitas se deram nos prédios de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica, sendo alternados com a visita à Feira de Projetos, que exibiu grupos de extensão na Poli, a fim de promover espaço para que os alunos do ensino médio pudessem tirar dúvidas sobre os cursos e conhecer as atividades que os estudantes desenvolvem. Ao final, estudantes da Escola compartilharam suas experiências universitárias, comentando sobre a própria formação, sobre processos de intercâmbio e a participação em entidades estudantis.  Nesta visita, 122 escolas participaram da Visita Monitorada, num total de 462 alunos do Ensino Médio. Confira as fotos do evento. Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Núcleo de Pesquisas para a Mineração da Poli-USP realiza missão na Colômbia para conhecer experiências de mineração responsável

Núcleo de Pesquisas para a Mineração da Poli-USP realiza missão na Colômbia para conhecer experiências de mineração responsável Projeto coordenado pela Escola Politécnica experienciou a coexistência entre pequenos mineiros e grandes empresas de mineração em Antioquia   Uma delegação constituída por pesquisadores do Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável (NAP.Mineração) da Escola Politécnica (Poli) da USP, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), acompanhados por representantes da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE) e do Ministério de Minas e Energia (MME) participaram, entre os dias 31 de julho a 5 de agosto, de uma missão no estado de Antioquia, na Colômbia, para conhecer experiências de co-existência entre mineradores do setor de pequena mineração e empresas de mineração de grande porte. A co-existência é uma abordagem empregada com sucesso pelo governo colombiano para formalizar a pequena mineração no país. Segundo essa abordagem, são estabelecidos contratos de operação conjunta entre empresas de mineração de grande porte e mineradores do setor de pequena mineração. O objetivo dessa abordagem é reduzir conflitos, ampliar o número de empregos, aumentar a arrecadação de tributos, melhorar as práticas de extração, e disseminar a transformação mineral, a adoção de tecnologias mais limpas, a eliminação do uso de mercúrio, a capacitação e treinamento dos pequenos mineiros, o controle da comercialização do minério e de explosivos, entre outras benefícios às comunidades. Durante uma semana, a delegação brasileira conheceu modelos de co-existência envolvendo grandes empresas de mineração – como a Mineiros SA, Gramalote (joint venture entre AngloGold Ashanti e B2Gold), Sijin – Continental Gold e pequenos mineiros, que se organizam em Sociedade Anônima Simples (SAS) como os Mineros La María, Mina El Porvenir, Mineros Artesanales, Entable y Mina Juan Díaz. Além de dialogar com as grandes empresas e as SAS, a equipe conversou com a Secretaria de Minas do Governo de Antioquia, empresas de consultoria, pesquisadores da Faculdade de Minas da Universidade Nacional da Colômbia e pequenos mineradores que atuam informalmente. A missão contou com o apoio logístico da Enlace Ingenieria. Os exemplos do país vizinho mostraram à delegação brasileira que estabelecer modelos de co-existência requer um forte componente de engajamento entre as partes de forma a promover o aumento do grau de confiança entre as operações de pequena mineração e as empresas de grande porte; o envolvimento do governo no diálogo e mediação entre as partes envolvidas, além de acompanhamento e fiscalização dos termos pactuados no contrato;  a capacitação e assessoria técnica para os mineradores do setor de pequena mineração em temas ligados aos processos produtivos, a recuperação ambiental, a gestão e governança, ao fechamento de mina, ao uso e controles de explosivos e mercúrio, entre outros temas afetos a mineração responsável. Os exemplos observados também apontaram oportunidades para as cooperativas minerais brasileiras melhorarem a competitividade de suas operações e reduzirem custos de capital e operacionais nas usinas por meio da parceria com as empresas de mineração de grande porte. Além dos contratos, ficou evidente a necessidade de promover políticas governamentais de acesso a crédito, extensionismo mineral, assessoria e desenvolvimento de tecnologias que possam potencializar o melhor aproveitamento mineral e a mineração responsável no Brasil. O Projeto ASGM Co-existência no Brasil O Projeto “ASGM Co-existência no Brasil” é uma iniciativa de pesquisa focada nas necessidades de capacitação das cooperativas de ouro na mineração artesanal e em pequena escala no Brasil (ASGM em inglês), a fim de permitir que essas organizações estabeleçam parcerias mutuamente benéficas com grandes empresas de mineração em um futuro próximo. O projeto é coordenado pelo NAP.Mineração da Poli-USP, e é financiado com recursos do fundo EGPS (Extractive Global Programmatic Support), do Banco Mundial. São parceiros do projeto a Organização Brasileira de Cooperativas (OCB), a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE), a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (COOGAL), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a University of British Columbia (UBC). O projeto inclui um programa de capacitação para mineradores artesanais que envolve treinamento em questões-chaves da mineração de ouro, como gestão e governança, gestão ambiental e fechamento de mina, equidade de gênero e saúde, segurança e gerenciamento de risco. *Com informações do NAP.Mineração/USP e Sistema OCB

Pesquisa que relaciona impactos da mineração na biodiversidade da Amazônia recebe reconhecimento da Capes

Pesquisa que relaciona impactos da mineração na biodiversidade da Amazônia recebe reconhecimento da Capes Tese de doutorado de Juliana Siqueira-Gay foi defendida em 2021, na Escola Politécnica da da USP 19/08/2022 No último dia 11 de agosto foi divulgado o resultado da 17ª edição do Prêmio CAPES de Tese, iniciativa que reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2021 promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Entre as teses realizadas nos Programas de Pós-graduação da Escola Politécnica (Poli) da USP que receberam Menções Honrosas está o trabalho desenvolvido pela pesquisadora Juliana Siqueira-Gay “Do uso intensivo às paisagens fragmentadas: perspectivas sobre impactos cumulativos da mineração nas florestas na Amazônia brasileira”, orientada pelo professor Luis Enrique Sánchez, professor titular do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Poli, e pela pesquisadora da Universidade de Queensland Laura J. Sonter.  “Ter esse reconhecimento em nível nacional de meu trabalho é muito gratificante. Essa menção honrosa representa um grande avanço nas discussões sobre avaliações ambientais de projetos ambientais, especialmente considerando as evidências sobre impactos sociais e ambientais de propostas de políticas públicas que a tese discute”, declarou a pesquisadora. O doutorado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. A lista de ganhadores e menções honrosas podem ser encontradas na página da Capes. Esta pesquisa recebeu o apoio da Fapesp (Processo 2018/12475) e bolsa de estudos financiada pela Capes. Juliana ainda foi bolsista Capes Print que financiou sua estadia na Universidade de Queensland, Austrália, durante o doutorado.  A tese de doutorado, em linhas gerais, conclui o estudo sobre as ações do desmatamento causado pela mineração nas florestas. Em um primeiro estrato de seu doutorado, Juliana estudou de que forma a mineração industrial causa perda de floresta, os modos pelos quais a devastação pode ocorrer, podendo ser considerados como perdas de ordem direta e/ou indireta. Além disso, a tese trouxe a comparação dos impactos da mineração industrial e ilegal nas florestas, revelando que desmatamento como resultado da mineração ilegal, mostra-se mais relevante que o crescimento do desmatamento dentro das áreas de mineração industrial. Leia aqui uma matéria sobre o trabalho. Um dos pontos levantados por sua pesquisa, no contexto da discussão do desmatamento da Amazônia, foi o papel das estradas no desmatamento associadas a projetos mineração em florestas remotas e protegidas. “Há vários artigos publicados que falam da importância do desmatamento associado às estradas na Amazônia. Pensamos que ninguém havia estudado isso no contexto dos projetos de mineração, considerando que, no contexto do licenciamento ambiental, normalmente faz-se a avaliação projeto a projeto, individualmente, e não são considerados todos os desenvolvimentos regionais que inclui as estradas e todas outras atividades que elas trazem”. A pesquisa tratou de discutir os impactos cumulativos, causados pelas minas, pelas estradas e todo o conjunto que se acumula durante os anos. “Para implantação de projetos, a mineração abre áreas e suas infraestruturas de apoio intensificam esse desmatamento, tornando a perda de floresta cumulativa no tempo e no espaço”, detalha Juliana.  “Ao investigar descobrimos que há outras perdas associadas à perda da floresta em si. Trouxemos para a discussão a fragmentação e a perda de biodiversidade, a perda de serviços ecossistêmicos decorrentes da perda de floresta. Quando há o desmatamento, há perda de todos os benefícios que essa floresta traz para a regulação do clima, produção de alimentos e matérias primas. Essa discussão faz sentido especialmente considerando a importância da floresta Amazônica para o Brasil e o mundo”. Hoje Juliana atua como Gerente de projetos no Instituto Escolhas, acesse o seu site. Vídeo: Desmatamento que aconteceria na região da Renca, estudada na tese de doutorado, após 30 anos de desenvolvimento de mineração na região no caso de todas as áreas protegidas serem abertas para expansão de projetosPara mais detalhes sobre o estudo, ver Siqueira-Gay, J. et al. Strategicplanning to mitigate mining impacts on protected areas in the BrazilianAmazon. Nature Sustainability (2022). https://doi.org/10.1038/s41893-022-00921-9 no link. Veja abaixo outras notícias sobre as pesquisas de Juliana:Pesquisadora da Poli-USP analisa impactos da mineração em terras indígenasPesquisadora da Poli aponta impactos da mineração na Amazônia na conservação da biodiversidadePesquisadora premiada mostra o impacto da mineração em terras indígenasPesquisadora da Poli-USP alerta para o aumento do desmatamento provocado pela mineração ilegal na Amazônia brasileira Da iniciação científica ao doutorado – Juliana começou sua trajetória acadêmica durante sua graduação em Engenharia Ambiental na Escola Politécnica da USP. Ela realizou uma pesquisa de iniciação científica na área de avaliação de impacto ambiental, quando conheceu o professor Luis Enrique Sánchez, que viria a ser o orientador do seu doutorado, anos depois. Nessa época, Juliana estudou avaliação ambiental estratégica e reconhece “já gostava bastante de pesquisa, tinha vontade de saber mais, me desafiar e investigar”. Ainda na graduação, Juliana fez trabalho de formatura com a professora Amarilis Gallardo, na área de planejamento ambiental. “Ter o apoio constante de professores que acreditavam no meu potencial foi fundamental para me estimular a sempre seguir em frente.” Posteriormente, ela ingressou no mestrado, momento em que aprendeu muitas técnicas de geoprocessamento, sob orientação da professora Mariana Giannotti. “Comecei a estudar sensoriamento remoto e geoprocessamento e aprendi várias técnicas de análise espacial para analisar dados urbanos de São Paulo”. A pesquisadora emendou o doutorado, e ao escrever seu projeto, a ideia era discutir os cenários de expansão da mineração na Amazônia, em 2017. “Foi quando houve a suspensão do Decreto da Renca, e isso pareceu interessante pois há outros casos no mundo de abertura de áreas de reservas minerais e áreas protegidas para mineração”.  Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Pesquisador busca soluções multidisciplinares para aumentar segurança contra incêndio em túneis

Pesquisador busca soluções multidisciplinares para aumentar segurança contra incêndio em túneis 19/08/2022 No último dia 11 de agosto foi divulgado o resultado da 17ª edição do Prêmio CAPES de Tese, iniciativa que reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2021 promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). A lista de ganhadores e menções honrosas podem ser encontradas na página da Capes. Duas teses realizadas nos Programas de Pós-graduação da Escola Politécnica (Poli) da USP receberam Menções Honrosas.  Na área de Engenharias I, Ramoel Serafini recebeu menção honrosa pela tese “O efeito do fogo em concretos pré-moldados reforçados com fibras de aço para túneis: da microestrutura à simulação numérica”, orientada pelo professor Antonio Domingues de Figueiredo, professor titular do Departamento de Engenharia de Construção Civil e Urbana e co-orientada por Alberto de la Fuente Antequera, professor da Universitat Politècnica de Catalunya. O doutorado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Ramoel Serafini é engenheiro civil pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e doutor em Engenharia Civil pela Poli, com período sanduíche realizado na Universitat Politècnica de Catalunya (Barcelona, Espanha). Ele conta que recebeu este prêmio com uma mistura de alegria e surpresa. “Fiquei extremamente feliz quando a USP indicou o meu trabalho para concorrer ao prêmio nacional, sendo que havia outros trabalhos de altíssimo nível em pauta. Essa notícia só foi superada quando soube que havíamos ficado entre as três melhores teses do Brasil na área de Engenharias I”.  O engenheiro destacou e reconheceu o enorme apoio recebido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), pelo suporte financeiro, técnico e científico durante o doutorado. “Sou muito grato também aos meus orientadores e todos os pesquisadores que contribuíram para que essa tese tomasse forma, através do contato diuturno e do acolhimento. Receber este prêmio é muito importante para mim não somente por ser um reconhecimento das incontáveis horas de trabalho e dedicação, mas também porque conseguimos a premiação enfrentando incontáveis dificuldades. É como um time do interior chegando na primeira divisão, entende? Para mim, isso reforça as qualidades e virtudes que são natas do nosso povo brasileiro e que tanto me orgulham – a vontade de lutar e de vencer apesar das circunstâncias adversas. Eu tive o apoio de pessoas incríveis durante essa jornada – e por isso eu sou muito grato. Eu não carrego essa premiação sozinho”. O professor Antonio Domingues de Figueiredo destaca que o prêmio foi de grande relevância para o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, tanto para realçar a excelência do trabalho, como também pelo fato de ser uma tese multidisciplinar que envolve, simultaneamente, as áreas de concentração de Engenharia de Construção Civil e de Engenharia de Estruturas. “É uma tese multidisciplinar em um programa que se propõe a ser multidisciplinar em Engenharia Civil em contraposição a uma série de outros programas brasileiros que optaram pela especialização em áreas particulares. Esta tese tem uma abordagem abrangente do crítico problema de risco associado a incêndio em túneis que são obras fundamentais para a adequação da infraestrutura urbana, principalmente”.  O trabalho de Ramoel aborda a ocorrência de incêndio em túneis de concreto com fibras, o que o pesquisador explica se tratar de uma das principais preocupações relacionadas ao uso deste material, uma vez que os incêndios em túneis urbanos podem levar essas estruturas ao colapso e causar acidentes especialmente graves. “O entendimento desse material é de grande relevância para a garantia de segurança destas obras de infraestrutura com alta demanda social. Na tese, estudamos como as temperaturas e o fogo afetam o comportamento e as propriedades do concreto com fibras, estabelecendo uma correlação entre a microestrutura e o comportamento mecânico”, destaca o pesquisador. Com base nos resultados obtidos, foi criado um modelo computacional capaz de calcular a capacidade resistente de túneis de concreto com fibras expostos ao fogo, contribuindo para melhores condições técnicas e de segurança para este tipo de estrutura – o que configura grande importância técnica, econômica e social para o tema. O professor e orientador, Antonio Figueiredo, ressalta: “podemos agregar o valor do reconhecimento feito, por meio deste prêmio, a um trabalho de grande relevância social que contribui de maneira fundamental para o aumento da segurança deste tipo de obra. Isto só foi possível, evidentemente, devido ao talento impressionante de pesquisador do Ramoel Serafini que tratou de temas muito distintos, indo desde a análise da microestrutura do material até a verificação do comportamento estrutural de túneis executados com anéis segmentados contando com diferentes estratégias de reforço. Esse esforço de pesquisa muito acima da média também é reconhecido por essa premiação e espero que sirva de estímulo a outros doutorandos que desenvolvem seus trabalhos na Escola Politécnica”. Atualmente, Ramoel Serafini é Professor Adjunto II e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia Civil da Universidade São Judas Tadeu (USJT) e Docente Convidado do Curso de MBA em Construção Civil da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Da iniciação científica à tese, confira o depoimento de Ramoel Serafini“Eu acredito que a realização desse trabalho nasceu lá no Rio Grande do Sul, quando ingressei na iniciação científica. Depois desta minha experiência, eu comecei a desenvolver projetos de pesquisa de forma autônoma, ainda como aluno de graduação. Eu lia sobre os temas que eram do meu interesse, escrevia um projeto simplificado e procurava os professores da instituição em suas salas para apresentar a ideia. Sempre fui muito curioso cientificamente, então trabalhar com pesquisa me motiva de forma intrínseca. Durante o doutorado a minha atenção se voltou para o estudo de concretos com fibras, um tema novo para mim e que me encantou na primeira conversa que tive com o professor Figueiredo. A partir deste primeiro encontro, foi basicamente aproveitar a minha energia potencial para compreender como esse tipo de estrutura se comporta quando exposta ao fogo, explorando ao máximo as oportunidades e conhecimentos à minha disposição”. Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin