Arquivo mensais:novembro 2022

Especialista da Poli-USP afirma que fontes renováveis terão maior crescimento nos próximos anos e Brasil pode ganhar papel de destaque no setor

Nos últimos anos, a tendência global tem sido encontrar e investir na diversificação energética e o Brasil caminha na mesma direção: almejando fontes de energia solar, eólica e outras fontes limpas que possam ocupar o cenário nacional.  “Hoje temos uma das matrizes mais limpas do mundo, com 85,9% de capacidade instalada em geração baseada em fontes de energia renovável, das quais as hidrelétricas representam 60,9%, eólica representa 12,8%, biomassa 8,5% e solar, 3,7%”, explica Maurício Salles, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e professor do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica (Poli) da USP. O balanço refere-se à capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN); no entanto, não está incluso a Geração Distribuída (GD), que contém painéis fotovoltaicos, pequenas centrais hidrelétricas e demais fontes.    Leia a matéria na íntegra. 

BBC News: TSE contesta alegações falsas sobre fraude nas urnas

Uma parcela inconformada com os resultados das eleições de 2022 têm divulgado alegações de fraudes nas urnas brasileiras. As acusações, no entanto, são contestadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e especialistas em segurança do voto. A votação brasileira conta com urnas eletrônicas de diferentes anos, já que máquinas antigas vão sendo substituídas por novas e, segundo o TSE, todos os seis modelos utilizados (de 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020) passaram por análises e auditorias nos últimos anos. No período em que ficaram prontas as urnas modelo 2020, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizaram testes públicos. O último, realizado em novembro de 2021, testou as urnas de 2015. Segundo o professor Marcos Simplício, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli-USP, não há distinções entre os testes realizados com os modelos novos e antigos. Simplício é um dos coordenadores da equipe que analisou as urnas modelo 2020 e que também participou do último teste público de segurança do TSE. Leia a matéria da BBC News na íntegra.

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência parabeniza Febrace pela conquista do Prêmio Péter Murányi, que reconhece contribuições para qualidade de vida da sociedade

Na noite do dia 9 de novembro, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) parabenizou a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) pela conquista do último Prêmio Péter Murányi, em relação aos anos de 2021 e 2022. A premiação reconhece projetos que, por meio da inovação, contribuem para a qualidade de vida da sociedade. A Febrace é ativa desde 2003 na Escola Politécnica (Poli) da USP, idealizada pelas professoras Roseli de Deus Lopes e Irene Karaguilla Ficheman e a jornalista Elena Saggio, com objetivo de estimular a cultura científica e o empreendedorismo na educação técnica e básica. O Prêmio celebra trabalhos envolvidos nos temas de Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação (alternadas entre os setores a cada ano). Nesta última edição, contou com 208 projetos inscritos; em que a Febrace ganhou na categoria de Educação. No começo de novembro, quando foi divulgada a vitória da Febrace, a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, afirmou que o projeto cumpre o papel de incentivador da educação de qualidade, de fomentador do pensamento criativo e de desenvolvimento do perfil empreendedor aos jovens participantes. “Este é um bom caminho para possibilitar o desenvolvimento econômico, tecnológico e social do Brasil, bem como preparar uma geração de novos educadores”, complementou. Com 20 anos de atuação, se consolidou como a principal feira acadêmica pré-universitária voltada à Ciência e Engenharia do País. A edição de 2023 ainda está em desenvolvimento, mas os estudantes e instituições interessados já podem realizar os seus cadastros por meio do site oficial. Leia a matéria na íntegra.

Cerimônia de premiação homenageia as organizadoras da FEBRACE pela conquista do “Prêmio Péter Murányi Educação 2021-22”

Iniciativa que incentiva a formação de líderes em ciências e engenharia é reconhecido com o primeiro lugar. Em cerimônia realizada na última quarta-feira, 9 de novembro, no Espaços APAS, o programa “FEBRACE – Despertando e Inspirando Futuros Líderes em STEAM” recebeu como primeiro lugar o prêmio “Peter Murányi Educação 2021-22”,  por meio de seleção que contou com 208 trabalhos participantes de todo o Brasil e teve avaliação de  um júri composto por representantes de instituições nacionais e internacionais ligadas à área de educação, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades e membros da sociedade. Promovida pela Escola Politécnica da USP, o programa FEBRACE incentiva o desenvolvimento de futuros líderes em ciência e engenharia, e foi reconhecido por cumprir, ao longo de toda a sua existência, o papel de incentivador da educação de qualidade, de fomentador do pensamento criativo e empreendedor. “Para nós é uma alegria imensa [ter ficado em primeiro lugar]. O prêmio é muito importante para nós, é um super reconhecimento. É uma enorme gratidão a todos os participantes, que ao longo desses 20 anos tornaram tudo possível. Agora, queremos usar esses recursos como a semente para criarmos outro modelo de sustentabilidade para a Febrace. Queremos que a iniciativa tenha vida longa”, conclui a coordenadora da FEBRACE, professora Drª Roseli de Deus Lopes. A FEBRACE ao longo de 20 anos vem promovendo e estimulando  a cultura científica e o empreendedorismo em jovens da educação  básica e técnica, e a aproximação entre escolas (públicas e privadas), universidades e centros de pesquisa, permitindo a interação entre o corpo docente, pesquisadores e os estudantes. Anualmente, promove no Campus da Universidade de São Paulo uma  Mostra de Projetos investigativos, com a participação de estudantes e professores de todos os estados do Brasil. Para a presidente da Fundação Péter Murányi (entidade promotora do prêmio), Vera Murányi Kiss, o resultado da votação mostra a importância de iniciativas como essa para disseminar o fortalecimento da cultura científica entre os estudantes de nosso país. “O projeto vencedor cumpre, ao longo de toda a sua existência, o papel de incentivador da educação de qualidade, de fomentador do pensamento criativo e empreendedor. Este é um bom caminho para possibilitar o desenvolvimento econômico, tecnológico e social do Brasil, bem como preparar uma geração de novos educadores”, afirma. Por dentro do Prêmio Péter Murányi 2021-22 Para esta edição, o Prêmio Péter Murányi recebeu 208 trabalhos, vindos de todo o Brasil.  O vitorioso foi selecionado por um júri composto por representantes de instituições nacionais e internacionais ligadas à área de educação, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades e membros da sociedade. O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Educação, Saúde, Ciência &Tecnologia e Alimentação. Cada área é revisitada a cada quatro anos. O valor total é de R$ 250 mil, divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), o segundo colocado (R$ 30 mil) e o terceiro (R$ 20 mil).  A premiação conta com o apoio das seguintes entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências); Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); e  SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

Poli integra Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT) conjunta

Ao longo desta semana, de 7 a 11 de novembro, está sendo realizada a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho(SIPAT) conjunta, com palestras e apresentações culturais. O evento foi promovido entre diversas unidades: IEE, ICB, IF, IME, EP, IO, IAG, FFLCH, ECA, IGc, FE, IB, SAS, STI e RUSP, com o tema “De volta à rotina – aprendendo sobre o novo normal”. O evento está sendo sediado no Auditório do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, na Avenida Professor Luciano Gualberto, nº 1289. “O principal objetivo da SIPAT é ser uma semana voltada para orientação e reflexão quanto à segurança e qualidade de vida do funcionário. Desta forma reforçar todo o trabalho de saúde e segurança já realizado durante todo o ano internamente. A SIPAT Conjunta integrou diversas Unidades, incluindo a Poli, de forma que todos possam trocar experiências e aprender juntos. O evento serve justamente para aliar todo o conhecimento e orientação passada pela CIPA aos seus funcionários”, explicam as integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Poli, Alessandra M. de Sousa e Camila Eduardo Marinho. Leia mais.

Como as criptomoedas causam impacto ambiental?

As criptomoedas causam um impacto ambiental por conta da mineração, processo que exige um alto gasto de energia. Em resumo, é na mineração que os usuários validam as transações na rede Blockchain, em que é necessária para que ocorra o registro das transações. Isso evita que a mesma cripto seja utilizada mais de uma vez, por exemplo. “Muita gente tenta a mesma resposta e testa a chave uma a uma. Todo mundo que não conseguir vai desperdiçar energia, já que boa parte das criptos têm baixa taxa de transação e gastam bastante energia – o Bitcoin é particularmente ruim do ponto de vista energético”, explica o professor Marcos Antônio Simplício Júnior, pesquisador no Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC) e professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da USP. Segundo o professor Bruno Albertini, do mesmo Departamento, existem algumas possibilidades para deixar de lado os processos que geram grande gasto de energia. “Teremos que mudar para criptos verdes do ponto de vista energético. Em vez de gastar dinheiro em uma expedição à  Amazônia, os locais fazem a extração de DNA, entram no sistema de blockchains e inserem o dado. Quando alguém comprar esse DNA, eles serão remunerados. A pessoa vai receber não por consenso (como o Bitcoin), mas por contribuir com informações úteis e sem gastar poder computacional. É blockchain aplicado a ativos com valores intrínsecos, com valor comercial de verdade”. Leia a matéria na íntegra. 

O legado do Patinho Feio

O Patinho Feio, primeiro computador brasileiro, nasceu em 1972 como o trabalho final da disciplina Arquitetura de Computadores, da pós-graduação em Engenharia Elétrica da Escola Politécnica (Poli) da USP. A máquina proporcionou um extenso legado para o ensino e para a indústria de computação do Brasil, servindo de base para o desenvolvimento outro computador, o G-10, construído em parceria da Poli-USP com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) por encomenda da Marinha do Brasil. O G-10, por conseguinte, foi o protótipo para o primeiro computador comercial do País, o MC 500, lançado pela Cobra (Computadores e Sistemas Brasileiros), empresa estatal criada em 1974 com o objetivo de desenvolver a tecnologia nacional de computação.  “O Patinho Feio, construído com recursos do orçamento da Poli, não é só história. É um projeto que teve desdobramentos que reverberam até hoje no desenvolvimento tecnológico do País”, diz o engenheiro eletricista José Roberto Castilho Piqueira, ex-diretor da Poli-USP e atual diretor de operações da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), uma das entidades pioneiras no país com a missão de integrar universidades públicas e iniciativa privada em esforços de inovação e desenvolvimento tecnológico. No dia 22 de setembro deste ano, a unidade acadêmica da USP fez um evento comemorativo dos 50 anos do Patinho Feio e da FDTE. Leia a matéria da Revista Pesquisa Fapesp na íntegra.

Por meio de parceria com a empresa chinesa Huawei, Centro de Internet do Futuro do Laboratório de Sistemas Integráveis convida alunos da USP para concurso de tecnologia

O Centro de Internet do Futuro – do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (Poli) da USP possui uma parceria com a Huawei para oferecer cursos de certificação nas áreas de tecnologia da informação e comunicação. Recentemente, a empresa lançou uma competição destinada a alunos que tenham interesse na área de tecnologia, a Competição Huawei ICT, que terá como tema “Conexão, Glória e Futuro”.O evento busca promover o crescimento e especialização de alunos de universidades que sejam talentosos no âmbito de Tecnologia da Informação e Comunicação, eventualmente inserindo-os no mercado de trabalho.Outras informações sobre a competição podem ser encontrados, em inglês, em seu site oficial, onde também se pode encontrar a área de inscrições.Confira o convite oficial direcionado aos alunos da USP no link do YouTube.

Projeto Meninas na Poli recebe alunas de ensino médio para incentivar diversidade na Engenharia

Projeto Meninas na Poli recebe alunas de ensino médio para incentivar diversidade na Engenharia  Jovens puderam conhecer projetos e laboratórios da Escola Politécnica (Poli) da USP e conversar com futuras engenheiras e professoras No último sábado, dia 5 de novembro de 2022, o Projeto Meninas na Poli retornou ao presencial e recebeu alunas de ensino médio no Auditório do Prédio de Engenharia Civil da Escola Politécnica (Poli) da USP. As alunas foram recepcionadas por estudantes e docentes da Poli em evento organizado pelo Diretório Acadêmico da Poli, constituído o Grêmio Politécnico e os oito centros acadêmicos. A programação contou com visitas a laboratórios, apresentação de projetos e grupos de extensão e dinâmicas, além de um almoço no restaurante universitário. O evento acontece anualmente desde 2020, quando recebeu incentivo direto da Diretoria da Poli. Com uma representação feminina de menos de 20% na graduação e menos de 15% do corpo docente, as entidades acadêmicas da Escola, juntamente com a então diretora, professora Liedi Bernucci, sentiram a necessidade de criar um projeto que incentivasse o interesse de meninas pela ciência e, sobretudo, pela Engenharia. A iniciativa trouxe a proposta de aproximar estudantes do ensino médio não somente à Poli, mas também à Universidade de São Paulo.   Na abertura, a professora Liedi Bernucci, ex-diretora da Poli e uma das incentivadoras do projeto, contou às alunas sobre sua trajetória na Engenharia e na Escola, sobre ter partido de uma escola pública e ter contado com o apoio dos pais durante a formação. “Quando cheguei na Poli, a turma de Engenharia Civil foi a primeira turma a ser formada por metade meninos e metade meninas. Mas a participação das mulheres ainda era menor do que é hoje, então é muito inspirador ver esse número aumentando ano a ano. E espero que quando vocês entrarem seja ainda maior”, disse a convidada Rachel Biancalana Costa, professora de Engenharia Ambiental na Poli.  A abertura contou com a apresentação de entidades como o Clube Minerva, formado por engenheiras formadas na Poli que promovem a igualdade de gênero no mercado profissional e nas carreiras STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), a Poli Negra, que traz o debate sobre pautas raciais e acolhimento de estudantes negros na Escola, e o Poli Pride, coletivo de diversidade sexual e de gênero. Anterior Próximo Após a abertura, as alunas seguiram para uma visita ao Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (CITI), onde foram recebidas pelo professor Marcelo Knörich Zuffo, que afirmou a importância da inserção de mulheres na pesquisa, principalmente na pesquisa em Engenharia que produz soluções para demandas diárias da sociedade. O professor contou que algumas das pesquisadoras do CITI fizeram parte do Projeto Inspire, equipamento de suporte respiratório emergencial que supriu a demanda hospitalar por ventiladores pulmonares durante a covid-19. Em seguida, as alunas foram conduzidas ao almoço no Bandejão Central da USP, na Praça do Relógio e, posteriormente, foram levadas ao segundo ciclo de visitas aos laboratórios da Poli. Após uma dinâmica no Vão do Biênio, a programação se encerrou com um coffee-break e uma Feira de Extensões no Prédio da Mecânica, que trouxe a apresentação desde os projetos e procedimentos realizados em laboratórios, até os protótipos desenvolvidos por alunos de graduação.  Confira mais imagens do encontro Meninas na Poli aqui. Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Proteger o estoque natural de carbono das florestas é vital para atingir o net-zero

Em palestra realizada no dia 27 de outubro, durante a conferência anual do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), centro de pesquisa em Engenharia sediado na Escola Politécnica da USP, o pesquisador Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física (IF) da USP e autor-líder de um capítulo do mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre IPCC (Mudanças Climáticas), declarou que mesmo que se consiga substituir os combustíveis fósseis por fontes renováveis, é praticamente impossível zerar as emissões de carbono até 2050, sem que se proteja as florestas tropicais, principalmente a Amazônia, pois são elas que detêm o maior estoque de carbono do planeta.  Artaxo é um dos mais influentes pesquisadores do mundo na área de meio ambiente e mudanças climáticas e está participando da COP27 (27ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), no Egito. “Quando eu comecei os estudos na região, 30, 35 anos atrás, a Amazônia estava absorvendo 1,5 tonelada de carbono. Agora, esse fluxo é praticamente zero. É zero por causa, principalmente, da morte das árvores que está aumentando. E está aumentando por quê? Por causa do crescimento dos extremos do clima, do aumento da temperatura e da menor precipitação de chuvas.” Leia a matéria da Folha de S.Paulo na íntegra.