Arquivo mensais:dezembro 2022

Sete bolsistas da FAPESP recebem o Prêmio Tese Destaque USP 2022

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade de São Paulo (USP) anunciou o resultado da 11ª edição do Prêmio Tese Destaque USP, que abrange 14 grandes áreas do conhecimento. Sete teses de doutorado contempladas são de bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os bolsistas premiados são: Ana Carolina Ewbank, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, na área de Ciências Agrárias; Marcos Araújo Castro e Silva, do Instituto de Biociências, na área de Ciências Biológicas; William Marcondes Facchinatto, do Instituto de Química de São Carlos, na área de Ciências Exatas e da Terra; Carlos Renan dos Santos, da Escola de Engenharia de São Carlos, na área de Engenharias; Renan Marcondes Cevales, da Escola de Comunicação e Artes, na área de Linguística, Letras e Artes; Amilton Barbosa Botelho Junior, da Escola Politécnica, na área de Sustentabilidade Ambiental; e David William Aparecido Ribeiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, na área de Inclusão Social e Cultural.   Leia a matéria na íntegra no portal Agência FAPESP.  

USP vai liderar projeto para desenvolver semicondutores no Brasil

A Universidade de São Paulo (USP) vai liderar o projeto de atrair produção local de semicondutores unindo academia, governo e iniciativa privada. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira, 12 de dezembro, em seminário realizado no auditório do centro de inovação InovaUSP. O evento discutiu o tema “Semicondutores e a competitividade da indústria brasileira”, e teve a participação de representantes das três partes envolvidas. O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti, disse que a inovação faz parte das prioridades da universidade, assim como vem ocorrendo em outros países, e que, por isso, está assumindo essa responsabilidade, junto com empresas e governo, para ter indústrias de semicondutores no País. Paralelamente, o coordenador do InovaUSP e professor titular da Escola Politécnica, Marcelo Zuffo, anunciou a adesão da Universidade ao programa global ARM Academic Acces (AAA), da empresa inglesa de desenvolvimento de semicondutores ARM, uma das mais relevantes da indústria global do setor. Segundo ele, trata-se de um acordo privilegiado de acesso à propriedade intelectual para fins acadêmicos, de pesquisa e treinamento de projetistas de microprocessadores.   Essa notícia repercutiu em diversos veículos e pode acessada por meio dos links abaixo: https://www.poder360.com.br/tecnologia/usp-atuara-em-pesquisa-e-producao-de-chips-avancados/ https://www.estadao.com.br/economia/usp-vai-liderar-projeto-para-desenvolver-semicondutores-no-brasil/ https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/usp-vai-liderar-projeto-para-desenvolver-semicondutores-no-brasil/ar-AA15clP1

Desafios para o 5G no Brasil

O Brasil caminha para se tornar um dos principais players globais no cenário da nova digitalização. O passo a passo vem sendo dado de maneira exemplar: o País criou um modelo de leilão das frequências de 5G que foi elogiado em todo o mundo. No momento, vem cumprindo à risca o calendário de expansão das redes. E algumas empresas até já estão utilizando a nova tecnologia para gerar receita e inovação. Marcelo Zuffo, professor titular da Escola Politécnica (Poli) da USP e diretor da InovaUSP, centro de inovação da universidade, explicou que já vêm sendo desenvolvidos pilotos de larga escala nas áreas de segurança, mobilidade e saúde, baseados em 5G, em parceria com empresas como Embratel, Ericsson e Deloitte. “A universidade terá que pensar junto com a indústria sobre como gerar recursos humanos em proporção maior. Ainda estamos na fase de infraestrutura, e o 5G é um padrão um pouco mais aberto do que o 4G por causa da expansão que traz na conectividade de dispositivos de Internet das Coisas (IoT). E há problemas de software de borda (que fazem o processamento local de enormes quantidades de dados, assegurando ótimo desempenho aos sistemas)”, aponta. “Não é algo que um cientista da computação faça. É um software que tem que ter nuances de telecomunicações por causa da ultrabaixa latência e novos protocolos”, conclui  Zuffo. Confira a matéria completa no portal do jornal O Estado de S. Paulo.

Professor do Ano 2022: Associação de egressos da Poli-USP presta homenagem a docentes

No dia 7 de dezembro de 2022, a Associação dos Engenheiros Politécnicos e a Escola Politécnica da USP realizaram a tradicional Homenagem ao Professor do Ano de 2022. Neste ano, foram homenageados os docentes Vahan Agopyan, Hernâni Brinati e Waldemar Hachich (in memoriam). O Diretor Geral da AEP, Dario Gramorelli, e  o vice-diretor da Poli, Sìlvio Nabeta, abriram a cerimônia destacando a honra que é prestar este tributo aos profissionais que se dedicaram ao ensino. “Estes professores são exemplos de dedicação acadêmica e modelos de integridade ética e competência profissional. Meus parabéns e meus agradecimentos por enobrecerem o nome desta Escola”, frisou Nabeta. Dario explicou então que a premiação costuma ter apenas um escolhido, porém, devido ao contexto e aos finalistas, a Associação optou por homenagear os três docentes. “São pessoas ícones dentro da nossa Escola que marcaram e continuarão marcando com sua ética e sua dedicação, principalmente, a vida dos seus alunos. Essa dedicação não se reflete somente no sucesso óbvio que cada um dos homenageados representaram em suas carreiras, mas principalmente, pelo enorme retorno que tivemos, o quanto foi justa a homenagem aos colegas”, destacou o politécnico. A cerimônia foi transmitida pelo Youtube e pode ser conferida no link.  

Parceria entre ciência e música pretende ajudar na preservação do Cerrado paulista

Anterior à ocupação por desbravadores ocidentais, o Cerrado cobria 33% do território de São Paulo, que atualmente conta com uma expressiva devastação florestal. De acordo com o site  da entidade Rede Cerrado, criada na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (realizada no Brasil em 1992, conhecida como Eco-92 ou Rio 92), o índice caiu para 18,2% do território no início do século XX.  Para lembrar da importância desse bioma e registrar a diversidade local, uma parceria entre ciência e música pretende auxiliar na preservação do meio ambiente da região. Inspirado pelas pesquisas do professor Linilson Padovese, coordenador do Laboratório de Acústica e Meio Ambiente (Lacmam), do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, o músico e jornalista Roger Marza acaba de lançar o álbum musical Vento no Cerrado (distribuição pela Tratore). O novo álbum, disponível neste link, reúne improvisações no sax alto com paisagens sonoras da Estação Ecológica de Itirapina, gravadas pelo laboratório da USP, que entre outubro de 2021 e janeiro de 2022 realizou estudos sobre o comportamento do lobo-guará na região. O professor Linilson Padovese instalando gravador no Cerrado paulista – Foto: Arquivo Pessoal Das sete músicas do álbum, cinco são dessa área de 2,3 mil hectares que está localizada entre os municípios de Itirapina e Brotas, interior do estado de São Paulo. “O Cerrado ocupava uma área grande em São Paulo e virou várias manchinhas. Uma delas é em Itirapina, outra está em Águas de Santa Bárbara e Assis. Até no município de São Paulo tem manchinhas de Cerrado. E a Estação Ecológica de Itirapina, assim como Assis e Águas de Santa Bárbara, dentre outras, visa a manter esse bioma, que está completamente envolvido por atividades agropecuárias”, diz Padovese. Leia a matéria na íntegra no Jornal da USP. 

Equipamento para monitoramento desenvolvido em Laboratório de Acústica e Meio Ambiente da Poli-USP em parceria com Startup possibilita estudo sobre comunicação acústica de tartarugas

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, obteve evidências de comunicação acústica em 53 espécies de animais que eram consideradas silenciosas até então. Os registros sonoros abrangem 50 espécies de tartaruga; uma de cecília, anfíbio popularmente conhecido como cobra-cega. uma de tuatara, um réptil endêmico da Nova Zelândia; e uma de peixe pulmonado, a piramboia, encontrada em rios da Amazônia e do Pantanal. Embora distintos, esses animais possuem em comum duas coanas, que são cavidades que ligam as narinas à laringe, órgão com função respiratória e onde os sons são produzidos.  A equipe, que conta com o biólogo brasileiro Gabriel Jorgewich-Cohen, constatou que as espécies estudadas se comunicam com um repertório variado de sons, que inclui grunhidos, gorjeios, bufos e outros tipos de ruído. Algumas espécies “falam” diversas vezes ao dia, outras são mais quietas.  As gravações de áudio e de vídeo foram realizadas em cativeiros, em piscinas plásticas, para garantir que todos os sons captados vinham mesmo dos animais estudados. Cada espécie foi registrada por pelo menos 24 horas, a fim de cobrir suas atividades diurnas e noturnas. Os sons subaquáticos foram obtidos com o OceanBase, um equipamento para monitoramento desenvolvido pelo Laboratório de Acústica e Meio Ambiente (LACMA) da Escola Politécnica (Poli) da USP, em parceria com a empresa Bunin Tech. Antes de registrar as vocalizações das espécies, o sistema foi empregado para captar o som ambiente sem a presença de nenhum animal, com intuito de contabilizar possíveis ruídos e/ou interferências.  Leia a matéria da Revista Pesquisa Fapesp na íntegra.  

Jornal da USP: Tarifa Zero no transporte público pode se tornar viável, segundo especialista

A ideia de Passe Livre no transporte público é antiga, mas retornou ao destaque nacional com a proposta veiculada pela equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, espera que o estudo a respeito da viabilidade econômica, financeira e jurídica da implementação do projeto seja concluído em até 60 dias.  O professor Mauro Zilbovicius, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, resume alguns pontos importantes do assunto: “Está crescendo o número de cidades que estão usando a Tarifa Zero, não só no Brasil como também em outros países: França, Estônia e Estados Unidos. De fato, em uma cidade como São Paulo, a escala é maior, mas o problema é resolvido da mesma maneira: precisa dimensionar bem o sistema, ver o investimento necessário, os custos, porque nada é de graça. Como eu sempre falo, tudo custa e alguém paga, a questão é quem. Nessa proposta, não é o usuário, mas sim a sociedade”. Leia matéria completa no site do Jornal da USP.

Inova USP inaugura espaço dedicado à criação e fabricação digital

O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior (esquerda) e o coordenador do Inova USP, Marcelo Knörich Zuffo – Foto: Marcos Santos/USP Imagens. No dia 29 de novembro, alunos, pesquisadores e empreendedores da Universidade de São Paulo ganharam um novo espaço dedicado à criação e à fabricação digital. Localizado no Centro de Inovação da USP, o Inova USP, o Espaço Maker conta com equipamentos como impressoras 3D FDM, impressoras 3D por estereolitografia, router CNC e cortadora a laser, que já possibilitaram a fabricação de protótipos de titânio, peças para um foguete e sistemas eletrônicos complexos como um sensor de gás carbônico. Consciente de que a demanda por esse tipo de infraestrutura tende a crescer na Universidade, o Inova USP já prepara a ampliação do Espaço, que ocupará, quando estiver concluído, uma área de 2 mil metros quadrados. Segundo o coordenador do Inova USP, o professor Marcelo Knörich Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica, “a fabricação digital está entranhada em todas as dimensões da Universidade, com demandas da graduação, da pesquisa e da inovação. Estamos montando uma rede de usuários da USP, para o compartilhamento de equipamentos e insumos, gerando economia e potencializando a inovação e o empreendedorismo”. Leia a matéria do Jornal da USP na íntegra.

Professor da Poli participa de discussão sobre políticas de inclusão com alunos

Professor da Poli participa de discussão sobre políticas de inclusão com alunos Evento integrou a V Semana da Consciência Negra da Poli e abordou temas como acesso à universidade e permanência estudantil No dia 23 de novembro, o professor da Escola Politécnica (Poli) da USP, José Reinaldo Silva, que preside a Comissão de Inclusão e Pertencimento, esteve no vão do Biênio, onde participou de uma roda de conversa com alunos, a convite do Coletivo Poli Negra, sobre a luta pelas políticas afirmativas, tema que tem ganhado repercussão no ano de 2022 por ocasião dos 10 anos da implantação da Lei de Cotas no Brasil. Inserido na V Semana da Consciência Negra da Poli, o evento foi realizado pelo Coletivo com o intuito de enfatizar a discussão sobre as constantes mudanças no sistema educacional e a importância das cotas. Também refletiu sobre as políticas de permanência adotadas pela Universidade nos últimos anos diante do aumento gradativo de ingressantes negros nos cursos das áreas da engenharia.Além de ouvir os relatos e experiências dos alunos presentes, o professor também trouxe histórias de grandes engenheiros negros do passado, entre eles os irmãos Antônio e André Rebouças. O enfoque deste momento da discussão foi apontar que, mesmo que suas contribuições tenham sido cruciais para o desenvolvimento da engenharia moderna, por muitas vezes alguns desses nomes acabam sendo esquecidos na história. Um dos assuntos em evidência na discussão foi a escassez de pessoas negras nas áreas da engenharia, e a intensificação dessa noção causada pelo apagamento indiscriminado de sua importância. Isso se reflete também nas dinâmicas da própria Universidade, visto que José Reinaldo é atualmente um dos poucos professores negros da Poli, e está incluído no grupo de pouco mais de 2% de docentes autodeclarados pretos ou pardos na USP.Com uma longa carreira acadêmica e profissional, o professor assumiu este ano o desafio de presidir a Comissão de Inclusão e Pertencimento da Poli, e representa a Escola na Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da USP. Este órgão da Universidade é responsável por “propor, coordenar, centralizar e apoiar políticas transversais na para os alunos, docentes e servidores que se refiram a políticas inclusivas e de permanência, pautadas sob a ótica da equidade e da interseccionalidade.”A V Semana da Consciência Negra da Poli aconteceu entre os dias 21 e 25 de novembro e foi organizada pelo Coletivo Poli Negra. Acompanhe as atividades do coletivo por meio de seu perfil no Instagram.Confira abaixo algumas fotos do evento. Confira as imagens no perfil do Flickr da PoliRoda de conversa com alunos sobre políticas afirmativas Anterior Próximo

Modelos matemáticos ajudam a desvendar síndrome de Guillain-Barré

Três pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP simularam as conexões entre os neurônios que partem da coluna espinhal e comandam os músculos da perna responsáveis pelo tornozelo para mostrar como os sintomas da síndrome de Guillain-Barré evoluem. Os resultados obtidos mostraram que há uma perda de força progressiva e o tempo de resposta entre o impulso elétrico e o movimento coordenado aumenta em relação à uma pessoa saudável. Esse resultado abre possibilidades para o desenvolvimento de novos tipos de exames para alguns tipos de doenças neurológicas. A síndrome de Guillain-Barré caracteriza-se por apresentar modificações na condução dos impulsos nervosos pelo corpo devido à perda da bainha de mielina dos axônios do sistema nervoso periférico e ter como principais sintomas uma fraqueza muscular nos pés e nas mãos, além da perda de sensibilidade. Esta doença foi escolhida por Marina Cardoso de Oliveira após um extenso levantamento para testar a verossimilhança de um modelo matemático multiescala “que envolve diferentes dimensões do corpo humano, tais como o movimento do pé, passando pelo músculos até o nível celular, com a condução de impulsos elétricos pelos neurônios. Para isso, os músculos são compreendidos como um sistema massa-mola e as células são pensadas como circuitos elétricos. E tudo isso é um sistema que se retroalimenta: o neurônio manda o estímulo para o músculo contrair e recebe uma resposta de como essa contração aconteceu para regular o próximo estímulo.” A pesquisa envolveu principalmente os neurônios motores, que coordenam o movimento. Leia mais no Jornal da USP.