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Professor da Poli-USP explica cálculo que indica custo-benefício de cada combustível em reportagem do G1

Professor da Poli-USP explica cálculo que indica custo-benefício de cada combustível em reportagem do G1 Escolher entre gasolina ou álcool é uma das grandes dúvidas na hora de abastecer um veículo flex. A chamada regra dos 70%, que considera o preço e o rendimento de cada combustível, é um cálculo que indica o que possui melhor custo-benefício, já que com a oscilação dos preços, a opção mais favorável pode variar.   Marcelo Alves, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, explicou, em uma matéria do G1, como esse cálculo funciona.   Saiba mais na reportagem “Gasolina ou álcool: qual compensa mais? Confira na calculadora do G1”. Imagem: Reprodução/Agência Brasil 

A Poli forma os oficiais da Marinha em Engenharia

A Poli forma os oficiais da Marinha em Engenharia Há mais de 60 anos a Escola Politécnica (Poli) da USP tem uma parceria de cooperação acadêmica com a Marinha do Brasil, formando anualmente oficiais engenheiros. As atividades são promovidas pelo Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo (CCEMSP). O acordo, firmado em 1956, com o objetivo de incentivar o ensino e a pesquisa, resultou na criação do primeiro computador brasileiro, do primeiro curso de Engenharia Naval no país e do curso de Engenharia Nuclear da Poli-USP. Assista aqui ao vídeo comemorativo dos 60 anos da parceria, celebrados em 2016.

Projeto de Estudantes da USP e da Comunidade São Remo busca reduzir lixo e gerar recursos

Projeto de Estudantes da USP e da Comunidade São Remo busca reduzir lixo e gerar recursos A partir do diálogo com membros da comunidade que fica ao lado do campus da USP de São Paulo, a organização estudantil voltada para iniciativas sociais, Enactus USP, desenvolveu o projeto “Do Lixo ao luxo”   A Enactus USP, organização estudantil da Universidade de São Paulo focada em iniciativas que promovam mudanças sociais, iniciou um projeto socioambiental com a Comunidade vizinha à USP, a São Remo. O ‘’Lixo ao Luxo’’ pretende reduzir o lixo acumulado no bairro, e amenizar a falta de acesso ao gás de cozinha por meio da construção de um biodigestor, que converterá resíduos orgânicos em biogás. O projeto conta com a contribuição da Associação de Moradores da São Remo e de especialistas da Universidade.  A iniciativa criou a possibilidade dos moradores trocarem materiais recicláveis coletados por itens da cesta básica, beneficiando as famílias participantes. ‘’São nesses momentos que eu, como estudante da Poli e membro Enactus, me sinto mais cidadão e um agente de transformação de um mundo comprometido com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030″, conta Heberton Gomes Silva, aluno de Engenharia Química da Escola. Como futuro engenheiro, ele acredita  que o projeto mostrou como os conhecimentos aprendidos na graduação podem contribuir diretamente para a sociedade.  Para contribuir com a iniciativa, a professora Rachel Costa, do departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP, foi convidada a ministrar uma capacitação do projeto Lixo ao Luxo aos moradores da Comunidade, no dia 29 de abril. Na palestra, ocorrida nas instalações do Inova USP, a professora deu orientações sobre a separação de recicláveis, de forma que as pessoas possam identificar quais materiais vão para a reciclagem, para o lixo orgânico ou para o descarte especial. O evento foi realizado por alunos de diversos institutos da Universidade, e contou com a participação, principalmente, de crianças da São Remo. A Associação de Moradores da São Remo tem grande contribuição para a execução e melhoria do projeto da Enactus, uma vez em que realiza a mediação entre a comunidade e a USP, identificando os problemas a serem solucionados.  ‘’O maior saldo positivo que eu levo do projeto, e dessa capacitação em específico, é o carinho dos moradores a cada visita à São Remo, o sorriso das crianças, e como elas me ensinaram que a economia circular pode ser aprendida de uma maneira simples e divertida’’, finaliza Heberton. Fotos de Gabriel Almeida, membro da Enactus e aluno da ECA

Com o intercâmbio, o estudante da Poli pode conseguir um diploma duplo internacional

Com o intercâmbio, estudantes da Poli podem conseguir um diploma duplo internacional Desde 1998, a Escola Politécnica (Poli) da USP oferece oportunidades para os alunos realizarem parte de seu curso no exterior. A Escola possui um grande número de convênios com Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa em diversos países, como França e Itália.    São ofertados programas de Duplo Diploma, Aproveitamento de Estudos (Intercâmbio convencional) e esporadicamente oportunidades de Pesquisa ou Estágio no Exterior. Além disso, o aluno que deseja ir para intercâmbio em uma instituição não conveniada com a Poli ou com a USP, pode fazer um intercâmbio aberto. Mário Sérgio Saraiva Cabral, engenheiro formado pela Poli e estudante de medicina, fez duplo diploma na França e conta que teve a oportunidade de estudar com uma outra visão de engenharia. ”Quando você vai para outro lugar, começa a pensar diferente, além de perceber que pode traçar sua trajetória do seu jeito”.  Estudantes da Escola Politécnica em intercâmbios para diferentes países. Colagem: Amanda Rabelo Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Por meio de extração de metal Escândio, pesquisador da Poli-USP busca solução sustentável para barragens de mineração

Por meio de extração de metal Escândio, pesquisador da Poli-USP busca solução sustentável para barragens de mineração Elemento pertence a categoria de terras-raras tem grande potencial econômico, além de poder viabilizar a reciclagem de rejeitos O pesquisador da Escola Politécnica (Poli) da USP, Amilton Barbosa Botelho Junior, desenvolveu uma tese de doutorado sobre a extração do elemento Escândio a partir de rejeitos armazenados em barragens. Atuando no Laboratório de Reciclagem, Tratamento de Resíduos e Extração (LAREX), Amilton Barbosa Botelho Júnior recebeu o Prêmio Tese Destaque USP 2022 na área de Sustentabilidade Ambiental por este trabalho. A tese “Extração de escândio a partir de reservas não exploradas utilizando rota hidrometalúrgica como foco no desenvolvimento sustentável” foi realizada sob orientação do professor Jorge Alberto Soares Tenório e co-orientado pela professora Denise Espinosa, do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP, e teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).A pesquisa partia de um processo de obtenção de um metal crítico, ou seja, que corre risco de interrupção no fornecimento a curto e médio prazo, o escândio. O elemento tem potencial de viabilidade técnica e econômica. Estima-se que o óxido de escândio (Sc2O3) possa valer até 3.800 dólares o quilograma. Processando 100 toneladas do resíduo, pode-se obter até 1 milhão de dólares em compostos de escândio . Além de obter o material, os resultados do trabalho buscaram uma alternativa para eliminar os rejeitos que são armazenados em barragens, evitando impactos como os causados nos acidentes de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019.O objetivo do trabalho do Amilton era trabalhar com esse rejeito de mineração, especificamente do processo de obtenção da alumina proveniente da bauxita. O processo utilizado atualmente gera uma solução chamada de Licor Bayer, a fase líquida do Processo Bayer, onde se encontra o alumínio. A fase sólida é o principal rejeito desse Processo, chamado de lama vermelha, ou resíduo de bauxita. Amilton diz que, para cada tonelada de bauxita processada, gera-se em torno de 1,5 ton a 2 toneladas dessa lama e, em linhas gerais, gera-se mais resíduo do que produto. Mas do que é composta essa lama vermelha?De ferro, alumínio, silício e outros metais comuns encontrados nos minérios em geral, no mundo todo. Só que em quantidades muito pequenas, essa lama produz também os elementos do grupo terras-raras. Atualmente, 95% da produção de terras-raras é chinesa, por conta da abundância natural do País, e por conta do custo inferior de produção em relação aos outros países. Dentre essas infrações pequenas de vários elementos terras-raras está o escândio. Amilton explica que, quando a composição do rejeito é convertida em dinheiro, grande parte do valor econômico da lama vermelha é proveniente do escândio, e para cada quilo de lama vermelha há, aproximadamente, 40 miligramas do elemento. “No meu projeto de doutorado, estimei que para cada 100 ton de lama vermelha processada, poderia gerar até 2 milhões de dólares em produtos do escândio. Isso é uma estimativa com várias condições, sem considerar custo de operação e etc., é apenas o valor absoluto”, diz.De volta ao Processo Bayer, o rejeito gerado tem destino a uma barragem, mas se for retirado é possível obter vários produtos diferentes dele, função ao qual Amilton vê como uma alternativa para diminuir a necessidade de barragens de minério e tornar o setor mais voltado para a sustentabilidade. “Depois dos acidentes de Mariana e de Brumadinho, em que o problema das barragens de mineração ficaram em evidência, o objetivo da minha tese não era apenas tirar o escândio da lama vermelha, era também diminuir e quem sabe, até eliminar, o uso de barragens”. Atualmente, o engenheiro é integrante do Laboratório de Reciclagem, Tratamento de Resíduos e Extração, ligado ao Departamento de Engenharia Química da Poli e conta que, durante a graduação, o interesse em desenvolver uma Iniciação Científica e o estágio no setor industrial combinados o auxiliaram a encontrar soluções para as necessidades das áreas em que atuava. Já formado como engenheiro, as referências se alargaram, o levaram até o mestrado e, por fim, ao tema da tese de doutorado — “O mestrado em Engenharia Química sob orientação dos professores Jorge Tenório e Denise Espinosa, e o apoio do professor James Vaughan, da University of Queensland, enquanto estive na Austrália, foram cruciais para amadurecer academicamente como pesquisador e nutrir o pensamento crítico dos cientistas”.Entre diversos elementos do grupos dos elementos terras-raras, Amilton conta que o foco no escândio se deu por conta de seu valor econômico mundial e por ser aplicado abundantemente na indústria aeroespacial, em ligas de escândio e alumínio. Nessas aplicações, também pode ser utilizado como catalisador nos combustíveis sólidos e é considerado um elemento quase insubstituível, e por isso crítico. “Hoje a produção dele é muito escassa, poucos países conseguem produzi-lo. Se o Brasil conseguisse desenvolvê-lo, seria mais uma linha de produção brasileira, dando sentido a um material que é tido como rejeito”, conta o pesquisador.A premiação da tese evidencia um trabalho de dois anos e meio, em que boa parte de sua estruturação foi desenvolvida durante a pandemia de covid-19. “Recebi a notícia por meio da colega Júlia Sanches, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo (PMI), que é representante discente da Pós-Graduação, com a mensagem ‘Mais um prêmio. Parabéns!’. No momento, eu estava em sala de aula e fiquei muito emocionado: é sim muito importante para a carreira profissional, mas sobretudo valoriza o trabalho científico e a pesquisa brasileira focada em resolver problemas do próprio país”, conta. No momento, o pesquisador está indo para a Universidade de Stanford fazer um pós-doutorado de 1 ano, com o intuito de aprender e desenvolver o uso de membranas para separação de metais críticos de fontes secundárias, como os resíduos de mineração, além de novas tecnologias de ensino-aprendizado e economia circular aliada a processos industriais mais sustentáveis.*Amilton Barbosa Botelho Junior:Formado em Engenharia Química pelas Faculdades Oswaldo Cruz (2015), Mestrado em Engenharia Química pela Escola Politécnica (Poli) da USP (2018) com período Sanduíche na The University of British Columbia, e Doutorado em Engenharia Química pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2021) com período Sanduíche na The University of Queensland. Pesquisa na área de Hidrometalurgia, Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e Industriais e na promoção da Economia Circular para recuperação de metais críticos e estratégicos utilizando técnicas de lixiviação, simulação termodinâmica, técnicas de separação por precipitação, extração por solventes resinas de troca iônica e membranas, análise de ciclo de vida e políticas públicas. Prêmios SemeAd PQ Jr 2021 de Produtividade Acadêmica, Excellence in Review Award pelas revistas Resources, Conservation and Recycling (2020) e Resources, Conservation and Recycling Advances (2021), e Vebleo Fellow Jr. Atualmente é pós-doc na área de reciclagem de baterias para carros elétricos e híbridos e separação de elementos terras raras. Professor nos cursos de pós-graduação Resíduos Sólidos Urbanos e Industriais e Recuperação de Compostos Químicos em Soluções Aquosas por Membranas e orientador pontual do Departamento de Engenharia Química. 

Plataforma desenvolvida por pesquisadores da Poli-USP para combater ouro ilegal é destaque no Jornal Nacional

Plataforma desenvolvida por pesquisadores da Poli-USP para combater ouro ilegal é destaque no Jornal Nacional Luana Takahashi maio 19, 2023 No dia 18 de maio, o Jornal Nacional abordou sobre a plataforma que pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolveram para rastrear a origem do ouro comercializado no Brasil. “O sistema permite separar o ouro legal do ouro ilegal, ouro de sangue, que destrói a natureza, destrói os povos indígenas e prostitui as crianças dos povos indígenas e a própria natureza. Permite a qualquer comprador saber se aquele ouro é legal ou ilegal”, disse o diretor-presidente do Ibram, Raul Julgmann.  A plataforma, que pode ser usada tanto por compradores como vendedores, começou a ser elaborada há um ano, e foi oficialmente lançada nesta semana. “A nossa ambição é fomentar transações de ouro de forma responsável, e mostrar que há como garantir a origem legal do minério’’, explica o professor Giorgio de Tomi, que coordena o Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável da USP. No mesmo dia, para firmar o convênio entre o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a USP, que fomentará ações como esta, foi realizado um evento na Reitoria da Universidade. Assista a reportagem completa do Jornal Nacional. Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Visita monitorada neste sábado (20) terá apresentação dos cursos e instalações da Escola Politécnica da USP

No dia 20 de maio, das 8h30 às 13h30, a Escola Politécnica (Poli) da USP, realizará uma visita monitorada voltada para estudantes de ensino médio, de cursos pré-vestibular, educadores e/ou acompanhantes. O propósito do evento é apresentar os cursos oferecidos e as instalações da Poli, de forma a auxiliar os alunos no processo de escolha da carreira para ingresso no ensino superior. As inscrições foram encerradas. Acesse aqui a página do evento. Veja as fotos das edições anteriores:2022: https://www.flickr.com/photos/poliusp/albums/72177720301338306  2019: https://www.flickr.com/photos/poliusp/albums/72157705197348142 2018: https://www.flickr.com/photos/poliusp/albums/72157695350921161

Vai prestar vestibular e quer ficar isento da taxa de inscrição? Fuvest já recebe pedidos

Com informações do Jornal da USP – https://jornal.usp.br/universidade/vai-prestar-vestibular-e-quer-ficar-isento-da-taxa-de-inscricao-fuvest-ja-recebe-pedidos/Quem pretende prestar o próximo vestibular da Fuvest para tentar uma vaga na USP já pode enviar o pedido de isenção ou redução de taxa de inscrição, que é de R$ 191,00. Para se candidatar, é necessário atender a algumas regras definidas pela instituição e fazer o pedido até as 12 horas do dia 14 de julho de 2023, na página disponível neste link.Podem se candidatar os interessados que atendam a algum dos seguintes critérios:ter cursado ou concluído todo o ensino médio em escola do sistema público de ensino do Brasil;ter cursado os dois primeiros anos do ensino médio em escola do sistema público de ensino do Brasil e estar matriculado no 3º ano do ensino médio em escola do sistema público de ensino do Brasil;ter concluído o ensino médio por meio de exames nacionais de certificação, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja);candidatos provenientes de escolas não pertencentes à rede pública de ensino, mas que mantenham educação gratuita;candidatos provenientes de escolas pertencentes aos Sistemas Senai, Sesi ou Senac;candidatos provenientes de escola particular ou privada, quando o candidato tiver obtido bolsa de estudos integral ou superior a 50% do valor da mensalidade.Além disso, o candidato deve estar contemplado em alguma das quatro faixas de renda estabelecidas (conforme a renda pessoal bruta ou renda bruta per capita familiar):renda de até R$ 1.980,00 – dá direito à isenção total da taxa de inscrição se atender às exigências do item 2.2. regulamento;renda de até R$ 1.980,00 – dá direito à redução de 50% da taxa de inscrição, independentemente do atendimento às exigências do item 2.2.;renda situada entre R$ 1.980,01 e R$ 2.640,00 – dá direito à redução de 50% da taxa de inscrição;renda situada entre R$ 2.640,01 e R$ 3.960,00 – dá direito à redução de 50% da taxa de inscrição, desde que atenda às exigências do item 2.2. do regulamento.Confira o regulamento completo sobre a isenção ou redução da taxa do vestibular e os documentos necessários para a inscrição neste link. Os resultados dos pedidos serão divulgados no dia 3 de agosto e o prazo para interpor recurso ao resultado será entre 7 e 11 de agosto por meio do site da Fuvest.Vestibular 2024As inscrições para o concurso vestibular da Fuvest 2024 estarão abertas entre os dias 17 de agosto e 6 de outubro. A primeira fase do exame está programada para 19 de novembro e a segunda fase para os dias 17 e 18 de dezembro de 2023. As provas de habilidade específica acontecem entre 3 e 6 de janeiro de 2024.Para fazer o pedido de isenção ou redução da taxa de inscrição do vestibular clique aqui.Saiba mais no site https://www.fuvest.br/vestibular-da-usp..Com informações da Fuvest

Poli-USP estabelece convênio com a empresa Emicol para desenvolvimento de tecnologias e materiais

Poli-USP estabelece convênio com a empresa Emicol para desenvolvimento de tecnologias e materiais Luana Takahashi maio 16, 2023 1:35 pm No dia 15 de maio, às 10h, foi realizada uma solenidade de assinatura do convênio intitulado ‘’Projeto Conceitual de Pequenos Motores da Cátedra Peter Friedrich’’, entre a Escola Politécnica (Poli) da USP e a empresa EMICOL Eletro Eletrônica S.A. O evento ocorreu no Auditório Francisco Romeu Landi, no prédio da Administração da Poli. Representantes da Escola e da EMICOL compuseram a mesa de autoridades, e membros das duas organizações prestigiaram o momento. Na abertura, o diretor da Poli, professor Reinaldo Giudici,  destacou a importância da colaboração entre a academia e o setor privado. O professor José Roberto Cardoso, vice-coordenador do convênio e diretor da Escola entre 2010 e 2014, e o coordenador do Convênio, professor Mauricio Salles, também estavam presentes;  junto ao presidente do conselho da Emicol, Peter Friedrich, assinaram o documento que firma o projeto.  No projeto, a Poli desenvolverá a filosofia de novas topologias e uso de materiais para alguns dos dispositivos eletromecânicos que a Empresa produz.  Confira todas as fotos da solenidade: https://www.flickr.com/photos/poliusp/albums/72177720308284630 Acompanhe a Poli nas redes sociais! Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Estudantes selecionados da FEBRACE se preparam para apresentar seus projetos em Feira nos EUA

Na última sexta-feira, 12 de maio, nove estudantes que venceram a 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), e que estão participando da International Science and Engineering Fair (ISEF), em Dallas, nos Estados Unidos, de 14 e 19 de maio, receberam um treinamento na USP com orientações sobre os critérios de avaliação da ISEF e estratégias para apresentação, em inglês, dos projetos para os avaliadores e o público em geral.O evento contou com a participação da coordenadora da Febrace, professora Roseli de Deus Lopes, da equipe da Feira, e de avaliadores, que contribuem todos os anos com a realização da mesma. Sobre a FEBRACE: Promovida anualmente pela Escola Politécnica da USP e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), a FEBRACE é a maior feira brasileira pré-universitária de Ciências e Engenharia em abrangência e visibilidade. Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas. Na feira, são selecionados todos os anos nove projetos para participar da ISEF. Conheça alguns dos projetos: Repelente à base de frutos – Gustavo Botega Serra, morador de Imperatriz (MA), encontrou em uma tradição rural a solução para repelir insetos e assim evitar as arboviroses, doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika, febre amarela. Ele observou que a população local de Cachoeirinha (TO), município próximo à fronteira com seu estado, amassava o Tucum Mirim, um fruto cultivado no Cerrado, e o esfregava na pele para utilizá-lo como um repelente e um inseticida natural. Nos laboratórios da Universidade Estadual do Maranhão, por meio do programa Cientista Aprendiz, do qual participa a Escola Santa Teresinha, seu então colégio, Gustavo atestou a eficácia do fruto e desenvolveu um modelo de inseticida e de repelente à base de álcool, extrato e óleo da polpa coletados e produzidos a partir do Tucum Mirim. Em testes com animais, além de levar à morte um a cada dois insetos, a solução deixou as larvas estéreis, conforme apontaram os testes genéticos e moleculares. Ela se mostrou também mais eficaz por conservar 86,9% de seus princípios ativos, mais do que o triplo do que os fármacos industriais; assim como em todas as amostras de repelentes desenvolvidas registrou taxas de eficácia superiores a 90%. O Tucum Mirim, segundo Gustavo, pode ser cultivado também em outras regiões com solos similares. Plástico de folha de goiabeira – No município de Cascavel (CE), região majoritariamente agrícola da zona metropolitana de Fortaleza, há uma dependência significativa do plástico para o transporte de mudas. Após usado, uma quantidade enorme de plástico ou acaba em aterros, levando centenas de anos para se decompor. Com a proposta de minimizar este dano ambiental, a estudante Juliana Pereira da Silva, da Escola Estadual Marconi Coelho Reis, desenvolveu um plástico biodegradável que se decompõe em cerca de dez dias e serve de adubo para o solo, ao ser transformar em sais minerais que ajudam no crescimento das plantas — conforme apontaram análises feitas na Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) de Fortaleza, em parceria com a Universidade Federal do Ceará. O bioplástico usa folha de goiabeira como matéria-prima, parte da planta que não é aproveitada pelos produtores. Sua produção é simples e barata: leva farinha da folha, água, amido e glicerol, a um custo de apenas 8 centavos por sacola – muito mais barato que os produtos similares. Defensivo biológico com nanotecnologia – Os óleos essenciais de citronela e capim-limão têm um bom potencial para serem usados como defensivos biológicos contra pragas na agricultura, além de não serem tóxicos. Sua aplicação, porém, esbarra em um problema: por serem voláteis, são pouco absorvidos pelas plantas e evaporam com facilidade. A solução para este problema partiu de três estudantes, Beatriz Meneghetti, Yasmin Ferrari e Pâmela Avelar, do Instituto Federal do Espírito Santo, fizeram, de Serra (ES), usando nanotecnologia. Com ajuda de emulsificantes, elas dissolveram os óleos em água até que eles estivessem em uma escala nanométrica e os aplicaram em culturas de bactérias e fungos. Com a nanoemulsão do capim-limão, óleo essencial que obteve o melhor resultado, por exemplo, foi possível eliminar e inibir o crescimento de todas as bactérias testadas, sejam elas convencionais ou multirresistentes. O custo do produto é outro diferencial, uma vez que requer uma quantidade muito pequena de óleo para sua produção. Agora, elas estão estudando as melhores formas de aplicá-lo nas plantas.   Descoberta para agravante do câncer – Hoje caloura do curso de farmácia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Juliana do Carmo Godinho já pode se considerar uma cientista. Durante o curso técnico em biotecnologia, realizado no Instituto Federal do Rio de Janeiro (RJ), da capital fluminense, ela fez uma descoberta importante na área de oncologia. Por meio de técnicas de biologia molecular e celular aplicadas em culturas de células tumorais, ela observou que o acúmulo de manganês, um metal pesado encontrado de forma abundante na natureza, leva a uma piora nos quadros de câncer de pulmão. Isso ocorre porque o metal gera estímulos que promovem a aceleração da migração celular, acentuando os riscos de metástase, além de causar um desequilíbrio nos níveis de outros metais, como ferro e cobre, que se encontram nas células. Esses, por sua vez (de acordo com a literatura científica) podem causar outros efeitos, como a diminuição nos índices de morte dos tumores. O acúmulo de manganês ocorre principalmente em trabalhadores de garimpos, pela contaminação por vias aéreas.  Captação “caseira” de água – Comunidades rurais no semiárido potiguar, como o assentamento de Pedra Branca, em Mossoró (RN), enfrentam dificuldades no abastecimento de água. Ou porque faltam cisternas, ou porque o sistema de fornecimento de água encanada é limitado. Como alternativa, a estudante Vitória Sabrina Leite, da Escola Estadual Monsenhor Raimundo Gurgel, desenvolveu uma nova forma de coletar a água das chuvas, por um custo bem baixo. A estratégia consiste em cavar buracos de 500 litros de capacidade, forrá-los com caixinhas de tetrapak (de leite e suco) e lonas, e acoplar uma antena parabólica (algo que muitas pessoas ainda têm, mas poucos ainda usam), parcialmente coberta de lona, para captar a água. Com apenas esses materiais recicláveis, foi possível captar, em testes realizados no assentamento, de três a cinco litros de água por milímetro de chuva, o que equivale a 25 litros de água em uma chuva considerada fraca. Já foram construídos dois sistemas desse em Pedra Branca, e o objetivo da pesquisadora é construir mais dois até a data da ISEF, além de divulgar o máximo possível o projeto para que as famílias construam seus próprios sistemas de captação.  Despoluição de água com carvão – A população de Camaçari (BA), região metropolitana de Salvador, convive com sérios problemas causados pela poluição, sobretudo em suas águas, por se tratar de um importante polo industrial do país. Caio Nunes Santana, aluno do Instituto Federal da Bahia, buscou uma forma simples e barata de despoluir parcialmente a água contaminada. E encontrou parte da solução na mata-fome, uma planta abundante no litoral nordestino. A partir da carbonização das cascas das vagens dessa planta, o estudante produziu um carvão vegetal ativado que foi capaz de remover 97% de todo azul de metileno da água, um corante sintético muito utilizado em toda a indústria têxtil que possui propriedades cancerígenas e é nocivo para a biodiversidade marinha. A eficácia obtida (98%) é praticamente a mesma dos carvões vegetais ativados de uso comercial, feitos com madeira de reflorestamento, mas o custo é significativamente menor, pois o que afeta o preço é a matéria-prima. Por conta de sua estrutura física porosa, carvões desse tipo retêm compostos líquidos ou gasosos em sua superfície em um processo chamado de adsorção. Filtro de carvão para água potável – Também com o carvão ativado, Kalyne Vitória Falcão e Lauanda Vitoriano Lima, alunas da Escola Estadual Antonio Rodrigues de Oliveira, de Pedra Branca (CE), desenvolveram um filtro capaz de ajustar todos os parâmetros físico-químicos da água, como condutibilidade, solidez e pH, para torná-la potável. Esse carvão é obtido da jurema-preta, uma planta abundante em todo semiárido nordestino que tem poucas aplicações comerciais e, portanto, acaba sendo descartada de forma inadequada em queimadas. Para produzi-lo, emite-se pouco gás carbônico, a uma taxa 87,5% menor do que as emissões das queimadas. O carvão é aplicado em conjunto com uma fibra siliconada, um produto com a aparência de um algodão, areia e pedra, também usado filtros convencionais. O grande diferencial do produto é a acessibilidade e o custo. Para produzir um filtro industrial desse carvão ativado, é preciso investir apenas 50 centavos em fibras siliconadas (já que os outros componentes podem ser encontrados com facilidade na natureza), enquanto filtros de água convencionais, que encontramos nas residências, custam ao consumidor 100 reais em média.  Software para cálculo de arborização – Diversos municípios possuem leis que obrigam condomínios a seguirem uma taxa mínima determinada de arborização. No entanto, principalmente em regiões mais afastadas do centro, a fiscalização é difícil. Para facilitar essa tarefa, Gonçalo Ponte Leite, aluno do Colégio São Francisco de Sales Diocesano, em Teresina (PI), desenvolveu um software capaz de automatizar o cálculo dessas taxas. De forma 100% remota, a partir de imagens de satélite, o programa calcula a área do condomínio e indica o percentual de arborização com uma assertividade de 82%. Para utilizar esse serviço, basta o usuário enviar a imagem, que pode ser obtida no Google Maps, informar a escala utilizada e delimitar o trecho que compõe o condomínio em uma ferramenta de edição de fotos. Com o lançamento do software, no futuro, a proposta é que o sistema armazene os resultados obtidos para montar bancos de dados personalizados de cada cidade ou região.  Ação contra a evasão escolar – Foi a partir de um projeto de monografia, feita para a conclusão do curso na Escola Alef Peretz, unidade Paraisópolis, em São Paulo (SP), que Kamylla Gontijo de Melo (hoje estudante da Faculdade de Educação da USP) se aprofundou nos estudos sobre evasão escolar, sob a ótica de Paulo Freire, patrono da educação brasileira. À época, ela estudou como o conhecimento freireano se aplicava aos alunos de dois colégios, nos bairros do Campo Limpo e Paraisópolis, periferias da zona sul da capital paulista, aplicando um questionário sobre os fatores que levariam os alunos à evasão. Foram avaliados quatro critérios: capital econômico (condições financeiras para se deslocar à escola e se manter estudando), capital cultural (conhecimento necessário para o aluno compreender e se interessar pelas aulas), capital social (relações dos alunos entre eles e entre os professores em sala de aula) e capital saúde (problemas de saúde que comprometem a presença do estudante). Os resultados foram expressivos no que diz respeito ao capital econômico, que contemplou mais de 45% das respostas, e no capital cultural, presente em torno de 54% das respostas. “Isso vai ao encontro do que Paulo Freire define como desumanização do ensino, na qual o aluno fica cada vez mais distante da escola e consequentemente do conhecimento que os professores tentam depositar nele como indivíduos passivos, que apenas absorvem conteúdo; e contrapõe o que a UNICEF diz em seu relatório sobre evasão escolar divulgado no ano passado, em que aponta que a maioria dos alunos que abandonam os estudos fazem isso por falta de interesse”, afirma a pesquisadora. Com base nesses dados e em orientações de documentos do Ministério da Educação, ela elaborou um protocolo para que as escolas possam antever o problema e poder intervir para evitá-lo.  O protocolo tem foco na prevenção, para detectar os alunos com propensão à evasão — ao contrário das políticas públicas atuais, que são focadas na reintrodução dos estudantes. Esse protocolo funciona como um questionário, que é aplicado ao aluno no momento em que ele se matricula em um novo ano letivo. “Verifiquei ainda um outro problema. Quando o aluno sai do ensino fundamental e vai para o ensino médio, momento em que ocorre mais evasões, a matrícula desse aluno é feita automaticamente. Por isso esses dados podem ser pouco assertivos”, complementa.