Arquivo mensais:agosto 2023

Centro Cultural Coreano promove workshops culturais na USP em agosto e setembro

O Centro Cultural Coreano irá realizar workshops culturais em agosto e setembro. Eles serão oferecidos no Centro de Difusão Internacional, localizado no Korea Corner, um espaço desenvolvido com o objetivo de ser uma referência da cultura coreana para a comunidade da USP e externa.  Os workshops são gratuitos, entretanto as vagas são limitadas a 30 participantes por aula. Para participar é necessário realizar inscrição prévia através do QR code.   Para outras informações acesse o site da Agência USP para Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI), aqui.  Conheça o Korea Corner por meio de uma visita virtual, clicando aqui.

Alunas ouvintes marcaram o início da participação feminina na Poli

POLI 130 ANOS Tradição e modernidade Retornar à página inicial.                                              Foto: Tecnologia em Preto e Branco Especial 130 anos Alunas ouvintes marcaram o início da participação feminina na Poli 24/08/2023 Luana Takahashi  A participação feminina na Escola Politécnica (Poli) da USP começou de maneira bastante tímida. O livro Mulheres Politécnicas: Histórias e Perfis, organizado pelas professoras Maria Cândida Reginato Facciotti e Eni de Mesquita Samara, conta que, historicamente, as ciências exatas foram concebidas como um campo profissional masculino, onde as transformações, apesar de lentas, ocorreram somente na segunda metade do século XX. As primeiras mulheres a ocuparem o espaço acadêmico da Poli  “desafiaram importantes barreiras sociais e culturais, e atingiram as esferas da ciência e da tecnologia, reservadas até então ao universo do trabalho masculino” O livro “Mulheres Politécnicas: Histórias e Perfis” é de autoria de Maria Cândida Reginato Facciotti, engenheira química e professora da Escola Politécnica e de Eni de Mesquita Samara, historiadora da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP.Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u11251.shtml No ano de 1899, há o registro da primeira aluna mulher ouvinte nas aulas, seis anos depois da fundação da Escola. De família conhecida e influente, Eunice Peregrino de Caldas não era formalmente matriculada na Poli, mas aos 20 anos foi pioneira na presença feminina entre os engenheiros homens. A estudante, após sua passagem na Escola e ao longo de sua vida, dedicou-se às questões pedagógicas em sua carreira, escreveu e publicou diversos livros didáticos e infantis. Além de ter sido professora em muitas instituições de ensino, foi também fundadora do Liceu Feminino em Santos, criado para formar professoras especializadas na educação infantil. No ano de 1930, Eunice é internada forçadamente no Sanatório do Pinel, onde ficou até sua morte. As pesquisadoras Maria de Matos e Bruna Pereira, em seu artigo, entendem que “as internações [da maioria das mulheres na época] estavam relacionadas ao que eram considerados como desvios frente aos comportamentos e normas socialmente desejáveis no momento histórico em foco. A maioria foi internada por familiares contra a sua vontade”. A pesquisa realizada também mostra que o desejo de independência e interesse genuíno pelos estudos fizeram com que Eunice fosse vista como “fora dos padrões” da época. No ano de 1930, Eunice é internada forçadamente no Sanatório do Pinel, onde ficou até sua morte. As pesquisadoras Maria de Matos e Bruna Pereira, em seu artigo, entendem que “as internações [da maioria das mulheres na época] estavam relacionadas ao que eram considerados como desvios frente aos comportamentos e normas socialmente desejáveis no momento histórico em foco. A maioria foi internada por familiares contra a sua vontade”. A pesquisa realizada também mostra que o desejo de independência e interesse genuíno pelos estudos fizeram com que Eunice fosse vista como “fora dos padrões” da época.  Alcina Maria Moura foi outra aluna ouvinte. Em 1904, com apenas 15 anos, assistia às aulas de Engenharia Civil, e depois mudou para o curso de Engenheiros Arquitetos. Já em 1928, Anna Fridda Hoffman recebe o título de engenheira química, e é a primeira mulher a se formar na Poli, posteriormente se tornando funcionária do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP. No entanto, segundo o livro Mulheres Politécnicas, “a história das mulheres na ciência não foi caracterizada por uma marcha progressiva, mas por uma sequência de avanços e recuos”. Na década de 1920, apenas uma mulher se formou, e na década seguinte, nenhuma.  Nos anos 1950, 27 engenheiras foram graduadas: 22 civis, 2 mecânicas, 1 química e 5 elétricas. O alto crescimento feminino ocorreu principalmente na década de 1970, o número de mulheres cresceu para 157, com predominância no curso de engenharia civil. “Quantitativamente, esses dados parecem irrisórios, entretanto, eles significam um começo de abertura da engenharia às mulheres, que adquirem gradativamente seu espaço”, entendem as autoras.  Primeira mulher a assumir a Diretoria da Escola Foto: Comunicação Poli No dia 8 de março de 2018, um momento histórico aconteceu: A Poli elegeu a primeira mulher para diretoria, após 124 anos de sua fundação. Liedi Bernucci, professora formada em engenharia civil, abriu portas e buscou servir de exemplo para outras mulheres que querem seguir carreira na área. “Quando mulheres e meninas não são integradas, a comunidade perde habilidades, ideias e perspectivas que são pontos críticos para enfrentar os desafios globais”, entende. Geovanna Bispo Almeida, estudante de engenharia Mecatrônica do primeiro ano da Poli, junto com outros colegas de classe, criou  recentemente um estabilizador de celular a partir de canos PVC para democratizar o acesso à produção audiovisual.O projeto será possivelmente apresentado nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo, e a aluna enfatiza a importância da participação feminina na ciência. “É muito legal poder apresentar a engenharia como algo acessível, e como é um lugar majoritariamente composto por homens, se a gente realmente for nos CEUs, seria importante também mostrar para as meninas que se interessam pela área que existe lugar para elas”. De acordo com os dados divulgados pelo Escritório USP Mulheres, os homens constituem a maioria dos alunos da Universidade, oscilando de 57% em 2000 para 55% em 2019, ao passo que as mulheres constituem 43% e 45% no mesmo período. Dentro do período analisado, entre os anos 2000 e 2019, as mulheres apresentaram um crescimento interno da ordem de 57%, enquanto os homens cresceram 42,8%. O Escritório foi criado com o objetivo de propor e implementar iniciativas voltadas à igualdade de gênero no âmbito da Universidade de São Paulo. Confira os projetos atuais para equidade entre homens e mulheres na USP na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática neste link.   Palestra durante a edição de 2022 do meninas na Poli O Diretório Acadêmico da Escola Politécnica realiza, desde 2020, o Projeto Meninas na Poli, em que meninas de quaisquer idades e que estejam estudando no ensino médio em escola pública podem se inscrever para participar. No evento, por meio de palestras e atividades interativas, a Poli e a carreira de engenharia são apresentadas. “A engenharia ainda é uma profissão muito associada ao sexo masculino e, neste contexto, a organização acredita que é importante estimular o interesse das meninas na área das exatas, e principalmente mostrar que esta é uma possibilidade, e que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na engenharia”, explica a organização.  O Clube Minerva, grupo integrante da organização de egressos da Poli, a Associação de Engenheiros Politécnicos, reúne engenheiras e engenheiros formados, estudantes e professores da Poli para iniciativas de equidade de gênero na carreira. “Procuramos dar referências às meninas e mulheres que se interessam pelas carreiras STEM. Fazemos posts trazendo mulheres cientistas e profissionais da área, bem como indicando páginas e conteúdos que possam inspirar nossas garotas a seguirem firme trazendo o olhar feminino, que é inclusivo e abrangente, às exatas”, explica Adriana Kavan, integrante do Clube. Kavan se graduou como engenheira entre os anos 1997 e 2002, e ressalta que, apesar das meninas ainda serem minoria, “muitas líderes dos centros acadêmicos são mulheres hoje, coisa impensável na minha época da Poli”.  “O fato de as mulheres estarem menos presentes em determinadas áreas de conhecimento tem muito mais relação com questões sociais e com expectativas que pais e comunidade propagam desde muito cedo”, explica Fabio Eon, coordenador de Ciências da Unesco no Brasil durante debate ocorrido em 2019 na Organização das Nações Unidas. A agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura possui um amplo banco de dados, aberto ao público, com estatísticas detalhadas sobre meninas e ciências. Acesse o relatório Decifrar o Código: educação de meninas e mulheres em STEM.  Apresentação do Clube Minerva durante o evento Meninas na Poli de 2022 Primeira mulher negra a ser engenheira no Brasil Enedina Alves Marques, formada em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná, entrou para História como sendo a primeira engenheira negra do Brasil. “A sua formatura foi marcada, essencialmente, como um feito de grande curiosidade para a sociedade curitibana, pelo fato de ter conseguido transpor um espaço masculino e branco”, explica Jorge Luiz Santana em seu artigo para a Revista Vernáculo. Ao lado de 32 homens,  Enedina recebeu o diploma, causando estranhamento nos convidados.A engenheira, que em 2023 completaria 110 anos, era filha de um lavrador e uma empregada doméstica. Santana também conta que Enedina enfrentou diversos embates com a instituição, colegas e, sobretudo, professores. “O espaço acadêmico na década de 1940 foi hegemonicamente masculino, elitizado economica e socialmente, com distinções étnicas que reproduziam os valores da sociedade paranaense da época, principalmente de exclusão e invisibilidade do outro”, conta.  Reprodução/Governo Federal Em 1946, ela se tornou auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. No ano seguinte, o governador Moisés Lupion a transferiu para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica, onde trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná e atuou no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu. Leia mais História da Poli – Página institucional Escola PolitécnicaUniversidade de São PauloExpediente Reitor: Carlos Gilberto Carlotti JuniorVice-reitor: Maria Arminda do Nascimento ArrudaEscola Politécnica da USPDiretor: Reinaldo GiudiciVice-diretor: Sílvio Ikuyo Nabeta Material produzido e editado pela equipe de jornalismo da Escola Politécnica da USP.

Conheça o conjunto das antigas instalações da Poli-USP

POLI 130 ANOS Tradição e modernidade Retornar à página inicial. Especial 130 anos Conheça o conjunto das antigas instalações da Escola Politécnica da USP 24/08/2023 Luana Takahashi Antes de ocupar o campus universitário da USP no Butantã, a Poli se instalava em um conjunto de edifícios perto da Avenida Tiradentes, no Bairro Bom Retiro O bairro do Bom Retiro, localizado no centro, é conhecido por ser um símbolo da moda de São Paulo, com diversas lojas de roupas e tecidos. Quem anda pelas ruas do local passa, às vezes mesmo sem saber, por um conjunto de histórias e culturas diferentes, devido às ondas de imigrantes vindos de inúmeros países, buscando refúgio, trabalho ou apenas uma oportunidade de recomeçar. No Bom Retiro foi onde portugueses, italianos, japoneses, coreanos, libaneses, turcos, sírios e russos fizeram seu lar. A Poli também compartilha uma história com o bairro: as primeiras instalações da Escola Politécnica costumavam funcionar onde atualmente se encontram o Arquivo Histórico Municipal e o Centro Paula Souza, em frente à Praça Coronel Fernando Prestes.   O agrupamento de prédios que costumava abrigar a Poli, hoje, faz parte do patrimônio histórico do Estado de São Paulo. A Escola, vista como um marco para a urbanização e industrialização da cidade, foi criada em 1893 e, um ano depois, começou a funcionar no Palacete Fidélis Nepomuceno Prates, posteriormente conhecido como Solar do Marquês de Três Rios. O prédio, anos mais tarde, foi bombardeado durante a Revolução de 1924, quando a cidade foi atacada pelas tropas federais leais ao presidente Artur Bernardes.  Com a expansão de suas atividades, a Escola passou a ocupar outros edifícios no mesmo quarteirão, um do lado do outro, que podem ser facilmente visitados passando pela calçada.  No dia 2 de março de 1899, a Poli se expandiu para mais um prédio, o Paula Souza, que recebeu o nome em homenagem ao primeiro diretor da Instituição. Construído ao longo de quatro anos, em um terreno de 1295 m², o projeto foi feito por Ramos de Azevedo, também um dos fundadores da Politécnica. O local, concebido especificamente para a Poli, incluia laboratório de pesquisa, auditórios, oficinas didáticas e parte da administração. Ao lado, foram construídos dois pavilhões. O esquerdo era ocupado pelo Gabinete de Resistência dos Materiais, que foi transformado em Laboratório de Ensaios de Materiais e, por fim, deu origem ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). À direita, funcionavam as oficinas de carpintaria e trabalho em ferro e outros metais.O Estado de São Paulo, em nobre referência, denominou seu sistema de ensino tecnológico, com as ETEPs e FATECs, de Centro Paula Souza, e a primeira sede foi instalada nos prédios da “Poli velha”, onde permanece até os dias atuais. O espaço, portanto, segue carregando uma história atrelada à educação.   Fachada original da planta do Edifício Paula Souza [Reprodução/FATEC-SP]. O próximo grande edifício a ser erguido para as atividades da Escola Politécnica, em 1920, foi o Ramos de Azevedo, que passou a ser sede do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo a partir dos anos 2000. A construção era conhecida por ser o prédio da Eletricidade. “É uma casa ampla e rigorosamente acabada, elegante o quanto permite o fim que lhe destina, de andar superior, térreo e porão, com jardim a frente e amplo pátio nos fundos”, contava o Correio Paulistano na inauguração.  O Arquivo Histórico é aberto ao público e realiza visitas guiadas, que perpassam pelas antigas estruturas e histórias da Escola, quase como uma viagem no tempo. Na experiência, é possível conhecer as antigas salas de aula e outros espaços estudantis.  Auditório preservado onde as aulas costumavam ocorrer [Imagem: Arquivo Pessoal] Escritos deixados nas mesas pelos antigos alunos [Imagem: Luana Takahashi/Comunicação da Poli-USP] Vitral em homenagem à profissão de engenharia [Imagem: Luana Takahashi/Comunicação da Poli-USP] No ano de 1938, os edifícios Oscar Machado e Hipólito Pujol foram levantados e, em 1944, o Edifício Rodolfo Santiago, no lugar dos pavilhões do prédio Ramos de Azevedo, primeira edificação da Escola.  Mudança para a Cidade Universitária Com o Decreto Nº 6.283, do dia 25 de janeiro de 1934, o interventor do Estado de São Paulo, Armando de Salles, criou a Universidade de São Paulo, da qual a Escola Politécnica passou a fazer parte. “Em face do grau de cultura já atingido pelo Estado de São Paulo, com Escolas, Faculdades, Institutos, de formação profissional e de investigação científica, é necessário e oportuno elevar a um nível universitário a preparação do homem, do profissional e do cidadão”, justifica no documento. Além da Politécnica, outros 9 institutos foram integrados à USP. O pesquisador Caio Dantas, do Instituto de Estudos Avançados da USP, em seu artigo sobre a história da fundação da Universidade, escreve que o planejamento teve início em 1935, aproximadamente um ano após a criação da USP, quando Armando de Sales Oliveira designou uma Comissão para estudar a localização de uma área para abrigar o campus. Na mesma década, começa timidamente um processo de transferência de alguns departamentos. No entanto, foi a partir de 1960 que maiores investimentos na infraestrutura foram feitos e a maioria dos institutos fizeram sua mudança. Algumas unidades não foram transferidas para o novo espaço, como é o caso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e a Faculdade de Medicina da USP. A inauguração oficial da Cidade ocorreu em 1968.Dantas ainda explica que “a Escola Politécnica tinha quatro décadas de história quando foi criada a Universidade de São Paulo. Seus prestígio e influência já estavam consolidados nos campos da engenharia, da arquitetura, da tecnologia e também na política e na administração públicas”.Monumento de Ramos de Azevedo Andando pela Cidade Universitária, há vários monumentos de destaque e arquiteturas que nos chamam a atenção. Uma das estátuas que mais se destaca é o Monumento Ramos de Azevedo, em homenagem póstuma a Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que foi essencial para a arquitetura e urbanismo de São Paulo. Localizado próximo à Escola Politécnica e ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas,  o monumento pesa 22 toneladas e possui 25 metros, além de ser símbolo do progresso e vitória. Em 1934, foi instalado na Avenida Tiradentes, mas devido ao crescimento da metrópole, e com as obras do eixo norte-sul da linha 1 do Metrô acabou sendo desmontado e encostado em um barracão no Liceu de Artes, onde está a Pinacoteca. No ano de 1972, a estátua encontrou um lugar para ser acolhido, na Universidade de São Paulo, onde permanece até hoje. Assim como a Escola Politécnica, o conjunto escultórico passou por uma transferência do Bairro Bom Retiro para o Butantã, carregando anos de história. Monumento Ramos de Azevedo [Imagem: Reprodução/Demonumenta USP] Leia mais História da Poli – Página institucional Escola PolitécnicaUniversidade de São PauloExpediente Reitor: Carlos Gilberto Carlotti JuniorVice-reitor: Maria Arminda do Nascimento ArrudaEscola Politécnica da USPDiretor: Reinaldo GiudiciVice-diretor: Sílvio Ikuyo Nabeta

Escola Politécnica da USP completa 130 anos e concerto da Orquestra Sinfônica da USP marca momento histórico

POLI 130 ANOS Tradição e modernidade Retornar à página inicial. Especial 130 anos Escola Politécnica da USP completa 130 anos e marca momento histórico com concerto da Orquestra Sinfônica da USP 24/08/2023 Luana Takahashi No dia 24 de agosto, em homenagem aos 130 anos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e aos 120 do Grêmio Politécnico, celebrados em 2023, um concerto da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp), sob a regência do maestro Tobias Volkmann, abriu a temporada de comemorações do aniversário da Instituição. Alunos,  professores, egressos e funcionários da Poli se reuniram para prestigiar o momento, que contou com a presença do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, e do Secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan. A transmissão da cerimônia pode ser assistida neste link. Confira as fotos do evento O evento se iniciou com as palavras do professor Reinaldo Giudici, diretor da Escola, que agradeceu a todos os presentes. “Eu, pessoalmente, estou muito emocionado pois é uma efeméride para a Poli”. Giudici também enfatizou a importância da comunidade politécnica para os bons resultados obtidos ao longo desses anos, “a coisa mais importante que uma Instituição tem são seus recursos humanos”. “A Escola foi fundada, em 1893, por visionários que viam na engenharia, na formação e na educação tecnológica um vetor importante para o desenvolvimento de São Paulo e do País”, explicou. Por isso, o diretor acredita que a Poli é fruto desse pensamento, o que faz com que as atividades realizadas sejam sempre voltadas à inovação. Durante o discurso, alguns importantes projetos e contribuições da Poli foram destacados, como por exemplo a criação do primeiro computador brasileiro e o primeiro curso de engenharia naval do Brasil, e mais recentemente a produção e distribuição de ventiladores pulmonares durante a pandemia, a inspeção das urnas eletrônicas e a primeira estação de hidrogênio renovável do mundo. “É uma honra estar aqui representando uma entidade que teve impacto tão grande para os alunos, e para o Brasil inteiro”, disse Carolina Mendes, que preside o Grêmio Politécnico e é a quinta mulher nesta posição. A presidente destacou as realizações do passado e também do presente do Grêmio, uma das organizações estudantis mais antigas do País, principalmente da atuação ativa em questões políticas e sociais. A  Ditadura Militar e a Revolução de 1932 foram algumas das ocasiões. “O Grêmio trouxe diversas melhorias para o ambiente universitário, tanto na questão acadêmica, quanto no desenvolvimento dos alunos em diversas vertentes”. Carolina reconheceu os avanços da Universidade relacionados à diversidade e inclusão, citando o ingresso de cotistas na USP, e defendeu que há, ainda, espaço para mais contribuições. “Não estivemos olhando apenas na espera de tempos melhores, estivemos fazendo”, conclui a futura engenheira, ao retomar uma charge antiga encontrada no Jornal O Politécnico.  Vahan Agopyan, que já foi reitor da USP e diretor da Poli, atualmente ocupa o cargo de Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, parabenizou à Escola Politécnica tendo em vista suas contribuições, e discursou reforçando uma mensagem aos futuros engenheiros, de que sempre é possível  melhorar. O secretário orientou às próximas gerações: “Nunca fiquem satisfeitos. Podemos fazer mais, podemos fazer melhor, e podemos ajudar ainda mais a sociedade que nos mantém aqui”. Ao Grêmio, Vahan destacou que foram muitas lutas ao longo dos últimos 120 anos. “Graças a isso, não esperamos acontecer, fizemos”. O reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, destacou o papel da  Escola Politécnica como uma das unidades fundadoras da própria USP, em 1934. “A Poli está sempre dando exemplo para a Universidade”. Carlotti contou que, nessa 29ª gestão reitoral (2022-2026), tem-se buscado incentivar muito a inovação. “Por isso escolhi muitos politécnicos para trabalhar comigo na Inovação”. Além disso, o reitor explica que a Poli é fonte de inspiração e modelo para inúmeros projetos desenvolvidos na administração da Universidade, a criação de centros interdisciplinares foi uma das iniciativas citadas. “Parabéns Poli, parabéns politécnicos e viva a Poli!”, finalizou. O público pôde, então, desfrutar da apresentação da Orquestra Sinfônica da USP, com a regência do maestro Tobias Volkmann, que preparou uma programação especial para a comemoração dos 130 anos da Escola Politécnica. Leia mais História da Poli – Página institucional Escola PolitécnicaUniversidade de São PauloExpediente Reitor: Carlos Gilberto Carlotti JuniorVice-reitor: Maria Arminda do Nascimento ArrudaEscola Politécnica da USPDiretor: Reinaldo GiudiciVice-diretor: Sílvio Ikuyo Nabeta

Jornal da USP: Poli comemora 130 anos com concerto da Orquestra Sinfônica da USP

Por Jornal da USP  Em comemoração aos 130 anos da Escola Politécnica da USP, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) vai realizar um concerto nesta quinta-feira, dia 24, às 11 horas, no Centro Cultural Camargo Guarnieri, na Cidade Universitária, em São Paulo. A regência será do maestro Tobias Volkmann. O concerto comemora também os 120 anos do Grêmio Politécnico, a entidade que representa os estudantes da Escola Politécnica.  Fundada em 1893, a Escola Politécnica – então chamada Escola Politécnica de São Paulo – foi incorporada à USP em 1934.  Ao longo de sua história, ela formou mais de 30 mil engenheiros. Além disso, seus programas de pós-graduação já formaram mais de 7 mil mestres e 3.200 doutores nas diferentes áreas da engenharia, de acordo com texto publicado no site da escola. “Por aqui se formaram CEOs de empresas como TAM, Vale, Motorola e Buscapé, além de governadores, ministros, prefeitos e secretários”, continua o texto. “A graduação de engenharia na Poli oferece diferentes opções de carreira e, sobretudo, uma formação cidadã.” A Poli ocupa nove prédios na Cidade Universitária, em São Paulo, num total de 152.525m² metros quadrados de área construída. Ali atuam 415  professores, 387  funcionários e mais de 4.700 alunos de graduação e 1.500 alunos de pós-graduação, além de 1.149 alunos especiais. A escola está organizada em 15 departamentos, responsáveis pelas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão de serviços à comunidade.   “Na graduação, são oferecidos 17 cursos, agrupados em quatro grandes áreas da engenharia: civil, elétrica, mecânica e química. Desses cursos, 15 são semestrais e dois – Engenharia de Computação e Engenharia Química – têm características que os diferenciam dos demais: eles são organizados em períodos quadrimestrais e realizados em cooperação com empresas.” O Grêmio Politécnico tem o objetivo de “possibilitar o desenvolvimento pessoal da comunidade politécnica em várias frentes de atuação: representação discente, formação dos alunos, social e permanência e o oferecimento de serviços”, como a entidade explica no seu site. “A contribuição do Grêmio para a sociedade pode ser observada em iniciativas como a Revista Polytechinica, iniciada no ano de 1904, referência em artigos técnicos. Mais recentemente, o Encontro Internacional para Liderança na Engenharia (Eile), reunindo estudantes de engenharia de vários países para desenvolver soluções para cidades brasileiras, reforça ainda sua função de proporcionar ao aluno a oportunidade de complementar sua formação acadêmica, tornando-se um engenheiro, cidadão e líder.” “O Grêmio Politécnico busca contribuir para a permanência dos alunos em situação de vulnerabilidade social, tanto a partir da concessão de bolsas de auxílio, financiadas pelo caixa de suas empresas, quanto na atuação conjunta à Comissão de Saúde Mental da Poli e na promoção de eventos de auxílio acadêmico”, informa ainda o site. “A entidade dirige também um cursinho pré-vestibular popular que oferece capacitação para alunos de baixa renda ingressarem em universidades públicas de qualidade. O projeto é desenvolvido por alunos de graduação da USP, que também recebem auxílio pelo trabalho executado.”  

Feira de recrutamento da Poli reúne mais de 60 empresas nacionais e alunos de toda USP

Feira de recrutamento da Poli reúne mais de 60 empresas nacionais e alunos de toda USP Com informações do Jornal da USP  Nos dias 23 e 24, acontece o 33º Workshop Integrativo, organizado pela Poli Júnior, entidade estudantil da Escola Politécnica da USP. O evento é a maior feira de recrutamento da América Latina e tem como objetivo aproximar a Universidade do mundo corporativo e do mercado de trabalho, por meio de palestras e oportunidades de carreira e vagas de emprego. Mais de 60 empresas nacionais estão presentes e cerca de 6 mil pessoas atendem ao workshop.  José Antonio Lerosa de Siqueira, professor do Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Escola Politécnica da USP e orientador do workshop, comenta sobre o histórico de qualidade do evento. “A feira vem melhorando, se aperfeiçoando ano após ano, a repetição gera a qualidade e a precisão”, afirma Siqueira. Com esse modelo de excelência, o professor destaca a confiança das grandes empresas no workshop e na organização da Poli Júnior, promovendo o recrutamento não só dos alunos da USP, mas também de outras universidades. Mais de mil tickets de refeição foram doados pela USP para facilitar a permanência do público no evento.  Grandes empresas, como o Itaú, expositor e patrocinador, Santander, BTG Pactual, entre outros, participarão da feira. Siqueira esclarece que a participação do workshop é interessante não apenas para aqueles que procuram estágio, mas para o público em geral, na medida em que expõe o mercado empreendedor e amplia o networking.  A interação com os estandes vai além do recrutamento e disponibilidade das vagas de emprego, conforme Brenda, e permeia uma explicação sobre empreendedorismo e dinâmica de trabalho de cada empresa também presente nas palestras.  “A ideia nos estandes é tanto conversar com os expositores, que podem dar dicas sobre o processo seletivo, quanto com pessoas que estão na linha de frente, trabalhando, para explicar mais sobre o dia a dia do trabalho”, esclarece Brenda. O professor chama a atenção para o papel da Universidade na expansão do reconhecimento do “espírito empreendedor”, uma vez que a USP apresenta um histórico mais tradicional, voltado para a pesquisa acadêmica. Por outro lado, desde 2003, houve um esforço de todos os diretores da Poli para ir além da lógica do conhecimento adquirido na instituição ao apoiar qualquer iniciativa de empreendedorismo, diz Siqueira.  Confira as fotos do evento neste link. 

Programa Santander Explorer recebe projetos para transformá-los em negócios sustentáveis alinhados com os objetivos da ONU

A Agência USP de inovação divulgou o “Programa Santander Explorer”, em que os participantes poderão inscrever projetos que poderão ser transformados em um negócio sustentável, contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU de 2030. Serão oferecidas 12 semanas de mentoria para realizar uma pré-incubação das ideias escolhidas, com direito a certificado de participação. As inscrições vão até o dia 1º de setembro e podem ser feitas neste link. Conheça os requisitos para participação: Apresentar uma ideia ou projeto com potencial em fase de pré-incubação; Residir na Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Espanha, México, Peru, Portugal, Reino Unido ou Uruguai; Não ter uma empresa legalmente constituída/incorporada associada ao projeto apresentado.

FEBRACE abre inscrições para a 22ª edição da mostra de projetos, etapas on-line e presencial!

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, está com inscrições abertas para a 22a edição da mostra de projetos, com etapas de participação on-line e presencial. Os projetos devem ser submetidos até o dia 18 de outubro de 2023 pela plataforma ‘minha FEBRACE’, minha.febrace.org.br. Podem participar estudantes matriculados no 8º ou 9º ano do ensino fundamental, no ensino médio ou técnico de instituições públicas e privadas de todo o Brasil. Os estudantes devem ter no máximo 20 anos. Os projetos podem ser realizados individualmente ou em grupos de até três estudantes autores, com participação obrigatória de um professor orientador. Os projetos submetidos devem enquadrar-se nas áreas das Ciências (Exatas e da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharias. Na primeira etapa de seleção, centenas de professores universitários e pesquisadores de diferentes Universidades e Centros de Pesquisa do Brasil irão avaliar os inscritos e selecionar cerca de 500 projetos semifinalistas para participarem da apresentação e avaliação ao vivo via plataforma Zoom. A partir dessa avaliação, serão indicados 200 projetos finalistas para participação, em março de 2024, na Mostra Presencial de Projetos, na Universidade de São Paulo, Campus Butantã. Os critérios utilizados serão: criatividade e inovação; conhecimento científico do problema; forma de levantamento de dados e condução do projeto; profundidade da pesquisa, clareza na apresentação da documentação do projeto e na apresentação oral. Na semana de 18 a 22 de março de 2024, acontecerão simultaneamente a Mostra Virtual de todos os projetos selecionados como semifinalistas e a Mostra Presencial dos 200  projetos finalistas em São Paulo no Campus da USP. Durante essa semana também acontecerão palestras e workshops com transmissão das atividades pela internet. Na Mostra Virtual, os estudantes autores de aproximadamente 500 projetos semifinalistas terão a oportunidade de divulgar  seus projetos, para professores e pesquisadores, participar de palestras e expor suas ideias ao público por meio da mostra on-line de projetos. Os participantes selecionados para a Mostra Presencial terão também a oportunidade de interagir presencialmente, em São Paulo, com professores, pesquisadores, patrocinadores e visitantes. Durante a Mostra Presencial, os projetos finalistas serão avaliados, e identificados os primeiros, segundos, terceiros e quartos lugares de cada categoria – esses contemplados com troféus, medalhas e certificados, na cerimônia de premiação prevista para o dia 22 de março de 2024. Diversas instituições públicas e privadas também oferecerão prêmios, como estágios, bolsas de estudo, equipamentos eletrônicos, visitas técnicas e credenciais para participação em outras feiras nacionais e internacionais. Serão ainda selecionados nove projetos, cujos autores irão representar o Brasil na maior feira pré-universitária do mundo: a Regeneron ISEF (International Science and Engineering Fair), que será realizada no mês de maio de 2024 nos EUA. Segundo a Coordenadora Geral da FEBRACE, Profª. Roseli de Deus Lopes, “ao longo de mais de 20 edições da Feira, os projetos se destacaram pelo rigor científico e pela criatividade na solução de problemas prementes da sociedade. Além disso, uma parte expressiva deles está alinhada naturalmente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o que mostra a preocupação dos jovens com os problemas globais”. A FEBRACE envolve, a cada ano, mais estudantes e professores no desenvolvimento de projetos investigativos. Em sua primeira edição, em 2003, foram enviados 300 projetos, e selecionados 93 finalistas. Em sua última edição, realizada em março de 2023, a FEBRACE contou com 225 projetos finalistas, desenvolvidos por 516 estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Os finalistas foram selecionados entre 500 semifinalistas, escolhidos em uma etapa anterior, feita a distância, na qual foram avaliados os 1.800 projetos inscritos. A Profª. Roseli destaca ainda que “22ª edição da mostra de projetos da FEBRACE proporcionará que mais jovens brasileiros possam apresentar suas inovações para cientistas de diversas áreas do conhecimento e de diversos países, on-line ao vivo, além de oferecer a  oportunidade para que jovens cientistas conheçam a Universidade de São Paulo e possam interagir com professores, pesquisadores, patrocinadores e visitantes”. Sobre a FEBRACE A FEBRACE – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um programa de talentos em ciências e engenharia que estimula à cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da educação básica e técnica do Brasil, despertando novas vocações em ciências e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas. Desde 2003, a FEBRACE realiza uma grande mostra de projetos científicos e tecnológicos, na Universidade de São Paulo, que reúne estudantes de todo o Brasil. Todos os anos a FEBRACE mobiliza sua rede nacional de feiras afiliadas e seleciona finalistas para competições e feiras internacionais, além disso, promove diversas oportunidades para estudantes e professores em temáticas relacionadas a STEAM – Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Promovida anualmente pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e realizada pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico – LSI-TEC, a FEBRACE é mantida com o apoio e financiamento de seus parceiros. O MCTI, MEC, CNPq, UNESCO, PETROBRAS, SAMSUNG a Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Instituto 3M, Rede Globo, TV Cultura, já apoiaram e continuam incentivando esta iniciativa, acreditando na educação como forma prática de transformar o país e oferecer qualidade de vida à sociedade. Sobre o LSI-TEC A associação do LSI-TEC é uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), que atua no desenvolvimento de tecnologia avançada para levar soluções inovadoras à sociedade, a partir de parcerias com instituições do setor público e privado. Dirigida por professores da Universidade de São Paulo e com projetos em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP, o LSI-TEC conta com uma equipe altamente qualificada e multidisciplinar. Suas atividades são baseadas em três princípios: excelência, inovação e empreendedorismo. www.lsitec.org.br