Arquivo mensais:setembro 2024

Por trás dos livros: a trajetória de Adalberto de Freitas

04/09/2024 Lara Cáfaro Nascido na pequena cidade Martinópolis e com 63 anos, Adalberto dedica-se à Biblioteca do Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo como servidor técnico-administrativo da Escola Politécnica (Poli) da USP. Sua trajetória com a Poli teve início em 1987, quando começou a trabalhar como vigia predial. Em abril de 1989, Adalberto de Freitas passou em um concurso para atuar na biblioteca da instituição, e desde então, seus caminhos se entrelaçaram com os livros e com os alunos da renomada escola de engenharia. Entre o Trabalho e a Vida Pessoal Após se mudar para Carapicuíba, nos arredores da capital, Adalberto adaptou-se à vida na cidade grande. Em seu tempo livre, ele aprecia passeios com o filho, além de frequentar cinemas e teatros. “Mudei-me do interior em busca de melhores oportunidades de trabalho, pois as opções eram limitadas em minha cidade natal, onde as usinas de açúcar eram a principal fonte de sustento das famílias”, explica. Em 2014, para um melhor arranjo da rotina familiar, seu filho passou a viver com ele, e conciliar a rotina profissional com a vida pessoal tornou-se um desafio. “A responsabilidade é enorme, e a cada dia é um desafio equilibrar meu trabalho com as tarefas domésticas e a atenção ao meu filho, que é minha maior alegria – preparar refeições, ajudar com a lição de casa e oferecer orientação constante. Apesar das dificuldades, me sinto vitorioso e fortalecido por toda essa experiência. Hoje, com 17 anos, meu filho e eu desenvolvemos uma conexão que vai além da relação parental, tornando-nos também grandes amigos. Sinto-me extremamente grato por ter a chance de amadurecer e crescer como ser humano ao lado dele.” O bibliotecário Gilberto Martins, amigo de Adalberto e que atua na Biblioteca do Departamento de Engenharia Metalúrgica, reforça a importância da Poli em sua vida pessoal. “A Poli foi essencial para minha formação. Fiz muitos amigos e sou profundamente grato à Escola Politécnica e aos meus colegas Clélia e Adalberto.” Nos últimos anos, a frequência nas bibliotecas tem diminuído, muitos alunos preferem realizar suas pesquisas online. “No passado, as bibliotecas estavam sempre lotadas e a organização era feita de forma totalmente manual, com cadastros em fichas. Hoje, a organização é digital e os métodos mudaram significativamente. Por isso, fico feliz sempre que vejo alunos frequentando a biblioteca”, comenta Adalberto.

O gosto pelo aprendizado e os caminhos da professora Izabel Fernanda Machado, da Poli-USP

O gosto pelo aprendizado e os caminhos da professora Izabel Fernanda Machado Professor foi empossada como professor titular no dia 22 de agosto de 2024 A engenheira e professora Izabel Fernanda Machado ingressou na graduação em Engenharia Metalúrgica na Escola Politécnica da USP, em 1988, curso que concluiu em 1992. Ela seguiu sua pós-graduação na mesma instituição, com seu mestrado e doutorado realizados na área de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. À princípio, ela não pensava em seguir a carreira acadêmica, o que decidiu durante o doutorado. A liberdade de trabalho foi um atrativo, o que encontrou, verdadeiramente, na atividade de pesquisa. “Entrei na graduação em 1988, fiz iniciação científica, mestrado e doutorado. Fiquei 2 anos sem envolvimento direto, mas colaborando em pesquisa. Em 2001, fui contratada como professora e segui minha carreira. A Poli está na minha vida há 36 anos, não só a minha carreira, mas também amigos. É um uma parte da minha vida de estudante, de Engenheira, e de Professora. Estou feliz com isso, e espero ainda contribuir.” Izabel Fernanda Machado Contribuições em pesquisa, ensino e extensão Suas pesquisas envolvem a avaliação da relação microestrutura e propriedades, e monitoramento de processos de fabricação para a criação de bases de dados e simulações que possam alimentar algoritmos para o desenvolvimento, avaliação e predição de desempenho de materiais, ou seja, utilizando Inteligência Artificial.Izabel defende que o ensino da Engenharia envolve conhecimentos das ciências básicas, que devem ser aplicados para resolver problemas. “Hoje a Engenharia também pode usar muitas ferramentas computacionais, modelos numéricos, o que a torna ainda mais rica em oportunidades. Independentemente da área, o Engenheiro precisa ser criativo, mas disciplinado e com capacidade de gerir pessoas e projetos”. Ela relata que antes seus ensinamentos focavam na parte tecnológica, mais ligada à manufatura, hoje também expandiu suas contribuições e busca usar toda sua experiência com pessoas também para motivar. “Precisamos de pessoas com potencial criativo, e com vontade de inovar”.A professora acredita que sua maior contribuição está nas pessoas que formou como Mestres e Doutores. Até agora, cinco são professores em Universidades no Brasil e Chile, outro trabalha em um Instituto de Pesquisa, na Áustria, e outro está em pesquisa e desenvolvimento na Indústria. “Os demais, que mantenho contato, estão na Indústria. São 26 no total, mas pelo menos metade ainda interajo e tenho colaborações”.Entre suas inspirações estão seu orientador, professor Angelo Fernando Padilha, ainda na Escola e, o professor José Deodoro Trani Capocchi, grande conselheiro, já aposentado, ambos do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais.Ela não esconde sua paixão pelas atividades acadêmicas. “Gosto muito de pesquisar, de estudar e de orientar. Em função disso, trabalho inclusive nos fins de semana”. Nas horas realmente vagas, gosta de caminhar. “É algo que me faz bem e coloco minhas ideias em ordem”. Ela aprecia práticas esportivas individuais, como natação e corrida, suas preferidas, embora não tenha feito muita coisa no último ano. Também gosta de cozinhar, acompanhada de seu marido e de um bom vinho. “Nada de muito especial, mas momentos felizes e tranquilos fazem a vida melhor”. “Me considero com uma vida “normal”, mas gosto de desafios e sou perseverante. Os caminhos escolhidos ou não, nunca são fáceis, mas a maturidade pode nos fazer melhores.” Izabel Fernanda Machado Poli-USP O impacto da Poli A docente entende que a universidade do amanhã será diferente em termos de ferramentas de ensino, e em alguns conteúdos. “Mas continuará buscando formar competências para vivermos em um mundo melhor”.“Pretendo contribuir, além da parte acadêmica, com motivação, com informação, e dentro do possível com apoio para melhorar a governança da Poli, que também é fundamental para melhorar a qualidade do ensino. Espero que os alunos sempre sejam orgulhosos de serem politécnicos.”  Tudo sobre a professora Formação Graduação em Engenharia Metalúrgica na Escola Politécnica da USP (1992); Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais na Escola Politécnica da USP (1995); Doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais na Escola Politécnica da USP (1999); Pós-Doutoramento Sênior (PRINT) Universidade de Trento, na Itália (2009); Pós-Doutoramento Sênior como Professor visitante (PRINT) na Universidade da Califórnia (Davis – EUA) (2020). Disciplinas Lecionadas Desenho técnico (graduação); Introdução à Engenharia Civil (graduação); Materiais de Construção (graduação); Tecnologia para construção (graduação); Ciência dos materiais aplicada aos materiais de construção (pós-graduação); Concreto projetado (pós-graduação); Compósitos cimentícios para a construção civil (pós-graduação). Prêmios Prêmios e menções honrosas recebidas por trabalhos apresentados em conferências. O Dowson Prize foi o mais relevante, e foi resultado de uma orientação de doutorado direto. Além disso, deu grande projeção na área ligada a desempenho de superfícies.2022 The Engineering Ceramics Division Trustee Award, The American Ceramic Society.2021 Best Research Paper Award2021 – Friction (Fast laser surface texturing of spherical samples to improve the frictional performance of elasto-hydrodynamic lubricated contacts), Friction – ISSN 2223-7690 – https://www.springer.com/journal/40544.2018 Dowson prize (best paper and presentation), 45th Leeds-Lyon Symposium on Tribology.2018 Menção Honrosa, Congresso SAE Brasil.2017 Menção Honrosa, Congresso SAE Brasil.

Grupo de estudos de blockchain de Escola Politécnica da USP

Descrição do grupo: Nós desenvolvemos aplicações de criptografia aplicada a finanças, que envolvem principalmente o uso de uma blockchain. Dentre seus casos de uso, podemos destacar micropagamentos e tokenização de ativos, como imóveis e crédito carbono. Para construir tais softwares, o grupo participa frequentemente de hackathons e eventos organizados por empresas do ramo. Segmento-alvo da sociedade: Startups de Tecnologia e Comunidade Acadêmica Docente supervisor: Marcos Antonio Simplicio Redes sociais: Instagram @polichain.xyz

Grupo de Extensão

Descrição do grupo: A ZIMA é um grupo focado em desenvolver Soluções Médico Hospitalares para hospitais não tanto desenvolvidos como hospitais grandes, fazendo com que os pacientes e funcionários possam ter acesso à tecnologia tão avançada como os grandes hospitais ajudando nas tarefas diárias e tratamentos. Segmento-alvo da sociedade: Hospitais públicos, seus funcionários e pacientes Docente Supervisor: Leopoldo Rideki Yoshioka Redes sociais:  Instagram: @zima.poliusp LinkedIn: linkedin.com/company/zimapoliusp/mycompany/

Jornal da USP: Uma tecnologia capaz de solucionar a problemática do escoamento de gases na indústria

Foto: Rh2network/Wikimedia Commons/CC BY-SA 3.0   Link: https://jornal.usp.br/atualidades/uma-tecnologia-capaz-de-solucionar-a-problematica-do-escoamento-de-gases-na-industria/   Data de publicação: 27/08/2024.   Pesquisadores entrevistados: Rodrigo Amaral, pós-doutorando em Engenharia Mecânica pela Poli-USP; Vitor Bertolin, mestre em Engenharia Mecânica pela Poli-USP; Bernardo Lemos, doutor pela Poli-USP.    Resumo: Pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolveram, em conjunto com a Agência USP de Inovação (Auspin), um método de monitoramento de escoamento de bolhas em um eletrolisador, a partir da visualização de imagens de sombras relacionadas no tempo e segmentação de intensidade.   “A patente é utilizada para analisar um reator que produz hidrogênio e oxigênio a partir da água. Nesses reatores, você tem que garantir que os produtos, quando produzidos em ambiente diferente, saiam de forma isolada, ou seja, não se misturem entre si”, explica Rodrigo Amaral, pós-doutorando em Engenharia Mecânica pela USP.   Confira a matéria completa aqui.

Jornal da USP: Sistema de realidade virtual desenvolvido na USP permite melhorar a mobilidade urbana de pessoas com deficiência

Equipamento foi testado nos laboratórios do LSI-TEC, da Escola Politécnica da USP – Foto: Marcos Santos   Link: https://jornal.usp.br/diversidade/sistema-de-realidade-virtual-desenvolvido-na-usp-permite-melhorar-a-mobilidade-urbana-de-pessoas-com-deficiencia/   Data de publicação: 29/08/2024.   Docente entrevistado: Marcelo Knörich Zuffo, diretor do Centro de Inovação da USP – Inova USP, professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos Escola Politécnica e pesquisador junto ao Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC).   Resumo:    “Com tecnologia desenvolvida na Caverna Digital do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) de apoio à Escola Politécnica (Poli) da USP, o Instituto Jô Clemente (IJC) acaba de inaugurar o Projeto de Realidade Virtual para a inclusão de pessoas com deficiência. Iniciado neste mês de agosto, o projeto é sediado no IJC, em São Paulo.    O objetivo é facilitar o cotidiano dos usuários com deficiência intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras que são atendidos no instituto, utilizando a realidade virtual e propiciando a eles experiências positivas em mobilidade urbana.”   Confira a matéria completa aqui. 

Uol: “Europa quer chegar onde Brasil está”: como País domina novos combustíveis

    Link: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2024/09/02/europa-quer-chegar-onde-brasil-esta-como-pais-domina-novos-combustiveis.htm    Data de publicação: 02/09/2024   Docente participante: Erik Eduardo Rego, coordenador do Centro de Inovação e Transição Energética da Poli-USP.   Resumo: A maior parte das emissões brasileiras está ligada ao desmatamento e ao uso da terra pela agropecuária. “A problemática do Brasil é diferente. Nossa matriz energética é muito mais limpa, com 85% a 90% da eletricidade gerada por fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa”, afirmou Erik Eduardo Rego, coordenador do Centro de Inovação e Transição Energética da Poli-USP e especialista da PSR, no painel “Combustíveis do Futuro: o Brasil Protagonista” do evento “Brasil do Futuro – Transição Energética”.

Jornal da USP: Despoluição de rios urbanos passa pela identificação da principal fonte poluidora

    Foto: Para realizar o tratamento das águas urbanas é fundamental identificar qual a principal fonte poluente do local – Foto: Marcos Santos Link:https://jornal.usp.br/radio-usp/despoluicao-de-rios-urbanos-passa-pela-identificacao-da-principal-fonte-poluidora/    Data de publicação: 02/09/2024.   Docente entrevistado: José Rodolfo Scarati Martins, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (PHA) da Escola Politécnica (Poli) da USP.   Resumo: A despoluição de rios é um processo custoso, mas pode gerar uma série de benefícios para a população urbana e para os ecossistemas aquáticos.  Segundo Scarati, o primeiro vilão da poluição de águas urbanas são os sistemas de esgoto, que em muitas cidades são misturados com as galerias de drenagem fluvial, resultando em um sistema de tratamento inadequado no qual os dejetos não são devidamente separados e tratados antes de serem lançados nos corpos d’água. “É preciso evitar, por exemplo, aqueles pontos de descarte irregular de lixo, no qual as pessoas observam aquela quantidade de lixo acumulada e acabam deixando o saco de lixo da casa delas também. A implementação de sistemas de coleta de lixo em recipientes herméticos e a realização de inspeções periódicas nos veículos para controlar a emissão de poluentes também são importantes”, analisa o especialista.

Edital 1938 – Internacionalização com Inclusão – América Latina (Graduação)

Entre 16 e 23 de setembro de 2024, até as 12h, ficarão abertas as inscrições ao Edital 1938 – Internacionalização com Inclusão – América Latina, para concessão de 16 (dezesseis) vagas/bolsas para apoiar a produção de conhecimento, ações de cultura, extensão, inclusão e diversidade na Universidade. O programa é dirigido a estudantes de graduação que realizaram todo o Ensino Médio em escola pública brasileira, que podem ser alunos de cursos diversos da USP e que tenham destacado desempenho acadêmico. Este edital é fruto da parceria da Aucani com a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da Universidade de São Paulo. Os alunos interessados devem efetuar as inscrições online pelo Sistema Mundus da USP, opção Editais > Alunos de Graduação (não é necessário login), sob o código 1938. Para esclarecimento de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos para participação, inscrições e todas as demais fases do processo seletivo, bem como sobre informações não constantes neste edital, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem. (publicação em 03 de setembro de 2024)

Petrobrás abre chamada de projetos para o 1° Seminário de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e Derivados

Entre os dias 8 e 10 de outubro de 2024, a Petrobrás realizará o Seminário de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e Derivados. A programação contará com uma plenária principal, com palestras e painéis de pesquisadores de referência nacional e mundial. Os resumos podem ter até 500 palavras e devem ser enviados por meio de um formulário. As inscrições se encerram no dia 8 de setembro. Para esta edição, poderão ser submetidos projetos e estudos relacionados ao hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados, dentre os temas: Processos de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono; Logística: transporte, armazenamento e distribuição do hidrogênio; Novos usos para o hidrogênio e derivados: hidrogênio energético, amônia, metanol, etc; Hidrogênio geológico; Segurança nos processos de produção de hidrogênio e derivados; Captura e conversão de CO2; Aspectos regulatórios e certificação (mundiais e nacionais); Aspectos econômicos e mercadológicos; Integração com a geração renovável de energia; Oportunidades de monetização dos subprodutos (exemplos: oxigênio, carbon black, etc). Link do formulário:https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=QWJvW1ea5EuOUB36cueaV8WCcMLGt5FNhBkVTFQ28uBUMkFURFNQVE1JQ0RNTkRMVk5IM0JMSldWWC4u&route=shorturl