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Ex-alunos da Poli-USP comemoram bons resultados de fundo patrimonial e convidam colegas a retornarem à Escola
Amigos da Poli atuam desde 2009 no levantamento de recursos para apoiar a Escola Politécnica da USP
O Fundo Patrimonial Amigos da Poli, uma associação que visa captar doações e aplicar os recursos oriundos desta captação em projetos na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), realizou, no último dia 11, um coquetel para apresentar os resultados dos últimos dois anos de atividades da organização. Entre as principais conquistas está o aumento de quatro vezes do patrimônio líquido, que passou de R$ 5,4 milhões em dezembro de 2015 para R$ 19,8 milhões em julho de 2018.
No mesmo período, o número de doadores passou de 91 para 2.134, um crescimento de 24 vezes, e o quadro de voluntários passou de 12 para 118, um número 10 vezes maior. Como o objetivo é apoiar as iniciativas de alunos e professores, já foram investidos cerca de R$ 2,2 milhões em 85 projetos, com mais de 3.500 alunos impactados. Só neste ano, foram R$ 600 mil em 24 propostas. Além disso, o número de alunos que passaram pelo Centro de Carreira, projeto que visa complementar a formação do aluno e prepará-lo para o mercado de trabalho, também cresceu. Saiude 35, em 2017, para 213, neste ano.
O evento em que foram apresentados estes resultados teve como tema “Volta às aulas”, uma vez que muitos politécnicos, como se autodenominam os engenheiros formados na instituição, acabam se afastando da instituição após formados. Neste sentido, o grupo criou um vídeo para convidar os ex-alunos a retornar à Escola, que pode ser acessado abaixo.
O vice-presidente do Amigos da Poli, Felipe Labate, explica que o roteiro do vídeo foi pensado como um retrato da trajetória do aluno da Poli-USP, desde o momento do vestibular até sua formatura, e na sequência a sua volta, neste caso não “volta às aulas” mas “Volta pela Poli”. “Temos um jogo de palavras interessante, pois a palavra voltar passa de um sentido de “volta às aulas” para um sentido de voltar, retornar, retribuir, devolver. Que é o propósito do Amigos da Poli: devolver para a Escola o que recebemos dela durante a graduação”.
Outras informações sobre o fundo patrimonial Amigos da Poli podem ser acessadas no site.
Mais que bolsas, interlocução. Projeto de ex-alunos Poli foca em mentoria para ajudar estudantes
O Projeto Retribua atua junto a alunos de graduação da Escola Politécnica da USP em situação de vulnerabilidade socioeconômica oferecendo bolsas e mentoria
Ao longo de nossa trajetória, seja pessoal ou profissional, é muito provável que haja uma ou mais pessoas que nos serviram de inspiração em nossos sonhos, planos e realizações. São influências que podem estar na família, entre os amigos, na escola ou no trabalho, enfim, em algum meio social em que estamos inseridos, que nos proporcionaram uma experiência de aprendizado ou assimilação fora do comum, que nos permitiu enxergar a vida sob outro ângulo, às vezes decisivo.
A partir da convivência com os jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica que estudam na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, uma associação de ex-alunos da centenária instituição passou a contribuir com bolsas para auxiliar em sua permanência. Desde 2004, já foram apoiados mais de 400 jovens e, a partir de 2017, o projeto passou a oferecer também mentoria aos bolsistas, ou seja, além do auxílio financeiro, os jovens têm contato direto com um mentor, um engenheiro que lhe dará suporte para os desafios enfrentados diariamente, sejam acadêmicos, pessoais ou sociais.
A mentoria, segundo os organizadores, é uma modalidade especial de ajuda em que, essencialmente, uma pessoa mais experiente acompanha de perto, orienta e estimula o mentorando a partir de sua experiência, conhecimento e comportamento.Estes mentores, treinados e acompanhados por uma equipe composta por psicólogas e politécnicos voluntários, têm contato constante com os estudantes. Muitos dos mentores são ex-bolsistas, hoje profissionais de sucesso.
No primeiro ano de experiência, o projeto ofereceu 50 mentorias aos bolsistas, e a equipe o considerou um sucesso, tanto pela resposta positiva na avaliação dos alunos, como pela resolução de problemas concretos na vida desses alunos. O segundo ano do projeto de mentoria começará neste mês de agosto, e o número de mentorias já aumentou para 100. No dia 9, das 19h30 às 21h, os alunos serão apresentados a seus mentores em uma reunião inaugural realizada no Auditório da Administração da Poli. O evento é reservado apenas para convidados. Imprensa e interessados podem se inscrever pelo e-mail retribua@politecnicos.org.br.
Nelson Zuanella: dedicação à FDTE
No último dia 14 de abril, faleceu em São Paulo o professor Nelson Zuanella, presidente do conselho curador da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE).
No último dia 14 de abril, faleceu em São Paulo o professor Nelson Zuanella, professor aposentado do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli-USP e presidente do conselho curador da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE).
Zuanella se formou Engenheiro Eletrônico na Poli em 1962, e iniciou sua carreira na empresa Phillips, na área de desenvolvimento. Na empresa, atuou tanto no Brasil como em sua sede, na Holanda, e somente deixou de trabalhar para a Phillips a convite do professor Antonio Hélio Guerra Vieira, para atuar na FDTE. Ainda enquanto funcionário da Phillips, iniciou sua carreira docente da Poli na área de telecomunicações no antigo Departamento de Engenharia de Eletricidade. Lecionou na graduação e nos cursos oferecidos pelo Laboratório de Sistemas Digitais, sendo também um dos seus criadores. “Era muito dedicado e atencioso para com os alunos e várias vezes foi escolhido e homenageado em formaturas”, conta seu amigo Antonio Marcos de Aguirra Massola.
A professora Edith Ranzini foi aluna de Zuanella em 1969, na disciplina de Televisão. Ela relata que, até hoje, a opinião que ouve de todos os seus ex-alunos, e com a qual concorda, é que é difícil saber quem foi o melhor professor: se o professor Zuanella ou o Mega Mestre Orsini. “Muitos dos seus ex-alunos hoje são docentes do PCS e consideram o Professor Zuanella como o paradigma a ser seguido ao prepararem suas aulas”.
Projeto Personagens Politécnicos
A fim de reservar um espaço para a valorização do material humano da Escola Politécnica da USP, a diretoria da Escola Politécnica da USP criou este espaço para reunir histórias e biografias de alunos, professores e funcionários que contribuem, dia após dia, para a construção da história da instituição.
A Poli-USP, desde sua fundação em 1893, tem como missão contribuir com o desenvolvimento tecnológico da sociedade, e tem cumprido esta tarefa pelas mãos de diversos profissionais. Ficará registrado aqui o trabalho destes personagens politécnicos, personalidades que conjugam sua vida pessoal e profissional para que os ideais dos fundadores da Escola sejam cumpridos há mais de cem anos.