Professores da Poli são nomeados titulares da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) No dia 6 de novembro, a Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) diplomou seus novos titulares, eleitos em 2025, em uma cerimônia na sede da FAPESP, em São Paulo. Entre os novos membros, que passam a integrar de forma permanente o quadro da instituição, figuram os ex-diretores da Escola Politécnica (Poli) da USP, o professor José Roberto Cardoso, e a professora Liedi Légi Bariani Bernucci, na área de Ciências da Engenharia. Autoridades da USP e da ciência brasileira prestigiaram a cerimônia. Entre eles, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, professor aposentado da USP e também ex-diretor da Poli, Vahan Agopyan, a vice-reitora da USP, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, o professor Paulo Artaxo, a presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, e o diretor científico da FAPESP, Márcio de Castro Silva Filho.Foram eleitos e eleitas 19 cientistas de excelência, distribuídos nas dez áreas da ACIESP. A instituição destacou que 10 são mulheres (53%), “resultado histórico que expressa o compromisso da Academia com a igualdade de gênero, a valorização da diversidade e a ampliação da representatividade acadêmica no mais alto nível da carreira científica”.“Recebi esta indicação para a Academia de Ciências do Estado de São Paulo, como a maior manifestação de reconhecimento ao meu trabalho de pesquisa ao longo de toda a minha trajetória acadêmica. Senti, de forma muito especial, que fui reconhecido pelos meus pares, no mais alto grau que um dia imaginei alcançar. Para mim, esse gesto sintetiza anos de dedicação à pesquisa, à formação de engenheiros e ao compromisso com a Escola Politécnica e a Universidade de São Paulo”, destacou o professor José Roberto Cardoso.A professora Liedi realizou a saudação em nome dos novos acadêmicos. Ela ressaltou o potencial dos cientistas das mais diversas áreas do conhecimento. “Desfrutamos de um espaço privilegiado para a construção do futuro, dada a nossa visão antecipada dos problemas e capacidade de formular soluções, perspectiva na qual a produção, a transmissão e aplicação do saber se dão em benefício de toda a sociedade”.Confira abaixo o discurso:“Nós, cientistas, devemos ocupar nossas posições de liderança, conscientes do nosso papel na geração de conhecimento e compromisso social de traduzi-lo em ações concretas de benefícios. Assistimos a recorrentes ataques à ciência, a questionamento sobre o papel das universidades e dos institutos de pesquisa. Portanto, é nosso dever para a superação das dúvidas e da desinformação, explicitar a importância e a relevância da ciência na vida cotidiana, assumindo o protagonismo para a superação dos desafios contemporâneos. A ciência tem um papel insubstituível no enfrentamento desses desafios.Os desafios são múltiplos e cabem a todas e todos a formulação de estratégias para o desenvolvimento global sustentável. A congregação de cientistas trabalhando em rede, promovendo a interação com parceiros nacionais e internacionais, acelera os processos de produção da ciência e, portanto, de sua visibilidade na solução de complexos problemas da sociedade.Nós, cientistas, devemos ampliar a nossa visibilidade e ação por meio da interação estreita com os diversos setores da sociedade, trabalhando de forma conjunta, sinérgica e harmônica com as entidades governamentais, empresas públicas e privadas e a sociedade civil organizada.Para além dos problemas graves que afetam todo o planeta, no Brasil temos o compromisso com a erradicação da pobreza, com a mitigação das desigualdades sociais, defendendo o devido acesso à educação e à saúde de qualidade, a inclusão produtiva e o bem-estar da sociedade.Portanto, o conhecimento científico, para além do seu valor intrínseco, precisa ser traduzido em práticas, em políticas públicas e em inovações que respondam às demandas sociais.Somente com a ciência aberta, de excelência, ética e cidadã e a integração harmônica entre todos os elos da ciência básica, a ciência aplicada e a inovação, poderemos consolidar o papel estratégico da reunião dos cientistas para o desenvolvimento paulista, nacional e internacional”.Confira as fotos do evento.

Poli-USP realiza reunião devolutiva das atividades participativas do seu Plano Diretor Especialistas apresentaram os resultados da fase participativa do processo de elaboração do Plano Foto: Matheus Ribeiro/Comunicação Poli-USP. Nesta terça-feira (25), alunos, docentes e funcionários se reuniram no Auditório Romeu Landi, no prédio da Administração, para a reunião devolutiva geral do processo participativo do Plano Diretor da Escola Politécnica (Poli) da USP. No encontro, foi apresentada uma síntese da fase participativa do Plano, composta por oficinas presenciais e formulários online.As consultas públicas realizadas com a comunidade politécnica tiveram como objetivo reunir e identificar demandas para a formulação das diretrizes do Plano Diretor da Unidade. As fases das pesquisas foram divididas em três etapas: “O que temos?”, “O que queremos?” e “Prioridades e precedências”.  Matheus Ribeiro/Comunicação Poli-USP. As centenas de contribuições recebidas foram classificadas de acordo com grupos temáticos como Manutenção/Serviços/Gestão, Readequação/Reforma, Convivência, Caminhos e Espaços Livres. Entre as principais questões levantadas estão a reformulação de áreas de circulação, os Restaurantes Universitários e o funcionamento de áreas de estudo. A Poli iniciou o processo de elaboração de seu Plano Diretor em maio de 2025, com suas primeiras oficinas participativas em setembro. O projeto servirá como referência para organização e planejamento para a unidade pelos próximos dez anos.  Confira a página do Plano Diretor da Poli: https://www.poli.usp.br/planodiretor/ As fotos da reunião estão disponíveis no link. Foto: Matheus Ribeiro/Comunicação Poli-USP. Foto: Matheus Ribeiro/Comunicação Poli-USP.

Poli-USP recebe doação de busto de Lauriberto Reyes, estudante morto na ditadura e diplomado em 2025 Margarida Cecília Corrêa Nogueira Rocha e seu esposo foram amigos de Lauriberto nos anos 1960, quando viveram no Conjunto Habitacional da USP (CRUSP) No dia 27 de novembro de 2025, a Diretoria da Escola Politécnica (Poli) da USP recebeu a doação de uma placa em homenagem a Lauriberto José Reyes, de Margarida Cecília Corrêa Nogueira Rocha e sua família. A placa feita em mármore, conta com um busto em bronze, junto à letra de uma canção escrita por Lauri, como era conhecido por seus amigos.  O vice-diretor da Escola, professor Sílvio Nabeta, recepcionou Margarida, seu marido José Coeli Teixeira Rocha, e seus filhos Rodrigo Nogueira Rocha e Tiago Nogueira Rocha. Também participaram da reunião o professor e ex-diretor da Poli, Antonio Marcos de Aguirra Massola, e o professor Cleyton Carneiro, vice-presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento da Poli.  O professor Nabeta agradeceu a doação da homenagem a Lauriberto, “que resistiu em uma época muito triste da nossa história. Não resistiu apenas pela Escola Politécnica, mas por todo o País. Hoje, mesmo que simbolicamente, ele retorna à sua casa acadêmica”. O professor e ex-diretor da Poli, Antonio Marcos de Aguirra Massola, agradeceu a doação, por sua importância em restaurar a história. “Para nós é muito importante essa doação com o busto de Lauriberto, que hoje poderia estar na vida ativa, como profissional de engenharia, e não permitiram isso. Para nós é muito significativo. É importante termos essa memória, porque faz parte da história da Universidade”. Margarida, que foi amiga de Lauri na época de sua graduação, relembrou com carinho que “não há quem tenha conhecido Lauri que não fale bem dele. Lauri está na história, ele é nome de Grêmio, as pessoas ainda falam dele, e ele está aqui onde ele deveria estar”. Por fim, agradeceu à Diretoria da Poli por acolher a doação. Lauriberto José Reyes – Lauri, como era conhecido entre familiares e colegas, manifestou a sua indignação frente às injustiças sociais desde jovem. Habilidoso no violão e adorador de serenatas, ele se posicionou por meio dos artigos publicados no jornal da instituição onde estudou na adolescência, “O Diocesano”.Em 1965, após muito estudar, Lauriberto ingressou na Escola Politécnica (Poli). Na Universidade, ele morou no Conjunto Residencial da USP (CRUSP), onde se tornou diretor cultural. Nessa posição, Lauri polemizou sobre questões culturais e participou de debates sobre a militância política, o Tropicalismo e a criação artística.Além da sua vivência uspiana e politécnica, Lauriberto também participou ativamente de movimentos políticos e estudantis. Dentre as suas atividades como ativista, ele integrou o Movimento de Libertação Popular (Molipo) e fez parte da direção executiva da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1968. A Ditadura Militar tirou a vida do jovem em 1972, próximo de completar 27 anos de idade.Confira a página da Diplomação da Resistência na Escola Politécnica, marco em que a unidade da USP realizou a diplomação honorífica de seus estudantes mortos pela ditadura militar, Luiz Fogaça Balboni, Lauriberto José Reyes, Olavo Hanssen e Manoel José Nunes Mendes de Abreu. O evento foi realizado no dia 28 de março de 2025. “E hoje eu volto por outras estradasJá não importam velhas namoradasVim procurar outra genteMudar o presenteEu vim desta vez companheiraJuntar o que eu tenho de novoNas lutas do povo” Lauriberto José Reyes

Na próxima sexta (28),o Espaço Café com Ciência, que promove encontros com cientistas e pesquisadores da Oceanografia, irá sediar uma palestra com a pesquisadora Dra. Myriam Khodri, da Universidade de Sorbonne, em Paris. Começando às 14h, no Anfiteatro do Instituto de Oceanografia (IO) da USP, o evento vai discutir o modelamento das variações climáticas no último milênio, além de ainda poder contar com debates sobre mudanças climáticas e seus efeitos na hidrologia do planeta, assuntos que são especialidades da professora. Myriam Khodri foi a primeira cientista francesa a desenvolver simulações climáticas envolvendo os últimos dois mil anos, aplicando técnicas de fusão entre modelos e registros paleoclimáticos. A doutora integra o World Climate Research Programme (WCRP), fazendo parte de projetos como o VolMIP e o PMIP. Como de costume, qualquer aluno, funcionário ou docente pode participar, além da comunidade externa. O Espaço Café com Ciência acontece semanalmente, oferecendo palestras e debates ricos e servindo como espaço de encontro para pesquisadores e estudantes, sempre acompanhado de um bom café (traga a sua própria caneca!). Para se manter informado sobre o Espaço Café com Ciência, acesse as redes sociais do IOUSP.

O Centro de pesquisa ETIC, da Escola Politécnica (Poli) da USP, realizará no dia 28 de novembro um workshop que discutirá os temas centrais da transição energética, bem como marcará a inauguração do novo auditório do Departamento de Engenharia de Produção da Poli. Intitulado “Energia em Transição: Desafios da Integração”, o evento será realizado na parte da manhã, a partir das 8h.  Confira a programação abaixo:  8h — Credenciamento 8h15 — Inauguração do auditório 8h50 — Abertura Institucional  9h10 – 10h40 — Mesa 1: O Brasil na Rota dos Combustíveis Sustentáveis 10h45 – 12h00 — Mesa 2: Data centers e o desafio energético da era digital 12h00 – 12h30 — Encerramento + Brunch  Local: Auditório Fundação Vanzolini — Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP (Sala D2-04) – Av. Prof. Luciano Gualberto, 1380 — Butantã, São Paulo As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do Sympla. 

Neste sábado (29), o Museu de Arte Moderna (MAC) da USP irá abrir a sua nova exposição, “Antagonistas”. Com abertura prevista para às 11h, a exposição mostra como, desde os anos 1960, diferentes artistas, pesquisadores e cientistas desafiam a lógica hegemônica do domínio sobre novas tecnologias. No tema da amostra, um dos itens a ser mostrado será o Patinho Feio, o primeiro computador desenvolvido na Escola Politécnica por alunos do Departamento de Engenharia Elétrica, em 1972. A exposição permanecerá aberta até o dia 1º de março de 2026, com entrada gratuita e funcionamento das 10h às 21h, de terça à domingo. O MAC é localizado dentro do Parque Ibirapuera e ainda conta com outras exposições e mostras abertas ao público. Para outras informações, acesse as redes sociais ou o site do Museu.

[Imagem: Wikimedia Commons] No dia 9 de dezembro, das 9h às 18h, a Escola Politécnica (Poli) da USP receberá a visita da delegação da Universidade de Groningen (Holanda) para discutir cooperações estratégicas para as Universidades. A sessão ocorrerá na língua inglesa e professores estudantes são elegíveis para participação. O registro de inscrição deve ser feito até dia 1º de dezembro pelo formulário. 

[Imagem: Reprodução/Revista Proteção] 📆 Data: 25/11/2025 🔎 Link: https://protecao.com.br/destaque/ergonomia-perde-o-especialista-e-pesquisador-laerte-idal-sznelwar/ ✒️ Citados: Laerte Idal Sznelwar, professor do Departamento de Engenharia de Produção e fundador da especialização em Ergonomia No último domingo (23), faleceu o professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP, Laerte Idal Sznelwar. Graduado em medicina em 1980, o professor seguiu a carreira da ergonomia – área que estuda o bem-estar no ambiente de trabalho – com especializações na França. Voltando ao Brasil, ele foi coordenador e fundador da especialização em ergonomia na Poli, junto ao professor Fausto Mascia. Laerte ainda fez parte da Associação Brasileira de Ergonomia e Fatores Humanos (ABERGO), uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é contribuir para o avanço da ciência e da prática da ergonomia, desde 2000. Na associação, ele foi coordenador do Comitê Técnico em Psicodinâmica do Trabalho, e costurou parcerias entre a ABERGO e a especialização de ergonomia da Poli, onde fundou a Jornada de Ergonomia.

[Imagem: Divulgação/Hubic Poli-USP] Link:https://jornal.usp.br/universidade/evento-discute-inovacoes-para-enfrentar-mudancas-climaticas-nas-favelas/  Data: 19/11/2025 Docente Citado: Vanderley Moacyr John, Departamento de Engenharia de Construção Civil O Hubic, centro de inovação criado a partir do convênio entre a  USP e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), promoveu o workshop “Desafios da Indústria para Atendimento da Construção Autogerida”, entre os representantes da academia e da indústria, no dia 13 de novembro. O encontro integra uma iniciativa voltada a mensurar a emissão de CO₂ das moradias e apoiar políticas públicas de incentivo à transição energética. Vanderley Moacyr John, docente da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do Hubic, comenta a importância de envolver a academia na discussão: “Nossa ideia é que no final a indústria crie novos produtos que facilitem a vida de quem tem que construir sua própria casa e ao mesmo tempo gere novas oportunidades de negócio para as empresas. Do ponto de vista da universidade, é uma forma de contribuir de uma maneira mais efetiva”. A Poli é responsável por manter contratos de pesquisas com empresas de cimento associadas à ABCP, bem como opera a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e sedia o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT).

Para essa oportunidade, buscamos alunas/alunos que tenham o interesse em analisar, compreender e propor soluções para a implantação de PCS em portos brasileiros, considerando aspectos tecnológicos, regulatórios, operacionais e sociais. Orientador: Prof. Dr. Daniel Mota (danielmota@usp.br) Prazo de inscrição: até 5 de dezembro de 2025 Inscreva-se: Candidatura à vaga de IC: Projeto Port Community Systems Créditos: Reinaldo Marques/Studio3X