A sexta edição do Sustentare-WIPIS, que ocorrerá de 24 a 28 de novembro de 2025, promove discussões essenciais sobre sustentabilidade e gestão de recursos hídricos. Pela primeira vez, o evento será híbrido, com atividades online e presenciais em Campinas-SP e São Paulo Capital. O evento é uma iniciativa conjunta da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com apoio institucional da Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Agência das Bacias PCJ). Reunidos especialista, pesquisadores e profissionais do Brasil e do Exterior, promovendo um ambiente dinâmico para o compartilhamento de conhecimento, experiências e soluções inovadoras. O período de submissão de trabalhos vai de 01 de abril a 25 de setembro de 2025, abrangendo diversas áreas temáticas: Cidades Inteligentes e Sustentáveis Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Educação para a Sustentabilidade Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento Básico Indicadores de Avaliação da Sustentabilidade Integração Sustentável entre o Rural e o Urbano Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável Resiliência e Adaptação às Mudanças Climáticas Organizações, Responsabilidade Social e Sustentabilidade Inovação, Transformação Digital e Sustentabilidade Toda a programação é gratuita mediante inscrição. Para outras informações confira: https://www.sustentarewipis.com.br/faq/
Centro de Línguas da FFLCH promove oficina de Didática das Línguas no dia 22 de abril
O Centro Interdepartamental de Línguas da FFLCH realizará no dia 22 de abril, no prédio da Casa de Cultura Japonesa da FFLCH/USP, a oficina de Didática das Línguas “A Canção no Ensino de Línguas e o Letramento Literomusical”. A oficina será ministrada das 11h às 13h e das 14h às 18h. Com inscrições abertas até o dia 14 de abril, a oficina presencial terá carga horária total de 4 horas e é destinada aos alunos de graduação e pós-graduação em Letras, das comunidades internas e externas à USP, e professores de língua portuguesa e línguas estrangeiras. Para participar confira: https://clinguas.fflch.usp.br/node/4852
8ª Oficina de Brinquedos da Poli-USP recebe inscrições de monitores até 25/4
A Oficina de Brinquedos, um evento tradicional realizado na Poli, voltado para crianças de escolas públicas nas redondezas da USP, recebe inscrições para monitoria até 25/04/2025. A atividade visa introduzir o mundo do ensino superior e da engenharia de uma forma lúdica, por meio da construção de um guindaste hidráulico. A participação na Oficina possibilitará a atribuição de horas de Atividades Extensionistas (AEx) aos participantes que cumprirem os requisitos. Esse projeto é organizado pelo Programa Poli Cidadã e CAM – Centro Acadêmico da Mecânica e Mecatrônica. DATAS IMPORTANTES:Pré-inscrições: até 25/04/2025Reuniões de capacitação com Monitores: 29/04 (a confirmar) e 06/05 (é necessário participar das duas datas) Data da Oficina: 17 e 18/05/2025 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO: Pré-Inscrição de Monitores – 8ª Oficina de Brinquedo
Jornal O Politécnico, de estudantes da Poli-USP, comemora 80 anos de existência em exposição na Biblioteca Brasiliana (BBM-USP)
Um dos jornais universitários mais antigos do Brasil, O Politécnico, do Grêmio Politécnico – entidade estudantil da Escola Politécnica (Poli) da USP –, completa 80 anos Jornal O Politécnico, de estudantes da Poli-USP, comemora 80 anos de existência em exposição na Biblioteca Brasiliana (BBM-USP) de atividade. Para celebrar a data, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, da Universidade de São Paulo, recebe entre os dias 16 de abril e 16 de maio uma exposição de alguns dos exemplares históricos desse jornal, por onde passaram estudantes da Poli-USP que mais tarde se tornariam figuras célebres no Brasil, como o ex-governador de São Paulo Mário Covas (1930-2001); o ator Carlos Zara (1930-2002) e seu irmão, o ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho (1935-2017); o fotógrafo Thomaz Farkas (1924-2011), um dos pioneiros da fotografia moderna no Brasil; a empresária Cristina Junqueira (1982- ), fundadora do Nubank; o empreendedor Pedro Wongtschowski (1946- ), importante nome da Engenharia Química brasileira, com atuação no Grupo Ultrapar e na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); Luiz de Queiroz Orsini (1922-2018), professor emérito da Poli-USP e um dos inovadores do ensino da Engenharia Elétrica no Brasil; Paulo Blikstein (1972- ), professor na Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, referência na introdução de novas tecnologias na aprendizagem; Mario Eduardo Garcia (1932- ), um dos idealizadores da restauração da Estação Júlio Prestes e da construção da Sala São Paulo; Sérgio Mindlin (1946- ), presidente do conselho deliberativo da BBM-USP e sócio-fundador do Instituto Ethos; Adolfo Lemes Gilioli (1921-2012), fundador do jornal O Politécnico e da Academia Linense de Letras. Fundado em 1944 por estudantes da Poli-USP, O Politécnico nasceu em plena ditadura do governo Getúlio Vargas como um boletim informativo. Por ser um boletim, não podia receber anúncios para custear as despesas da publicação, mas nem por isso deixava de ser um informe combativo e atuante no meio estudantil e acadêmico já desde seu surgimento. Nos seus 80 anos de existência, O Politécnico testemunhou, documentou, se posicionou e influenciou fatos históricos de grande importância para o país, como o movimento O Petróleo é Nosso, retratando as opiniões dos estudantes e o embate com a elite então chamada de “entreguista”; a Campanha Paula Souza para alfabetização de adultos, iniciativa dos alunos do Grêmio Politécnico; o golpe de Estado de 1964 no Brasil, quando marcou sua forte presença no movimento estudantil, ao lado de movimentos de camponeses, operários e outros setores da sociedade, em oposição ao militarismo e à suspensão de direitos civis; a denúncia da prisão de estudantes da USP durante o regime militar, no início dos anos 1970; o “show proibido” de Gilberto Gil na Poli, em 26 de maio de 1973, como resposta da juventude universitária contra a repressão política e social da época; o movimento das Diretas Já, entre os anos de 1983 e 1985, para retomada das eleições diretas para presidente da República; a aprovação da Constituição de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã, que inaugurou um novo momento jurídico e institucional no Brasil, com a ampliação das liberdades civis e dos direitos e garantias individuais; isso e muito mais até chegar à recente pandemia de covid-19, quando alunos da Escola Politécnica, em conjunto com o Instituto de Física e a comunidade científica da USP, contribuíram não só com a divulgação de informações técnicas e médico-científicas confiáveis e com linguagem mais acessível à população geral mas também com a criação de ventiladores pulmonares artificiais e a manutenção corretiva desses equipamentos, que foram cruciais para salvar milhares de vidas no País. Essas e inúmeras outras contribuições importantes para a sociedade brasileira fazem parte da história do jornal O Politécnico. “É uma imensa satisfação trazer a exposição que realizamos ano passado no Memorial da América Latina para dentro da USP, de forma mais completa e profissional, em um local de destaque enquanto um novo centro de cultura, literatura e manifestações artísticas e políticas dentro da universidade”, comenta Diego Roiphe, diretor do Jornal O Politécnico e presidente do Grêmio. Entre os dias 18 e 30 de setembro de 2024, a Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, do Memorial, recebeu uma exposição da história do periódico, contando com um evento de abertura no qual estiveram presentes o vereador Nabil Bonduki, o deputado federal Carlos Zarattini, o membro da Academia Brasileira de Letras Eduardo Giannetti, entre outras autoridades da sociedade civil e pessoas relevantes para a história do Jornal. A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP fica na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, na Rua da Biblioteca, 21, no Butantã, próximo à Estação Butantã do metrô e à Estação Cidade Universitária da Linha Esmeralda. A exposição ocorre na Sala BNDES, que abre de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e a entrada é franca. Para outras informações: Site do jornal O Politécnico: https://jornal.gremiopolitecnico.com.br/ Instagram do jornal O Politécnico: https://www.instagram.com/jornalopolitecnico Contato para mais informações e obtenção de imagens de edições históricas de O Politécnico: Diego Roiphe de Castro e Melo (diretor do jornal O Politécnico) Celular e WhatsApp: (11) 97140-7794 diegoroiphe@usp.br
Prêmio Arte e Literatura do programa USP60+ recebe inscrições para a sua 5ª edição até o dia 14 de abril
[Imagem: Divulgação]Até o dia 14 de abril, estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Arte e Literatura da USP60+, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária. Interessados poderão se inscrever nas seguintes categorias: Literatura: Crônica, Ensaio Filosófico, Poesia, Prosa Ficcional (conto, novela e romance), Mangá, Graphic Novel e HQ. Artes visuais: Arte Têxtil, Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Pintura, Videoarte. Para outras informações, confira o regulamento. Para se inscrever, acesse aqui.
Confira a repercussão da Diplomação da Resistência da Escola Politécnica da USP
Jornal da USP: Quatro estudantes da Escola Politécnica assassinados pela ditadura militar recebem diploma honorífico Agência Brasil: Politécnica da USP homenageia quatro estudantes mortos na ditadura O Globo: USP promove diplomação de estudantes mortos na ditadura militar; conheça histórias G1: Jovem vítima do regime militar recebe diplomação póstuma na USP: ‘A morte dele não foi em vão’ https://tvtnews.com.br/diplomacao-da-resistencia-alunos-mortos-ditadura/ https://www.oanhanguera.com.br/noticias/23757-escola-politecnica-da-usp-promove-diplomacao-honorifica-de-estudantes-mortos-pela-ditadura-militar Politécnica da USP homenageia quatro estudantes mortos na ditadura https://www.jb.com.br/brasil/direitos-humanos/2025/03/1054908-politecnica-da-usp-homenageia-quatro-estudantes-mortos-na-ditadura.html https://saocarlosemrede.com.br/usp-lauri-ditadura-militar/
UOL: Estrutura não é caseira, mas missão é kamikaze: como são narcossubmarinos?
Data de publicação: 10/04/2025. Link: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/04/10/aperto-e-naufragio-intencional-como-operam-os-submarinos-do-narcotrafico.htm Docente: Gustavo Assi, professor de engenharia naval da Escola Politécnica da USP.
Projeto Jovens Caminhos inaugura mural na USP
Projeto Jovens Caminhos inaugura mural na USP Após dois anos de aulas e preparação, arte-educadores e alunos do projeto do Instituto GEA têm a sua arte inaugurada em laboratório da Escola Politécnica, o LASSU. O grafite explora a coexistência entre seres humanos e tecnologia Júlia Sardinha e Matheus Ribeiro 10/04/2025 [Imagem: Reprodução/Projeto Jovens Caminhos] A pintura A Criação de Adão, de Michelangelo, ganha interpretações mundo afora há séculos. Dentre as novas telas de reproduções da obra em que Deus e o homem tentam tocar um ao outro, encontra-se o muro do Laboratório de Sustentabilidade (LASSU) da Escola Politécnica (Poli) da USP. A arte traz uma discussão sobre a coexistência entre a tecnologia e a natureza, com dois braços que buscam se encostar, assim como na obra renascentista.A releitura foi inaugurada na última sexta-feira, 4 de abril, como atividade de conclusão do curso de grafite do Projeto Jovens Caminhos, parceria realizada entre o Instituto GEA e a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O local escolhido para a criação e exposição do grafite foi o Prédio ENERG – Centro de Estudos em Regulação e Qualidade de Energia.Apesar da parceria entre Poli e Instituto GEA – Ética e Meio Ambiente existir há mais de uma década – sobretudo atividades que envolvem sustentabilidade –, foi a primeira vez que o grafite ganhou espaço em meio à paisagem politécnica. A escolha de onde seria exposta a pintura partiu da professora Tereza Cristina Carvalho, da Poli, que justificou a escolha como uma maneira de deixar o ambiente mais bonito e receptivo aos seus usuários e frequentadores.Dependendo de como for a recepção da obra, a professora conta que trará o grafite para outras unidades da Escola. Para que isso aconteça, assim como feito no LASSU, é necessário que organização, projeto, professores e alunos dialoguem. “O grafite, na verdade, tem toda uma conversa por trás. Então, nós não podemos chegar no muro e já ir desenhando, tem uma conversa”, disse a coordenadora do Instituto GEA, Raquel Ramos. Especialização e sustentabilidade A iniciativa, promovida pelo Instituto GEA em parceria com a Petrobras, oferece cursos gratuitos profissionalizantes de grafite e informática para jovens e adultos de periferias em Santo André e Mauá, cidades do ABC paulista. Além de conceitos técnicos de cada área, os alunos entram em contato com o empreendedorismo e oficinas de cidadania. Como forma de conciliar os conhecimentos aprendidos com projetos próprios e a missão de construir um mundo mais justo e sustentável.A visita dos integrantes do curso de grafite do projeto foi possível após o convite da professora Tereza Cristina, coordenadora geral do LASSU. “Eu tive essa ideia como forma de ‘embelezar’ o nosso prédio e valorizar a arte urbana, que é algo que não se vê muito aqui na USP. Além do compromisso do projeto com a sustentabilidade”.O curso teve a duração de dois anos, nos quais os alunos aprenderam ensinamentos teóricos e práticos de pintura. A dupla de grafiteiros Gustavo Ramos e Diego Fagundes, que atuam juntos na produção artística há 12 anos, foi responsável por ministrar aulas e conteúdos aos participantes. “Com essa frente dupla de aprendizado, fica mais fácil de entender como cada um desenha”, explicou Gustavo. A partir dessa abordagem, os arte-educadores conseguiram administrar os ensinamentos do curso a alunos com diferentes níveis de experiências com a arte. As aulas não se restringiram apenas ao âmbito artístico. O projeto também assumiu um compromisso de auxiliar na profissionalização dos alunos participantes, uma iniciativa que os possibilitasse viver com o que aprenderam ao longo do curso. Esse foi o caso de Raquel Raimundo, senhora de 63 anos e ex-aluna que hoje, por conta das habilidades desenvolvidas, vê a possibilidade de rentabilizar os conhecimentos adquiridos. “Eu comecei [a ter aulas no curso] há dois anos, por incentivo da minha filha. Atualmente me sinto bem e pretendo seguir com um projeto pessoal”. De marginalizado à margem ambiental [Imagem: Reprodução/Projeto Jovens Caminhos] O Instituto GEA busca integrar em suas atividades discussões referentes à ética e à sustentabilidade. Para o curso de grafite, essas premissas não ficaram de fora e proporcionaram reflexões tanto para os organizadores e professores quanto para os alunos sobre os seus papéis como cidadãos e membros da integração entre meio ambiente com a sociedade. Mesmo com a proposta cidadã, o grafite ainda é alvo de críticas, estereótipos e marginalização por quem não conhece o seu propósito social e político. Os alunos do curso do Projeto Jovens Caminhos, sobretudo os menores de idade, felizmente não encontraram relutância de seus familiares quando manifestaram interesse em realizar o curso. O aval e o incentivo permitiu que os alunos usufruíssem das aulas de grafite com maior atenção às discussões propostas, como a de se posicionar frente aos acontecimentos do cotidiano. “Nós [Instituto GEA] entendemos que o aluno, o ser humano, tem que olhar para além de si. Então, tem que olhar para o ambiente que ele está. […] Eles [alunos] têm que lembrar que eles fazem parte do todo”, pontuou Raquel Ramos. Em meio aos debates sobre a posição do indivíduo frente aos seus grupos sociais, inquietações sobre o meio ambiente ganharam espaço. Diego Fagundes ressaltou a importância do grafite como uma ferramenta de conscientização ambiental para os artistas e apreciadores da arte. Segundo ele, a ideia de juntar o grafite à sustentabilidade era trazer o conhecimento para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica terem um maior contato com a pintura e, essencialmente, com o debate público.Para os arte-educadores do projeto, é fundamental que os estudantes tenham a consciência de que o planeta está sendo destruído, mas também que é possível fazer algo – em coletivo – para melhorar esse quadro. O grafite, como expressão artística e sociopolítica, é fundamental para transformar o comportamento da sociedade. Em concordância, a Professora Tereza Cristina explicou como a pintura do muro do LASSU é um exemplo dessa mudança comportamental. “Isso [a parceria entre Poli e GEA] é meio econômico, meio social e se você pensar que ver coisas belas faz bem para as pessoas, não deixa de ser [uma sustentabilidade] ambiental também. O belo sempre faz bem para a saúde das pessoas”, declarou.
Escola Politécnica da USP e Trinity College Dublin completam 10 anos de parceria em iniciativa que insere estudantes em projetos inovadores
Escola Politécnica da USP e Trinity College Dublin completam 10 anos de parceria em iniciativa que insere estudantes em projetos inovadores A parceria é a mais duradoura desde o ingresso da USP na Sugar Network 10/04/2025 Luana Mendes Em 2025, uma parceria por meio da qual estudantes da Escola Politécnica (Poli) da USP e da universidade irlandesa Trinity College Dublin desenvolvem projetos inovadores completou 10 anos.A cooperação, realizada por meio da rede internacional SUGAR Network, promove a integração de estudantes de diversos países.A SUGAR Network é uma rede global composta atualmente por 26 universidades, que busca fomentar o ensino de projetos de inovação em parcerias internacionais. Com projetos propostos por empresas e instituições parceiras, os estudantes têm contato com desafios reais de inovação da sociedade, todos executados por equipes de alunos de duas instituições, em colaboração internacional.A parceria com a universidade irlandesa teve início pelo contato na rede internacional SUGAR, comenta o professor da Poli, Eduardo Zancul. Conhecendo o trabalho do professor Kevin Kelly da TCD, os projetos então foram implementados conjuntamente. Desde então, todos os anos ao menos um projeto é realizado pela Universidade de São Paulo na rede Sugar.Os projetos internacionais apresentam duração de 9 meses, com visitas por parte das universidades para a instituição colaboradora ou para eventos de exposição. Diversos problemas reais já foram abordados ao longo dos anos de parceria, por meio da união com empresas e instituições globais.Em 2023 e 2024, o programa abordou questões de monitoramento da vegetação urbana, por exemplo o projeto TreeView que realiza a análise de imagens do Google Street View por meio de um software que prioriza o risco de queda de cada árvore. Já em 2020, o ModuleM abordou a otimização dos estudos por meio de uma plataforma online que guarda dados de estudantes e leituras para identificar e auxiliar áreas de melhoria. A equipe, composta por três estudantes da USP, obteve patrocínio da PlantCheck para desenvolver o software entre 2023/2024. Pedro Romeral, doutorando em Engenharia de Produção pela USP, participa desde 2020 nos projetos da SUGAR Network, auxiliando os estudantes e intermediando as relações. Ele ressalta o número de oportunidades disponíveis para aqueles que participam do projeto. Além da viagem para expor os protótipos e soluções encontradas, os alunos têm contato com uma metodologia de inovação, com o funcionamento interno de grandes corporações e também com a perspectiva de uma outra universidade.Apesar de ser composto majoritariamente por alunos da engenharia, o projeto é aberto para todas as áreas da Universidade de São Paulo. Romeral destaca que a participação multidisciplinar amplia a visão do grupo e o resultado de suas soluções. Para participar, o estudante da USP precisa realizar as disciplinas optativas Applied design project I (código 0303411) e Applied design project II (0303412), oferecidas na Escola Politécnica. O processo de seleção conta também com uma carta de motivação, currículo e entrevistas. Parte do processo apresenta discussão em inglês, sendo necessário ao menos nível intermediário no idioma, já que o contato entre as universidades é majoritariamente em inglês. Os alunos precisam estar entre o 4° e 5° ano da graduação. Mapa dos projetos desenvolvidos pela rede SUGAR entre 2022 e 2023. [Imagem: Reprodução/ SUGAR Network]. Romeral destaca que para os estudantes da engenharia, que normalmente não tiveram ainda um contato com o mercado de trabalho nesse momento da graduação, o projeto é uma ótima forma de se inserir no mercado de trabalho, com destaque para as grandes corporações que patrocinam a rede SUGAR.No decorrer do programa são realizadas reuniões semanais entre as equipes, entre o time USP e também reuniões entre todas as equipes da USP. Não são todos os anos em que há mais de uma equipe da universidade na rede SUGAR, porém, quando acontece, é interessante fazer acompanhamentos da evolução dos projetos, além da sociabilização, menciona Pedro. Os formatos são definidos previamente com os membros, acertando horários comuns e plataformas.Na semana em que a universidade parceira recebe os estudantes internacionais, a tendência é de que haja grande foco no projeto, sendo um dos momentos chave. “O contato presencial dos estudantes impulsiona os projetos, com evoluções importantes”, menciona Romeral. No dia 14 de março a USP recebeu os estudantes da Trinity College Dublin no Inova USP, que exibiram um protótipo do atual projeto. Apesar de ainda em desenvolvimento, os alunos politécnicos que compõem o projeto apresentarão no final de maio na feira Dublin Tech Summit ( confirmar feira) as soluções para o problema definido. Trinity College Dublin Fundada em 1592 pela rainha Isabel I da Inglaterra, o TCD é a única faculdade constituinte da Universidade de Dublin, a mais antiga da Irlanda, com quem forma a instituição educacional de maior prestígio no País. O Trinity College está localizado em College Green, uma praça da capital irlandesa, no lado oposto à antiga sede do parlamento (Houses of Parliament). O campus ocupa 190 000 metros quadrados e atrai muitos turistas pelos seus interessantes edifícios, tanto os antigos quanto os modernos, situados em volta de espaços relvados amplos e de dois campos de desporto.
CTF do Hackers do Bem exclusivo para mulheres reúne talentos em cibersegurança na Usp, em São Paulo
Com informações da RNP (rede brasileira para educação e pesquisa) – Nos dias 4 e 5 de abril, a Universidade de São Paulo (Usp) recebeu a primeira edição presencial do Capture The Flag (CTF) do Hackers do Bem exclusivo para mulheres. A competição, que consiste em desafios técnicos na área de cibersegurança, somou 73 participantes e teve como objetivo valorizar talentos femininos, além de fomentar o desenvolvimento de competências no setor. No dia 4, véspera da disputa, foi realizado o “Esquenta CTF”, um encontro voltado a mulheres interessadas em segurança da informação. A programação incluiu palestras técnicas e oportunidades de networking. As palestras foram conduzidas por especialistas do setor: a Profa. Dra. Cíntia Borges Margi da Poli-Usp, que abordou o tema “Internet das Coisas e Cibersegurança”; Lucimara Desiderá, analista em Cibersegurança do CERT.br/NIC.br, que tratou do tema “Ransomware”; e Juliana D’Addio, do Santander, que falou sobre “Engenharia social, golpes e estratégias de prevenção”. A mediação foi feita pela Emilly Nascimento, criadora do perfil @garotacibernetica_ no Instagram. Durante o “Esquenta”, também foi realizada uma roda de conversa entre as participantes e palestrantes, com espaço para troca de experiências e envio de perguntas sobre temas como mercado de trabalho, equidade de gênero e desenvolvimento profissional. Esse momento incluiu a participação das palestrantes e da Karina Baccili, Software Engineering Manager da Google. Para a Profa. Cíntia Margi, o evento teve um papel importante na promoção da diversidade no setor. “A diversidade é essencial em qualquer área, pois proporciona diferentes percepções tanto dos problemas quanto das soluções possíveis. Em cibersegurança, área que tem uma predominância masculina, eventos voltados ao público feminino ajudam a reduzir a intimidação que muitas vezes está presente nesses ambientes”, afirmou. A competição oficial aconteceu no dia 5, seguindo o formato tradicional de CTF. Equipes formadas por duas ou três participantes enfrentaram uma série de desafios nas áreas de segurança ofensiva, proteção cibernética, forense computacional, engenharia reversa, exploração de binários e criptografia. Com sete horas de duração, o CTF foi marcado por um alto nível de dificuldade e uma disputa acirrada entre as competidoras. As cinco melhores equipes foram premiadas com giftcards, totalizando R$ 15 mil em prêmios. A equipe campeã recebeu R$ 5.000, enquanto as demais foram premiadas com R$ 4.000 (2º lugar), R$ 3.000 (3º lugar), R$ 2.000 (4º lugar) e R$ 1.000 (5º lugar). A equipe vencedora, duckware, formada por Isabela Vito e Beatriz Cardozo — alunas do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Minas Gerais — viajou até São Paulo exclusivamente para participar do evento. “Os desafios foram bem interessantes e exigiram bastante raciocínio. Foi muito acirrado, tinham muitas mulheres talentosas”, destacou Isabela. Com patrocínio do Google, organização da RNP e da Poli-USP, apoio da Comissão Especial de Cibersegurança da SBC (CE-Seg), da WOMCY (LATAM Women in Cybersecurity) e da Hack in Cariri, o evento foi bem-sucedido ao promover um ambiente mais inclusivo para mulheres na tecnologia. O último dia do evento foi marcado por uma palestra de Karin Breitman, Chief Technology Officer do Google, que abordou a síndrome da impostora, tema que gerou grande identificação entre as participantes. Karin também respondeu a perguntas sobre carreira e mercado de trabalho, compartilhando experiências e conselhos. “Na área de tecnologia há uma grande demanda por profissionais qualificados. Se eu estivesse começando agora, certamente escolheria a área de cibersegurança com um ‘tom’ de Inteligência Artificial. A IA tende a se tornar uma commodity e vai virar parte de todas as disciplinas. É uma excelente escolha”, afirmou. Sobre competências comportamentais, destacou: “Resiliência e inteligência emocional são eixos fundamentais para uma carreira. Saber gerenciar as próprias emoções e compreender as dos outros é essencial para produzir com qualidade.” Confira a lista completa das equipes vencedoras: 1º lugar – duckware – Isabela Vito e Beatriz Cardozo 2º lugar – DIA – Ana Beatriz Novais, Desirée Barbosa e Isabelle Gomes De Souza Andrade 3º lugar – marmelada-com-banana – Giovanna Hirata, Renata Meyer Hobold e Naili Lucia Marques 4º lugar – AlphaSec – Giovanna da Silva e Ana Julia Lima De Oliveira 5º lugar – alcateia – Fernanda Nami Aramaki e Yasmin Victoria Oliveira Assista no YouTube o Esquenta CTF, a abertura e o encerramento da competição, com o anúncio das vencedoras.