Arquivo mensais:abril 2020

Portal de periódicos da CAPES e CAS (Chemical Abstracts Service) oferecem treinamento especial no combate à Covid-19

                                 Imagem: Pixabay   O curso online, em português, apresentará a base de dados SciFinder, seu acesso pelo Portal de Periódicos da CAPES, buscas em referências bibliográficas sobre a literatura recente sobre o COVID-19, e outras doenças relacionadas ao vírus, drogas que vêm sendo testadas para o tratamento, identificação de documentos patentários e reações químicas envolvidas. A atividade será realizada no dia 17 de abril, sexta-feira, das 14h às 16h. Para outras informações entre em contato com Portal de Periódicos da CAPES. As inscrições devem ser feitas aqui.

Centro de inovação em engenharia civil da USP inaugura canal no YouTube

Centro de inovação em engenharia civil da USP inaugura canal no YouTube Na plataforma, serão disponibilizados diversos conteúdos sobre inovação e sustentabilidade na construção civil Maquete do CICS O Centro de Inovação em Construção Sustentável CICS da USP, lançou um canal no YouTube para divulgar o conteúdo produzido durante as atividades que promove Na plataforma, serão disponibilizados vídeos de palestras com especialistas nacionais e internacionais, aulas, seminários e demonstrações feitas no canteiro do CICS Living LAB, laboratório de testes do Centro que está sendo construído na Escola Politécnica da USP. Temas relacionados à inovação na construção civil, como desafios da inovação no Brasil, produtividade através de soluções em aço e outros são alguns dos tópicos abordados no canal.    Foto: Divulgação/CICS O primeiro vídeo da página já está disponível. Trata-se do seminário sobre manufatura digital, arquitetura e tecnologia, com o professor da ETH de Zurique, Benjamin Dillenburger, convidado para vir ao Brasil por meio da Cátedra Construindo Amanhã, uma parceria firmada entre a USP e a ArcelorMittal Brasil. Este acordo tem como objetivo aumentar a industrialização e a produtividade na construção civil através da inovação e sustentabilidade. Junto ao CICS, estas iniciativas pretendem produzir e disseminar conteúdos sobre o que está sendo realizado de mais moderno e inovador nesta área. Sobre o CICS – Segundo Diana Csillag, coordenadora executiva do Centro, o CICS é um ecossistema de inovação que reúne lideranças do setor da construção para desenvolver, reunir e difundir conhecimentos e soluções para um futuro mais sustentável. Seu objetivo é acelerar a inovação ao mesmo tempo em que permite o intercâmbio de conhecimento. Dentre as suas iniciativas estão cátedras, seminários, aulas, projetos de PD&I e o CICS Living LAB.  Também está sendo desenvolvida uma plataforma de construção digital. Além disso, o CICS é uma rede aberta a novos parceiros, envolvendo empresas e pesquisadores de diferentes unidades da USP e de outras universidades.O canal no YouTube será frequentemente atualizado: no dia 29 de abril, o CICS realizará uma aula online sobre geometria. Para outras informações sobre o Centro e receber avisos dos novos vídeos, acesse o canal e o site do CICS. 

Programa permite formação dupla para alunos de Engenharia Civil e Arquitetura da USP

Programa permite formação dupla para alunos de Engenharia Civil e Arquitetura da USP O convênio possibilita que os estudantes da Poli e da FAU passem dois anos estudando na instituição de destino, recebendo certificado da área complementar com o diploma, ao final do curso Prédios da Poli Civil e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Fotos: Marcos Santos/USP Imagens. Montagem: Letícia Cangane/Comunicação Poli. Pedro Casara Luz, estudante de engenharia civil, sempre se interessou por diversas áreas do conhecimento. Quando entrou na Escola Politécnica (Poli) da USP, em 2017, gostou muito do curso e dos aspectos técnicos da construção, porém sentia falta de estudos relacionados à área de humanidades. Assim, desde que descobriu a possibilidade de participar de um programa que oferecia o que ele esperava, o Poli-FAU, ele encontrou uma forma de garantir uma formação mais completa.  Desde 2004, a Escola Politécnica (Poli) da USP e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) possuem esse convênio de intercâmbio de alunos que propõe uma formação mais completa e integrada entre os alunos da Engenharia Civil e da Arquitetura, possibilitando que, ao se formar, o estudante receba, além do seu diploma na área principal, um certificado complementar do outro curso.  Segundo o professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil,  Francisco Cardoso, um dos coordenadores do projeto, o programa é amplamente reconhecido pelo mercado de trabalho. O convênio funciona da seguinte maneira: alunos da engenharia civil têm a oportunidade de frequentar dois anos de aulas na FAU, onde terão acesso a disciplinas mais voltadas para as áreas específicas da Arquitetura e Urbanismo, como projetos, arte e humanidades, além de aspectos técnicos, em matérias obrigatórias e optativas. Os alunos de arquitetura, da mesma forma, podem passar dois anos na Poli, assistindo aulas características da engenharia civil, como as voltadas para materiais, gestão, logística e tecnologia.  Esse movimento acontece no final do terceiro ano para os politécnicos, e no final do quarto ano para os estudantes da FAU. Posteriormente, os graduandos retornam para a faculdade de origem para terminar seu curso — na prática, o aluno da civil faz os três primeiros anos na Poli, fica os dois seguintes na FAU para o convênio e volta para concluir o quarto e o quinto ano do currículo de engenharia na Escola Politécnica. No total, serão sete anos de curso, que resultam no diploma de Engenheiro civil mais o certificado da Arquitetura e Urbanismo.  Para ingressar no programa de dupla formação, é necessário passar por um processo seletivo, que ocorre no segundo semestre do ano, por volta de outubro. São oferecidas 20 vagas para alunos originários de cada instituição. Dessas, na Poli, até duas são destinadas a alunos do quarto ano, que não manifestaram interesse no momento padrão mas ainda têm a chance de integrar o programa um ano depois do recomendado. Fatores como dependências e notas são avaliados aqui. Pedro Casara conta que o processo foi bem tranquilo, considerando as notas do aluno e uma carta de motivação. “Quem quer entrar normalmente consegue, até porque o número de vagas costuma atender todos os inscritos”, conta o aluno.  O professor Francisco Cardoso define que o engenheiro civil é responsável pelo planejamento, concepção, projeto, construção, controle, operação e manutenção de grande parte da infraestrutura necessária para a vida moderna, incluindo os edifícios (residenciais, comerciais, escolas, escritórios, hospitais, indústrias, estádios, etc.), e as rodovias, ferrovias, obras urbanas, obras-de-arte especiais, de energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto, transporte, dentre outras. O curso de Arquitetura e Urbanismo, por outro lado, é definido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais que “deverá assegurar a formação de profissionais generalistas, capazes de compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação à concepção, à organização e à construção do espaço interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificação, o paisagismo, bem como a conservação e a valorização do patrimônio construído, a proteção do equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis”.  A ideia do programa, então, é unir as competências das duas áreas, que são correlatas, proporcionando aos estudantes uma formação complementar tanto na engenharia civil quanto na arquitetura e urbanismo, como aponta Cardoso. Pedro exemplifica esse caráter do programa com as matérias de projetos, oferecidas na FAU para os politécnicos, nas quais os alunos acompanham todo o processo, e o contato mais próximo com desenho técnico.  Pedro Casano conta que as matérias abordam as mesmas situações sob óticas completamente diferentes nas duas instituições, o que é muito enriquecedor. “Um exemplo que gosto de dar é Conforto Ambiental. Na Civil, o que a gente tem de Conforto é em matérias que são voltadas para contas, matemática. Eu, pessoalmente, gosto disso, mas por outro lado, as matérias de Conforto que a gente tem na FAU pegam os mesmos assuntos e apresentam de uma maneira completamente diferente, do ponto de vista do humano, do efeito do ambiente na pessoa”.  A principal diferença do diploma para o certificado na prática é que um engenheiro formado na Poli e com certificado da FAU não pode ser denominado arquiteto, embora apresente diversas de suas qualificações e esteja apto para trabalhar em projetos relacionados à área. O mesmo pode ser dito dos arquitetos formados pela FAU com certificado da Poli. O professor Francisco Cardoso, um dos coordenadores no projeto, exemplifica essa situação com os conselhos reguladores das profissões. “Ambas as profissões são regidas por conselhos regionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o CAU, e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, o CREA. Você só consegue autorização nesses órgãos se você tiver o diploma. Na prática, a limitação profissional é pequena”.  O professor ainda reforça o reconhecimento do mercado de trabalho sobre o programa oferecido pelas instituições. Segundo ele, os profissionais com essa formação já são amplamente procurados pelo mercado, com estágios que buscam especificamente por alunos com o programa no currículo. Além disso, a quantidade de alunos que participam do programa cresceu com o passar dos anos.  Sobre ingressar no programa, Pedro conta que está gostando. “Tem sido uma experiência excepcional. Esse contato com diferentes pessoas e diferentes formas de pensar, um dos objetivos do programa, acontece de verdade. Nos sentimos bastante acolhidos desde o primeiro dia lá. Fazer os dois cursos te dá uma completude muito maior na formação”, completa ele.  Atualmente, está sendo desenvolvido um projeto para a formalização  de um programa institucional de duplo diploma entre as duas unidades da USP.

CAPES oferece novas bolsas de mestrado e doutorado para pesquisas envolvendo coronavírus

CAPES oferece novas bolsas de mestrado e doutorado para pesquisas envolvendo coronavírus  Os programas da Universidade de São Paulo serão beneficiados com 23 bolsas, sendo 11 de mestrado, e 12 de doutorado A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou, em 13 de abril, o Ofício Circular nº 17/2020-GAB/PR/CAPES, no qual comunica que destinará novas bolsas de estudo para pesquisas de pós-graduação que abordem temas relacionados ao COVID-19. A ação emergencial tomada pelo órgão visa aumentar e acelerar a produção de conhecimento que ajude a enfrentar a atual pandemia. Segundo a CAPES, a concessão busca induzir a geração de conhecimento relacionado especialmente à prevenção e ao combate da atual pandemia, ou endemias e epidemias em geral que assolam o País, envolvendo áreas do conhecimento como infectologia, epidemiologia, imunologia, microbiologia, biotecnologia, bioinformática, bioengenharia, ou correlatas, cujos conhecimentos possam compor esforços coordenados de atuação perante tais situações.As bolsas possuem duração máxima de 36 meses, com possibilidade de prorrogar por mais, no máximo, 12 meses. O ofício ainda diz que tais bolsas seguirão as mesmas regras, quanto à seleção de bolsistas, do programa institucional de concessão de bolsas no país por meio do qual cada PPG é atualmente apoiado – Programa de Demanda Social (DS), Programa de Excelência Acadêmica (PROEX), Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (PROSUP) ou Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior (PROSUC).Na USP, o programa disponibilizará uma bolsa de mestrado e uma de doutorado para cada uma das seguintes áreas, contabilizando um total de 23 bolsas:Biotecnologia, Ciência da Computação, Engenharia Mecânica e Física, no campus da Cidade Universitária; Química, na USP Ribeirão Preto; Ciências da Computação Matemática Computacional, Ciências e Engenharia de Materiais, Engenharia de Transportes, Engenharia Mecânica, Física e Química do campus USP São Carlos; além de uma bolsa de doutorado para Química, em São Paulo.Dúvidas sobre o programa podem ser enviadas para o e-mail acao.emergencial@capes.gov.br. Outras informações estão disponíveis no site da CAPES. 

Professor da Poli indica filmes de ficção científica para assistir na quarentena 

O professor Marcos Barretto participou de uma matéria do Jornal da USP indicando dez filmes de ficção científica com robôs para assistir na quarentena. Os longas incluem desde animações, como Wall-E (2008), até clássicos do cinema, como Metrópolis (1927) e Blade Runner (1982). Outros indicados dos anos 1980, quando o cinema adorava a temática, foram O Exterminador do Futuro (1984) e Robocop (1987). Porém, dramas mais recentes e de diversas abordagens também estão na lista de Barretto, como Ex Machina (2014), Eu, Robô (2004), AI: Inteligência Artificial (2001), Mulheres Perfeitas (2004) e até O Homem Bicentenário (1999).   Segundo o docente, filmes que abordam essa temática ajudam a “expandir o ideal da mecatrônica como um campo multidisciplinar, com conexões diretas com a psicologia, a sociologia, a linguística e com tantos outros campos do conhecimento. E claro, com o futuro”. A matéria completa, com sugestões de outros professores da USP, está disponível na página do Jornal da USP. 

Robô criado por grupo da Poli pode ajudar profissionais da Saúde a reduzir exposição ao coronavírus

Deborah Moreira (Comunicação SEESP) – Disponível no link. A pandemia causada pelo coronavírus está acelerando alguns projetos que já tinham sido iniciados recentemente. Como o Delivery Robô, do Grupo de Mobilidade Inteligente da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que começou a ser projetado em julho de 2019 para realizar serviços de separação e entrega de medicamentos a pacientes e exames laboratoriais e até limpeza e esterilização do Hospital Universitário da USP, o HU.  Sua implementação pode resultar em um saldo menor de doentes e óbitos entre os profissionais da saúde. Protótipo do Delivery Robô. Imagens: Divulgação Poli-USP. Trata-se de uma cooperação entre três engenharias da Poli (Elétrica, Mecatrônica e de Transporte), além da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAO) e de Medicina. Para o engenheiro eletricista Leopoldo Rideki Yoshioka, professor doutor no Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica, a inovação deve ser introduzida no cotidiano muito antes dos carros autônomos pela segurança e comodidade. Os primeiros testes dos protótipos brasileiros estão programados para até setembro. “Já foram feitas várias reuniões, inclusive, com a profa. Eliane Ribeiro, diretora do Departamento de Farmácia do HU. Estamos obtendo informações sobre quais as necessidades reais para dar essas funções ao robô, como ensiná-lo a coletar amostras laboratoriais de um ponto A e leva-las a um ponto B, que fica fora do HU, dentro do campus”, explica Yoshioka, que cotou que toda a equipe continua trabalhando home office. Sabe-se que esse transporte das amostras, por exemplo, é feito centenas de vezes ao dia, com funcionário dedicado. Outra atividade intensiva é da farmácia, onde existe a necessidade de fracionamento primeiro e, depois, o transporte ao quarto do paciente. Além disso, existe a limpeza do local que precisa ser feita constantemente. “Em função da crise, estão surgindo necessidades reais para o projeto como a desinfecção do hospital, que pode ser feita também pelo robô equipado com lâmpadas do tipo ultravioletas, que são germicidas com capacidade de destruir as camadas proteicas dos germes e dos vírus. Fomos informados que são transportados cerca de 1.500 quilos de material, por dia, entre produtos de limpeza e insumos diversos”, continua. Integrantes da equipe da Poli O Delivery Robô pesa entre 20 e 30 quilos, anda a uma velocidade entre 4 a 5 quilômetros por hora, e pode transportar até 20 quilos. Ele tem o tamanho de um cooler e poderá ter entre quatro e seis rodinhas. Feito a partir de técnicas de inteligência artificial, gestão e planejamento de projeto, é dividido em três partes: estrutura mecânica (chassis e rodas); eletroeletrônica (sensores que coletam as informações utilizando câmeras, dispositivos de presença baseados em ultrassom ou em ondas de rádio, radar ou acelerômetros, que dão à Inteligência artificial a percepção do ambiente). São essas informações coletadas pelos sensores que farão com que ele possa trafegar por qualquer lugar, desde calçadas até corredores hospitalares. Uma terceira parte é a computacional, que processa todas as informações em um computador e diversos softwares embarcados e que vão determinar as ações mecânicas do robô: se ele seguirá em linha reta, se faz curva, se diminui a velocidade ou para devido a um obstáculo. Inicialmente, ele deverá mapear o local em que irá atuar. Sua operação poderá ser feita a partir de um aplicativo de celular, que vai dizer ao robô o que ele precisa fazer, similar ao uber. “Quem vai receber essa mercadoria transportada por ele também precisa ser avisada para coletá-la o equipamento”, observa. são pequenos veículos autônomos, trazem grandes possibilidades de aplicação. Na China vem sendo usado na entrega de água e comida, principalmente para pessoas com deficiência ou idosas que não podem pegar peso. São as entregas de última milha, que você tem que fazer geralmente você mesmo, andar um trecho a pé. Então, com o robô autônomo, o entregador pode estacionar o caminhão em um ponto central de um condomínio, por exemplo, e acionar o delivery robô para ir de porta em porta fazendo as entregas. Micromobilidade Grandes empresas de logística estão de olho nessa inovação, que vai atender a chamada última milha, que é o último percurso feito pelo entregador. Por exemplo, ao pedir uma pizza em um condomínio, o motoqueiro pode mandar o robô entregar, da portaria, até a porta do prédio do cliente. “No futuro, a farmácia do HU deverá ser robotizada. Quando vier uma receita, será enviada a esse robô, que vai separar os remédios, que podem ser pílula, liquido ou pó. Então, deverão ser três tipos de robôs: um para cada tipo e apresentação de remédio. Ele pega o remédio, coloca no saquinho etiquetado e leva até a porta do quarto do paciente, minimizando a ação humana, que leva a erros. Também vai melhorar o rendimento nas farmácias, que chega a perder 40% dos medicamentos por prazo e validade vencido”, comenta o professor José Roberto Cardoso, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, que colabora com o projeto. Fazem parte da equipe, ainda, cinco alunos dedicados que recebem bolsa de iniciação cientifica do CNPq, além de três outros estudantes que se juntaram voluntariamente, um deles é da FAO, que está trabalhando no design, totalizado a participação de aproximadamente 20 alunos de graduação e pós-graduação, e dez professores. O projeto recebeu um apoio financeiro inicial do Fundo Patrimonial Amigos da Poli, de R$ 24 mil para compra de componentes e materiais para a construção de três protótipos. “Esse robô não faz um caminho fixo. Após ter uma origem e destino definidos, a medida que o robô vai caminhando, ele vai identificando problemas no trajeto, por exemplo um buraco, uma pessoa. A partir de uma inteligência artificial, ele vai processando essas informações que permitirão que ele faça o melhor trajeto para atingir os dois pontos, sem precisar que tenha uma pista dedicada a ele”, completa Cardoso. O professor Leopoldo Yoshioka aposta que, devido às grandes possibilidades de aplicação, esses pequenos veículos autônomos devem fazer parte da realidade humana em breve. Na China, já vêm sendo usados na entrega de água e comida, principalmente para pessoas com deficiência ou idosas que não podem pegar peso. A startup europeia Star Cheap  – que desenvolveu o Skype – desenvolve desde 2015 uma tecnologia para esse tipo de mecanismo. Na Estônia, onde está sediada, mantém dezenas de robôs dentro de universidades. Na George Mason Universtity, por exemplo, existem 20 unidades atuando como delivery dentro do campus. “Esse tipo de aplicação de robôs pequenos, que trafegam em baixa velocidade serão introduzidos no mercado antes mesmo dos veículos autônomos que levam passageiros, por serem pequenos e de baixa velocidade, não representado grades problemas de segurança e trazem segurança e eficiência nas entregas”, compara Yoshioka. Ele se refere a uma ideia que já existe em alguns países como Austrália e Nova Zelâdia: pequenos veículos autônomos com capacidade para transportar de 5 a 6 pessoas. São chamados de veículos de transporte pessoal, que se destina a pegar pessoas bem próximas de sua casa e levar até um ponto de ônibus ou estação de metrô, por exemplo.

Pesquisadores da Poli testam ventilador pulmonar para emergências e dizem que resultado é promissor

14/4/2020 – Respirador foi criado para suprir possível demanda do equipamento durante a pandemia. Aparelho foi feito com baixo custo, tecnologia e componentes nacionais. Teste foi feito em animais nesta segunda-feira, dia 13. Leia a notícia completa no link https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/04/14/coronavirus-pesquisadores-da-usp-testam-ventilador-pulmonar-para-emergencias-e-dizem-que-resultado-e-promissor.ghtml

Parceria entre Poli-USP e multinacional fomenta desenvolvimento de recursos humanos e do mercado de automação

Desde 1990, a Rockwell Automation do Brasil mantém um convênio empresa-universidade com o Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Poli.   Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli – USP) vista de cima (Imagem: reprodução)   A Escola Politécnica (Poli) da USP foi fundada para apoiar o desenvolvimento tecnológico do Estado de São Paulo, e formar profissionais para dar suporte para a indústria brasileira. Até hoje, a missão da Poli se mantém, e uma das formas de alcançar este objetivo é a parceria entre os pesquisadores da Escola, empresas e indústrias.   Um exemplo deste tipo de parceria é desenvolvido desde 1990, com a Rockwell Automation do Brasil. Empresa que trabalha com soluções em automação industrial e informação, e tem um convênio empresa-universidade com o Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Poli.   Essa colaboração está baseada nos objetivos da universidade de oferecer atividades de ensino, pesquisa e extensão. Os alunos, docentes e bolsistas da área de automação de processos da Poli têm a oportunidade de desenvolverem soluções tecnológicas específicas para projetos da Rockwell, e também interagir com os profissionais da empresa gerando networking e abrindo novas possibilidades de projetos.   Os coordenadores do projeto explicam que, antes mesmo dos alunos exercerem suas atividades profissionais, eles já conheceram os processos. Isso porque a Rock disponibiliza os equipamentos para utilização dos alunos da Poli. O acesso às experiências laboratoriais e interação entre profissionais e alunos propicia a criação de novas pesquisas de automação industrial e elétrica, controle de processos e integração de sistemas corporativos.   Uma das demandas da Rockwell Brasil e dos Estados Unidos é o desenvolvimento do “chão de fábrica”. Para isto, a Poli conta com o capital intelectual  dos professores, dos acervos das bibliotecas e dos laboratórios para apresentarem soluções para os problemas levantados.    Para além das oportunidades, já vistas acima, a Rockwell Brasil incentiva a participação dos alunos por meio de oferecimento de benefícios acadêmicos que servem de estímulos a publicações; participações em congressos e seminários; apoio financeiro aos estudantes que tiverem seus trabalhos aprovados; elaboração de trabalhos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado; e atualizações entre disciplinas da formação acadêmica e empresas tecnológicas tornando o profissional de engenharia mais adepto as mudanças no mercado de trabalho.    A parceria também rendeu a doação de equipamentos de automação, kits didáticos e licenças de software.    Texto: Beatriz Carneiro    Revisão: Amanda Rabelo    

Poli-USP utiliza impressoras 3D para produzir protetores faciais para profissionais de saúde

Poli-USP utiliza impressoras 3D para produzir protetores faciais para profissionais de saúde Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, junto a voluntários de diversas áreas, está trabalhando com impressoras 3D para produção de suprimentos necessários para enfrentar a atual pandemia do COVID-19. O grupo aperfeiçoou um modelo para uma tiara de sustentação e está produzindo face shields — protetores faciais utilizados como equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde, que atuam na linha de frente na prevenção da doença. O professor da Poli, Eduardo Pellini, acredita que o modelo seja promissor para suprir a demanda emergencial desses equipamentos. O novo design levou em conta todos os requisitos do Ministério da Saúde, com contribuições de médicos e enfermeiros de hospitais, como do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Entidades como o Hemocentro Mário Covas em Santo André, Pronto Socorro Central de Diadema, Hospital Cachoeirinha e Hospital de Embu já estão recebendo esses suprimentos. Mais de 10 outras instituições estão na fila para essa fornecimento. Ainda segundo o professor Eduardo Pellini, é possível fazer um face shield por hora em cada impressora. No momento, o grupo conta com mais de 18 impressoras e busca outros voluntários. O custo de fabricação está entre R$3,50 e R$5,00 por unidade. Os protetores estão sendo distribuídos gratuitamente aos hospitais públicos interessados. Todo o financiamento do projeto tem sido obtido por meio de doações, campanhas de financiamento coletivo e, recentemente, através de apoio financeiro do Fundo Patrimonial Amigos da Poli. Um trabalho feito a muitas mãos – Criado e organizado pelo aluno de pós-graduação da Poli, Alain Nascimento Guimarães, o grupo é integrado pelos professores da Poli Eduardo Pellini , Renato Monaro, Bruno Angélico  e Henrique Moriya. Com mais de 45 outros colaboradores, integram o projeto pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (L.PROT), do Laboratório de Redes Elétricas Avançadas (L.GRID), o Laboratório de Automação e Controle (LAC) e o Laboratório de Engenharia Biomédica (LEB) dos Departamentos de Energia e Automação Elétricas (PEA) e Telecomunicações e Controle (PTC) da Escola Politécnica da USP, junto de um grupo de makers e voluntários, que inclui alunos de graduação e pós-graduação da Poli e MAUÁ, e profissionais diversos. Facebook Twitter Youtube Instagram Flickr Linkedin

Centro de Ondas Milimétricas da Poli-USP permite testar e desenvolver tecnologias para o 5G

07/04/20 – Elton Alisson  |  Pesquisa para Inovação – Foi inaugurado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) o Centro de Ondas Milimétricas (Centro mmW). Equipado com apoio da FAPESP, o centro permite que empresas e grupos de pesquisa possam fazer medidas e desenvolver equipamentos, circuitos e dispositivos de telecomunicação projetados para operar em frequências de até 110 gigahertz (GHz). Essas frequências, que estão no espectro de ondas milimétricas – variável entre 30 e 300 GHz –, serão usadas na quinta geração das redes sem fio para celulares, a 5G, e em gerações futuras. “A novidade da rede 5G é que, além de usar todas as frequências utilizadas em outros protocolos de transmissão de dados, também agregará uma nova, próxima de 30 gigahertz”, disse ao Pesquisa para Inovação Ariana Lacorte Caniato Serrano, professora da Poli-USP e coordenadora do Centro mmW. Já em operação em algumas cidades dos Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Reino Unido e prevista para chegar ao Brasil em 2021, a rede 5G permitirá transportar, por meio dessas altas frequências, grandes quantidades de dados, com velocidade até 20 vezes maior do que a 4G atual. Além disso, possibilitará diminuir a latência nas conexões e o tempo de download de dados. Dessa forma, será possível fazer transmissões de vídeo em tempo real sem interrupções e com melhor resolução. “Esse aumento da frequência resultará em um incremento da banda para transmissão de dados. Com a tecnologia 5G será possível transmitir mais dados em tempo real e com maior precisão”, explicou Serrano. A expectativa é que a rede 5G também permita aumentar a conexão de máquinas e dispositivos na internet e que isso resulte na expansão da internet das coisas, inteligência artificial, robótica e aprendizado de máquinas. Os impactos mais positivos da tecnologia deverão ser na indústria, ao permitir agilizar os processos e tornar as fábricas mais inteligentes. Os setores mais beneficiados deverão ser o de saúde e o automobilístico – esse último, especialmente, com o desenvolvimento de radares mais seguros para os carros autônomos –, estimam especialistas na área. “As próximas gerações dos sistemas de telecomunicações utilizarão, cada vez mais, altas frequências para aumentar o volume e velocidade de transmissão de dados para centenas de gigabits por segundo [Gbps]”, disse Serrano. “A ideia do centro é contribuir para o desenvolvimento de dispositivos, equipamentos e sistemas que operem nesse alto espectro de frequência”, afirmou a pesquisadora. Pesquisa e desenvolvimento O centro possui equipamentos que permitem fazer a caracterização elétrica de circuitos passivos, ativos e integrados, além de equipamentos e dispositivos, como antenas de celulares. No caso da rede 5G, por exemplo, as ondas de alta frequência utilizadas não viajam para tão longe como as de baixa frequência usadas na rede 4G e têm dificuldades para contornar obstáculos, como paredes e edifícios. Por esta razão, as operadoras precisarão instalar uma quantidade maior de miniantenas para obter a mesma cobertura que a da rede 4G. Por meio de um equipamento disponível no centro, o analisador de vetorial de redes, adquirido ao custo de US$ 600 mil com recursos da FAPESP na linha de fomento Equipamentos Multiusuários, é possível avaliar a potência do sinal transmitido por essas antenas. Já por meio de outro equipamento construído por pesquisadores da Poli-USP com recursos da FAPESP e do fundo patrimonial “Amigos da Poli”, chamado câmara anecoica mmW, é possível analisar em um diagrama de radiação tridimensional (3D) em quais direções as antenas jogam sinal no ar. “O centro permite medir e caracterizar materiais, sensores e radares, por exemplo, e desenvolver novos dispositivos aliados à simulação eletromagnética tridimensional, com softwares de ponta”, afirmou Serrano. Por meio de um projeto também apoiado pela FAPESP, os pesquisadores vinculados ao centro desenvolveram dispositivos de radiofrequência (RF) utilizando um substrato de nanofios. Semelhantes a uma placa de circuito impresso, porém em escala miniaturizada, os dispositivos permitem integrar em um mesmo substrato capacitores de alta densidade e dispositivos passivos para aplicações em ondas milimétricas de alto desempenho. Dessa forma, é possível desenvolver transformadores que funcionam em frequências de 50 Ghz, por exemplo. “Normalmente, os transformadores funcionam até em alguns gigahertz. Por meio dessa tecnologia conseguimos produzir esses dispositivos usando processos de microeletrônica empregados hoje na fabricação de chip para computadores ”, disse Gustavo Pamplona Rehder, professor da Poli-USP e coordenador do projeto.