Arquivo mensais:maio 2020

Poli na mídia: Conheça a ligação de mãe e filha politécnicas no mundo da música e da engenharia

14/05/2020 – Em entrevista para editoria de cultura do Jornal da USP, a mãe Elis Bernardi, formada em Engenharia Civil pela Escola Politécnica (Poli) da USP, e a filha Laís Horta, estudante de Engenharia de Produção da mesma escola atualmente, além de seguirem uma carreira profissional semelhante, também compartilham o amor pela música. Ely e Laís gravaram juntas um vídeo no Youtube cantando a música Rosa, de Pixinguinha:  “É um vídeo amador, feito em casa, mas acho que ficou bom”, afirma Laís, que se mostra dividida entre a engenharia e a música. Nos últimos anos, ao mesmo tempo em que cursava a Poli, fez algumas disciplinas optativas no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, onde teve aulas de Canto e participou do Coral Universitário Comunicantus. Quando criança, recebeu aulas particulares de piano e, hoje, participa de dois grupos corais, o Acappolli – também ligado à Poli – e Aklave, de São Paulo. “Eu espero poder conciliar a engenharia e a música.” Leia a matéria completa no link:  https://jornal.usp.br/cultura/elas-sao-politecnicas-amam-musica-e-mostram-sua-arte-na-internet/

Poli participa de projeto em parceria com HC para fabricação de dispositivos que auxiliam tratamento de pacientes com dificuldade respiratória grave causada pelo coronavírus

Poli e HC projetam dispositivos para tratamento de pacientes com coronavírus A contribuição da Escola Politécnica (Poli) da USP no combate ao coronavírus continua crescendo. Um dos projetos mais recentes sediado na Poli envolve a fabricação de dispositivos para acomodar pacientes com deficiência respiratória grave na posição de bruços. O professor Douglas Gouvêa, um dos organizadores da iniciativa, conta que foi constatado que a capacidade respiratória de doentes com deficiência respiratória grave melhora se este for colocado de bruços, sendo esse o caso dos pacientes com COVID-19 em estado grave nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Para acomodar o paciente de forma satisfatória, são necessários dispositivos para adaptação da posição, os chamados coxins. A demanda surgiu através do Centro de Inovações Tecnológicas do Instituto Central (CITIC) do Inova_HC, por meio da doutora Maria José Carmona, sua presidente, e da doutora Kelly Cristina Stéfani, médica que faz a conexão HC-Poli via Inova_USP. Quem coordena o projeto pelo Inova_USP é o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia Civil, e o professor Douglas Gouvêa, que coordena duas frentes de fabricação de coxins.  Segundo Gouvêa, o posicionamento correto com o uso dos coxins permite que haja otimização na recuperação do processo inflamatório pulmonar que a COVID causa nos pacientes. O objetivo do projeto é fazer um produto que além de e ajudar na recuperação dos paciente não gere lesões ortopédicas ou de pele. As  proeminências do próprio corpo do paciente devem estar protegidas pelos posicionadores com o intuito de evitar úlceras de pressão pois novas lesões podem complicar ainda mais o estado geral do paciente.  O professor completa dizendo que “esse produto precisa ser feito muito rapidamente, pois a cada 100 pacientes hospitalizados, 30 estão em UTI entubados e 10 potencialmente irão necessitar de ficar na posição pronada (de bruços) durante o tratamento”. Os hospitais possuem esse tipo de coxins, porém não em quantidade suficiente para atender a demanda atual. “As necessidades urgentes nas condições de pandemia colocam Universidade, Centros de Pesquisa, Hospitais e Empresas juntos para trabalhar em um único objetivo que pode contribuir muito para o bem comum”, diz Gouvêa. A ação conta com a colaboração voluntária de médicos, enfermeiros, engenheiros, alunos, donos de empresa, técnicos de empresa e professores, que contribuem com doação de produtos, tempo e esforço em busca da execução rápida do projeto.  O projeto é uma parceria com a FOM, empresa que utiliza microesferas de poliestireno expandido para o interior dos dispositivos; com a Dow e a Duoflex, empresas que trabalham com espumas de poliuretano. Junto com a FOM, já foram produzidos dois protótipos em uso, com boa probabilidade de sucesso para produção já na semana do dia 18 de maio.  Imagens cedidas por Douglas Gouvêa

Poli na mídia: Especialistas sugerem o que pode melhorar no rodízio de SP

12/5/2020 – A efetividade do novo rodízio na cidade de São Paulo passa pelo acompanhamento rígido dos impactos. É essa a sugestão do professor do Departamento de Engenharia de Transporte da USP, o engenheiro Claudio Barbieri. Ele pondera que a determinação municipal ocorreu de forma rápida devido à pandemia, mas ressalta ser necessário uma avaliação diária. “Entendo que (a decisão) teve de ser tomada rapidamente, sem um estudo e avaliação. À medida que o poder público possa ir avaliando, pode ir ajustando a algum modelo que traga o efeito necessário”, disse. Leia mais – http://tnonline.uol.com.br/noticias/cotidiano/especialistas-sugerem-o-que-pode-melhorar-no-rodizio-de-sp-460210

Estudo da Poli e MIT ajuda a diminuir risco de contágio por coronavírus usando simulações de fluxo de pessoas

Estudo da Poli e MIT ajuda a diminuir risco de contágio por coronavírus usando simulações de fluxo de pessoas A iniciativa reúne pesquisadores em busca de políticas de circulação que combinem saúde e produtividade Interface da simulação de circulação de pessoas. Imagem: Daniel Mota As áreas em verde, amarelo e vermelho indicam onde ocorre mais transmissões do vírus segundo a simulação. Imagem: Daniel Mota É possível observar as pessoas contaminadas e saudáveis representadas pelos pontinhos coloridos. Imagem: Daniel Mota Dentre os diversos projetos em desenvolvimento na Escola Politécnica (Poli) da USP para enfrentar a pandemia de coronavírus está uma solução que transpõe um problema real para a matemática, utilizando um software para prever situações estatisticamente e, assim, buscar a identificação do melhor cenário. Essa iniciativa é um estudo do fluxo de pessoas em ambiente de trabalho mitigando o risco de contaminação por doenças infectocontagiosas (como o coronavírus), coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli, Daniel de Oliveira Mota, e sua equipe, em parceria com pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.  A ideia surgiu a partir da área de pesquisa de Mota, que sempre desenvolveu simulações partindo de dados e análises estatísticas. Com a pandemia, o pesquisador viu uma oportunidade de, com seu time, contribuir propondo soluções para enfrentar as circunstâncias emergenciais e, assim, suprir uma demanda da sociedade em relação a retomada das atividades profissionais (indústria e serviços) de forma segura.  Apoiado pelo Edital de Combate ao COVID-19, da Amigos da Poli, o projeto propõe uma simulação digital (gêmeo digital ou digital twin) baseada em dados reais que servem de base para cálculos estatísticos sobre a circulação de pessoas em determinado ambiente de trabalho. No caso do estudo atual, o fluxo analisado é o escritório de uma empresa, porém o mesmo conceito pode ser aplicado a supermercados, hospitais, escolas e outros espaços de uso coletivo. Na visualização da simulação é possível observar as pessoas (agentes), portando e transmitindo a doença ou não, se movimentando em rotina como reuniões, refeitório, banheiro, entrada e saída.  A partir disso, é possível contabilizar as probabilidades de contágio, além dos locais onde ocorreriam, considerando diversas variáveis, como o uso de máscaras, distanciamento entre as pessoas, incorporação de turnos ou até mesmo alterando o caminho utilizado para chegar em sua sala, por exemplo. Uma vez identificados os trajetos a serem percorridos e relacionando isso com as situações de contaminação, a simulação possibilita testar caminhos alternativos que reduzam a transmissão  do coronavírus entre as pessoas, diminuindo, assim, os riscos à saúde da população e auxiliando na adaptação da rotina produtiva às necessidades de proteção da comunidade. A prioridade aqui é com o bem-estar e a saúde das pessoas, e as mudanças sugeridas pelo projeto são simples e de implementação fácil.  O estudo ainda possibilita testar diferentes variáveis e receber vários indicadores que, quando cruzados, revelam correlações valiosas para a proteção da população e a implementação de uma circulação saudável nos espaços de convívio social.  Integram a equipe do professor Daniel Mota o aluno de graduação em Engenharia de Produção Otavio Araujo de Abreu e a aluna de mestrado do programa de Sistemas Logísticos Mariana Martins de Brito Sousa, além da equipe do City Science (grupo de pesquisa do Media Lab) do MIT. Para entrar em contato e saber mais sobre o projeto, envie e-mail para danielmota@usp.br. 

Poli na mídia: Como devem ficar as viagens aéreas após a fase mais crítica da pandemia

11/05/2020 – Uma hipótese que vem sendo ventilada por autoridades aéreas é o distanciamento maior entre os passageiros durante os voos. Na China, a retomada das decolagens iniciou com a poltrona central vaga, de forma a aumentar o espaço entre passageiros de corredor e de janela. No entanto, conforme Jorge Leal Medeiros, professor de Transporte Áereo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), estas práticas foram sendo relaxadas, onde há maior demanda, e preenchidas todas as poltronas, priorizando outros cuidados sanitários. — O ponto de equilíbrio para que um voo pague seus custos com combustível, pessoal e manutenção é com 80% de ocupação. Se você elimina uma em cada três poltronas, a ocupação máxima cai a 67% da capacidade e inviabiliza o voo — explica. Leia matéria completa no link https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/viagem/noticia/2020/05/como-devem-ficar-as-viagens-aereas-apos-a-fase-mais-critica-da-pandemia-cka2ziszx00ly015nek85m9y9.html

Ciência Aberta na USP

Muito tem se realizado para a expansão da Ciência Aberta na USP. É de grande importância que todos os docentes da Universidade possam colaborar para o bom êxito das iniciativas. Nesse sentido, a Pró-Reitoria de Pesquisa da USP disponibiliza o material informativo a toda comunidade acadêmica que segue nesta página da PRP.

Grupo da Poli atua na manutenção de ventiladores mecânicos para auxiliar na luta contra o coronavírus

Grupo da Poli atua na manutenção de ventiladores mecânicos para auxiliar na luta contra o coronavírus A iniciativa é uma parceria com o IPT e faz parte de uma rede nacional conjunta com o SENAI A equipe de pesquisa deu entrevista para programas jornalísticos divulgando a iniciativa. Foto: divulgação Em busca de ampliar o número de ventiladores hospitalares disponíveis na rede de saúde, um grupo de pesquisa da Escola Politécnica (Poli) da USP está trabalhando na manutenção corretiva de emergência em ventiladores mecânicos que estão parados. A especialidade do +Ventiladores, uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), são os testes e análises pós-manutenção dos equipamentos.  O objetivo do projeto é a implantação de ponto de manutenção e calibração de 3000 ventiladores pulmonares que se encontram fora de operação na rede de saúde pública (SUS), com potencial de salvar 11 mil vidas, segundo o Fundo Patrimonial Amigos da Poli, entidade que está apoiando a realização. Os testes realizados pela ação incluem verificações de segurança elétrica e da parte funcional do ventilador. A Poli possui uma divisão de análise e calibração para equipamentos como os ventiladores, e foi a partir dos trabalhos desenvolvidos lá que surgiu a possibilidade de atuar na situação emergencial da pandemia — funcionários da divisão, inclusive, fazem parte do +Ventiladores. No início de maio, o projeto já havia recebido o primeiro ventilador, enviado pelo complexo HC de medicina da USP para fazer testes pós-manutenção, que já retornou para o hospital. Depois disso, o HC enviou mais equipamentos para fazer os testes. O professor Henrique Moriya, um dos coordenadores do +Ventiladores, conta que a demanda depende muito de fatores externos, como outros lugares consertarem os ventiladores, a disponibilidade de peças no mercado e vários outros problemas. Além disso, existe a possibilidade de o programa ajudar a montar e testar ventiladores comprados pelo Governo do Estado de São Paulo.“Nessa crise do COVID-19, a manutenção emergencial é realmente uma ação necessária, porque há muitos ventiladores que estavam parados. Existem empresas especializadas nisso, mas elas não dão conta da demanda, e o projeto está tentando atender hospitais públicos”, conta Moriya. Ele lembra ainda que essa é uma ação bastante importante para a universidade dar uma resposta rápida para a crise, e que alguns hospitais já entraram em contato. A iniciativa é composta pelo professor Henrique Moriya, docente do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle da Poli e membro do Laboratório de Engenharia Biomédica (LEB), e pelo Chefe do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos (LEO) do IPT, Antônio Francisco Gentil Ferreira Júnior, além de técnicos de laboratório, alunos orientandos e pós-graduandos da Poli. O projeto faz parte do SENAI CIMATEC, uma rede que está tentando fazer manutenção corretiva de emergência nos ventiladores e envolve diversas instituições por todo o país, atuando para capacitar os trabalhadores da indústria a atuar na causa, colocando o máximo possível de respiradores para uso. A ação tem apoio de várias instituições para acontecer, e graças a isso conseguiram estar funcionando tão rápido. Henrique Moriya fala que “não seria imaginável fazer uma coisa dessas em tempos normais. Conseguimos montar tudo do zero em menos de duas semanas, com as coisas funcionando e já testando os equipamentos”. Para outras informações sobre o projeto, o professor Henrique Moriya disponibilizou seu e-mail, que é htmoriya@usp.br. Imagens: Divulgação

Professores da Poli integram projeto que permite aulas laboratoriais à distância com o uso de Internet das Coisas

Professores da Poli integram projeto que permite aulas laboratoriais à distância com o uso de Internet das Coisas O projeto pretende viabilizar a formação prática de alunos da Engenharia da Computação durante a pandemia Explicação do sistema proposto. Imagem: Reprodução/YouTube Com a crise gerada pelo coronavírus, as atividades universitárias foram obrigadas a mudar a forma como eram realizadas, devido às restrições impostas pelas circunstâncias. Entre os desafios para adaptação no contexto está a realização das disciplinas práticas. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores composto por membros da Escola Politécnica (Poli) da USP e da Universidade Federal do ABC (UFABC) desenvolveu um trabalho colaborativo que busca a execução à distância da disciplina de laboratório digital, obrigatória para alunos do 3º ano da Engenharia da Computação. A intenção é possibilitar as aulas por meio do uso de tecnologias de Internet das Coisas, conceito relacionado à interconexão digital de objetos do cotidiano por meio da internet. O objetivo do projeto, segundo o professor Reginaldo Arakaki, coordenador do Laboratório EAD (Laboratório de Ensino à Distância) e docente de Engenharia da Computação na Poli, é viabilizar a execução de aulas de laboratório de eletrônica por meio  de uma plataforma remota, de modo que apoie experimentos realizados em laboratório, como analógicos, digitais e microprocessados. Desta forma, o conhecimento prático pode continuar a fazer parte da formação dos alunos de graduação, mesmo com a manutenção das medidas de distanciamento social. É importante lembrar sempre da importância da prática experimental para complementar e consolidar conceitos vistos em disciplinas teóricas da engenharia.Até o momento, foram desenvolvidos protótipos do sistema e a ideia é apoiar matérias laboratoriais da Poli e da UFABC a partir do último quadrimestre de 2020. Além disso, o grupo pretende disponibilizar todo o desenvolvimento em formato open source, ou seja, acesso aberto,  permitindo que outras instituições de ensino se beneficiem do projeto.  O Laboratório Digital EAD é mais um dos projetos apoiados pelo fundo patrimonial Amigos da Poli em sua iniciativa de combate ao COVID-19. Fazem parte do grupo os professores Reginaldo Arakaki, Edson Midorikawa, Paulo Sergio Cugnasca, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli; o mestrando Victor Takashi Hayashi, também da Engenharia de Computação e o técnico de laboratório de Eletrônica da UFABC, Fabio Hayashi. Para divulgar e explicar a iniciativa, o grupo produziu um vídeo, que está disponível no YouTube.  Além disso, o grupo está utilizando sua página no Facebook com atualizações sobre o LabEAD, onde também são publicados vídeos explicativos. Para outras informações, estão abertos os seguintes canais de contato: Prof. Dr. Reginaldo Arakaki (Poli-USP): reginaldo.arakaki@poli.usp.brMestrando Victor Takashi Hayashi (Poli-USP): victor.hayashi@usp.brTécnico de Laboratório Fabio Hayashi (UFABC):  fabio.hayashi@ufabc.edu.br

USP e Marinha do Brasil se preparam para produzir ventiladores pulmonares

A previsão é que os primeiros aparelhos possam ser distribuídos nas próximas semanas 08/05/2020 – A USP e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) estão se preparando para iniciar a produção em escala do ventilador pulmonar emergencial Inspire, desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli). Na manhã de hoje, dia 8 de maio, o reitor Vahan Agopyan, a diretora da Escola Politécnica, Liedi Legi Bariani Bernucci, e os professores Raul Gonzalez Lima, Marcelo Knörich Zuffo e Dario Gramorelli, visitaram as instalações do Centro Tecnológico que estão sendo preparadas para iniciar a produção. O Inspire é um ventilador pulmonar emergencial de baixo custo, que pode ser produzido em até duas horas, com tecnologia nacional, sendo mais barato dos que os aparelhos disponíveis no mercado. Estamos vivendo um momento único e temos uma responsabilidade muito grande, não podemos descansar quando há pessoas morrendo. Essa pandemia mostrou que há a necessidade do País ter sua indústria, sua própria tecnologia. Não podemos ser dependentes”, afirmou o reitor Vahan Agopyan. O diretor do Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo, capitão-de-mar-e-guerra Paulo Henrique da Rocha, apresentou a estrutura de produção que já está montada. Nos próximos dias terão início os testes de produção para o primeiro lote. A previsão é que em duas semanas os primeiros aparelhos possam ser distribuídos. A estimativa é que o CTMSP tenha capacidade para produzir entre 25 e 50 ventiladores pulmonares por dia e essa capacidade poderá ser ampliada caso haja necessidade. Ter a oportunidade de participar desse projeto é motivo de orgulho para todos nós porque a missão da Marinha é proteger os brasileiros e esta é uma forma de proteger os brasileiros. Exatamente hoje, dia 8 de maio, a USP e a Marinha completam 64 anos de uma longa e produtiva parceria. Essa data é ainda mais especial nesse momento crítico que estamos vivendo, diante da grave ameaça à população mundial”, afirmou o vice-almirante Noriaki Wada, diretor do CTMSP. A diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci, aproveitou a ocasião para agradecer o apoio logístico que a Marinha tem prestado, especialmente na distribuição de 3 mil face shields — protetores faciais utilizados como equipamentos de proteção individual (EPI) – produzidos pela Escola e entregues gratuitamente a hospitais públicos. Visita do reitor Vahan Agopyan (terno azul) e pesquisadores da Poli ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, localizado na Cidade Universitária – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens Inspire A ideia de desenvolver um ventilador pulmonar de baixo custo, livre de patente, de rápida produção e com insumos nacionais surgiu ainda em março. O Projeto do Ventilador Pulmonar Inspire foi criado com o objetivo de oferecer uma alternativa para suprir uma possível demanda emergencial do aparelho causada pela pandemia da covid-19. Desde então, uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Poli, coordenada pelos professores Marcelo Knörich Zuffo e Raúl Gonzalez Lima, tem trabalhado para viabilizar o Inspire. Em abril, o projeto foi aprovado nas etapas finais de testes, realizados com quatro pacientes do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O respirador foi considerado aprovado em todos os modos de uso e não houve nenhum problema com os pacientes ventilados. O projeto também tem a participação de pesquisadores de diversas unidades da USP e outras instituições, e conta com doações de parceiros da iniciativa privada. O aparelho foi registrado com uma licença open source, que permite a qualquer pessoa ou empresa acessar o protocolo de manufatura e fabricá-lo, bastando, para tanto, obter uma autorização da Anvisa.     Projeto de Ventilador Pulmonar Aberto de baixo custo para ser usado na pandemia de covid-19 – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens Parceria USP e Marinha A visita do reitor ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo acontece exatamente no dia em que a Universidade e a Marinha completam 64 anos de parceria. O convênio teve início em 1956, quando a Marinha decidiu se associar a uma grande universidade para que suas pesquisas na área de ciência e tecnologia fossem conduzidas por uma instituição acadêmica civil. A parceria resultou na criação do primeiro curso de Engenharia Naval do país, oferecido pela Poli. Ao todo, já foram formados mais de 500 oficiais engenheiros para a Marinha e cerca de dois mil engenheiros navais civis. As pesquisas desenvolvidas em conjunto resultaram na incorporação de inovações por parte da Marinha e de empresas que atuam no setor naval ou na região oceânica. Entre os avanços obtidos estão o desenvolvimento do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio, ainda no começo da década de 1970; a evolução na área de construção de reatores e segurança nuclear; o avanço em automação e controle promovido pelo desenvolvimento de inovações necessárias para as fragatas e corvetas; e o conhecimento produzido pelo Tanque de Provas Numérico (TPN) e sua estrutura de simulação.